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Melissa Souza - 2022.1 - Bioquímica - resumo prova 1 Melissa Souza - 2022.1 - Bioquímica - resumo prova 1 Bioquímica ÁGUA, SOLUBILIDADE, ÁCIDO/BASE E TAMPÃO: Ligações entre átomos: Covalente: os átomos que tem a última camada eletrônica incompleta são instáveis, tendendo à ceder, receber ou compartilhar elétrons para fi- carem estáveis com a última camada completa. Iônica: estabelecida pela transferência definitiva de elétrons. Ligações entre moléculas: Ligação de hidrogênio: acontece envolvendo um átomo de hidrogênio conduzida pela diferença de eletronegatividade e altíssima polarização. (H- F/O/N) Interação iônica: atração envolvendo cargas opostas efetivas. (Ex: NaCl em água) Interação de Van der Waals: interações envolven- do dipolo induzidos (pequenos). Eletronegatividade: tendência que um átomo tem de ganhar elétron. F O N Cl Br I S C P HF O N Cl Br I S C P HF O N Cl Br I S C P H Interação entre macromoléculas: Ligação de hidrogênio; Interação de Van der Wa- als; Interação iônica; Proteínas Efeito Hidrofóbico “oil drop” A molécula apolar interfere nas ligações de hi- drogênio das moléculas de água entre si. No caso de moléculas anfipáticas, temos o processo de formação de membranas, vesículas, micelas, in- clusive a nossa membrana plasmática. Água: •Participa do transporte de compostos e de rea- ções químicas. •Solvente universal •Controla a temperatura de homeotérmicos •Interage com macromoléculas interferindo em seu funcionamento Absorção de moléculas: A absorção de algumas moléculas pode ser inter- ferida pela ingestão de alguma substância. Al- guns remédios são melhores absorvidos com a ajuda de sais biliares, precisando assim da inges- tão de gorduras. Além disso, a absorção de fármacos no organis- mo depende do pH. A maioria dos fármacos são ácidos ou bases fracas presentes nas soluções tanto sob a forma ionizada quanto não ionizada. A ionização do fármaco é determinada pelo pKa da substância e o gradiente de pH do meio. *pKa: o pH no qual metade do fármaco está na sua forma ionizada. • ASPIRINA • Melhor absorvida com presença de água. pKa= 3 A molécula não ionizada possui baixa solubilida- de em água e alta capacidade de atravessar membranas. No estômago, tendo um pH menor do que esse pKa (muito H+), a tendência é que haja maior par- te da forma associada pelo deslocamento da rea- ção. Isso prejudica assim sua absorção, sendo uma boa ideia solubilizar antes. A molécula ionizada tem alta solubilidade em água e baixa capacidade de atravessar membra- nas. No intestino, tendo um pH maior do que esse pKa (pouco H+), a tendência é que haja maior parte da forma dissociada pelo deslocamento da reação. Isso permite que a absorção ocorra na passagem do estômago para o intestino, visto que temos a faixa de pH e a presença de microvilosidades. Potencial hidrogeniônico: pH = log1/[H+] = –log[H+] Indica o grau de acidez ou alcalinidade de uma solução. A água pode ser ionizada, e o cálculo da concentração de H+ pode definir o pH desta como neutro. Diferentes regiões do corpo possuem di- ferentes pHs, que influenciam em suas ativida- des. Ex: Estômago: 3 (ácido) Intestino: 9 (básico) Boca: 7 (neutro) Ácidos e Bases: Um ácido é definido como um doador de prótons, enquanto uma base é um receptor de prótons. Es- sa classificação se dá pela forma não ionizada. Melissa Souza - 2022.1 - Bioquímica - resumo prova 1 Melissa Souza - 2022.1 - Bioquímica - resumo prova 1 Em solução aquosa: HA<=> H + + A− B + H+ <=> BH+ Ionização de ácidos e bases Ácidos e Bases fortes: são aqueles que encon- tram-se completamente ionizados em solução aquosa irreversivelmente: HCl → H + + Cl− NaOH + H+ → Na + + H2O Ácidos e Bases fracos: são aqueles que não estão completamente ionizados em solução aquosa, sendo reversíveis: CH3COOH <=> H + + CH3COO− NH3 + H+ <=> NH4+ -Baixo grau de dissociação; ionização incompleta. Constante de equilíbrio e pKa Toda vez que o pKa for igual ao pH, teremos con- centrações iguais de A- e de HA, caracterizando uma situação de equilíbrio. Solução Tampão: Resistem à variações de pH quando pequenas quantidades de ácido (H+) ou base (OH-) são adi- cionados. Resulta do equilíbrio das duas reações reversí- veis numa solução aquosa de um doador e um re- ceptor