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Comportamento humano • O desenvolvimento é um processo contínuo, começa a fertilização do óvulo e culmina com a morte do indivíduo, e o seu curso é regulado por interações complexas entre hereditariedade e ambiente. • Conceito de desenvolvimento: É o conjunto de transformações quantitativas ou qualitativas que desde o momento da concepção e ao longo de toda a vida marcam a existência de um indivíduo. • As modificações quantitativas manifestam-se sobretudo no plano físico (altura, peso, etc.) e no fisiológico. Também pode referir-se ao aumento do número de competências e habilidades. • As mudanças qualitativas são alterações psicológicas como, por exemplo, a evolução das aptidões intelectuais e as alterações no modo como nos relacionamos com os outros. • Desenvolvimento é um processo temporalmente sequenciado que engloba todo o ciclo vital. • As mudanças e transformações próprias do desenvolvimento, apesar de mais intensas e espetaculares nos primeiros anos de vida, verificam-se ao longo de toda a vida: o desenvolvimento ocorre em qualquer período da nossa existência. • Esta realidade implica que, embora importantes, as experiências vividas durante a infância e a adolescência não determinam rigidamente o resto da vida de uma pessoa. A TRICOTOMIA HUMANA • O homem é um ser indivisível. Ele não pode ser compreendido e explicado em partes ou isoladamente, mas possui uma estrutura entrelaçada que interage consigo mesmo de forma bastante dinâmica. • Essa estrutura é conhecida e definida pela Revolução Emocional e Psíquica (REP) como tricotômica ou tripartida. • Soma • É o corpo (vida biológica), a constituição física do ser humano a partir da matéria. O soma é o órgão genético. • Psique • É a mente (vida psíquica), a estrutura que representa a identificação de cada ser humano. É a identidade de cada um de nós. • A psique é o órgão afetivo, que identifica, escolhe e processa as experiências afetivas que serão utilizadas na engrenagem tricotômica. • Pneuma • É o espirito (vida espiritual), a área de maior importância no sistema tricotômico, pois tem a capacidade e a característica de proteger ou agredir a estrutura tripartida do homem. • Atua gerando sustentação e manutenção, para o equilíbrio ou desequilíbrio de todo o sistema tricotômico. É o compartimento onde se processa e se manifesta a vida espiritual. • A saúde física necessita de uma boa saúde psíquica e também de uma boa saúde espiritual para obter um desempenho satisfatório e consequentemente benéfico para todo o conjunto. A MENTE • É composta de quatro elementos, que precisam ser entendidos, definidos, trabalhados e devidamente tratados: • Sentimento: • É a ação e o efeito de sentir, a capacidade ou aptidão para sentir, transmitir e avaliar qualitativa e quantitativamente as emoções (experiências afetivas). • Caráter: • É um integrante da psique total que imprime ao indivíduo uma forma definida de conduta e que resulta de uma progressiva adaptação às condições do ambiente natural, familiar, pedagógico e social. • É o conjunto de qualidades, boas ou más que caracterizam um indivíduo ou um grupo de pessoas – a índole, o humor, o temperamento, a formação ou a qualificação moral. • O caráter está sujeito a uma série de influências, é educável e pode ser modificado ou até mesmo recuperado, conforme a necessidade. • Autoestima: • É o sentimento e reconhecimento próprios ou o sentimento de valorização e aceitação que um indivíduo tem para consigo mesmo. • É influenciado por uma série de fatores e pode ser recuperado quando lesado ou agredido. • Personalidade: • É o conjunto de caracteres exclusivos de uma pessoa ou tudo aquilo o que lhe é próprio e essencial. • É a essência da psique humana e tudo o que a distingue de outras pessoas. • A personalidade possui uma carga psíquica-genética que não pode ser alterada pelo meio que a cerca e, junto com o sentimento, o caráter e a autoestima, forma o produto final que nós somos, e determina o comportamento. O QUE É COMPORTAMENTO • O comportamento é definido como o conjunto de reações de um sistema dinâmico em face às interações e realimentações propiciadas pelo meio onde está inserido (vamos reagir de acordo com o estímulo que recebemos). • Exemplos de comportamento são: comportamento