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RESUMO - CONTROLE DE CONSTITUCIONALIDADE

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1 
 
 
Material elaborado por Genesis da Silva Honorato 
@materiasdedireito.doc 
2 
 
SUMÁRIO 
 
1. CONCEITO: ...................................................................................................................... 3 
2. O QUE SE CONSIDERA CONSTITUIÇÃO: ................................................................... 3 
3. CONTROLES DE VALIDADE: ....................................................................................... 3 
4. ESPÉCIES DE INCONSTITUCIONALIDADE: .............................................................. 5 
5. CLASSIFICAÇÃO DO CONTROLE: .............................................................................. 6 
5.1. QUANTO AO ÓRGÃO: ........................................................................................... 6 
5.2. QUANTO AO MOMENTO: ................................................................................... 12 
CONTROLE DIFUSO: ................................................................................................................ 16 
6. COMPETÊNCIA: ............................................................................................................ 16 
6.1. CLÁUSULA DE RESERVA DE PLENÁRIO: ...................................................... 16 
6.2. OBJETO: ................................................................................................................. 17 
CONTROLE CONCENTRADO: ................................................................................................ 17 
7. OBJETO: .......................................................................................................................... 17 
7.1. AÇÃO DIRETA DE INCONSTITUCIONALIDADE: ........................................... 17 
7.2. AÇÃO DECLARATÓRIA DE CONSTITUCIONALIDADE: .............................. 18 
7.3. ARGUIÇÃO DE DESCUMPRIMENTO DE PRECEITO FUNDAMENTAL 
(ADPF): 19 
8. LEGITIMIDADE ATIVA: .............................................................................................. 20 
8.1. LEGITIMADOS UNIVERSAIS: ............................................................................ 21 
8.2. LEGITIMADOS ESPECIAIS: ................................................................................ 21 
9. PROCEDIMENTO: ......................................................................................................... 22 
10. EFEITOS DA DECLARAÇÃO DE INCONSTITUCIONALIDADE: ........................... 24 
10.1. CONCENTRADO: .................................................................................................. 24 
10.2. DIFUSO: ................................................................................................................. 26 
10.3. EFEITOS TEMPORAIS: ........................................................................................ 29 
11. CONTROLE DA OMISSÃO INCONSTITUCIONAL: .................................................. 30 
 
Material elaborado por Genesis da Silva Honorato 
@materiasdedireito.doc 
3 
 
1. CONCEITO: 
Trata-se da análise (ou verificação) de compatibilidade (ou 
adequação) de leis ou atos normativos em relação a uma constituição. 
OBS: O controle de constitucionalidade é uma análise que envolve 
uma relação parametricidade (relação de parâmetro) entre a constituição e as 
leis ou atos normativos, sendo que o parâmetro será sempre a constituição e 
o objeto será a lei ou ato normativo. 
 
2. O QUE SE CONSIDERA CONSTITUIÇÃO: 
Para efeitos de controle de constitucionalidade, considera constituição 
a própria CF (o articulado, ou seja, os Arts. 1º a 250, bem como o ADCT). 
Além disso, as Emendas Constitucionais, os tratados com força de emenda e 
os princípios implícitos. Tudo isto considera-se como BLOCO DE 
CONSTITUCIONALIDADE. 
 
ATENÇÃO: Não está neste conceito o preâmbulo, estando fora do 
bloco de constitucionalidade. 
 
 
3. CONTROLES DE VALIDADE: 
O controle de constitucionalidade é uma espécie de controle de 
validade. 
No âmbito do controle de validade temos: 
 
a) Controle das leis: 
Quando feito o controle das Leis perante a CONSTITUIÇÃO, 
estaremos diante de controle de constitucionalidade (exemplo: ADI e RE). 
Todavia, quando feito o controle das Leis perante um TRATADO 
SUPRALEGAL, teremos um controle de CONVENCIONALIDADE. 
Material elaborado por Genesis da Silva Honorato 
@materiasdedireito.doc 
4 
 
 
b) Controle dos tratados: 
Os tratados supralegais quando da análise de sua compatibilidade 
com a CONSTITUIÇÃO, termos controle de constitucionalidade. 
 
c) Controle dos atos infralegais: 
Os atos infralegais podem sofrer controle diante das Leis e também de 
forma direta à Constituição. 
No primeiro caso, teremos controle de LEGALIDADE (exemplo de 
ação: REsp), enquanto no segundo caso, teremos controle de 
constitucionalidade desde que se trate de uma inconstitucionalidade 
DIRETA (não podendo ser uma inconstitucionalidade por tabela ou reflexo). 
 
Vejamos um esquema para facilitar: 
 
 
 
Como exemplo de convencionalidade temos a importante súmula 
vinculante 25: 
CONSTITUIÇÃO
FEDERAL
Tratados supralegais
LEIS
Atos infralegais
Controle de 
constitucionalidade 
(não pode ser reflexo) 
 
Controle de legalidade 
Controle de constitucionalidade 
Controle de convencionalidade 
Controle de constitucion. 
Material elaborado por Genesis da Silva Honorato 
@materiasdedireito.doc 
5 
 
Súmula Vinculante N. 25 – É ilícita a prisão civil de depositário 
infiel, qualquer que seja a modalidade do depósito.” 
 
OBS: Lei em face de tratado com força de emenda: trata-se de 
controle de constitucionalidade e também de convencionalidade. 
 
4. ESPÉCIES DE INCONSTITUCIONALIDADE: 
Temos algumas classificações que aqui precisam ser feitas... 
 
1) Quanto ao motivo / causa: 
a) Material: também chamada de NOMOESTÁTICA. Aqui, o 
CONTEÚDO da norma contraria o conteúdo da CF. 
Portanto, o que a lei diz é contrário aos ditames constitucionais. 
 
b) Formal: também chamada de NOMODINÂMICA. Aqui, temos um 
vício de COMPETÊNCIA federativa ou de PROCESSO 
legislativo. 
Portanto, quem fez a norma ou como a norma foi feita é contrária 
aos ditames constitucionais. 
 
