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Disciplina: História e antropologia da nutrição Aula 6: Escolhas alimentares Apresentação Será que nós temos inteira autonomia sobre nossas escolhas alimentares? Esse é o questionamento que norteia esta aula. Para responde-lo, dialogamos com os aprendizados que tivemos nas aulas anteriores e procuramos mostrar que, apesar de seres biologicamente onívoros, nossas escolhas alimentares sofrem diferentes in�uências simbólicas. Dessa forma, delineamos algumas das in�uências que a cultura, a tecnologia, a renda e a escolaridade exercem sobre nossos hábitos e escolhas de alimentação e Nutrição. Com isso, será possível perceber diferentes dinâmicas socioculturais que atuam na construção de nossos hábitos alimentares. Objetivos Apontar diferentes fatores que in�uenciam nossas escolhas alimentares; Analisar as in�uências culturais e político-econômicas que incidem sobre as escolhas alimentares; Reconhecer fatores tecnológicos, de renda e escolaridade que in�uenciam as escolhas alimentares. Liberdade alimentar Como vimos em nossa aula sobre modelos alimentares, os seres humanos são animais onívoros. Ainda que algumas pessoas optem por seguir modelos alimentares restritivos, biologicamente, temos a capacidade de comer quase todo tipo de alimento. Essa aparente liberdade alimentar nos dá a sensação de que somos totalmente livres para escolher o que comemos. Mas será que não existem fatores que condicionam nossas escolhas e que, muitas vezes, estão tão naturalizados culturalmente que não nos damos conta dessa in�uência? Respondendo ao questionamento proposto acima, podemos a�rmar que diversos fatores in�uenciam nossas escolhas alimentares. Por mais isentas que nossas escolhas alimentares possam parecer, elas não são. Nesse sentido, apresentamos, nas próximas linhas, alguns dos fatores que podem in�uenciar essas escolhas. Fatores culturais Família, religiosidade, tradições étnico-culturais e regionalidades. Fatores político-econômicos Legislação e políticas alimentares do Estado, renda e oferta local de alimentos. Fatores tecnológicos Via redes sociais, grande mídia, tecnologia no campo e a própria indústria de alimentos. Fatores de escolaridade Formação dos indivíduos incidem nas suas escolhas alimentares. O sociólogo Michel Poulain chama essa sensação de liberdade de escolha de “dilema do onívoro”. Legenda (Fonte: Lightspring / Shutterstock). O ato alimentar, segundo Poulain, se desenrola de acordo com regras impostas pela sociedade, in�uenciando a escolha alimentar. Essas regras são representadas pelas maneiras no preparo dos alimentos, pela montagem dos pratos e pelos rituais das refeições (como, por exemplo, os modos e as posições das pessoas à mesa, a divisão da comida entre os indivíduos, os horários estipulados, entre outros), contribuindo para que o homem se identi�que com o alimento, também por sua representação simbólica. (POULAIN, 2009, p. 64) Sendo assim, o fato de termos uma alimentação mais adaptável que a maioria dos animais, nos dá a sensação de que podemos escolher o que comer inde�nidamente. No entanto, nossas escolhas sofrem diversas in�uências desde os primeiros momentos de nossa vida, pois, mesmo antes de podermos escolher o que comer, já existem regras e códigos socioculturais que de�nem nossa alimentação. Saiba mais A amamentação, que talvez seja a primeira fonte de alimento dos humanos, não é uma unanimidade na maioria das culturas. Durante alguns anos, o hábito de amamentar foi culturalmente condenado e, por conta disso, houve a introdução de novas práticas, como mamadeiras, seguida de novos alimentos, como o leite de vaca. (Fonte: Natalia Deriabina / Shutterstock). Nossa medicina ocidental considera o leite materno como o alimento mais importante, fundamentalmente na primeira infância. No Brasil, o Ministério da Saúde faz intensas campanhas sobre a importância do aleitamento exclusivo, no mínimo, durante