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Miniguia de nutrientes Para a 
Saúde InteStinal
Conhecimento é o que te permite fazer todas 
as pequenas escolhas que, somadas, fazem 
uma imensa diferença. Um único insight 
tem o poder de ressignificar totalmente o 
papel das nossas decisões no dia a dia. 
O Miniguia de Nutrientes Para a Saúde Intestinal 
da Biblioteca Puravida é uma dessas leituras 
essenciais, pois a expressão plena da nossa saúde 
depende diretamente de um intestino saudável. 
É inadiável compreender seu funcionamento, as 
múltiplas funções de que é capaz, e incorporar 
à rotina as melhores práticas e hábitos.
Permita-se redescobrir seu intestino 
enquanto um ecossistema magnificamente 
complexo, inteligente, vivo e decisivo 
para a sua prosperidade, e ter o prazer 
de nutrí-lo da melhor forma. 
O reSultadO virá na Sua 
jOrnada Saudável: em fOrma 
de vitalidade, imunidade, 
lOngevidade e bOm humOr.
Um abraço, 
Equipe Puravida
SumárIO
Os intestinos 3
As 7 funções básicas 4
Microbiota, uma população de trilhões 6
Probióticos, as bactérias ideais 7
Disbiose: a microbiota em desequilíbrio 8
Miniguia da saúde intestinal 10
Gut Health #EuSuplemento 16
OS inteStinOS
Neste miniguia, posicionamos a lupa sobre 
os intestinos e seu microbioma, cujo 
estudo pela ciência nos revela um excelente 
ponto de partida para criar saúde.
Eles são a interface entre tudo o que 
ingerimos, os subprodutos da digestão, 
a corrente sanguínea e o restante do 
corpo, com destaque para o cérebro.
Compreender a ciência por trás do 
complexo e fascinante órgão que nos 
habita, e do qual depende a plena expressão 
da saúde - ou a falta dela, é a chave para 
melhor orientar escolhas alimentares, 
suplementares e atitudes no dia a dia. 
Para entender como é possível desempenhar 
múltiplas funções, comecemos por suas duas 
partes: intestino delgado e intestino grosso.
No primeiro, é onde ocorre a absorção de grande 
parte dos nutrientes ingeridos. No segundo, 
é absorvida grande parte da água e ocorre a 
formação das fezes para a eliminação. Mas 
esta é uma simplificação. As descobertas mais 
recentes da ciência sobre suas funcionalidades 
extrapolam o ciclo digerir-absorver-excretar.
o SiStema digeStóriO é coMPosto Por boca, 
faringe, esôfago, estôMago, intestino delgado, 
intestino grosso e ânus, aléM das glândulas 
acessórias: salivares, Pâncreas e fígado.
Consulte o significado das palavras em negrito
no Miniglossário Especial Saúde Intestinal.
3Saúde inteStinal | Miniguia de nutrientes
1. dIgeStãO dOS carbOIdratOS, das 
proteínas e das gorduras que consumimos, sob 
ação das enzimas pancreáticas e do suco biliar.
2. abSOrçãO de todos os nutrientes e 
compostos bioativos que ingerimos, 
através dos enterócitos, que são células 
absortivas intestinais. 250 m² de área de 
absorção fazem do intestino o órgão com 
maior contato com o meio externo.
Os enterócitos são especialistas na 
captação de íons (incluindo sódio, cálcio, 
magnésio, ferro, zinco e cobre), açúcar, 
peptídeos, aminoácidos, lipídios, uma 
pequena parte de água e Vitamina B12, na 
reabsorção de sais biliares não utilizados 
e na secreção de imunoglobulinas, que 
atuam contra invasores do corpo. 
3. excreçãO de restos alimentares, células 
mortas, bactérias e toxinas através das fezes.
4. detOxIfIcaçãO pela ação de enzimas
antioxidantes e detoxificantes, capazes de 
eliminar toxinas e compostos maléficos
5. ImunIdade, sendo capaz de estabelecer 
uma conversação cruzada com o sistema 
imune por meio da mucosa, onde está o 
tecido imunitário GALT (Tecido Linfóide 
Associado à Mucosa). 