2) Quanto à extensão: 
a) Total: Atinge a completude da norma; 
 
b) Parcial: Pode atingir palavras ou expressões dentro de um 
dispositivo (ao contrário do VETO presidencial conforme Art. 66, 
§2º). 
 
3) Quanto à conduta: 
a) Por ação: Foi editada lei que contraria a CF; 
 
Material elaborado por Genesis da Silva Honorato 
@materiasdedireito.doc 
6 
 
b) Por omissão: Não foi editada uma lei exigida pela CF ou foi 
editada uma lei INSUFICIENTE. No primeiro caso, há omissão 
total (a exemplo da greve de servidores públicos), já no segundo 
caso ocorre omissão parcial. 
 
4) Quanto ao momento: 
a) Originária: Lei já nasce inconstitucional; 
 
b) Superveniente: Lei era constitucional, mas se tornou 
inconstitucional: 1) quando foi editada nova constituição ou 
emenda constitucional; ou 2) quando há mutação constitucional. 
 
ATENÇÃO: Essa tese não é aceita pelo STF, adotando-se a tese 
da não recepção (REVOGAÇÃO). 
Todavia, temos EXCEÇÃO (ver nosso caderno de poder 
constituinte originário para um estudo mais completo – parte 
referente à dinâmica constitucional): 
Duas são as exceções: a) Mutação constitucional; e b) Mudança 
no substrato fático da norma. 
 
 
5. CLASSIFICAÇÃO DO CONTROLE: 
Neste ponto, temos a seguinte classificação: 
 
5.1. QUANTO AO ÓRGÃO: 
Aqui vamos dividir o controle feito pelos órgãos políticos e pelo 
judiciário. 
A) POLÍTICO: 
Feito por órgãos políticos: 
Material elaborado por Genesis da Silva Honorato 
@materiasdedireito.doc 
7 
 
O Legislativo por meio de pareceres das comissões de constituição e 
justiça e o Executivo por meio do Veto Jurídico previsto no Art. 66, § 1º da 
CF. 
 
B) JUDICIAL / JURISDICIONAL: 
É aquele realizado por órgãos com jurisdição (juízes e tribunais).Aqui, meu caros, temos 2 grandes modelos (que atormentam nossa 
vida): 
 
1) DIFUSO-CONCRETO: 
De uma vez por todas entenda: DIFUSO, pois este controle é 
espalhado (difundido), ou seja, é aquele controle que é feito POR 
QUALQUER JUIZ OU TRIBUNAL, pois é inerente à jurisdição, ao julgar 
um caso com efeitos INTER PARTES. 
 
Meus queridos pimpolhos aborígenes, eu não admito que você ainda 
não tenha entendido a lógica da nomenclatura! O nome do instituto tem 
que te ajudar! Veja... 
 
Difuso, pois qualquer juiz pode realizar. Agora pense... Por que 
MULESTA ele também seria chamado de Concreto?... Isso mesmo!! É 
assim chamado, pois ele acontece diante de um CASO CONCRETO (ou 
você pensou numa parede? (-_-)). 
Assim, o controle difuso é aquele que é feito por via INCIDENTAL 
num processo, por via de defesa ou de exceção. Por favor... ELE NÃO É A 
CAUSA PRINCIPAL DO PROCESSO. 
É este o modelo americano (1803) que surge no famoso caso Marbury 
vs. Madison. 
Material elaborado por Genesis da Silva Honorato 
@materiasdedireito.doc 
8 
 
 
2) CONCENTRADO-ABSTRATO: 
Meus amigos, faça o mesmo exercício que fizemos antes e a 
nomenclatura vai te ajudar de novo. 
Se o difuso é o que está espalhado por todos os órgãos jurisdicionais, 
o CONCENTRADO só poder ser... Parabéns! O concentrado só pode ser 
aquele concentrado em algum lugar (difícil? Larga o direito e vai estudar 
dança). Resta, todavia, saber ONDE ele está concentrado. 
 
Ora, nesse modelo o controle está concentrado no Tribunal. 
Assim, só o tribunal constitucional pode declarar leis inconstitucionais 
ao analisar a LEI EM TESE (em abstrato – por isso o nome, meu filho!!). 
A lei aqui está apartada de um caso concreto. Já que está desapegada de um 
caso concreto, não pode ter efeitos inter partes (JÁ QUE NÃO TEM 
PARTE!!!), produzindo efeitos ERGA OMNES. 
 
Este controle não vem ao processo por via incidental como no difuso, 
mas como PRINCIPAL. A Ação é para que ele (o controle) ocorra. 
Este é o controle feito pelo STF e pelos TJ’s no caso da análise de 
constitucionalidade frente à constituição Estadual. 
 
Este modelo surge na ÁUSTRIA (1920) por influência do grande 
Kelsen. 
 
OBS: O difuso é adotado no Brasil desde 1891 e o concreto desde 
1965. 
 
C) CONTROLE ADMINISTRATIVO: 
Realizado pelos tribunais de contas ou CNJ. 
Material elaborado por Genesis da Silva Honorato 
@materiasdedireito.doc 
9 
 
 
No que tange aos Tribunais de Contas, dispõe a súmula 347 do STF: 
Súmula nº 347: o tribunal de contas, no exercício de suas 
atribuições, pode apreciar a constitucionalidade das leis e dos atos 
do poder público 
 
OBS: Há polêmica, mas prevalece, na doutrina, que a súmula continua 
sendo válida. Vale ressaltar que o Min. Gilmar Mendes já se mostrou 
contrário à subsistência do enunciado, ao proferir decisão monocrática no 
MS 25888 MC/DF, em 22/03/2006. O Plenário do STF ainda não se 
manifestou sobre o tema. 
 