social, humano, animal, atmosférico, etc. • As tentativas de explicar e predizer o comportamento humano pode antecipar problemas ou modificar o desenvolvimento para evitá-los. • A conduta dos indivíduos, que se estende num imenso território de possibilidades e variações. • Toda atitude e comportamento humano, sem diferenciar entre o certo e errado, normal e anormal, tem sido instrumento de interesse e de análise desde os filósofos gregos, época em que tiveram início esses estudos. UM POUCO DE HISTÓRIA • No início do século XX, os psicólogos atribuíram o comportamento aos instintos - padrões de comportamentos específicos e inatos, que caracterizavam toda uma espécie. • Em 1980, William James compilou uma lista de instintos humanos: caça, competição, medo, curiosidade, timidez, amor, vergonha e ressentimento. • Mas por volta dos anos 20, a teoria de dos instintos deixou de ser usada para explicar o comportamento humano. • Raramente o comportamento humano é rígido, inflexível, imutável e encontrado em toda espécie, como é o caso do instinto • Assim, por volta de 1900, os psicólogos buscaram explicações mais plausíveis para o comportamento humano. CARL GUSTAV JUNG (1875-196) • Médico psiquiatra • Símbolos e sonhos • 4 funções psíquicas: • Pensamento • Sentimento • Sensação • Intuição • Atitudes: introversão e extroversão • “Conheça todas as teorias, domine todas as técnicas, mas ao tocar uma alma humana seja apenas outra alma humana” Carl G. Jung • Atitudes de introversão: Concentram-se prioritariamente em seus próprios pensamentos e sentimentos. • Atitudes de extroversão: Tendem a ser mais sociais e mais conscientes do que acontece à sua volta. PERSONALIDADE • Persona: significa máscara, ou seja, caracteriza a maneira pela qual o indivíduo vai se apresentar na vida em sociedade e depende dos lugares (exigem uma personalidade diferente). • Personalidade do indivíduo: É o conjunto de comportamentos e sentimentos que uma pessoa desenvolveu durante sua vida, como resultado da interação de um conjunto de influências genéticas, de história de vida passada e de determinantes da vida atual. • Genótipo: é a influência no caráter humano causada pelos genes de nossos ancestrais, particularmente os genitores. • Fenótipo: refere-se aos padrões aprendidos e incorporados por repetição, aprendizado e condicionamento, que se acrescenta às influências anteriores do endótipo e do genótipo. • Definição: Conjunto de características psicológicas relativamente estáveis que influenciam a maneira pela qual o indivíduo interage com o seu ambiente. Organização dinâmica de traços de comportamento e pensamentos. • Características: • Evolução: apesar de a personalidade ser um traço consistente, pode variar a longo prazo pela interação com o meio, pelas experiências vividas pelo indivíduo ou simplesmente, à medida que a pessoa vai amadurecendo. • Imprevisibilidade: a personalidade é uma complexa combinação de características e comportamentos que tornam difícil uma predição. • Que padrões de personalidade existem? • Tantos padrões quantas forem as diferentes histórias de interação de um indivíduo com seu meio afetivo, social, cultural, bem como sua história genética. • A vida é um processo que não se repete, avança. • Traços de personalidade • É um aspecto do comportamento duradouro da pessoa; é a sua tendência à sociabilidade ou ao isolamento; à desconfiança ou à confiançaos outros. • Mesmo com várias personas diferentes, o traço é uma característica que sempre se mantem em evidência. • Comportamento final • É o resultado de todos os seus traços de personalidade. • O que diferencia uma pessoa da outra é a amplitude e intensidade com que cada traço é vivido. • Traço predominante • Sincero, honesto, compreensivo, inteligente, cálido, amigável, tolerante, responsável, religioso, excitado, impulsivo, oportunista, radical, pessimista, agressivo. • Tipos de personalidade • Normal • Não normal • Patológica FREUD • 1856-1939 • Médico • Introdução do termo “psicanálise” • Livro: “A interpretação dos sonhos” • A psicanálise • Um modo de tratamento de desequilíbrio mental através dos processos mentais inconscientes análise de motivos do comportamento. ESTRUTURAS DO APARELHO PSÍQUICO • 3 sistemas mentais: • Consciente: consigo visualizar - reflexões, pensamentos, sensações • Pré-consciente: memórias, emoções, fantasias – durante o sonho. • Inconsciente: não consigo acessar - desejos, compulsões, agressividade – momento de revolta quando há gatilhos. • Consciente: conhecimento das impressões conjunto de processos e fatos psíquicos atual • Pré-consciente: Porções de memórias (experiências passadas, cheiro de perfume – precisa de estímulo) • Inconsciente: Pensamento ou sentimentos que vem antes da consciência (medos, conflitos, desejos) • Motivos inconscientes: medo, aflições, frustações Influenciam na personalidade ESTRUTURAS DA PERSONALIDADE • Id – instinto, impulsos inatos • Ego – consciência • Superego – regras, moral, ética • Perdemos a consciência quando estamos bêbados e nosso ego não funciona. ID • O ID é a energia psíquica original básica e central do ser humano, de origem orgânica e hereditária, exposta tanto às exigências somáticas do corpo às exigências do ego e do superego. • Instintos: regido pelo “princípio do prazer”, ou seja, sua função é procurar o prazer e evitar o sofrimento. EGO • “Princípio de realidade” o Ego é a parte do aparelho psíquico que está em contato com a realidade externa. • Se desenvolve a partir do ID, à medida que a pessoa vai tomando consciência de sal própria identidade, vai aprendendo a aplacar as constantes exigências do ID. • Elemento intelectual, racional, consciente regido pela realidade • Planejamento X ação • Objetivo: autopreservação SUPEREGO • Juiz ou censor sobre as atividades e pensamentos do Ego, • Depósito dos códigos morais, modelos de conduta e dos parâmetros que constituem as inibições da personalidade. • Moral x ação (representa os valores) • Funções: • Consciência • Auto-observação • Formação de ideais • O Superego é repressor e moral, enquanto o ID é movido pela busca incansável do prazer, e o Ego fica tentando arbitrar os inevitáveis conflitos entre o que a pessoa quer fazer e o que ela deve fazer. MODELO PSICOLÓGICO • Nesse modelo, nosso comportamento é resultante da luta do ID que busca o prazer e do Superego que busca o comportamento aceitável. • O Ego é o comportamento que vai decidir a quem obedecer. • Busca de equilíbrio diário. IVAN PAVLOV • 1849-1936 • Psicologia cientifica • Prêmio Nobel concedido na área de Medicina e Fisiologia em 1904 CONDICIONAMENTO PAVLOVIANO • Estudos obre a atividade digestiva de cães • Ivan percebeu que apenas o som de seus passos no laboratório, após sucessivos pareamentos com um bolo de carne que sempre era apresentado aos seus animais, eliciava a resposta de salivação de seus animais. • Teoria do reflexo condicionado • O cão aprendeu que quando a campainha aparece, a comida vem em sequência. • Com isso, Pavlov mostrou que muitos aprendizados se dão por condicionamentos clássicos (como o que ele fez), basta emparelhar um estímulo incondicionado a um estímulo neutro para gerar um novo estímulo condicionado. COMO FUNCIONA O REFLEXO CONDICIONADO • Estímulo → tudo aquilo que esperamos uma resposta • Estímulo indiferente + Estímulo incondicionado (apresentação da carne) → Resposta incondicionada • Estímulo indiferente → Resposta condicionada • No condicionamento clássico, o estímulo incondicionado (EI) é aquele que incondicionalmente, provoca uma resposta natural e automática. Por exemplo, quando você cheira um de seus alimentos favoritos, você pode imediatamente sentir muita fome e salivar. Neste exemplo, o cheiro da comida é o estímulo não condicionado. • O estímulo incondicionado naturalmente desencadeia uma resposta incondicionada. Você não tem que aprender para responder. • Pavlov para falar de estímulo incondicionado e respostas incondicionadas partiu das suas observações sobre a sua experiência, onde a comida sempre estimulava a salivação nos cães. • Para tal relação, Pavlov chamou a comida de Estímulo incondicionado e a salivação de Resposta incondicionada. ALGUNS CONCEITOS DE PAVLOV • Eliciar ou estimular: provocar uma resposta automática quando dado um estímulo. • Comportamento reflexo • Comportamento eliciado • • Pareamento: associação de estímulos. Em se tratando de condicionamento, estímulo eliciador juntamente com estímulo neutro. • Estímulo condicionado é, inicialmente, um estímulo neutro que não desencadeia resposta. • Quando um estímulo neutro é pareado com um estímulo não condicionado ocorre aprendizagem • • O estímulo neutro, agora