O intestino é o maior órgão 
imunológico que temos: ¾ dos 
nossos linfócitos estão nele.
aS 7 funçõeS báSicaS 
hoje é sabido que ele não aPenas faz jus à 
alcunha de SegundO cérebrO, coMo deseMPenha 
uM iMPortante PaPel no SiStema imunOlógicO. 
Cada pessoa traz dentro de si um órgão em 
exercício constante de suas 7 funções básicas:
4Saúde inteStinal | Miniguia de nutrientes
6. cOmunIcaçãO cOm O cérebrO:
O intestino humano contém quase 500 
milhões de neurônios, que estão conectados 
ao cérebro por meio de nervos. A cada 10 
sinalizações, 9 partem do intestino para 
o cérebro, e apenas 1 do cérebro para o 
intestino. Temos bactérias que produzem 
neurotransmissores e toxinas, de ação local, 
que podem interferir na nossa maquinaria 
cerebral. O nervo vago é um dos maiores 
nervos que conectam o trato gastrointestinal 
ao sistema nervoso e desempenha muitos 
papéis importantes em seu corpo.
Muitos dos neurotransmissores 
responsáveis por manter nossa saúde 
mental são produzidos pelas células 
ou microorganismos intestinais. 
 É importante mencionar que esses 
neurotransmissores possuem atuação local, 
ou seja, nos próprios intestinos, com funções 
relacionadas ao peristaltismo, relaxamento 
e transmissão de sinais nervosos, mas 
pesquisadores especulam se parte desses 
neurotransmissores não podem, de alguma 
maneira, afetar também os estados de humor.
O inteStinO prOduz: 
• 90% da nossa serotonina, o 
neurotransmissor do bem-estar, 
felicidade e regulação do apetite
no cérebro.
• 50% da nossa dopamina, que está associada 
ao sistema de gratificação e recompensa.
 • 60% do GABA, que reduz a 
ansiedade e traz relaxamento.
7. equIlíbrIO de hOrmônIOS: 
Por fim, o intestino pode influenciar 
também os níveis de hormônios essenciais. 
O desequilíbrio no órgão pode afetar 
enzimas envolvidas com a síntese 
hormonal, aumentando nosso cortisol 
e reduzindo os níveis de testosterona, 
estradiol e progesterona, causando 
infertilidade e baixa libido. Uma microbiota 
desequilibrada pode contribuir também 
para a reabsorção de hormônios que 
seriam eliminados, contribuindo para 
alterações nos níveis saudáveis. 
5Saúde inteStinal | Miniguia de nutrientes
Para estimar a complexidade deste ecossistema, 
imagine que a área intestinal se assemelha a uma 
floresta, que é cortada por um rio. Este rio é o 
microbioma intestinal, habitado por 500 a 1.000 
espécies de bactérias, fungos, vírus e parasitas .
Cerca de 1,5kg a 2kg do nosso peso 
é formado por bactérias, um peso 
semelhante à massa cerebral.
O conjunto de mais de aproximadamente 100 
trilhões de seres vivos que habitam o microbioma
é chamado de microbiota intestinal. 
Esses seres também realizam diversos papéis 
importantes no nosso corpo, como a participação 
na produção de vitaminas do complexo B, tais 
como B12 e folato, vitamina K, além de atuar 
no desenvolvimento do sistema imunológico, 
auxiliando na defesa do organismo. 
micrObiOta,
uMa PoPulação de trilhões
Algumas bactérias da microbiota são legítimas 
aliadas da saúde: ajudam no processo digestivo, 
estimulam o sistema imune e impedem a 
proliferação de organismos perigosos.
Outras, são prejudiciais: causam 
desconforto, comprometem a imunidade 
e estimulam quadros inflamatórios.
6Saúde inteStinal | Miniguia de nutrientes
Uma microbiota saudável depende do equilíbrio 
no intestino, com predominância das espécies 
de bactérias benéficas. Essas bactérias 
benéficas são chamadas de probióticos. 
Os probióticos trabalham produzindo inúmeras 
moléculas que trazem saúde, com destaque aos 
ácidos graxos de cadeia curta, criados a partir 
da fermentação de fibras, e que dão energia aos 
colonócitos, as células intestinais do cólon. 