#ATENÇÃO: 
No que tange ao CNJ é importante observar que o STF entende que 
este órgão não faz controle de constitucionalidade, mas pode deixar de 
aplicar o ato inconstitucional. 
A ministra Carmen Lúcia, inclusive já disse que o CNJ “não é órgão 
jurisdicional, não exerce jurisdição e não faz controle de constitucionalidade. 
Simples assim.” 
Mas, como dito os órgãos administrativos autônomos de controle 
podem deixar de aplicar o ato. Vejamos ementa importantíssima: 
 
EMENTA: PETIÇÃO. LEI N. 8.223/2007 DA PARAÍBA. 
CRIAÇÃO LEGAL DE CARGOS EM COMISSÃO NO TRIBUNAL DE 
JUSTIÇA ESTADUAL (ART. 5º DA LEI N. 82.231/2007 DA PARAÍBA): 
ASSISTENTES ADMINISTRATIVOS. ATO DO CONSELHO 
NACIONAL DE JUSTIÇA. EXONERAÇÃO DETERMINADA. AÇÃO 
ANULATÓRIA: ALEGAÇÃO DE INCOMPETÊNCIA DO CNJ PARA 
DECLARAR INCONSTITUCIONALIDADE DE LEI. PETIÇÃO 
Material elaborado por Genesis da Silva Honorato 
@materiasdedireito.doc 
10 
 
JULGADA IMPROCEDENTE. 1. A restrição do permissivo constitucional 
da al. r do inc. I do art. 102 da Constituição da República às ações de natureza 
mandamental resultaria em conferir à Justiça federal de primeira instância, 
na espécie vertente, a possibilidade de definir os poderes atribuídos ao 
Conselho Nacional de Justiça no cumprimento de sua missão, subvertendo, 
assim, a relação hierárquica constitucionalmente estabelecida. 
Reconhecimento da competência deste Supremo Tribunal para apreciar a 
presente ação ordinária: mitigação da interpretação restritiva da al. r do inc. 
I do art. 102 adotada na Questão de Ordem na Ação Originária n. 1.814 
(Relator o Ministro Marco Aurélio, Plenário, DJe 3.12.2014) e no Agravo 
Regimental na Ação Cível Originária n. 1.680 (Relator o Ministro Teori 
Zavascki, DJe 1º.12.2014), ambos julgados na sessão plenária de 24.9.2014. 
2. Atuação do órgão de controle administrativo, financeiro e disciplinar da 
magistratura nacional nos limites da respectiva competência, afastando a 
validade dos atos administrativos e a aplicação de lei estadual na qual 
embasados e reputada pelo Conselho Nacional de Justiça contrária ao 
princípio constitucional de ingresso no serviço público por concurso público, 
pela ausência dos requisitos caracterizadores do cargo comissionado. 3. 
Insere-se entre as competências constitucionalmente atribuídas ao Conselho 
Nacional de Justiça a possibilidade de afastar, por inconstitucionalidade, a 
aplicação de lei aproveitada como base de ato administrativo objeto de 
controle, determinando aos órgãos submetidos a seu espaço de influência a 
observância desse entendimento, por ato expresso e formal tomado pela 
maioria absoluta dos membros do Conselho. 4. Ausência de desrespeito ao 
contraditório: sendo exoneráveis ad nutum e a exoneração não configurando 
punição por ato imputado aos servidores atingidos pela decisão do Conselho 
Nacional de Justiça, mostra-se prescindível a atuação de cada qual dos 
interessados no processo administrativo, notadamente pela ausência de 
questão de natureza subjetiva na matéria discutida pelo órgão de controle do 
Material elaborado por Genesis da Silva Honorato 
@materiasdedireito.doc 
11 
 
Poder Judiciário. 5. Além dos indícios de cometimento de ofensa ao decidido 
na Ação Direta de Inconstitucionalidade n. 3.233/PB, a leitura das 
atribuições conferidas ao cargo criado pelo art. 5º da Lei n. 8.223/2007, da 
Paraíba, evidencia burla ao comando constitucional previsto no inc. V do art. 
37 da Constituição da República: declaração incidental de 
inconstitucionalidade. 6. Petição (ação anulatória) julgada improcedente. 
(Pet 4656, Relator(a): Min. CÁRMEN LÚCIA, Tribunal Pleno, julgado em 
19/12/2016, ACÓRDÃO ELETRÔNICO DJe-278 DIVULG 01-12-2017 
PUBLIC 04-12-2017) 
 
Do informativo comentado pelo Dizer o Direito destacamos: 
 
A situação concreta, com adaptações, foi a seguinte: Na Paraíba, foi 
aprovada lei estadual criando 100 cargos comissionados de assistentes de 
administração no Tribunal de Justiça do Estado. O TJ/PB, com fundamento 
nesta lei, nomeou 100 pessoas para ocuparem estes cargos, sem concurso 
público. O CNJ, em procedimento de controle administrativo, considerou 
irregular a contratação e determinou que o TJ/PB exonerasse os 
comissionados, sob o argumento de que os cargos criados não se destinam 
às atribuições de direção, chefia e assessoramento, sendo utilizados para o 
desempenho de “atividades administrativas genéricas”, o que contraria o art. 
37, V, da CF/88. 
O sindicato dos servidores do TJ propôs ação no STF 
questionando a decisão do CNJ. As duas alegações principais foram as 
seguintes: 
a) o CNJ usurpou a competência do STF porque teria, implicitamente, 
declarado a inconstitucionalidade da lei que criou os cargos, realizando 
controle de constitucionalidade de norma estadual, o que não lhe é permitido; 
b) o Conselho violou o princípio do contraditório, considerando que 
Material elaborado por Genesis da Silva Honorato 
@materiasdedireito.doc12 
 
determinou ao TJ/PB a exoneração dos servidores sem que estes fossem 
previamente ouvidos. 
O STF manteve a decisão do CNJ? 
SIM. O STF considerou válida a atuação do CNJ. Não houve controle 
de constitucionalidade. 
Em primeiro lugar, importante esclarecer que, realmente, o CNJ não 
pode fazer controle de constitucionalidade porque este órgão não possui 
atribuições jurisdicionais (mas apenas administrativas). 
 