de prótons, ambos com concentrações próximas da igualdade. A concentração de H+ não mudou. Uma solução tampão é composta por um par áci- do fraco (ácido conjugado) e sua base conjugada, mas pode também ser composto de uma base fraca (base conjugada) e se respectivo par (ácido conjugado). Efeito Tampão: é a propriedade de uma solução resistir a mudanças de pH ( concentração de íons hidrogênio) ao se adicionar pequenas quantida- des de ácido ou base. Capacidade Tamponante: é o quanto uma solução tampão resiste às mudanças de pH, quando se adiciona pequenas quantidades de ácido ou base. É indicada pela alteração do pH provocada pela adição de ácido ou base. *Quanto menor a alteração do pH causada pela adição de uma dada quantidade de ácido ou base, maior é a capacidade tamponante da solução. O tamponamento é mais suficiente em pHs próxi- mos ao pKa da molécula. Melissa Souza - 2022.1 - Bioquímica - resumo prova 1 Melissa Souza - 2022.1 - Bioquímica - resumo prova 1 Funcionamento do tampão no corpo: Na maior parte das vezes, na composição das re- giões temos compostos tampão. Exceção: no estômago, existem enzimas que aju- dam a controlar o pH mais ácido. Omeprazol: inibidor das enzimas que retiram H+ do sangue e redirecionam para o estômago afim de diminuir a acidificação. Fosfato funciona como um tampão extremamente relevante para a célula, assim como as proteí- nas. A manutenção do pH citoplasmático pelo tampão fosfato acontece por meio da proximidade entre o pKa deste (entorno de 7,2) e do pH do citoplasma (entre 6,9 e 7,4). Tampão da saliva: Curva de Stephan: maior proliferação de bacté- rias na presença de excesso de H+, favorecendo a desmineralização. Tampão de fosfato e saliva A saliva constitui um dos sistemas de defesa na- tural da cavidade oral contra o desenvolvimento de cáries dentárias. Estas ocorrem devido à des- mineralização do esmalte de da dentina causada pelos ácidos produzidos pelo metabolismo bacte- riano de açúcares. A saliva desempenha um im- portante papel contra a desmineralização, por- que ajuda a repor cálcio e fosfato na superfície do dente. Em pH 7, a saliva está supersaturada com esses dois minerais, o que favorece a depo- sição de cálcio nas áreas desmineralizadas. A cárie ocorre quando a remoção de minerais den- tárioos é maior que a reposição. O pH da saliva depende dos tipos ácidos e bases secretados pe- las glândulas salivares. o pH da saliva pode vari- ar de 5,6 na saliva não estimulada até 7,8 quando o fluxo salivar é alto, como na saliva estimulada. Outra importante função da saliva é o tampona- mento dos ácidos produzidos , por meio de diver- sos sistemas tampões. O sistema fosfato é de menor importância na saliva estimulada, devido à sua baixa concentração, mas de maior impor- tância na saliva não estimulada. O sistema tampão mais importante na saliva esti- mulada é o ácido carbônico/bicabornato: H+ + HCO3 -> H2CO3 Alguns trabalhos indicam que uma boa capacida- de tamponante da saliva, associada a um elevado fluxo salivar, contribuem para menor incidência de cárie. pH sanguíneo: Através da regulação respiratória. Resposta à acidose: gera hiperventilação, libe- rando CO2 e impediando a formação de H2CO3 ( que dissociaria em HCO3- e o H+, o que redifica- ria mais o meio). Resposta à alcalose: gera hiperventilação, visan- do a pouca liberação de CO2 e tornando viável a formação de H2CO3 (que dissociaria em HCO3-, o que redificaria o meio, neutralizando a alcalose. AMINOÁCIDOS E PROTEÍNAS: As proteínas possuem funções de defesa (anti- corpos), ligação e transporte de moléculas, estru- tural, contração muscular, enzimas, poros nucle- ares, organização do DNA, fatores de transcrição, receptores celulares, canais iônicos, hormônios, citoesqueleto, etc. Melissa Souza - 2022.1- Bioquímica - resumo prova 1 Melissa Souza - 2022.1 - Bioquímica - resumo prova 1 Os aminoácidos possuem um átomo de carbono central chamado de carbono alfa. Este carbono está ligado à um grupo amino, a um grupo carbo- xílico, a um hidrogênio e a um grupo R, que varia. Existem 20 diferentes tipos de aminoácidos. Espectro de absorção: Fenilalanina, triptofano e tirosina. Os aminoácidos aromáticos são maiores, sendo eles capazes de absorver luz em 280 nm. Muito importante para purificar uma proteína, de