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Puericultura - MARC 6°

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1 
Khilver Doanne Sousa Soares 
Puericultura 
Puericultura é a consulta periódica de uma 
criança feita com o propósito de avaliar seu 
crescimento e desenvolvimento de maneira 
próxima 
Na puericultura devem estar presentes: 
orientações educativas, ações de promoção da 
saúde, ações relacionadas à prevenção de 
doenças e observação dos riscos e 
vulnerabilidades sob a qual está submetida a 
respectiva criança. 
 
Frequência de Consultas 
Nos primeiros 2 anos de vida as consultas 
são mais frequentes devido ao processo de 
crescimento e desenvolvimento ser mais intenso, 
por isso, no 1º ano de vida é recomendado um 
mínimo de 7 consultas de rotina: na 1ª semana, 
no 1º/2º/4º/6º/9º e 12º mês; além disso, no 2º 
ano de vida, deve se ter um mínimo de 2 
consultas de rotina: no 18º e 24º mês. Tal 
organização da frequência de consultas adotada 
pelo Ministério da Saúde toma como base o 
calendário de vacinação, permitindo a verificação 
do cartão vacinal em meses oportunos: ao 
nascimento, com 1, 2, 3, 4, 5, 6, 12 e 15 meses. A 
partir dos 2 anos de idades as consultas podem 
se tornar anuais. 
Frequência das consultas pediátricas 
A anamnese deve ser completa, com todos 
os itens de uma anamnese comum, mas devendo 
também abordar: 
1. Antecedentes pessoais da criança com 
informações desde a sua concepção, com 
ênfase nos antecedentes patológicos e 
alimentares, questionando acerca da 
gestação, nascimento e período neonatal; 
2. Desenvolvimento neuropsicomotor 
(DNPM) onde é preciso colher um relato 
da família sobre o aparecimento de 
habilidades motoras, aquisição de 
linguagem gestual e falada, controle 
esfincteriano e desenvolvimento 
socioafetivo da criança com membros da 
família e amigos; 
3. Antecedentes vacinais devendo além de 
registrar as vacinas tomadas e períodos 
em que foram realizadas, registrar eventos 
adversos (locais ou sistêmicos) caso 
tenham ocorrido; 
4. História de formação da família, 
relacionamento dos pais e aceitação da 
criança neste processo; 
2 
Khilver Doanne Sousa Soares 
5. Habitação é um ponto importante para a 
compreensão do profissional acerca das 
condições de vida e saúde da criança e 
sua família, de modo a conseguir 
compreender se existem fatores de risco 
para doenças respiratórias, infecto-
parasitárias e dermatológicas; 
6. Hábitos atuais da criança também devem 
ser questionados à família, abarcando seus 
respectivos hábitos: alimentares, 
intestinais, urinários, sono, higiene corporal 
e bucal, lazer e atividade física. Neste 
ponto, é relevante também questionar, 
quanto tempo a criança fica exposta a 
telas de telefone, tablets, televisão, etc. 
Exame Físico 
Na Puericultura nem sempre será possível 
realizar o exame físico na sequência craniocaudal 
com costuma-se realizar nas outras áreas da 
Medicina, assim, é possível iniciar parte do exame 
físico com a criança ainda no colo de um dos 
seus familiares. Além disso, uma boa estratégia é 
deixar o exame da orofaringe e a otoscopia para 
serem realizados ao final, pois estes costumam 
causar maior desconforto na criança e se feitos 
logo no início podem dificultar a avaliação dos 
outros órgãos e sistemas. 
Procedimentos específicos a serem 
realizados no exame físico até os 10 anos de 
idade: 
 Dados antropométricos 
 Rastreamento para displasia evolutiva do 
quadril 
 Ausculta cardíaca 
 Avaliação da visão 
 Avaliação da audição 
 Aferição da pressão arterial 
 Rastreamento para criptorquidia. 
Dados Antropométricos 
Esse acompanhamento sistemático permite 
o monitoramento das condições de saúde e 