5.2. QUANTO AO MOMENTO: 
 Aqui temos: 
 
A) PREVENTIVO: 
Incide sobre um projeto de lei; evita o surgimento de uma lei 
inconstitucional; 
 
B) REPRESSIVO: 
Incide sobre uma LEI; expulsa do ordenamento uma lei 
inconstitucional. 
 
OBS1: Em regra, o controle político é preventivo e o controle 
jurisdicional é repressivo. 
 
OBS2: CASOS EXCEPCIONAIS DE CONTROLE POLÍTICO 
REPRESSIVO: 
Muito cuidado com estes casos: 
a) Rejeição pelo congresso de Medida Provisória inconstitucional 
(Art. 62, §5º da CF); 
Material elaborado por Genesis da Silva Honorato 
@materiasdedireito.doc 
13 
 
Art. 62. Em caso de relevância e urgência, o Presidente da 
República poderá adotar medidas provisórias, com força de lei, 
devendo submetê-las de imediato ao Congresso Nacional. 
§ 5º A deliberação de cada uma das Casas do Congresso Nacional 
sobre o mérito das medidas provisórias dependerá de juízo prévio 
sobre o atendimento de seus pressupostos constitucionais. 
 
b) Sustação pelo Congresso Nacional de Lei Delegada que 
exorbita os limites da delegação, conforme Art. 49, V da CF. 
Art. 49. É da competência exclusiva do Congresso Nacional: 
V - sustar os atos normativos do Poder Executivo que exorbitem 
do poder regulamentar ou dos limites de delegação legislativa; 
 
 
#CASO (EXCEPCIONAL) DE CONTROLE JURISDICIONAL 
PREVENTIVO: 
 Neste caso, temos um MANDADO DE SEGURANÇA 
impetrado no STF por parlamentar federal para barrar a tramitação de uma 
PEC ou um PL com vício FORMAL ou, se for PEC, por violação a uma 
cláusula pétrea. 
Isso, meus caros, pelo fato de que o parlamentar tem o direito líquido 
e certo ao devido processo legislativo. 
Neste sentido é a jurisprudência do STF (MS 20.257/ DF e MS 
32.033/DF): 
 
EMENTA: CONSTITUCIONAL. MANDADO DE SEGURANÇA. 
CONTROLE PREVENTIVO DE CONSTITUCIONALIDADE MATERIAL DE 
PROJETO DE LEI. INVIABILIDADE. 1. Não se admite, no sistema brasileiro, o 
controle jurisdicional de constitucionalidade material de projetos de lei (controle 
preventivo de normas em curso de formação). O que a jurisprudência do STF tem 
admitido, como exceção, é “a legitimidade do parlamentar - e somente do 
Material elaborado por Genesis da Silva Honorato 
@materiasdedireito.doc 
14 
 
parlamentar - para impetrar mandado de segurança com a finalidade de coibir atos 
praticados no processo de aprovação de lei ou emenda constitucional incompatíveis 
com disposições constitucionais que disciplinam o processo legislativo” (MS 24.667, 
Pleno, Min. Carlos Velloso, DJ de 23.04.04). Nessas excepcionais situações, em que o 
vício de inconstitucionalidade está diretamente relacionado a aspectos formais e 
procedimentais da atuação legislativa, a impetração de segurança é admissível, segundo 
a jurisprudência do STF, porque visa a corrigir vício já efetivamente concretizado no 
próprio curso do processo de formação da norma, antes mesmo e 
independentemente de sua final aprovação ou não. 2. Sendo inadmissível o controle 
preventivo da constitucionalidade material das normas em curso de formação, não cabe 
atribuir a parlamentar, a quem a Constituição nega habilitação para provocar o controle 
abstrato repressivo, a prerrogativa, sob todos os aspectos mais abrangente e mais 
eficiente, de provocar esse mesmo controle antecipadamente, por via de mandado de 
segurança. 3. A prematura intervenção do Judiciário em domínio jurídico e político de 
formação dos atos normativos em curso no Parlamento, além de universalizar um sistema 
de controle preventivo não admitido pela Constituição, subtrairia dos outros Poderes da 
República, sem justificação plausível, a prerrogativa constitucional que detém de debater 
e aperfeiçoar os projetos, inclusive para sanar seus eventuais vícios de 
inconstitucionalidade. Quanto mais evidente e grotesca possa ser a inconstitucionalidade 
material de projetos de leis, menos ainda se deverá duvidar do exercício responsável do 
papel do Legislativo, de negar-lhe aprovação, e do Executivo, de apor-lhe veto, se for o 
caso. Partir da suposição contrária significaria menosprezar a seriedade e o senso de 
responsabilidade desses dois Poderes do Estado. E se, eventualmente, um projeto assim 
se transformar em lei, sempre haverá a possibilidade de provocar o controle repressivo 
pelo Judiciário, para negar-lhe validade, retirando-a do ordenamento jurídico. 4. Mandado 
de segurança indeferido. 
(MANDADO DE SEGURANÇA 32.033 DISTRITO FEDERAL) 
 
 
Assim, temos a seguinte estrutura da Ação: 
 
MANDADO DE SEGURANÇA – DEVIDO PROCESSO 
LEGISLATIVO 
Material elaborado por Genesis da Silva Honorato 
@materiasdedireito.doc 
15 
 
AUTOR: Parlamentar Federal 
 
IMPETRADO: Mesa da Câmara ou do Senado 
 
COMPETÊNCIA: STF (Art. 102, I, d) 
 
DIREITO: Devido processo legislativo 
 
PEDIDO: Barrar a tramitação de PEC ou de 
PL 
 
CAUSA DE PEDIR: 1) PEC: vício formal ou 
violação a cláusula pétrea; 
 
2) Projeto de Lei (PL): Vício 
formal. 
 