forma que caso ela possua triptofano ou tirosina, ela absorverá luz. Existem alguns aminoácidos não comuns encon- trados em proteínas, os quais sofrem modifica- ções pós traducionais (ex: prolina e hidroxiproli- na, lisina e hidroxilisina). -Fosforilação: regulação metabólica (ex: serina e fosfoserina, treonina e fosfotreonina, tirosina e fosfotirosina). Os aminoácidos são considerados ácidos e bases fracas, podendo assim assumir a forma zwitteri- ônica e podendo expressar uma curva de titula- ção. Melissa Souza - 2022.1 - Bioquímica - resumo prova 1 Melissa Souza - 2022.1 - Bioquímica - resumo prova 1 Exemplo de AA sem radical interferente: Ligação Peptídica: Exemplo de AA com radical interferente: ______________________________________________ A ligação ppeptídica dá origem à um peptídeo. Na formação desta, há perda de uma molécula de água, ocorrendo uma síntese por reação conden- sação entre aminoácidos. A ligação peptídica é rígida, não existindo rotação entre os átomos envolvidos e estando esses no mesmo plano. Nessa ligação, o primeiro AA terá sempre seu amino livre, enquanto o último AA te- rá sempre sua carboxila livre. Þ Exemplos de peptídeos ativos: Aspartame: formado pelo aspartato, fenilalanina (aromático) e metanol. Tem sabor adocicado en- tão é usado como adoçante. Ocitocina: espécie de peptídeo cíclico, é o hormô- nio do prazer formado por 9 AA e importante no nosso organismo. Þ Níveis organizacionais: Proteínas são polímeros lineares formados por unidades chamadas de aminoácidos. Melissa Souza - 2022.1 - Bioquímica - resumo prova 1 Melissa Souza - 2022.1 - Bioquímica - resumo prova 1 Níveis hierárquicos de organização. Níveis organizacionais de uma proteí- na: •ESTRUTURA PRIMÁRIA• sequência linear dos aminoácidos (ordem), deter- minada pelo nosso código genético. A mudança ma sequência primária dos aminoácidos pode causar muitas doenças. *Importância dessa sequência ser genéticamente determinada: -Elucidar seu mecanismo de ação, se for uma en- zima; -Conhecer sua estrutura tridimensional; -Entender determinadas patologias, ex: anemia falciforme, fibrose cística, etc.; -Compreender a evolução das espécies do nosso planeta. -Mutação e Anemia Falciforme: Essa região 85 e 88 é EXTREMAMENTE apolar, o que permite a interação com a valina. Em pesso- as que possuem a anemia, suas hemoglobinas forma um “trem”, assim como retratado na ima- gem (c). A hemácia dessas pessoas ganha um formato de elipse, dificultando sua circulação nos vasos e causando dores e entupimentos. A valina (apolar) naquela extremidade 6 permite esse tipo de disfunção. A estrutura primária determina todas outras es- truturas, se a mudança for para mesma família não terá impacto. As Cisteínas podem formar pontes de enxofre por possuírem enxofre na ponta: amarra bastante a estrutura da proteína. Só a cisteína faz ponte de enxofre mas esta exis- te em diversas proteínas sem fazer necessaria- mente ponte. Essa ligação covalente não é rompi- da pelo calor na desnaturação. -Importante para a insulina: Pontes de enxofre entre as cadeias e entre AA da mesma cadeia. A insulina precisa ter as 3 pontes para se estrutu- rar e funcionar. •ESTRUTURA SECUNDÁRIA• 1) alfa hélices formadas por ligações de hidrogênio: São relativamente fracas (1-3 kcal/mol). Se rompem ao es- quentar. O átomo de H é parcialmente compartilhado por dois áto- mos relativamente eletronegativos, como o O e o N. Os radicais se projetam para fora da hélice. A prolina não participa de hélices, já que possui o último átomo da cadeia lateral ligado ao N da cadeia principal. Formadores de hélice: *bons: alanina, ácido glutâmico, leucina, etc. *ruins: glicina, tirosina, prolina, serina… Ex de hélice: troponina, hemoglobina. Melissa Souza - 2022.1 - Bioquímica - resumo prova 1 Melissa Souza - 2022.1 - Bioquímica - resumo prova 1 2) beta hélices também formadas por pontes de H: Os radicais se projetam para cima ou para baixo do plano. Existem dois tipos: folha beta: conjunto de fitas betas. os R estão sempre projetados para fora (para ci- ma ou para baixo), não são projetados no plano zig zag. 3) Voltas: Forma loopings que conectam quatro resíduos de aminoácidos. Geralmente ricas em glicinas. Existe um aparelho que consegue medir a quanti- dade de cada conformação a