os seis primeiros meses. Mesmo assim, estudos nos mostram que existem hábitos de introduzir diferentes alimentos, como leites, suplementos farináceos, água, sucos, chás e outras coisas para as crianças. Esses hábitos variam de localidade para localidade, de família para família, mas todos podem ser entendidos como fatores culturais, que agem sobre nossas escolhas alimentares. De uma maneira geral, podemos de�nir como fatores culturais todos os aspectos culturais que in�uenciam as escolhas alimentares dos indivíduos numa sociedade. Isso varia desde uma escala macro, se pensarmos na formação étnico-cultural dessa sociedade. O que é culturalmente dito como comestível varia de acordo com os códigos de cada cultura e, mesmo dentro de uma cultura, podem haver mudanças de acordo com locais geográ�cos especí�cos. Chamamos isso de regionalidade. Quando pensamos no Brasil, por exemplo, um país com uma grande diversidade cultural, mas também com uma grande biodiversidade ecológica, o que se come no Norte não é o mesmo que se come no Sul porque a regionalidade é um fator cultural que incide sobre os hábitos alimentares de cada região e, por sua vez, in�uenciam em nossas escolhas. (Fonte: Jag_cz / Shutterstock). Exemplo A “polêmica do coentro” é um bom exemplo da regionalidade. O coentro é um tempero muito utilizado nas regiões Norte e Nordeste do Brasil, mas menos utilizado no eixo Centro-Sul. Seu sabor e cheiro acentuado causam amor e ódio entre brasileiros, mas, de acordo com algumas pesquisas, a aceitação ou repulsa à erva pode ser entendida a partir de fatores culturais regionais. A pesquisadora Joana A. Pellerano desenvolveu uma pesquisa sobre identidade e consumo alimentar com pessoas de outros estados que mudaram sua vida para São Paulo. Em um artigo publicado a partir dessa pesquisa, ela traz o exemplo do coentro e do açaí, como alimentos de controvérsia e identidade regional como podemos ver nesse depoimento de um dos entrevistados do artigo. Acho que a coisa mais diferente [em São Paulo] é que odeiam coentro, né? É impressionante. Quer fazer sucesso no Face[book], é só falar bem de coentro. Na mesma hora vem todo mundo reclamar, dizer que coentro é nojento. É o post mais comentado. O povo parece que �ca ofendido porque alguém gosta de coentro. Eu que tinha que me ofender porque tão falando mal de uma coisa que eu gosto muito, né? É tipo se tivesse xingando a minha mãe [risos]. (PELLERANO, 2017, p.107) (Fonte: Swapan Photography / Shutterstock). Mas há também pesquisas que indicam in�uências de aspectos biológicos na repulsa ao coentro, como indica Helena Santos. O coentro é composto por aldeído, presente também na canela, na baunilha e nas amêndoas amargas. É uma substância orgânica muito utilizada em artigos de cosmética, daí que o cérebro o agrupe na mesma prateleira do sabão. É através desse reconhecimento de cheiro que o cérebro identifica o que deve ou não comer. Esse processo é a razão da repulsa, que chega a parecer irracional. Essa comparação com o sabão é mais comum na Europa e nas populações judias e afro-americanas. Fonte: SANTOS, 2016. Além da das tradições étnico-culturais e da regionalidade, há fatores culturais que in�uenciam nossas escolhas alimentares numa escala menor de alcance, como a família e a religiosidade. Sobre a religiosidade já falamos na última aula, mas sobre a família, podemos dizer que ela in�uencia nossa alimentação de diferentes formas ao longo da vida. Comentário A família, geralmente, é o primeiro lugar de introdução alimentar das crianças. A forma como isso é feito e os tipos de alimentos ofertados na primeira infância são elementos de in�uência de nossas escolhas desde os primeiros momentos que ganhamos mais autonomia de escolha. Por exemplo, a nutricionista Gabriela Capim comanda um programa no canal GNT sobre a di�culdade de alimentação de algumas crianças e, na maioria dos casos, a escolha das crianças está diretamente