chamado de estímulo condicionado, realiza a mesma ação da resposta não condicionada, agora chamada de resposta condicionada, sem ser pareada com estímulo não condicionado. • Estímulos condicionados são psicologicamente associados com condições como antecipação, satisfação e medo. • A relação entre resposta e estímulo condicionados é conhecido como reflexo condicionado (ou condicionamento reflexo) REFLEXO INCONDICIONADO • Reflexo inato (nasceu com a pessoa) • Biologicamente estabelecido • São aqueles com os quais os animais nascem, adquiridos ao longo da evolução de sua espécie, ou filogênese. • Por exemplo, se colarmos comida na boca de um cão, ele começa a salivar. Isso está determinado dentro do seu próprio sistema nervoso. • São respostas involuntárias diretas e não aprendidas (são os reflexos protetores, alimentares, posturais e sexuais) • Exemplos de estímulos incondicionados e respostas incondicionadas. REFLEXOS CONDICIONADOS • Adquiridos durante a vida • Aprendizado de que o SN é capaz de desenvolver • À media que determinados estímulos ambientais vão agindo sobre eles, formam respostas condicionadas a esses estímulos. • Respostas obtidas por estímulos diferentes daqueles que primitivamente as provocavam, a associação ao estímulo normal em condições preestabelecidas para se obter o chamado condicionamento. CONDIÇÕES PARA O REFLEXO CONDICIONADO • Estímulo • Repetição da experiência • Reforço • Ausência de novos estímulos • Grande parte dos nossos estados ou respostas emotivas, como estar com medo, alegre, relaxado, ansioso, triste, etc. É uma relação respondente entre nosso organismo e o ambiente. • Para todos esses estados ou respostas emotivas serem eliciadas alguém estímulo deve ser apresentado algo que afeta precisa acontecer. TEORIA DE SKINNER • 1904-1990 • Estudo do comportamento • A personalidade é uma coleção de comportamentos • Comportamento pode ser modelado • Reforço (causa) • Comportamento (efeito) • Apoia-se na ideia de que o aprendizado tem a função de mudança no comportamento • Fundamental compreender os motivos que levam os sujeitos a determinado comportamento → prever futuros comportamentos como também os controlar. CLASSES DE COMPORTAMENTOS • Respondente ou reflexo: involuntário, ação de componentes físicos do corpo (ex: glândulas, suar...) • Operante: voluntário, ação demúsculos que estão sob controle espontâneo (comer, falar); é controlado pelas suas consequências. CONDICIONAMENTO • Forma básica de aprendizado • Envolve uma resposta simples ou uma série complexa de respostas. • Determinados estímulos (eu que vou determinar os estímulos) DIVISÃO DE CONDICIONAMENTO • Condicionamento respondente ou clássico • Condicionamento operante ou instrumental CONDICIONAMENTO RESPONDENTE OU CLÁSSICO • Comportamento involuntário e as reações emocionais condicionadas • Está intimamente ligado ao sistema nervoso autônomo (contração das pupilas, ...) → pode dar origem aos reflexos condicionados ou incondicionados. CONDICIONAMENTO OPERANTE OU INSTRUMENTAL • Reflexo condicionado é uma reação a um estímulo casual • Condicionamento operante é um mecanismo que premia uma determinada resposta de um indivíduo até ele ficar condicionado a associar a necessidade á ação. PRINCIPAIS TIPOS DE REFORÇO REFORÇO • Um reforçador é qualquer coisa que fortaleça a resposta desejada. • Um elogio verbal, uma boa nota, um sentimento de realização ou satisfação crescente REFORÇO POSITIVO • Todo estímulo que quando está presente aumenta a probabilidade de que se produza uma conduta • Fortalece a probabilidade do comportamento pretendido que segue recompensa REFORÇO NEGATIVO • Também aumenta a probabilidade de um comportamento, porém dessa vez pela ausência (retirada) de um estímulo aversivo (que cause desprazer) após o organismo apresentar o comportamento pretendido. • Portanto, o seu registro é a ausência (retirada) de um estímulo que causa desprazer após a resposta pretendida. • Quando a ocorrência de um comportamento deixa de ser seguida de uma consequência reforçadora, a frequência de um comportamento diminui. PUNIÇÃO • Refere-se a um desprazer que se faz presente após um determinado comportamento não pretendido por aquele que a aplica • Consequência desagradável que ocorre após algum comportamento.
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