proteína tem, cha- mado de dicroísmo circular •ESTRUTURA TERCIÁRIA• É como a proteína se organiza no espaço, que se mantém por pontes de hidrogênio, pontes de en- xofre e interações eletrostáticas (proteína mon- tada). •ESTRUTURA QUATERNÁRIA• Junção de mais de uma cadeia de proteína, nem todas possuem essa conformação. Ex: hemoglobina, formada por 4 subunidades *OBS.: os AA apolares ficam voltados para o inte- rior das proteínas, enquanto os polares ficam em maioria para o exterior, onde ficam em contato com a água. Sendo uma proteína de membrana sofredora do contrário. As proteínas são desnaturadas com o aumento de temperatura e alteração de pH devido à que- bra das pontes de hidrogênio. Entretanto, a estru- tura primária sempre se mantém, visto que a li- gação peptídica (covalente) não se rompe com a temperatura e nem com a alteração de pH, tendo para digestão no estômago humano além do áci- do, proteases que separam os AA. ENZIMAS: *Lembrete: qualquer molécula possui certa quan- tidade de energia interna armazenada em seu in- terior que são liberadas com a quebra de liga- ções.A liberação da energia presente em molécu- las orgânicas, como a glicose, por exemplo, acon- tece por meio da oxidação aeróbica. Nesse pro- cesso de degradação se formam água e gás car- bônico, liberando energia para as atividades celu- lares. As enzimas são catalisadores das reações quími- cas nos sistemas e são necessárias para permitir que as reações fisiológicas aconteçam na veloci- dade necessária (mais rápido). Funções das enzimas: •Aceleram reações químicas; •Acoplam duas, ou mais, reações químicas (ener- gia gasta de uma reação somada à energia libe- rada de outra, permitindo a ocorrência espontâ- nea- fazem com que uma reação desfavorável aconteça) •Alto grau de especificidade pelos substratos •Funcional em soluções aquosas em condições de temperatura e pHs fisiológicos; •Atuam em pequena quantidade e são recicláveis; Melissa Souza - 2022.1 - Bioquímica - resumo prova 1 Melissa Souza - 2022.1 - Bioquímica - resumo prova 1 •Podem ser reguladas *A Especificidade: cada enzima acelera determinada reação, são es- pecíficas, não aceleram qualquer reação - preci- sam ter complementariedade física e química en- tre a enzima e o substrato. Estrutura tridimensional das proteínas. Pontes de hidrogênio, interações hidrofóbicas e ligações iônicas são importantes. •Exemplos: -Caso exista muito OH no substrato, a enzima de- ve possuir prótons, ou oxigênio e nitrogênio para formar pontes. -Caso a superfície do substrato seja apolar, a en- zima também deve ser A enzima modifica o ambiente onde a reação quí- mica está acontecendo, facilitando que o proces- so aconteça. Elas se ligam aos substratos e mu- dam o ambiente para facilitar que a reação quí- mica aconteça. A maioria das enzimas são proteínas, mas tem uma exceção: as ribozimas, um pequeno grupo de moléculas de RNA catalítico. Em suma, todas são codificadas no código genético dos organis- mos. Funcionamento enzimático: -Uma enzima oferece um ambiente específico dentro de sua estrutura tridimensional no qual uma certa reação possa ocorrer mais rapidamen- te. Assim, a enzima acelera reações químicas. -•Favorecem o estado de transição dosubstra- to/produto. -A enzima fornece um sitio de ligação com gru- pos funcionais para interações iônicas, ligações de hidrogênio e interações hidrofóbicas posicio- nados precisamente para que o estado de transi- ção seja estabilizado, é por isso que há acelera- ção, pois as enzimas estabilizam o estado de transição. -A energia derivada da interação enzima-estado de transição é denominada energia de ligação ΔGb, sendo a principal utilizada pelas enzimas para diminuir a energia de ativação da reação. -ESTADO DE TRANSIÇÃO: É o momento molecular transitório no qual even- tos como a quebra de ligações e formação de no- vas ligações para formar o produto ocorrem. É um estado instável, com alta energia livre. *OBS: Quando o substrato está em maior nível energético do que seu produto, significa que a re- ação libera energia e tende a ocorrer natural- mente. Melissa Souza - 2022.1 - Bioquímica - resumo prova 1 Melissa Souza - 2022.1 - Bioquímica - resumo prova 1 →Exemplo prático: •A glicose pode ser armazenada em um recipien- te com oxigênio indefinidamente