Também aumentam a camada de muco e a 
produção de peptídeos antimicrobianos. 
Dentre as bactérias com mais benefícios 
citados na literatura científica estão os 
gêneros Lactobacillus e Bifidobacterium.
Lactobacillus gasseri, por exemplo, é uma cepa 
benéfica que vem sendo estudada na perda 
de peso. Seu principal mecanismo é favorecer 
a produção de ácidos graxos de cadeia curta, 
podendo contribuir para a redução da fome 
por meio da ação das incretinas no hipotálamo. 
prObióticOS,
as bactérias ideais
Esses mesmos ácidos graxos são associados 
à redução da inflamação intestinal eredução 
da resistência à insulina e à leptina.
Outra bactéria importante que habita o intestino 
é a Akkermansia muciniphila. Sua presença no 
intestino dos bebês pode ser considerada um 
marcador para o desenvolvimento e diversidade 
da microbiota intestinal. Responsável por 
estimular a produção de muco e possivelmente 
auxiliar no emagrecimento, a Akkermansia 
tende a marcar menos presença no intestino 
de adultos obesos, resistentes à insulina e com 
diabetes tipo 2, como estudos já evidenciaram.
A integridade da mucosa intestinal e o 
equilíbrio das bactérias que o habitam são 
pré-requisito para a manutenção da saúde.
Quando a integridade dos intestinos é 
ameaçada, as consequências se ramificam 
para as mais variadas áreas da saúde, 
inclusive a emocional e cognitiva. 
a micrObiOta inteStinal
caracteriza-se Pelo seu constante 
dinaMisMo, e é influenciada Por 
fatores aMbientais coMo dieta, 
estilo de vida, Prática regular 
de atividade física, consuMo 
de antibióticos e idade. 
7Saúde inteStinal | Miniguia de nutrientes
A disbiose é uma disfunção no ambiente 
da microbiota, que prejudica a capacidade 
de absorção de nutrientes, e favorece a 
multiplicação de microrganismos indesejáveis. 
A superpopulação de bactérias, fungos e 
parasitas ruins leva ao aumento da produção de 
toxinas que causam uma sobrecarga hepática, 
hiperativação imunológica e inflamação crônica, 
que, por sua vez, podem alterar nossa saúde 
hormonal, cardiovascular, hepática, neuronal, 
tireoidiana e demais sistemas corporais.
Conheça as principais disbioses 
e suas implicações:
Super creScimentO
fúngicO (SIfO)
Uma disbiose comum é o Super Crescimento 
Fúngico, ou SIFO, que é quando há uma elevação 
da quantidade de fungos no intestino como a 
Candida, que pode causar a conhecida candidíase.
Além disso, fungos podem produzir micotoxinas 
com ação estrogênica, que podem se ligar 
aos receptores do estrogênio e atuarem 
como disruptor endócrino, aumentando, 
inclusive, o risco de câncer de mama.
Nesse caso, o tratamento com óleo de orégano, 
berberina, óleo de coco, TCM, extrato de pau 
d’arco, tomilho, cravo, entre outras plantas 
antifúngicas pode ser interessante.
SupercreScimentO 
bacterianO (SIbO)
No caso das bactérias, uma disbiose do tipo 
SIBO ou Supercrescimento Bacteriano
 no Intestino Delgado, pode causar gases, 
distensão abdominal e dor.
A SIBO pode ser tratada com antibacterianos 
naturais como a berberina, óleo de menta, óleo 
de alho, cravo, canela e com uma dieta Low 
Fodmaps ou seja, baixa em oligossacarídeos, 
dissacarídeos, monossacarídeos e polióis 
fermentáveis, reduzindo dessa forma o 
crescimento de bactérias e auxiliando no 
tratamento da Síndrome do Intestino Irritável.
A dieta exclui todos carboidratos 
fermentáveis por cerca de 30 dias, 
incluindo alho, cebola, manga, melancia, 
cogumelos, feijões, grão de bico, 
abacate, trigo, xilitol, maltitol, alcachofra, 
brócolis, couve flor, entre outros.
diSbiOSe:
a Microbiota eM desequilíbrio
o desequilíbrio entre as bactérias boas 
e ruins é chaMado de disbiose. 
