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Ergonomia no âmbito odontológico HOMEM – MÁQUINA – AMBIENTE • Racionalizar o trabalho; • Eliminar as manobras não produtivas; • Produzir mais, melhor e em menos tempo; • Proporcionar maior conforto e segurança à equipe de trabalho e ao paciente (ambiente, equipamento, roupas) • Odontologia é uma das áreas mais insalubres que existem (fadado a ser cego, surdo ou tortinho). ASPECTOS IMPORTANTES DA ERGONOMIA • Agendar, planejar o atendimento; • Conhecimento da capacidade de trabalho; • O excesso de trabalho pode causar desgaste cardíaco, hipertensão, fadiga, artrites, fibroses, calcificação, cansaço muscular, ansiedade, frustações, tensões emocionais e angústia; • Jornada de trabalho dever ser planejada e organizada; • Reconhecer e corrigir hábitos e imperfeições no trabalho; • Usar mobiliário indicado, trabalhar em equipe (ter uma auxiliar), posição ideal do paciente, ter visibilidade do campo de ação, evitar dores nas costas, utilizar equipamento correto de acordo com a técnica de trabalho adotada; • Hoje em dia, o cirurgião-dentista está muito mais preocupado com o que está fazendo do que como está fazendo. ÊXITO PROFISSIONAL • Êxito tecno-cientifico-cultural, aliado à satisfação financeira decorrente; • Atualmente, ser um bom Cirurgião- Dentista não é suficiente. Atingir o êxito financeiro obriga o indivíduo a mostrar toda a sua criatividade. Atualmente, para ser um Cirurgião- Dentista, o indivíduo deve ter conhecimento de Ergonomia, Direito, Sociologia, Psicologia, Biossegurança e Marketing. RISCOS OCUPACIONAIS • São considerados riscos ocupacionais a possibilidade e probabilidade de causar perda ou dano; • Os riscos mais frequentes são: físicos, químicos, ergonômicos, mecânicos ou de acidentes, os advindos da falta de conforto ou higiene e biológicos. RISCO ERGÔNOMICO • Causado por postura incorreta, falta de capacitação do pessoal auxiliar, ausência de profissional auxiliar, ausência de planejamento, ritmo excessivo e acelerado, atos repetitivos • De LERs (Lesões por esforço repetitivo) foram substituídas pelas DORTs (Doenças osteomusculares relacionadas ao trabalho - esforço excessivo de forma repetitiva sem pausas); • Organizar o ambiente de trabalho (evitar lesões nos materiais desorganizados); • Realizar planejamento do atendimento diário; • Trabalhar preferencialmente em equipe; • Proporcionar à equipe de trabalho capacitações permanentes; • Incluir atividades físicas diárias em sua rotina (principalmente fortalecimento); • Realizar exercícios de alongamento entre os atendimentos, com a orientação de um profissional da área; • Valorizar momentos de lazer com a equipe. ALGUMAS DORTs • Dores nas costas (temporárias ou permanentes) • Bursite (inflamação na Bursa – bolsa que envolve a articulação) • Tendinites (principalmente nos membros superiores por causa dos mov. Finos) • Parestesia (paralisa de alguma parte do corpo – lesão no nervo) • Tenossinovites (cotovelo, pulso, articulação dos dedos) CAUSAS • Flexão da cabeça para frente • Rotação do pescoço combinado com forte flexão para frente; • Muita flexão da parte superior do corpo; • Torção do pescoço combinado com torção da coluna; • Braços ou antebraços elevados; • Forte flexão do punho; • Muito tempo sentado e de maneira irregular; • Falta de iluminação. POSTURA INADEQUADA – curvatura da coluna REGIÕES MAIS AFETADAS • Região cervical • Ombros • Região lombar • Cotovelos • Mão e punho Planejamento PESQUISA DE MERCADO • CFO/CRO – IBGE – ABO – APCD – Prefeituras – Igrejas – Associações, etc. • O que você quer para o seu trabalho? E como? - Infraestrutura do local; - Lazer, educação, localização - Prédio, casa, centro, bairro, transporte coletivo, poder aquisitivo • Instalações do consultório • Espaço no local – infraestrutura - água, luz, internet, segurança, transporte, comércio • Adequação do imóvel - Tipo de consultório – clínica - Tipo de instalações ESTUDO DOS TEMPOS • Tempo profissional: - Dedicado ao exercício da profissão - Atendimento aos pacientes - Tempo de estudos (cursos, congressos, estudos de caso) • Tempo despendido produtivo: - Ações – prévias, simultâneas e complementares à realização do trabalho. • Tempo despendido improdutivo: - Tempo de espera (pacientes, anestesia, tempo de presa, etc). ESTUDOS DAS AÇÕES • Ações: conjunto de atos destinados â produção de um trabalho: - Ações diretas: realizadas diretamente na boca do paciente, exclusivamente pelo CD. . Exige conhecimento técno-científico universitário; . Geração de um produto final; - Ações indiretas: realizadas dentro ou fora da boca do paciente, porém não requer formação universitária; . Podem ser delegadas (ASB, TSB, TPD) . Podem ser prévias, simultâneas e complementares. ESTUDOS DOS MOVIMENTOS • Classificação geral dos movimentos do CD - Dedos - Dedos e punhos - Dedos, punhos e antebraço - Dedos, punhos, antebraço e braço - Dedos, punhos, antebraço, braço e ombro (muda a postura do CD) • Movimento ideal (mínimo de movimento) 1. dedos 2. dedos e punho 3. dedos, punho e antebraço Realizados dentro do espaço ideal de apreensão (50cm de raio a partir do centro da boca do paciente) • Espaço máximo de apreensão (inclui o movimento n°4) 1. dedos 2. dedos e punho 3. dedos, punho e antebraço 4. dedos, punho, antebraço e braço - Além do 50cm da boca, exigindo extensão do braço. (divisão das áreas da sala de atendimento) - até 50 cm: perfeito - até 100 cm: ok - até 150 cm: não dá CÍRCULO A – Espaço ideal de pega • Apenas o braço; • É o primeiro raio; • Os instrumentais e as pontas ativas do equipo devem estar situados nesta área; • Corresponde ao espaço ideal de apreensão; • Aí também devem estar os mochos. CÍRCULO B • Segundo raio; • Área útil de trabalho (extensão completa do braço) CÍRCULO C • Área da sala clínica; • Deve medir 3m de diâmetro 950cm por sub-área) • Localização dos laboratórios e armários fixos, sendo que suas gavetas, quando abertas, devem alcançar o círculo (B) RACIONALIZAÇÃO DE TÉCNICAS • Equipamento adequado, onde os princípios ergonômicos tenham sido observados na concepção da cadeira, do modo, das pontas ativas, da unidade auxiliar, do refletor e do armário clínico; • Distribuição racional do equipamento e do instrumento nas áreas de ação do CD e de ASB; • Posturas ergonômicas de trabalho; • Utilização eficiente de pessoal auxiliar, inclusive na função instrumentador; PRINCÍPIOS PARA ADOÇÃO DE POSTURA SAUDÁVEL DE TRABALHO EM ODONTOLGIA • Postura em pé 1- coluna com menor tensão, porém menor retorno venoso • Postura sentada 1- Aumenta a carga entre os discos intervertebrais em 40% 2- A pelve tende a rotacionar para cima e para traz, estirando a coluna na região lombar DESVIOS DA COLUNA CERVICAL • Lordose: aumento da concavidade na região cervical ou lombar; • Cifose: aumento da convexidade torácica, “corcunda”; • Escoliose: desvio lateral da coluna SÍNDROME DO TUNEL DO CARPO • Tendinite -> líquido sinovial aumenta o volume e pressiona o nervo. Dor e perda de movimento. FADIGA OCULAR • Utilizar umidificadores de ar para melhorar o ambiente de trabalho (um copo com água sobre a mesa tem efeito parecido) • Descansar os olhos por cerca de dois minutos a cada 2 ou 3 horas, (fechar, piscar e olhar para o horizonte – distância maior que seis metros) • Ajustar a iluminação do local de trabalho, evitar reflexos • Mantenha a coluna ereta e confortável, enquanto ombros e pescoço ficam relaxados, para assegurar uma postura saudável. • Pisque mais vezes, pois, apesar de ser um ato involuntário, piscamos cinco vezesmenos do que quando estamos em estado de atenção • Boas horas de sono são inevitáveis para relaxar também os olhos • Se houver quaisquer sintomas de fadiga ocular e nada disso preveni- los, faça compressas geladas com água filtrada ou mineral durante alguns minutos (ou colírio) PERDA AUDITIVA INDUZIDA POR RUÍDO (PAIR) - irreversível • Sons indesejáveis ou desagradáveis • Quando o ruído é intenso e a exposição a ele é contínua, média 85dB (8h por dia), ocorrem alterações estruturais na orelha interna, que determinam a ocorrência da perda auditiva induzida por ruído (PAIR) • A PAIR é