sem reagir. •Queimar glicose no fogo é possível, mas requer muita energia (chama). •Na presença das nossas enzimas, essa reação acontece sem segundos, em condições mais brandas, com necessidade de menos energia e ainda converte parte da energia liberada em ATP Diferentes formas de regular a ativida- de de uma proteína: •Transcrição (não ocorre) •Processamento pós-transcricional (splicing) •Degradação de RNA (não sintetiza a proteína ou degrada a própria ribozima) •Tradução (não ocorre) •Regulação por ligantes (algum tipo de ligação fraca que interage com a proteína) •Localização subcelular (retira do seu lugar de ação) •Processamento pós-traducional (ligação cova- lente com alguma molécula química, ex: fosforilação, acetilação…) •Fosforilação: -É o tipo mais comum em proteínas (enzimas) em células eucarióticas. -Essa reação é catalizada por proteínas quinase (fosfotransferase). Quebra de ATP da ligação P-P + ligação P-OH. -A desfosforilação é catalizada por proteínas fos- fatases. Hidrólise, pega água e quebra a ligação P-OH. -A adição dos grupos fosforilas ocorrem nos resí- duos AAs: Ser, Thr e Tyr (presença de hidroxila na cadeia lateral). Classificação: •Oxidorredutases: transferência de elétrons; •Transferases: reações de transferência de gru- pamentos químicos; •Hidrolases: reações de hidrólise; •Liases: adição ou remoção de grupos a ligações duplas; •Isomerases: transferência de grupos dentro de moléculas para produzir formas isoméricas; •Ligases: formação de ligações acopladas a cliva- gem do ATP. Co-fatores e Co-enzimas: •Algumas enzimas necessitam de algo a mais pa- ra funcionar. •A maioria dass vitaminas são co-enzimas. •Exemplo: Escorbuto é uma doença causada pela falta de vitamina C (cofator de prolil-hidroxilase que produz um AA modificado chamado hidroxi- prolina). A Hidroxiprolina é um aminoácido modi- ficado essencial para a estrutura do colágeno. Os sintomas iniciais mais comuns são fraqueza, can- saço e pernas e braços doridos. Se a doença não for tratada na fase inicial, podem-se começar a manifestar sintomas como diminuição do número de glóbulos vermelhos, inflamação das gengivas, alterações no cabelo e hemorragias na pele.[1][3] À medida que a doença avança, podem ocorrer Melissa Souza - 2022.1 - Bioquímica - resumo prova 1 Melissa Souza - 2022.1 - Bioquímica - resumo prova 1 dificuldades de cicatrização das feridas, altera- ções na personalidade da pessoa e, por fim, mor- te causada por infecção ou hemorragia. Espontaniedade de reação •Uma reação tem tendência de ir da região mais organizada (mais energia livre) para a menos or- ganizada (menos energia livre). Equilíbrio •Acontece quando a velocidade da reação para formação dos produtos é igual a velocidade de transformação do produto em substrato. •Nessa condição de equilibro, as concentrações de substrato e produto não mudam durante o tempo. •O balanço da reação vai render pra algum dos lados de acordo com a quantidade de energia livre. •Quanto mais produto se forma, maior o K’. Sendo assim, consequentemente temos um menor ΔG, significando que a reação vai liberar energia. -RELAÇÃO ENTRE ΔG E ΔS: Significado dos termos: ∆G = variação da energia livre; ∆H = variação da entalpia; T = temperatura em Kelvin (sempre positiva); ∆S = variação da en- tropia. •Considerando que a temperatura não mude, quanto maior o valor da entropia (maior desorga- nização do sistema), mais negativo é o ΔG, o que significa que a reação acontece de uma região mais energética para uma menos energética (liberando e ocorrendo de forma espontânea). -Concentração de substratos: •Um fator chave que afeta a velocidade de uma reação é a [S]. •A concentração de substrato se altera durante o curso de uma reação. •Deve-se medir a velocidade inicial quando [S] é muito maior que [E]: Quanto maior a quantidade de substrato, maior a formação de ES Quando o conjunto ES chega a 100% (maior velo- cidade), não importa a quantidade de substratos adicionados que a velocidade não irá aumentar, pois não terá mais enzimas livres, todas estarão ligadas ao substratos. Melissa Souza - 2022.1 - Bioquímica - resumo prova 1 Melissa Souza - 2022.1 - Bioquímica - resumo prova 1 -Exemplo: 1)se tivermos uma enzima com baixa afinidade pelo substrato junto à pouca [S], a reação não acontece. 