8Saúde inteStinal | Miniguia de nutrientes
SíndrOme dO InteStinO hiper 
permeável (leaky gut)
Os patógenos bacterianos podem ainda aumentar a
permeabilidade intestinal, desencadeando o processo 
conhecido como Leaky Gut ou Síndrome do Intestino Hiper 
Permeável, que leva à uma inflamação crônica de baixo grau. 
Nesta síndrome, com o rompimento das junções apertadas 
(Tight Junctions), que são estruturas de fronteira celular, 
o intestino se torna mais permeável, e as bactérias e toxinas 
deslocam-se para a corrente sanguínea.
Com isso, aumentam a incidência de doenças autoimunes, 
alergias e doenças inflamatórias crônicas. Essas alterações 
irão afetar hormônios e proteínas relacionadas ao apetite e ao 
armazenamento de gordura, promovendo o ganho de peso. 
Os sintomas de Leaky Gut incluem alergias e 
hipersensibilidades, rinites, sinusites, enxaqueca, 
dermatite, ansiedade e favorecendo a resistência 
à insulina, a obesidade e diabetes.
neurOinflamaçõeS 
e Saúde mental
Vários estudos mostraram que a composição das bactérias 
intestinais pode ter um impacto profundo na saúde mental 
e no funcionamento do sistema nervoso. 
A neuroinflamação relacionada ao intestino tem sido associada 
ao desenvolvimento de doenças como esclerose múltipla, acidente 
vascular cerebral, doença de Alzheimer e doença de Parkinson.
Algumas evidências científicas sugerem que um eixo 
intestino-cérebro disfuncional pode promover ganho de peso 
através da indução de mudanças em nosso metabolismo, 
controle de saciedade e comportamento alimentar. 
Um estudo publicado em 2020, por exemplo, demonstrou 
como a disrupção na sinalização no eixo intestino-cérebro 
pode criar uma forte preferência pelo dulçor do açúcar. 
Assim, a nutrição pode influenciar a comunicação ao longo 
do eixo intestino-cérebro, afetando ainda mais as ligações 
entre o trato gastrointestinal e o sistema nervoso. 
9Saúde inteStinal | Miniguia de nutrientes
Para a multiplicação de mais Akkermansia, 
Lactobacillus e Bifidobacterium, precisamos ter 
uma alimentação rica em nutrientes que vão 
estimular o crescimento de bactérias boas e 
reduzir o crescimento de patógenos.
Já se tivermos uma alimentação rica em 
açúcares, farináceos, frituras e excesso 
de óleos ultraprocessados, estimulamos 
o crescimento de bactérias nocivas. 
A ciência evidencia, com vasta literatura, 
que a dieta é um modulador chave do 
microbioma intestinal. A melhor forma de 
modular a comunicação entre o intestino e 
cérebro é justamente através da nutrição.
Tudo vai depender do que você oferece 
ao seu intestino. É possível ainda oferecer 
os principais prebióticos e probióticos
ao corpo na forma de suplemento. 
Neste miniguia, trazemos o que a ciência 
tem de mais recente sobre a relação entre 
nutrição, saúde e intestinal e seus impactos.
fatOreS a cOnSiderar
A microbiota intestinal caracteriza-se 
pelo seu constante dinamismo, e é influenciada 
por inúmeros fatores, como hábitos, estilo 
de vida, histórico pessoal, que interferem 
no seu perfil e equilíbrio.
É importante avaliar os múltiplos fatores 
que podem alterar o microbioma e 
a permeabilidade intestinal.
• PADRÃO ALIMENTAR: priorizar o consumo 
de fibras e polifenóis e evitar o excesso de 
açúcar, amidos e óleos ultraprocessados, 
gorduras saturadas que são presentes em 
carnes gordas, e gorduras trans presentes 
em bolachas, doces, sorvetes, margarina, 
entre outros produtos industrializados.
“Os aditivos alimentares mais utilizados 
pela indústria alimentícia são 
reconhecidamente causadores de
dano epitelial-intestinal. Então, 
descasque mais, e desembale menos.” 