o agravo mais frequente à saúde dos trabalhadores, estando presente em diversos ramos de atividade • Perda auditiva • Dificuldade de compreensão de fala • Zumbido (certos casos) • Intolerância a sons intensos; • O trabalhador portador de PAIR também apresenta cefaleia, tontura, irritabilidade e problemas digestivos, entre outros. POSIÇÃO DE TRABALHO A- Zona de transferência B- Área de trabalho C- Área útil do consultório • Referência cabeça do paciente • Destros: vai trabalhar do lado direito do paciente, entre 6 e 12h • Canhoto: lado esquerdo, entre 12- 6h • POSIÇÃO 11H • Indicada para fases oclusais - Visão direta na mandíbula - Visão indireta na maxila • Considerada a posição central de referência, pois a partir desta o CD poderá movimentar-se para a esquerda ou direita. POSIÇÃO 9H • Indicada para trabalhos nas faces voltadas para a direita do paciente • Faces vestibulares nos quadrantes 1 e 4 • Faces linguais dos quadrantes 2 e 3 POSIÇÃO 12H (raspagem e restauração) • Indicada para trabalhos nas faces voltadas para a esquerda do paciente • Lingual dos quadrantes 1 e 4 • Vestibular dos quadrantes 2 e 3 POSTURAS DE TRABALHO • 90° entre a perna e a coxa • Não pode fazer pressão na área posterior do joelho (se não fica sem irrigação) POSICIONAMENTO DA COLUNA VERTEBRAL • Quando não adotamos uma postura de trabalho ereta e equilibrada, ocorre sobrecarga nos discos intervertebrais e compressão na região abdominal, dificultando o fluxo sanguíneo. POSIÇÃO DO PACIENTE • Posição supina (deitado de barriga para cima) • A cabeça deverá ser movimentada de acordo com o procedimento a ser realizado, evitando a inclinação do tronco ou pescoço do profissional. • Inclinação para frente - acesso a face oclusal dos dentes da arcada inferior - melhor se usar um apoio de cabeça, ou ajustar o apoio de cabeça da própria cadeira, se houver - o plano oclusal inferior deverá ficar inclinado cerca de 25° para trás. POSICIONAMENTO ADEQUADO DO REFLETOR ODONTOLÓGICO • Deve ficar em uma distancia de 50- 70cm da boca do paciente • CD fica a 40cm do refletor PACIENTES QUE NÃO MANTEMOS A POSIÇÃO ERGOMÉTRICA POR MUITO TEMPO • Gestantes • Pacientes especiais • Crianças GESTANTES • A posição ideal à gestante principalmente após o sexto mês é com o encosto em 45°, pois devido ao volume aumentado na região abdominal, poderá ocorrer o quadro de SÍNDROME HIPOTENSA SUPINA pela compressão da artérias aorta abdominal e da veia cava inferior • Em caso de SÍNDROME HIPOTENSA SUPINA (falta de ar, desmaio) - virar a paciente para a esquerda; - oxigenar a paciente; - evitar a posição de Trendelemburg; - solicitar apoio médico; ORGANIZAÇÃO DA ÁREA DE TRABALHO • Agenda organizada • Não ultrapassar número de pacientes atendidos no dia • Caso essas recomendações não sejam seguidas, pode sobrecarregar o CD e a equipe, aumentar o estresse, desgaste cardíaco, hipertensão, fadiga, fibroses, calcificações, cansaço muscular, ansiedade, frustações, tensões emocionais, angustias, etc. ODONTOLOGIA A QUATRO MÃOS • Melhor qualidade e precisão dos trabalhos • Possibilita melhor postura de trabalho do CD • Aumento da produtividade • Diminui a possibilidade de contaminação dos frascos e embalagens, aumentando a biossegurança • Os equipamentos e instrumentos devem ser posicionados à mesma altura da boca do paciente • Diminui o tempo de duração do atendimento, e aumenta o conforto do paciente RELAXAMENTO (alongamento) • 10 min a cada 90 minutos de atendimento ÁGUA • Tipo de reservatório • Qualidade • Distribuição AR COMPRIMIDO • Compressor - localização para instalação - ruídos - modelo odontológico • Uso de cilindros estéreis TAMANHO MÍNIMO • 9m² • Circulação de pessoas • Armário e equipamentos RECEPÇÃO • Iluminação • Temperatura • Sem ruídos • Cores agradáveis • Mobiliário SALA CLÍNICA • Iluminação • Temperatura • Sem ruídos • Cores agradáveis • Piso EQUIPAMENTOS PERIFÉRICOS • Cuspideira, mesa do auxiliar, raio X, compressor, autoclave, bomba a vácuo, câmara escura, aparelhos de polimerização, ultrassom
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