Meus caros, vamos fazer outra tabela pra mostrar as diferenças entre 
os modelos de controle Difuso e Concentrado. Portanto, DECORE ESTA 
TABELA (imprima ou algo assim) #SangueNosOlhos... 
 CONTROLE 
CONCENTRADO 
 
CONTROLE 
DIFUSO 
COMPETÊNCIA: STF (CF/88); 
 
TJ (Constituição 
Estadual) 
 
Qualquer juiz ou 
tribunal (Art. 97, CF) 
OBJETO: Lei em tese (abstrata) 
como causa 
PRINCIPAL da ação. 
 
Caso concreto, 
surgindo a 
inconstitucionalidade 
de forma 
INCIDENTAL. 
LEGITIMIDADE 
ATIVA: 
Legitimados do Art. 
103, CF (ROL 
TAXATIVO) 
 
Qualquer pessoa 
EFEITOS: Erga Omnes e 
Vinculantes 
Inter Partes e não 
vinculantes 
AÇÕES: ADI; 
ADC; 
Qualquer ação. 
Material elaborado por Genesis da Silva Honorato 
@materiasdedireito.doc 
16 
 
ADPF; 
ADO. 
 
Posto isso, vamos começar a falar do Controle Difuso: 
 
CONTROLE DIFUSO: 
 
6. COMPETÊNCIA: 
 
1) Qualquer juiz ao julgar um caso concreto; 
2) Qualquer tribunal ao julgar um caso concreto. 
 
6.1. CLÁUSULA DE RESERVA DE PLENÁRIO: 
Nos tribunais, a declaração de inconstitucionalidade de Lei ou ato do 
poder público, só pode ser realizado pelo PLENO ou ÓRGÃO ESPECIAL 
E por MAIORIA ABSOLUTA (Reserva de plenário – Art. 97, CF) 
Art. 97. Somente pelo voto da maioria absoluta de seus 
membros ou dos membros do respectivo órgão especial poderão 
os tribunais declarar a inconstitucionalidade de lei ou ato 
normativo do Poder Público. 
 
ATENÇÃO: Quando o TJ já entende pela constitucionalidade da 
norma ou ato, não é necessária a observância da norma do Art. 97. 
 
OBS: Deixar de aplicar uma lei por entende-la inconstitucional 
equivale a declará-la inconstitucional (súmula vinculante 10). Só pode ser 
decisão do PLENO ou do ÓRGÃO ESPECIAL. 
 
Súmula Vinculante N. 10 – Viola a cláusula de reserva de 
plenário (CF, artigo 97) a decisão de órgão fracionário de tribunal 
que, embora não declare expressamente a inconstitucionalidade 
Material elaborado por Genesis da Silva Honorato 
@materiasdedireito.doc 
17 
 
de lei ou ato normativo do poder público, afasta sua incidência, 
no todo ou em parte. 
 
 
6.2. OBJETO: 
O objeto é um caso concreto. A questão constitucional surge de forma 
incidental. 
 
OBS: No controle difuso, a inconstitucionalidade da lei surge como 
CAUSA DE PEDIR e não como pedido principal. 
 
 
 
CONTROLE CONCENTRADO: 
 
7. OBJETO: 
Vamos analisar o objeto do controle concentrado em cada uma de suas 
ações presentes no nosso ordenamento, pensando no âmbito FEDERAL. 
 
7.1. AÇÃO DIRETADE INCONSTITUCIONALIDADE: 
Dispõe a CF: 
Art. 102. Compete ao Supremo Tribunal Federal, precipuamente, 
a guarda da Constituição, cabendo-lhe: 
I - processar e julgar, originariamente: 
a) a ação direta de inconstitucionalidade de lei ou ato normativo 
federal ou estadual e a ação declaratória de constitucionalidade 
de lei ou ato normativo federal; 
Veja que a ADI tem como objeto Lei ou Ato Normativo FEDERAL 
OU ESTADUAL. 
Material elaborado por Genesis da Silva Honorato 
@materiasdedireito.doc 
18 
 
 
Lei: sentido amplo (Art. 59, CF), ou seja, contempla MP, Lei 
complementar, Lei ordinária, Lei delegada, Decretos legislativos, 
Resoluções e ainda Emendas Constitucionais (quando ofensivas às 
limitações formais, circunstanciais e materiais). 
Inclusive: Lei do DF baseada na sua competência ESTADUAL; ato 
normativo (exemplo de Resoluções do CNJ e do CNMP). 
 
Ato Normativo: é o ato geral e abstrato. 
 
 
ATENÇÃO: 
Não cabe contra: 
a) Lei municipal ou Lei distrital baseada na competência municipal; 
b) Atos de efeitos concretos; 
c) Lei já revogada; 
d) Lei pré-constitucional (anterior à CF/88) – princípio da 
contemporaneidade. 
 
OBS: Só é cabível ADI contra lei pré-constitucional se o objetivo for 
declará-lo inconstitucional à luz da constituição se sua época. 
 
7.2. AÇÃO DECLARATÓRIA DE CONSTITUCIONALIDADE: 
Conforme Art. 102, I, a da CF: 
Art. 102. Compete ao Supremo Tribunal Federal, precipuamente, 
a guarda da Constituição, cabendo-lhe: 
I - processar e julgar, originariamente: 
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19 
 
a) a ação direta de inconstitucionalidade de lei ou ato normativo 
federal ou estadual e a ação declaratória de constitucionalidade 
de lei ou ato normativo federal; 
 
O objeto do controle é, portanto, lei ou ato normativo FEDERAL. 
Assim, NÃO CABE para Lei estadual, distrital nem municipal. 
 