relacionada às escolhas dos familiares. Fatores político-econômicos Dando prosseguimento ao estudo dos fatores que in�uenciam nossas escolhas alimentares,passamos aos fatores político- econômicos. O primeiro deles vem da administração política, das políticas alimentares que cada Estado implementa. No Brasil, as políticas alimentares raramente seguem uma linearidade, o que signi�ca que, infelizmente, a cada novo governo assumido, as orientações político-ideológicas de alimentação e nutrição mudam. A legislação é outro fator que in�uencia nossas escolhas, pois elas se relacionam diretamente com a oferta de alimentos, distribuição, rotulação, propaganda. No Brasil, a indústria de alimentos tem uma liberdade legislativa maior do que em muitos países ocidentais, mas existem agências reguladoras e conselhos que procuram �scalizar propagandas, rotulagens e, até mesmo, a produção de alimentos em nosso país, como é o caso da Agência Nacional de Vigilância Sanitária <//portal.anvisa.gov.br/> e do Conselho Nacional de Autorregulação Publicitária <//www.conar.org.br/> . Também podemos apontar o cenário econômico do país, a renda familiar de cada pessoa e a oferta de distribuição de alimento de cada região como fatores político-econômicos. Nem todos os produtos estão disponíveis em todos os lugares. Nos grandes centros econômicos do país, a oferta é muito maior do que nas áreas mais periféricas. Por outro lado, por termos uma distribuição logística de abastecimento predominantemente rodoviária alguns itens de hortifrutigranjeiro podem ser mais frescos no interior que nos grandes centros. O valor desses produtos também sofre alterações de acordo com a localidade, também in�uenciados por essa distribuição. (Fonte: Serg64 / Shutterstock). Exemplo A greve dos caminhoneiros de 2018 é um bom exemplo para entendermos como fatores político-econômicos incidem sobre nossas escolhas. Uma das maiores crises de distribuição da história do país provocou impactos diretos na oferta de alimentos em diversas regiões do país. https://portal.anvisa.gov.br/ https://www.conar.org.br/ (Fonte: Watchara Ritjan / Shutterstock). Renda familiar A renda familiar também in�uencia diretamente. Ainda somos um país que sofre com a fome. Nesse sentido, nem todas as escolhas alimentares menos saudáveis estão diretamente ligadas à opção pessoal, mas também à renda familiar e à distribuição local de gêneros alimentícios. Escolaridade A escolaridade, assim como o grau de instrução, a área de formação e o tempo disponível e dedicado para a alimentação também são fatores que in�uenciam nas escolhas alimentares. Diversas pesquisas apontam a relação entre o grau de instrução e os hábitos alimentares. Uma das fontes mais completas de dados sobre isso é a Pesquisa de Orçamento Familiar, do IBGE. Com ela, é possível saber mais sobre os hábitos de consumo dos brasileiros, inclusive de acordo com a escolaridade. Quanto mais adquirimos conhecimento sobre a alimentação, maior nossa autonomia em relação às escolhas alimentares que fazemos. Isso se aplica às áreas de formação também. A Nutrição, por exemplo, é a principal área de estudo e pesquisa em alimentação, nesse sentido, além de ser especialista na área, cabe ao nutricionista a responsabilidade de multiplicar o conhecimento, promovendo a educação alimentar e nutricional. Comentário Nossas vidas estão cada vez mais corridas. Infelizmente, o tempo dedicado à alimentação tem sido cada vez mais reduzido. O Guia Alimentar para a População Brasileira traz um tópico voltado para isso, defendendo a necessidade de organizarmos nossa vida a �m de acomodar um tempo a ser dedicado para a alimentação. Tanto no sentido de escolha, compra, higienização e preparação dos alimentos, quando para o comer juntos, e com calma. Fator tecnológico Pode in�uenciar por meio das mídias nas redes sociais e pela grande mídia. Talvez esse fator seja um dos grandes desa�os atuais no exercício