2) Se você fornece mais substrato para uma rea- ção, cada vez mais enzimas são ocupadas e mais rápido a reação acontece. Entretanto, em algum momento atinge-se a etapa limitante da enzima, e a velocidade estagna. *em reações não enzimáticas, não há saturação da reação, visto que a velocidade depende ape- nas da quantidade de substrato disponível. -Constante de Michaelis-Menten: •O Km consiste na [S] que equivale à metade da velocidade máxima. É possível analisar a afinidade da enzima pelo seu substrato através do tempo, quanto menor a concentração de substrato e maior a velocidade da reação, mais afinidade possui. -Reações com dois ou mais substratos: •Em enzimas que possuem dois substratos, exis- tem enzimas que se ligam ao S2 e depois ao S1, gerando dois produtos independente da ordem de ligação. Existem outras que podem se ligar ao S2 apenas após se ligar ao S1. Nesse sentido, nem todas as enzimas se comportam na fase interme- diária da mesma forma, entretanto, o raciocínio geral da saturação de substrato é o mesmo. →Alosteria: •A mioglobina satura ao se ligar com apenas 1 oxigênio, já a hemoglobina tem capacidade para 4 oxigênios e aumenta sua afinidade por este conforme sua molécula se liga à ela (para a he- moglobina se ligar ao primeiro oxigênio demora mais e para se ligar aos outros 3 é mais rápido - fenômeno cooperativo: o primeiro ajuda o segun- do que ajuda o terceiro e o terceiro ajuda o quar- to) •Proteína alostérica é aquela que tem comporta- mentos diferentes em baixas concentrações de substrato e em altas concentrações, sendo a liga- ção de uma molécula em um espaço interferente na conformação de outro espaço (forma de S no gráfico). •A maioria das enzimas alostéricas tem mais de um sítio de ligação para substrato, possuindo estrutura quaternária (várias subuni- dades e cada uma delas com um sítio de ligação) Inibição enzimática: •Os inibidores são moléculas que interferem com a catálise, diminuindo ou interrompendo reações Melissa Souza - 2022.1 - Bioquímica - resumo prova 1 Melissa Souza - 2022.1 - Bioquímica - resumo prova 1 enzimáticas. •Muito utilizada em fármacos. •Pode ser reversível ou irreversível. -Exemplo: aspirina; inibe a cicloxigenase 2, enzi- ma envolvida na reação de prostaglandinas rela- cionadas à produção de dor. -Tipos de inibição: •Inibição competitiva: -O inibidor tem afinidade pelo mesmo sítio de li- gação do substrato, competindo assim com a li- gação com a enzima. Ligada ao inibidor, a enzima não efetua seu papel biológico. -Alteram a a afinidade enzimática e consequente- mente o KM (precisa-se de mais substrato), mas não altera sua velocidade máxi- ma. -São corrigidoscaso aumente-se a [S] pois o efeito inibidor irá diminuir. •Inibição não-competitiva: -O inibidor liga-se a um sítio distinto do sítio ati- vo de um substrato, podendo se ligar somente ao complexo ES. -Altera sua velocidade máxima diminuindo a mesma (já que influencia a segunda etapa, chamada de limitante), entretanto, não al- tera o KM da enzima e nem sua afinidade. -Mais eficiente. •Inibição mista: -Muito parecida com a inibição não competitiva, a diferença é que o inibidor pode se ligar a enzima na ausência do substrato. Por isso ele também interfere na afinidade ao substrato. -Aumenta o Km e reduz a velocidade máxima. •Inibição irreversível: -São aqueles inibidores que se ligam de forma covalente ou destroem o grupo funcional de uma enzima que é essencial para a atividade enzimática. -A seta é única, indicando que não há possibilida- de de reversão. Há o travamento da enzima e desligamento desta. →Rotas metabólicas ou via: •Série de reações que acontecem em cadeia por- que o produto de uma reação catalizada por uma enzima é o substrato de outra enzima. •A regulação desta acontece pelo controle das enzimas. Melissa Souza - 2022.1 - Bioquímica - resumo prova 1 Melissa Souza - 2022.1 - Bioquímica - resumo prova 1 DNA, PROTEÍNAS E AS TÉCNICAS DA BIOLOGIA MOLECULAR Um mal funcionamento das proteínas pode levar às mudanças no fenótipo. Estrutura dos ácidos nucleicos: •O DNA e o RNA são polímeros formados por nu- cleotídeos. Os últimos tem uma estrutura básica formada por uma pentose, um grupo fosfato e uma base nitrogenada. *ligação fosfodiéster: responsável por ligar os nucleotídeos entre