 
7.3. ARGUIÇÃO DE DESCUMPRIMENTO DE PRECEITO 
FUNDAMENTAL (ADPF): 
Meus caros, a ADPF está prevista na Lei 9.882/99 (LEITURA 
OBRIGATÓRIA PARA PRIMEIRA FASE). 
 
Conforme o Art. 1º da Lei: 
Art. 1o A argüição prevista no § 1o do art. 102 da Constituição 
Federal será proposta perante o Supremo Tribunal Federal, e terá 
por objeto evitar ou reparar lesão a preceito fundamental, 
resultante de ato do Poder Público. 
Parágrafo único. Caberá também argüição de 
descumprimento de preceito fundamental: 
I - quando for relevante o fundamento da controvérsia 
constitucional sobre lei ou ato normativo federal, estadual ou 
municipal, incluídos os anteriores à Constituição; (Vide ADIN 
2.231-8, de 2000) 
Percebam que cabe ADPF contra Ato do Poder Público e tem 
CABIMENTO SUBSIDIÁRIO contra Lei ou ato normativo inclusive 
aquele pré-constitucional, bem como lei MUNICIPAL e ATO DE 
EFEITO CONCRETO. 
 
Vamos traçar uma tabela com as ações e deixar claro seus objetos: 
 
 
http://www.stf.jus.br/portal/peticaoInicial/verPeticaoInicial.asp?base=ADIN&s1=2231&processo=2231
http://www.stf.jus.br/portal/peticaoInicial/verPeticaoInicial.asp?base=ADIN&s1=2231&processo=2231
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AÇÃO LEI 
FEDERAL 
LEI 
ESTADUAL 
LEI 
MUNICIPAL 
ATO 
NORMATIVO 
ATO DE 
EFEITO 
CONCRETO 
ADI Cabe 
 
Cabe Não cabe Cabe Não cabe 
ADC Cabe 
 
Não cabe Não cabe Cabe Não cabe 
ADPF Não cabe Não cabe Cabe Não Cabe Cabe 
 
 
Assim, temos: 
a) Lei pré-constitucional: ADPF; 
b) Norma originária: INSUSCETÍVEL DE CONTROLE; 
c) Súmulas: Não é norma. Cabe pedido de revisão ou cancelamento. 
 
 
8. LEGITIMIDADE ATIVA: 
Vejamos o Art. 103 da CF (Rol Taxativo): 
Art. 103. Podem propor a ação direta de inconstitucionalidade e a 
ação declaratória de constitucionalidade: (Redação dada 
pela Emenda Constitucional nº 45, de 2004) 
I - o Presidente da República; 
II - a Mesa do Senado Federal; 
III - a Mesa da Câmara dos Deputados; 
IV - a Mesa de Assembleia Legislativa ou da Câmara Legislativa 
do Distrito Federal; 
V - o Governador de Estado ou do Distrito Federal; 
VI - o Procurador-Geral da República; 
VII - o Conselho Federal da Ordem dos Advogados do Brasil; 
VIII - partido político com representação no Congresso Nacional; 
IX - confederação sindical ou entidade de classe de âmbito 
nacional. 
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/Emendas/Emc/emc45.htm#art1
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/Emendas/Emc/emc45.htm#art1
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21 
 
Esses são os legitimados também para propor ADC, ADO e ADPF 
(Art. 2º da Lei 9.882/99). 
 
8.1. LEGITIMADOS UNIVERSAIS: 
São aqueles que NÃO PRECISAM demonstrar pertinência temática: 
São eles: 
 
a) Presidente da República; 
b) Mesa diretora da Câmara; 
c) Mesa diretora do Senado; 
d) PGR; 
e) Conselho Federal da OAB; 
f) Partido político com representação no CN (1 deputado federal ou 
1 senador no CN, no momento do ajuizamento da ação). 
 
ATENÇÃO: A Mesa do Congresso Nacional (CN) não tem 
legitimidade. 
 
 
8.2. LEGITIMADOS ESPECIAIS: 
Esses legitimados PRECISAM demonstrar pertinência temática. 
 
São eles: 
 
a) Governadores de Estados / DF; 
b) Mesa de assembleia legislativa ou da CLDF; 
c) Confederação sindical; 
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d) Entidade de classe de âmbito nacional (Associação de pessoas 
físicas ou pessoas jurídicas de uma mesma atividade, representada 
em pelo menos 9 estados). 
 
9. PROCEDIMENTO: 
Sobre o procedimento, vamos destacar: 
 
A) AGU como DEFENSOR LEGIS: 
O AGU defende, conforme a Constituição, a constitucionalidade da 
lei (Art. 103, §3º): 
§ 3º Quando o Supremo Tribunal Federal apreciar a 
inconstitucionalidade, em tese, de norma legal ou ato normativo, 
citará, previamente, o Advogado-Geral da União, que defenderá 
o ato ou texto impugnado. 
Cuidado, pois existem exceções a essa aplicação do texto da CF, quais 
sejam: 
 
1) Quando o Presidente da República for o autor da ação; 
2) Quando já houver precedente do STF pela inconstitucionalidade 
daquele tipo de lei. 
 
ATENÇÃO: O AGU não intervém na ADC. 
 
 
B) PGR intervém como CUSTOS LEGIS: 
O PGR emite parecer (obrigatório, mas não vinculante) sobre a 
constitucionalidade ou a inconstitucionalidade da lei. 
Trata-se de uma posição discricionária. 
 
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OBS: O PGR emite parecer ainda que seja o autor da ação (Art. 103, 
§1º da CF). 
§ 1º O Procurador-Geral da República deverá ser previamente 
ouvido nas ações de inconstitucionalidade e em todos os 
processos de competência do Supremo Tribunal Federal. 
 