da educação alimentar e nutricional para os nutricionistas, pois a internet virou um dos grandes canais de propagação e busca de informações e a alimentação é um dos itens de busca mais procurados. (Fonte: Wayne0216 / Shutterstock). Desde receitas mágicas, dietas mirabolantes até per�s em redes sociais, como o Instagram, a Internet se transformou em um espaço de propagação de hábitos alimentares. O problema é que grande parte dessas informações nem sempre são de fontes con�áveis, ou seja, de recomendações certi�cadas por pro�ssionais, não apenas da área da saúde, mas nutricionistas, de fato. Com isso, muitas informações errôneas e até mesmo prejudiciais à saúde acabam ganhando força e sendo disseminadas pelas redes. No Brasil, a legislação garante que a prescrição de dietas alimentares seja de exclusividade dos pro�ssionais da Nutrição, regulamentados por meio do Conselho Nacional de Nutrição e os respectivos Conselhos Regionais. Contudo, as informações das redes vêm ganhando cada vez mais força. Esse mesmo conselho regulamenta e orienta a ética da prática pro�ssional dos nutricionistas também em relação às mídias sociais, cabendo denúncia e sanções às práticas antiéticas. A discussão sobre como lidar com o crescimento das redes ainda está no começo, mas é preciso encontrar um meio termo ético para lidarmos com as tecnologias, uma vez que elas cada vez mais in�uenciam as escolhas alimentares em nossa sociedade. Em relação às grandes mídias, como emissoras de televisão aberta e fechada, jornais e revistas, há muita informação circulando e muitas delas ainda exercem in�uência em nossas escolhas alimentares. Seja o benefício deste ou daquele alimento, recomendações de marcas, receitas e suplementos, de uma forma geral, as mídias sempre foram consideradas por boa parte do senso comum como uma fonte segura de informação. Um bom exemplo disso é a popularização de l h l h háb d d alimentos como chia, linhaça, os novos hábitos de restrição de glúten e lactose, mesmo por quem não tem alergias e intolerâncias. Mas, assim como no caso das redes sociais, não podemos olhar para a grande mídia como vilã, espaços de competição em relação ao trabalho do Nutricionista. É preciso criticidade ao lidar com as informações, mas também diplomacia para perceber os melhores caminhos de fazer das mídias mais aliados que inimigos. (Fonte: Irina Vinnikova / Shutterstock). Ainda em relação aos fatores tecnológicos, temos, por �m, as transformações que a tecnologia vem exercendo no agronegócio e na indústria alimentícia. Em relação ao campo, desde a Revolução Verde, na década de 70, o campo vem se mecanizando. É claro que isso tem fatores positivos, como o aumento signi�cativo no volume de alimentos produzidos, mas também tem, como fator negativo, o aumento da contaminação por agrotóxicos, bem como a transformação das relações de trabalho no campo. Há também a preocupação com a introdução dos alimentos transgênicos , que ainda não possuímos clareza plena sobre seus efeitos a longo prazo para a saúde humana. Mas, em relação às nossas escolhas alimentares, podemos dizer que a tecnologia no campo impõe às nossas escolhas a oferta de alimentos com alto teor de agrotóxicos, geneticamente modi�cados, alimentos os quais ainda não sabemos os efeitos que podem causar à nossa saúde. A indústria de alimentos é outro setor que veio se modi�cando fortemente ao longo dos anos. O aumento de produtos industrializados e as estratégias que essa indústria utiliza na distribuição dos mesmos é fator de grande preocupação, pois, com isso, o aumento do consumo de alimentos industrializados cresce cada vez mais, in�uenciando diretamente nas nossas escolhas. 