nutrição da criança assistida. Nesta etapa do 
exame físico deve-se realizar as medidas de: 
peso, comprimento/altura, índice de massa 
corpórea (IMC), perímetro cefálico, perímetro 
torácico (até os 3 anos de idade) e 
circunferência abdominal. As informações do 
peso, altura, IMC e perímetro cefálico devem ser 
transpostas para as curvas disponíveis na 
Caderneta de Saúde da Criança e as informações 
devem ser compartilhadas com os pais. 
As curvas possuem diversos pontos de corte 
classificados em escores z que indicam unidades 
do desvio-padrão do valor da mediana (escore z 
0 ou linha verde), um ponto que não esteja entre 
as linhas vermelhas (escore z ≤ +2 e ≥ -2) indica 
um problema de crescimento, logo, uma criança 
que está crescendo adequadamente tem pontos 
do gráfico paralelo à linha verde (acima ou abaixo 
dela). 
Crianças nascidas antes do termo, ou seja, com idade 
gestacional (IG) < 37 semanas, devem ter um 
acompanhamento diferenciado e, em se tratando do 
DNPM e das curvas de crescimento, recomenda-se que 
seja realizada a correção da idade cronológica em 
função do grau de prematuridade para que tais crianças 
não tenham seu crescimento e desenvolvimento 
subestimados durante a avaliação. Considerando que o 
ideal seria nascer com 40 semanas, um prematuro que 
nasce com 36 semanas e tem idade cronológica de 2 
meses de vida (ou seja, 8 semanas) deve ter sua idade 
corrigida “descontando” da sua idade cronológica as 
semanas que faltavam para alcançar o termo e, o que 
“resta” de semanas é sua idade cronológica corrigida. Na 
Caderneta de Saúde da Criança devem ser anotadas as 
medidas na idade corrigida correspondente: 
40 semanas - 36 semanas= 4 semanas 
8 semanas (2 meses de vida) - 4 semanas=4 
semanas (ou 1mês de vida) 
Idade cronológica corrigida = 1 mês 
O perímetro cefálico deve ser corrigido até 1 ano e meio 
e os outros dados antropométricos, assim como o DNPM 
devem ser corrigidos até os 2 anos de idade. 
3 
Khilver Doanne Sousa Soares 
A aferição de peso e comprimento/altura é 
realizada por métodos diferentes a depender das 
características da criança examinada. O peso 
pode ser aferido por meio da balança pediátrica 
que deve ser utilizada para crianças de até 25 
kg ou 2 anos ou até a criança poder ficar em pé, 
quando então poderá ser pesada na balança em 
pé. A medida do comprimento é realizada com a 
régua antropométrica com haste fixa que deve 
ficar na cabeça e a haste móvel é colocada logo 
abaixo do pé da criança, mais uma vez é 
fundamental o auxílio dos pais neste momento; 
em crianças a partir dos 2 anos é possível medir 
a altura da criança com estadiômetro onde a 
mesma em pé e cabeça retificada. 
Alguns estudos mostram que a mensuração 
do IMC na infância pode ser preditivo do IMC 
na adolescência e idade adulta. Quando o IMC 
da criança está entre os escores z ≥ -2 e +1, fala-
se que a mesma está com IMC adequado. 
O perímetro cefálico (PC) deve ser medido 
em todas as consultas até os 2 anos de vida. A 
circunferência da cabeça deve ser medida com 
uma fita métrica maleável envolvendo os maiores 
diâmetros frontoccipital na testa no sulco supra 
orbital e na porção mais proeminente do occipital. 
Na Caderneta do Ministério da Saúde é possível 
correlacionar tal medida com a idade, de modo 
que, se escore z < -2 fala-se que o PC está abaixo 
do esperado e se > +2 está acima do esperado 
para idade - em casos de medidas < -3 no escore 
z, fala-se em microcefalia grave. 
No 1º trimestre de vida, o PC costuma crescer em média 
2 cm/mês, no 2º trimestre este valor cai para 1cm/mês, 
enquanto que no 3º trimestre passa para 0,5 cm/mês. 
Ao final de um ano o crescimento do crânio chega a 12 
cm. 
 