C) Não há intervenção de terceiros, salvo o AMICUS CURIAE: 
O amicus curiae pode realizar sustentação oral e apresentar 
memoriais. 
Todavia, NÃO PODE aditar o pedido da inicial, nem recorrer. 
 
D) NÃO CABE DESISTÊNCIA: 
 
E) Causa de pedir é ABERTA: 
O STF pode declarar a inconstitucionalidade por motivos não alegados 
na inicial. 
 
F) Cabe pedido de Medida Cautelar: 
Conforme Art. 102, I, p da CF: 
Art. 102. Compete ao Supremo Tribunal Federal, precipuamente, a 
guarda da Constituição, cabendo-lhe: 
I - processar e julgar, originariamente: 
p) o pedido de medida cautelar das ações diretas de 
inconstitucionalidade; 
 
OBS: Na ADC, é preciso comprovar a existência de controvérsia 
judicial relevante sobre a constitucionalidade da lei. 
 
 
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10. EFEITOS DA DECLARAÇÃO DE INCONSTITUCIONALIDADE: 
No que tange aos efeitos, temos os efeitos objetivos e os efeitos 
subjetivos: 
a) Objetivo: Trata-se de saber se a decisão do controle vincula ou 
não. 
b) Subjetivo: Trata-se de saber quem é atingido pela decisão do 
controle. 
c)Temporais. 
 
10.1. CONCENTRADO: 
Sempre com efeitos erga omnes e vinculantes. 
 
OBS: estes efeitos também estão presentes nas medidas cautelares. 
 
Conforme Art. 102, §2º da CF: 
§ 2º As decisões definitivas de mérito, proferidas pelo Supremo 
Tribunal Federal, nas ações diretas de inconstitucionalidade e 
nas ações declaratórias de constitucionalidade produzirão 
eficácia contra todos e efeito vinculante, relativamente aos 
demais órgãos do Poder Judiciário e à administração pública 
direta e indireta, nas esferas federal, estadual e municipal. 
 
• EFEITO ERGA OMNES: 
Efeito no plano normativo (a norma é retirada do ordenamento) 
 
• EFEITO VINCULANTE: 
Efeito no plano funcional, ou seja, todos os órgãos do judiciário e 
administração pública devem seguir a decisão. 
 
 
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• ALCANCE (Qual parte da decisão vincula): 
Meus caros, na decisão nós temos 3 grandes partes (você estuda isso 
em processo civil), de tal forma que a decisão é dividida da seguinte forma: 
 
RELATÓRIO: Breve resumo da ação 
 
FUNDAMENTAÇÃO: Se divide em: 
a) Ratio decidendi 
 
b) Obter dictum (dito de passagem) 
 
DISPOSITIVO: é a efetiva conclusão. 
 
 
Neste sentido, temos que o que vincula é o DISPOSITIVO. 
Para o STF, a Ratio decidendi não vincula. Mas cuidado: pois para 
quem adota a TEORIA DA TRANSCENDÊNCIA DOS MOTIVOS 
DETERMINANTES, entende que a Ratio decidendi vincula. 
 
• SUJEITOS VINCULADOS: 
A decisão do controle: 
a) VINCULA: demais órgãos do judiciário; Administração pública 
(qualquer poder no exercício da função administrativa); 
 
b) NÃO VINCULA: O próprio STF; o legislativo (qualquer poder no 
exercício da função legislativa) 
 
OBS: Permite-se a reedição de lei declarada inconstitucional. É o que 
a doutrina tem chamado de ATIVISMO LEGISLATIVO ou LEIS IN YOUR 
FACE. 
 
Material elaborado por Genesis da Silva Honorato 
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ATENÇÃO: Para combater desrespeito ao efeito vinculante, cabe 
RECLAMAÇÃO ao STF. 
Conforme a CF: 
 Art. 102. Compete ao Supremo Tribunal Federal, 
precipuamente, a guarda da Constituição, cabendo-lhe: 
I - processar e julgar, originariamente: 
l) a reclamação para a preservação de sua competência e garantia 
da autoridade de suas decisões; 
 
Art. 103-A, §3º Do ato administrativo ou decisão judicial que 
contrariar a súmula aplicável ou que indevidamente a aplicar, 
caberá reclamação ao Supremo Tribunal Federal que, julgando-a 
procedente, anulará o ato administrativo ou cassará a decisão 
judicial reclamada, e determinará que outra seja proferida com ou 
sem a aplicação da súmula, conforme o caso. 
 
 
10.2. DIFUSO: 
(ações como RE e HC) 
Em REGRA, temos efeitos inter partes e não vinculantes. 
O importante aqui são as exceções: 
 
• EXCEÇÕES: efeitos erga omnes e vinculantes, com os 
mesmos efeitos do controle concentrado. 
 
a) Mandado de Injunção: 
A Lei 13.300/2016 permite ao judiciário conceder efeitos erga 
omnes à sua decisão. 
Material elaborado por Genesis da Silva Honorato 
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Neste sentido, o Art. 9º da Lei: 
Art. 9º A decisão terá eficácia subjetiva limitada às partes e 
produzirá efeitos até o advento da norma regulamentadora. 
§ 1º Poderá ser conferida eficácia ultra partes ou erga omnes à 
decisão, quando isso for inerente ou indispensável ao exercício 
do direito, da liberdade ou da prerrogativa objeto da impetração. 
 
b) Ação Civil Pública: 
A Lei 7.347/85, Art. 16, dispõe que: 
Art. 16. A sentença civil fará coisa julgada erga omnes, nos 
limites da competência territorial do órgão prolator, exceto se o 
pedido for julgado improcedente por insuficiência de provas, 
hipótese em que qualquer legitimado poderá intentar outra ação 
com idêntico fundamento, valendo-se de nova prova. 
 
c) Quando o STF edita Súmula Vinculante: 
Aqui precisamos de: 
I- Matéria constitucional; 
II- 2/3 dos ministros; 
III- Reiteradas decisões. 
 
d) Senado edita resolução suspendendo a execução da lei. 
Neste sentido, o Art. 52, X da CF: 
Art. 52. Compete privativamente ao Senado Federal: 
X - suspender a execução, no todo ou em parte, de lei declarada 
inconstitucional por decisão definitiva do Supremo Tribunal 
Federal; 
A edição é ato discricionário. 
 