Murilo Pereira, no Puravida Cast Ep. 34
miniguia
da saúde
intestinal
o Padrão aliMentar Pode ser 
uMa atitude Poderosa eM Prol 
da saúde, Mas taMbéM a razão 
Para o surgiMento de doenças. 
10Saúde inteStinal | Miniguia de nutrientes
• CONSUMO DE ÁGUA.
• ALTERAÇÕES DIGESTIVAS: falta de 
ácido no estômago, danos pancreáticos, 
remoção da vesícula, falta de mastigação 
e ingestão de líquidos nas refeições.
• HISTÓRICO PESSOAL: quem nasce de 
parto normal é colonizado por Lactobacillus
presentes na vagina materna, reduzindo o 
risco de disbiose no futuro. A amamentação
também é um ponto relevante: bebês que 
recebem o leite materno são colonizados por 
bactérias ao entrar em contato com a mama 
e também recebem prebióticos no leite. 
Pessoas criadas na zona rural possuem 
uma microbiota mais saudável que 
aquelas criadas em ambiente fechado, 
sem contato com animais e a natureza.
• PRÁTICA DE ATIVIDADE FÍSICA, 
que reduz temporariamente o fluxo 
sanguíneo intestinal e as bactérias 
aeróbicas patogênicas que são 
dependentes de oxigênio.
• ROTINA ALIMENTAR: comer com atenção 
plena, sentar-se à mesa, desligar a TV, deixar 
o celular longe e mastigar bem os alimentos 
é fundamental para que tenhamosuma boa 
digestão, evitando com que pedaços de 
alimentos grandes cheguem ao intestino e 
sejam fermentados por bactérias intestinais. 
• ROTINA DE EVACUAÇÃO: o horário, a 
frequência e a observação da consistência 
das fezes são fundamentais.
• ALTERAÇÕES TIREOIDIANAS: enquanto no 
hipotireoidismo há um retardo da motilidade 
gastrointestinal e menor secreção da bile, no 
hipertireoidismo é mais comum ter diarréia.
• ESTRESSE PSICOLÓGICO, tem um 
efeito particularmente nocivo sobre o 
nervo vago e demonstrou estar envolvido 
no desenvolvimento de distúrbios 
como síndrome do intestino irritável 
e doença inflamatória intestinal.
• MEDICAMENTOS como os anti-
inflamatórios não esteroidais, inibidores 
da bomba de prótons, corticoides, 
opióides, além de anticoncepcionais, 
• INFECÇÕES, ALERGIAS E 
HIPERSENSIBILIDADES
• ALTERAÇÕES DO RITMO CIRCADIANO E 
PADRÃO DE SONO: por isso, ao embarcar 
na sua jornada saudável, para garantir um 
povoamento maior de bactérias benéficas 
e uma boa saúde intestinal, devemos 
nos atentar ao nosso estilo de vida.
“Nós temos que ter um padrão 
alimentar que promova uma rotina 
intestinal, da mesma que forma que 
nós temos rotina de exercício, 
da mesma forma que nós temos rotina 
de leitura, uma rotina de estudo, nós temos 
que ter uma rotina de evacuação.” 
Murilo Pereira, no Puravida Cast Ep. 34
11Saúde inteStinal | Miniguia de nutrientes
• PROTEÍNAS
As proteínas já são velhas conhecidas de 
quem escolheu trilhar uma jornada saudável, 
mas um estudo publicado há menos de 2 
anos nos dá a oportunidade de revisitá-las 
sob uma nova ótica: a saúde intestinal.
A manutenção do peso ideal tem tudo 
a ver com a saúde do seu intestino e a 
quantidade de proteínas que você ingere.
Publicado no Journal of Obesity Metabolic 
Syndrom, o estudo Mecanismos relacionados 
à ingestão da proteína na perda de peso 
por meio da sinalização intestinal (Clinical 
Evidence and Mechanisms of High-Protein 
Diet-Induced Weight Loss) afirma que 
ensaios clínicos diversos descobriram que 
consumir mais proteína do que a dieta 
recomendada não só reduz o peso corporal, 
mas também aumenta a composição 
corporal, diminuindo a massa gorda e 
preservando a massa livre de gordura.