 
Rastreamento para displasia 
evolutiva de quadril 
Outro ponto importante na avaliação do 
exame físico na Puericultura é o rastreamento 
para displasia do quadril. Apesar de não haver 
consenso sobre a efetividade da redução dos 
desfechos clínicos, o rastreamento auxilia no 
diagnóstico precoce (antes dos 3-6 meses) e, 
com isso, na escolha de tratamentos menos 
invasivos e com menores riscos de complicações. 
Os principais fatores de risco para displasia do 
4 
Khilver Doanne Sousa Soares 
desenvolvimento do quadril são: sexo feminino, 
história familiar de displasia congênita do quadril 
e parto com apresentação pélvica. 
Duas manobras devem ser realizadas logo 
nas primeiras consultas até os 2meses, testando 
um membro de cada vez a partir das manobras 
de Barlow (provocativa do deslocamento) e 
Ortolani (sua redução). 
 
Manobra de Barlow é um teste provocativo realizado 
com quadris e joelhos do recém-nascido fletidos. 
Seguram-se as pernas gentilmente, com a coxa em 
adução (A), e o examinador aplica uma força no sentido 
posterior. A manobra é positiva (B) se o quadril é 
deslocável (luxável) 
 
A manobra de Ortolani é o reverso de Barlow. O 
examinador segura as coxas do recém-nascido e 
gentilmente realiza a abdução do quadril enquanto move 
anteriormente o trocanter com os dois dedos (A). A 
manobra é positiva (B) quando a cabeça do fêmur 
luxada retorna ao acetábulo com um “clunk” palpável 
quando o quadril é abduzido. 
Ausculta Cardíaca 
 
Frequência cardíaca (FC) por faixa etária na infância. 
Aferição da Pressão Arterial 
O manguito apropriado deve ter largura 
correspondente a 40% da circunferência do 
braço (no ponto médio entre o acrômio e 
olécrano). Caso não haja o manguito com nº ideal 
para a criança, deve-se escolher um 
imediatamente maior que deixe a fossa cubital 
livre e com cumprimento suficiente para 
circundar o braço da criança com o mínimo de 
superposição 
Os valores de PA sistólica e diastólica 
podem ser relacionados com o percentil da 
estatura da criança e o sexo da mesma em 
tabelas apropriadas. 
Rastreamento para Criptorquidia 
Se aos 6 meses não houver testículos 
palpáveis, a criança deve ser encaminhada à 
cirurgia pediátrica. Se forem retráteis, deve ser 
monitorado a cada 6-12 meses entre os 4-10 anos 
de idade, pois pode ocorrer da criança crescer 
mais rápido do que o cordão espermático e haver 
saída dos testículos da bolsa escrotal. 
 
 
5 
Khilver Doanne Sousa Soares 
Avaliações Específicas da Saúde da 
Criança 
 
 
Ao final de toda consulta de Puericultura 
devem ser elaborados no mínimo 6 diagnósticos 
(havendo outros diagnósticos estes devem ser 
elencados após). Podemos usar o mnemônico 
“CEVADA” para memorizar estes diagnósticos: 
 
6 
Khilver Doanne Sousa Soares 
 
Mapa Mental – Resumo da Puericultura 
7 
Khilver Doanne Sousa Soares 
 
 
ANAMNESE DA 1ª CONSULTA 
PEDIÁTRICA 
8 
Khilver Doanne Sousa Soares 
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REFERÊNCIAS 
GUSSO, Gustavo; LOPES, José Mauro Ceratti; 
DIAS, Lêda Chaves. Tratado de medicina de 
família e comunidade: princípios, formação e 
prática. 2. ed. Porto Alegre: Artmed, 2019. 
Sanar Flix; Super Material: Puericultura. 
Acesso em 19/03/2022.

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