 
Material elaborado por Genesis da Silva Honorato 
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ATENÇÃO: MUTAÇÃO CONSTITUCIONAL DO Art. 52, X: 
A doutrina majoritária entende que o papel do Senado é Constitutivo. 
Todavia, o STF, no INFO 886 publicou decisão onde entende que o papel do 
Senado é na verdade meramente declaratório. 
Assim, entendeu o STF, nas ADI’s 3.406 e 3.470 que ocorreu 
MUTAÇÃO CONSTITUCIONAL do Art. 52, X e que o Senado daria 
simplesmente publicidade à decisão de inconstitucionalidade declarada de 
modo incidental pelo STF. 
Confira: 
Houve mutação constitucional do art. 52, X, da CF/88. A nova 
interpretação deve ser a seguinte: quando o STF declara uma lei 
inconstitucional, mesmo em sede de controle difuso, a decisão já 
tem efeito vinculante e erga omnes e o STF apenas comunica ao 
Senado com o objetivo de que a referida Casa Legislativa dê 
publicidade daquilo que foi decidido. STF. Plenário. ADI 
3406/RJ e ADI 3470/RJ, Rel. Min. Rosa Weber, julgados em 
29/11/2017 (Info 886) 
O Min. Gilmar Mendes afirmou que é preciso fazer uma releitura do 
art. 52, X, da CF/88. Essa nova interpretação deve ser a seguinte: quando o 
STF declara uma lei inconstitucional, mesmo em sede de controle difuso, a 
decisão já tem efeito vinculante e erga omnes e o STF apenas comunica ao 
Senado com o objetivo de que a referida Casa Legislativa dê publicidade 
daquilo que foi decidido. 
O Min. Celso de Mello afirmou que o STF fez uma verdadeira 
mutação constitucional com o objetivo de expandir os poderes do Tribunal 
com relação à jurisdição constitucional. Assim, a nova intepretação do art. 
52, X, da CF/88 é a de que o papel do Senado no controle de 
constitucionalidade é simplesmente o de, mediante publicação, divulgar a 
decisão do STF. A eficácia vinculante, contudo, já resulta da própria decisão 
da Corte. 
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10.3. EFEITOS TEMPORAIS: 
Aqui temos regra e exceção (como tudo na vida). 
 
• REGRA: 
Efeitos sejam EX TUNC (Retroativos) – aplicando-se a Teoria das 
Nulidades (da lei inconstitucional). A norma nasce com vício, padece de 
vício congênito. A Norma nasce NULA. 
 
• EXCEÇÃO: 
Efeitos Ex Nunc (daqui pra frente) ou Pro Futuro (a partir de 
determinada data futura). 
Aqui, adota-se a Teoria da Anulabilidade. 
 
Transformar em EX NUNC ou PRO FUTURO é MODULAR OS 
EFEITOS e só pode ser feito com concordância de 2/3 (8) dos ministros. 
 
A Lei 9.868/99 dispõe em seu Art. 27: 
Art. 27. Ao declarar a inconstitucionalidade de lei ou ato 
normativo, e tendo em vista razões de segurança jurídica ou de 
excepcional interesse social, poderá o Supremo Tribunal 
Federal, por maioria de dois terços de seus membros, restringir 
os efeitos daquela declaração ou decidir que ela só tenha 
eficácia a partir de seu trânsito em julgado ou de outro 
momento que venha a ser fixado. 
 
Malgrado seja uma lei que trate de ações de controle concentrado, o 
STF aceita a modulação no controle difuso. 
 
 
 
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11. CONTROLE DA OMISSÃO INCONSTITUCIONAL: 
Meus caros amigos, dentro deste controle temos duas grandes ações 
que devem ser estudadas. Assim, como nosso propósito é um resumo rápido 
do conteúdo, vamos apelar para mais uma tabela. 
Vejamos a comparação entre a Ação direta por omissão ADO e o 
Mandado de injunção (MI): 
 ADO 
 
MI 
PREVISÃO: 
 
Art. 103, §2º, CF 
Lei 9.868/99, Art. 12-A 
e seguintes. 
 
Art. 5º, LXXI, CF 
Lei 13.300/16 
CONTROLE:Concentrado-
Abstrato: com efeitos 
erga omnes e 
vinculantes. 
 
Difuso-Concreto: 
Efeitos inter-partes 
OBS: pode ser ultra-
partes 
PROCESSO: 
 
Objetivo Subjetivo 
LEGITIMIDADE 
ATIVA: 
 
Art. 103, CF (rol 
taxativo) 
Qualquer pessoa 
COMPETÊNCIA: 
 
STF ou do TJ STF, STJ; outros 
órgãos. 
CAUTELAR: 
 
Cabível Não cabe. 
OBJETO: 
 
Falta de uma medida 
para tornar efetiva uma 
norma constitucional 
 
OBS: “medida” pode ser 
norma ou medida 
concreta. 
 
Falta de norma 
regulamentadora de 
um direito 
fundamental previsto 
em norma 
constitucional de 
eficácia limitada. 
EFEITOS DA 
DECISÃO: 
 
Declaratórios 
(REGRA) – o Tribunal 
comunica a omissão. 
Mandamentais 
(exceção) – fixa prazo 
Mandamental-
aditivos, pois fica 
prazo para edição da 
norma e dá uma 
regulamentação 
provisória à matéria. 
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de 30 dias na falta de 
medida administrativa 
 
 
 
É isso, meus caros, espero que tenham gostado do resumo e bons estudos! 
Divulguem e compartilhem

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