1 https://estacio.webaula.com.br/cursos/go0065/aula6.html A preocupação é tanta que o Guia alimentar para a População Brasileira propõe uma nova classi�cação dos alimentos, colocando esses produtos numa categoria de “não-alimento”, chamando os de ultraprocessados. Chamamos atenção para isso, pois as estratégias da indústria de ultraprocessados na distribuição de seus produtos, principalmente em países em desenvolvimento, tem sido de levar seus produtos aos rincões mais longínquos. (Fonte: Fascinadora / Shutterstock). Como dissemos no iníciode nossa aula, a oferta de alimentos nas prateleiras dos mercados tem uma relação direta com nossas opções de escolha. Atividade 1. Apesar do ser humano ser biologicamente onívoro, “o ato alimentar se desenrola de acordo com regras impostas pela sociedade, in�uenciando a escolha alimentar. Cite quatro fatores que in�uenciam nossas escolhas alimentares. 2. Dentre os diversos fatores que in�uenciam em nossas escolhas alimentares, estão as in�uências político-econômicas. De que forma a renda per capita pode in�uenciar nas escolhas alimentares? Por que os Nutricionistas precisam estar atentos a esse fator em seu exercício pro�ssional? 3. A família, independente da con�guração, geralmente é o primeiro lugar de socialização alimentar da criança. Nesse sentido, qual a importância de uma educação alimentar e nutricional voltada para os pais, em relação às escolhas alimentares dos indivíduos? 4. O uso das redes sociais cresce em todo o mundo, inclusive no Brasil. No Instagram, proliferam os per�s ligados à alimentação saudável, mas que nem sempre são orientados por pro�ssionais de Nutrição. Como os nutricionistas devem pensar nas redes sociais como aliadas às escolhas alimentares saudáveis? 5. Segundo a POF-IBGE, “a Pesquisa de Orçamentos Familiares 2008-2009 teve por objetivo fornecer informações sobre a composição dos orçamentos domésticos, a partir da investigação dos hábitos de consumo, da alocação de gastos e da distribuição dos rendimentos, segundo as características dos domicílios e das pessoas. A POF investigou, também, a autopercepção da qualidade de vida e as características do per�l nutricional da população brasileira”. A POF, mostra dados comparativos sobre o consumo de alimentos no Brasil, segundo diferentes índices, incluindo escolaridade. Como podemos relacionar o grau de escolaridade com as escolhas alimentares? Notas Introdução dos alimentos transgênicos 1 Esse assunto será discutido na aula 10. Referências BIANCO, André Luiz; CASSIANO, Ana Carolina Ribeiro Lobo de. Superalimentados, mas subnutridos: um diagnóstico do sistema alimentar industrial. Ambiente e Sociedade, v. 12, n. 1, p. 203-206, 2009. Disponível em: //www.scielo.br/pdf/asoc/v12n1/v12n1a14 <//www.scielo.br/pdf/asoc/v12n1/v12n1a14> . Acesso em: 30 jan. 2019. BRASIL, Ministério da Saúde. Secretaria de Atenção à Saúde. Departamento de Atenção Básica. Guia alimentar para a população brasileira / Ministério da Saúde, Secretaria de Atenção à Saúde, Departamento de Atenção Básica. 2. ed. Brasília: Ministério da Saúde, 2014. FONSECA, Alexandre Brasil et al. Modernidade alimentar e consumo de alimentos: contribuições sócio-antropológicas para a pesquisa em nutrição. Ciência & Saúde Coletiva, v. 16, p. 3853-3862, 2011. MACIEL, Maria Eunice. Cultura e alimentação ou o que têm a ver os macaquinhos de Koshima com Brillat-Savarin? Disponível em: // www.scielo.br/ scielo.php? script=sci_ arttext & pid=S0104 -71832001 000200008 <//www.scielo.br/scielo.php? script=sci_arttext&pid=S0104-71832001000200008> . Acesso em: 22 jan. 2019. PELLERANO, Joana A. 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Explore mais Denise Carneiro fala sobre Cultura Alimentar <https://www.youtube.com/watch?v=uI3FgO80ClA> Nutricionistas - Porta dos Fundos <https://www.youtube.com/watch?v=sNHlZvk09tI> Pesquisa de dados: POF-IBGE <https://ww2.ibge.gov.br/home/estatistica/pesquisas/pesquisa_resultados.php? id_pesquisa=25> https://www.youtube.com/watch?v=uI3FgO80ClA https://www.youtube.com/watch?v=sNHlZvk09tI https://ww2.ibge.gov.br/home/estatistica/pesquisas/pesquisa_resultados.php?id_pesquisa=25
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