Os relatos dos ensaios clínicos (de longo prazo, 
entre 6 a 12 meses) demonstraram que uma 
dieta rica em proteínas fornece efeitos de 
emagrecimento e traz um benefício adicional, 
prevenindo o ganho após o emagrecimento.
Isto acontece porque, com o aumento da ingestão 
de proteínas, as células intestinais elevam a 
produção de colecistoquinina e incretinas, 
que atuam no hipotálamo, promovendo uma 
resposta favorável ao emagrecimento.
Quer melhor razão para
incluir e suplementar proteínas
na sua jornada saudável?
12Saúde inteStinal | Miniguia de nutrientes
• PREBIÓTICO
Definição da OMS (Organização Mundial da 
Saúde): “Ingredientes alimentares não digeríveis 
que afetam beneficamente o hospedeiro ao 
estimular seletivamente o crescimento e/ou a 
atividade de espécies bacterianas presentes 
no cólon e, assim, melhoram a saúde”. 
Ou seja, são fibras de um tipo especial, que 
estimulam o crescimento dos microrganismos 
benéficos, ou probióticos, principalmente os 
Lactobacillus e Bifidobacterium.
A combinação de probióticos (espécies boas) 
e prebióticos (fibras alimentares), é capaz 
de promover uma maior produção de ácidos 
graxos de cadeia curta, principalmente o 
butirato, que combatem a neuroinflamação e 
modulam a produção de neurotransmissores. 
EFEITOS NA SAÚDE MENTAL
As cepas de probióticos que mais 
afetam o funcionamento do sistema 
nervoso central são frequentemente 
chamadas de psicobióticos.
Evidências científicas têm demonstrado 
que esses chamados psicobióticos podem 
melhorar as funções cognitivas, bem como os 
sintomas de estresse, ansiedade e depressão.
Os lactobacilos e as bifidobactérias, uma vez 
suplementados, podem atuar na melhora da 
ansiedade e saúde mental, mas não apenas.
EFEITOS NO EMAGRECIMENTO
A suplementação diária de Lactobacillus 
gasseri pode contribuir para a redução da 
massa gorda visceral em adultos obesos.
É o que sugere um estudo com 90 voluntários 
obesos de 20 a 75 anos, publicado em 2018 
no Journal of Medicinal Food. 
Depois de 12 semanas, o tecido adiposo 
visceral de quem recebeu Lactobacillus 
gasseri em alta dose havia diminuído 
significativamente em relação ao grupo que 
recebeu o placebo. Também as circunferências 
da cintura diminuíram nos grupos de alta e 
baixa dose. Mas não no grupo placebo. 
COMPOSTOS BIOATIVOS 
Nossas bactérias intestinais desconjugam 
outros compostos bioativos, permitindo 
que sejam absorvidos e exerçam suas 
funções anti-inflamatórias, antioxidantes, 
neuroprotetoras, antibacterianas, 
antifúngicas, antivirais e prebióticas.
Esses compostos bioativos podem ser 
polifenóis, presentes nas frutas roxas e 
vermelhas como o resveratrol e as antocianinas, 
a curcumina e os curcuminóides da cúrcuma, 
o eugenol do cravo e da canela, a quercetina 
da maçã e da cebola, o hidroxitirosol do azeite 
de oliva e as catequinas do chá verde e do 
matchá também alimentam bactérias boas.
• FIBRAS
Atualmente, a maioria das pessoas não atinge o consumo 
de fibras recomendado. O organismo, com essa carência, 
deixa de receber a matéria-prima necessária para que 
espécies benéficas prosperem nos intestinos. E não se trata 
apenas de quantidade, mas principalmente qualidade.
Fibras podem ser insolúveis - presentes principalmente 
em folhas verdes e cereais - ou solúveis, provenientes 
de algumas sementes, frutas e legumes - e são o 
alimento ideal das bactérias intestinais benéficas, 
recebendo o nome de prebióticos. 