si. Ocorre entre o grupo químico hidroxila (OH) ligado ao terceiro carbono da pentose de um nucleotídeo seguinte ligado ao carbono 5 da pen- tose do mesmo. •A dupla fita do DNA acontece devido ao parea- mento entre as bases nitrogenadas formado por pontes de hidrogênio. Replicação: -Processo no qual uma molécula de DNA dupla fi- ta é duplicada. -Processo semiconservativo, propagação da in- formação genética. -Baseada na complementaridade de bases → DNApolimerase. -Participação da Helicase (rompe as pontes de hi- drogênio) e das proteínas SSB (mantém a fita de DNA separada). -Primase e primer de RNA para reconhecimento. -Outra DNApol produz os fragmentos antes ocu- pados por primers na fita lag. -DNA ligase une os fragmentos, tanto nos frag- mentos de Okazaki quanto os das diversas forqui- lhas de replicação que se abrem. -A ligação quebrada pela DNApol entre os fosfa- tos libera energia para que esta faça reação de li- gação entre o fosfato e oxigênio (acoplamento). -A DNApol tem a capacidade de reconhecer o pa- reamento errado e substituí-lo. *Esse processo está sujeito à erros, ~3,2 bilhões de pb. •Mudança permanente na sequência de nucleotí- Melissa Souza - 2022.1 - Bioquímica - resumo prova 1 Melissa Souza - 2022.1 - Bioquímica - resumo prova 1 deos do DNA é chamada de mutação. •Durante a replicação, a própria DNApol é capaz de reconhecer um erro e corrigi-lo, o que aumen- ta a fidelidade deste processo. •Para prevenir mutações as células possuem di- versos sistemas de reparo de DNA. →Mutações dependem do sistema de reparo de DNA! DANO-ERRO-MUTAÇÃO: -No primeiro caso, temos uma modificação quími- ca na molécula de DNA, em que a ligação entre as timinas tem mais do que a única necessária. Isso pode ser causado por radiação ultravioleta por exemplo. É uma modificação física. *o sistema consegue reconhecer o problema. -O segundo caso indica que existe um erro de pa- reamento. Não há alteração química. *o sistema de reparo nesse caso é aleatório, ten- do 50% de chance de corrigir a fita correta (nova). Ou a informação genética se mantém ou ocorre mutação. Durante a replicação, normal- mente existe uma diferenciação química entre as fitas, e o sistema de reparo consegue corrigir. Em algumas outras situações no entanto, a corre- ção é realmente aleatória. -No terceiro, não existe notificação química de al- teração da molécula. Porém, a mudança na se- quência da fita de DNA interfere na informação genética e é uma mutação. Uma mudança permanente na sequência de nu- cleotídeos do DNA é chamada de mutação que po- de ser transmitidas às novas células. Uma vez que as proteínas sintetizadas na célula dependem da sequência de DNA, tais mutações podem levar à síntese de uma proteína diferente e, portanto, com funções comprometidas. Mas também podem acabar gerando proteínas com novas funções! Esta é a base da teoria evolutiva de seleção natural. -Quanto mais se multiplica a célula, maior a sus- cetibilidade de erro na replicação. Além disso, quanto maior a exposição à molécu- las físico e químicas que causam danos no DNA, maior a chance de replicação. -Ex de doença: câncer de pele produzido por um defeito em uma enzima que repara dímeros de pi- rimidina. →Porque os vírus tem maior taxa de mutação? Devido ao número muito maior de replicações seguidas. Quanto maior a frequência de erro, maior a chan- ce de mutação. -GENE E TRANSCRIÇÃO: •Gene é toda informação hereditária de um orga- nismo que está codificada em seu DNA (ou, em alguns vírus, no RNA). Isto inclui tan- to os genes como as sequências não-codificadoras. •Um conjunto de proteínas chamado fatores de transcrição, gerais ou específicos, se ligam à re- gião promotora e servem de ativadores ou re- Melissa Souza - 2022.1 - Bioquímica - resumo prova 1 Melissa Souza - 2022.1 - Bioquímica - resumo prova 1 pressores, inativando ou ativando o gene e regu- lando o processo de transcrição. Esse processo é necessário para o recrutamento da RNApol. •A transcrição acontece dentro do núcleo. •A RNApol é fosforilada e utiliza a molécula de DNA mas não a modifica, não existindo atividade de separação das fitas de DNA, podendo essa ser utilizada novamente depois. •O processamento do RNA •Em eucariotos, os RNAm são modificados com capeamento na ponta 5’, splicing (retirada dos