13Saúde inteStinal | Miniguia de nutrientes
Também os flavonóides encontrados nas 
frutas, ervas, especiarias e legumes, são 
capazes de alimentar bactérias boas, e por 
isso são chamados de flavobióticos. Aqui, 
podemos citar a curcumina, as catequinas 
do cacau verde, os flavonóides do cacau, as 
antocianinas das frutas vermelhas e roxas, 
o ácido elágico da romã, entre outros.
Outra excelente fonte prebiótica é o 
amido resistente, abundante na banana 
verde - que pode ser batida em sucos 
verdes ou smoothies proteicos.
E quando pensamos em nutrir a atividade do 
eixo intestino-cérebro, não podemos esquecer 
do ômega 3, ácido graxo essencial que nosso 
corpo não produz e que necessitamos obter 
por meio da alimentação ou suplementação.
O ômega 3 neutraliza a ação inflamatória 
de bactérias nocivas, mantém a integridade 
intestinal e favorece a formação das 
membranas celulares, tornando a comunicação 
do nervo vago mais harmônica.
• VITAMINAS 
Embora as fibras ganhem destaque na 
saúde intestinal, um estudo de 2021 
mostrou como as vitaminas também são 
essenciais na modulação do microbioma.
Os potenciais mecanismos de como as 
vitaminas afetam a composição e a função 
do microbioma intestinal podem incluir: 
Efeitos antioxidantes locais.
Redução da permeabilidade intestinal.
Aumento da produção de imunoglobulinas.
Otimização do sistema imune.
Produção de mucina intestinal.
Modulação do microbioma intestinal.
Em 2021, o estudo Vitamins, the gut microbiome 
and gastrointestinal health in humans, publicado 
na revista Nutrition Research, trouxe à luz 
resultados importantes sobre a suplementação 
de vitaminas na saúde intestinal:
Esta revisão do impacto de vitaminas na saúde 
intestinal demonstrou que, além das fibras, as 
vitaminas também são essenciais na modulação 
do microbioma da integridade intestinal: 
14Saúde inteStinal | Miniguia de nutrientes
Vitamina A: crianças que receberam a 
suplementação de vitamina A tiveram uma 
maior abundância de Bifidobacterium fecal.
Vitamina D : baixos níveis plasmáticos de 
25- hidroxi vitamina D estão associados a um 
risco aumentado de cirurgia e hospitalização 
relacionadas à doença inflamatória intestinal. 
Além disso,em pessoas com a Doença 
de Crohn, o baixo nível de vitamina D está 
associado à maior atividade da patologia e 
menor qualidade de vida. Por outro lado, a 
normalização do status de vitamina D reduziu 
o risco de cirurgia relacionada à doença.
Vitamina B2: os pesquisadores descobriram 
ainda que a suplementação de vitamina B2 
resultou em redução do estresse oxidativo 
sistêmico e trouxe efeitos anti-inflamatórios com 
diminuição da proteína C reativa, velocidade de 
hemossedimentação, plaquetas e IL-2, levando 
à redução dos sintomas clínicos de inflamação.
Vitamina B3: já a vitamina B3 aumentou o 
número de bacteroidetes, que são bactérias 
relacionadas com menor risco de ganho de peso. 
Vitamina C : sua suplementação causou 
um aumento na diversidade alfa, que é um 
índice que mostra uma microbiota saudável, 
e reduziu a incidência de colite ulcerativa.
Estas foram algumas das mais atualizadas 
informações e estudos que preparamos para 
complementar sua jornada de conhecimento 
sobre a saúde intestinal. Nós acreditamos que 
o conhecimento transforma. Que a sua jornada 
saudável seja de cada vez mais vitalidade, 
imunidade, longevidade e bom humor.
15Saúde inteStinal | Miniguia de nutrientes
gut health
#EUSUPLEMENTO
referênciaS bibliOgráficaS: AOUN A, Darwish F, Hamod N. The Influence of the Gut Microbiome on Obesity in Adults and the Role of Probiotics, Prebiotics, 
and Synbiotics for Weight Loss. Prev Nutr Food Sci. 2020 Jun 30;25(2):113-123. doi: 10.3746/pnf.2020.25.2.113. PMID: 32676461; PMCID: PMC7333005./ DI MEO 
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