in- trons e fusão dos éxons pelos spliceossomos) e com o processo de interrupção da transcrição (terminação) e adição da cauda poliA na extremi- dade 3’ pela poliApolimerase. •Existem proteínas que fazem o primeiro e o últi- mo processo, e servem como um controle de qua- lidade da síntese de RNA dentro do núcleo, só permitindo que saiam para o citosol RNAs que fo- ram corretamente processados. Além disso, es- tas também ajudam na estabilidade da molécula e no processo de tradução. -TRADUÇÃO: As proteínas dessas extremidades não se mon- tam linearmente, e sim ligam-se formando uma estrutura circular. A subunidade do ribossomo chamada de 40S, unido à proteínas e ao RNAt da metionina, se ligam próximos à ponta 5’ do RNA, ao códon AUG. Nesse momento de pareamento, há o recrutamento da subunidade 60S do ribosso- mo. Este ao se completar, inicia o processo de tradução.*importante para a aproximação do iní- cio e do fim, de forma à agilizar o recrutamento do ribossomo para uma nova síntese de proteína. •Conforme o processo de tradução ocorre, a cau- da poliA vai diminuindo de tamanho, de forma à chegar em um estágio que não é mais possível a proteína se ligar. Nesse momento, o complexo perde a forma circular e se desmonta. O RNA se desestabiliza e é degradado. -A importância da transcrição: •Dependendo do estágio de desenvolvimento, as células, com a mesma informação genética, ex- pressam genes diferentes. São produzidos diver- sos conjuntos de RNA e proteínas. -Papel da biologia molecular: •Identificação de uma nova doença infecciosa •Identificação do agente patogênico; • Métodos diagnósticos; • Desenvolvimento de vacinas; • Monitoramento da evolução de variantes. -PCR: 1)Extração de ácidos nucleicos a partir da amos- tra, que possui fluidos respiratórios, células do epitélio nasofaríngeo e eventualmente haverão partículas virais. 2)Preparação de RNAs totais da amostra, que são transformados em DNA. 3)Uso da transcriptase reversa (transcrição re- versa). 4)Especificidade da replicação à partir da separa- ção das fitas com o aumento da temperatura, adi- ção de dois primers queserão complementares à sequência que você está interessado. Melissa Souza - 2022.1 - Bioquímica - resumo prova 1 Melissa Souza - 2022.1 - Bioquímica - resumo prova 1 5)Chegada dos cofatores e da DNApol. →Ocorre o segundo ciclo, já é possível selecio- nar melhor a sequência de interesse. E conforme os ciclos acontecem, há um crescimento expo- nencial das fitas. Chega-se a um número em tor- no de 1 bilhão de moléculas e se é analisado a presença do DNA viral. →Testa se os reagentes para possuir controle do exame. Em um dos testes acrescenta-se água, enquanto no outro acrescenta-se DNA viral. Des- sa forma, deve-se ter certeza que o primeiro da- rá negativo e o último positivo. →Porque esse é considerado o melhor? Para o teste dar positivo, esse RNA precisa estar sendo produzido e o genoma viral está presente, o que significa que a infecção está ativa. Diferente da presença de anticorpos, que pode significar a ação da vacina ou a exposição ao vírus por aque- le organismo em algum momento. -Vacinas: •CoronaVac: inativação viral. -Vantagem: imunidade à praticamente todas as proteínas. -Desvantagem: conformação não natural do ví- rus, o que modifica sua estrutura e por consequência permite a perda de algumas proteínas. •Algumas tentativas ainda não aprovadas: 1)Vacinas por subunidades: tecnologia a partir da produção artificial de proteínas e introdução des- tas purificadas no organismo. 2)Vacina de DNA: uso de uma sequência de DNA que possui gene para síntese da proteína spike que desencadeia a resposta imunológica. -Perigo: unir-se ao DNA da célula. •Astrazeneca e Janssen: baseadas em vetores vi- rais. -Coloca-se informação genética do corona vírus em outro vírus já modificado, o qual não causa mais doença. Dessa forma, este vírus agora pode produzir a proteína spike, que desencadeia a res- posta imunológica do organismo. •Pfizer e Moderna: vacina de RNA. -Pula-se uma etapa, injetando diretamente o RNA para a proteína spike. Este é um pouco modi- ficado quimicamente, o estabilizando e aumen- tando sua eficiência de tradução. -Desvantagem: cria-se anticorpos apenas para a proteína spike.
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