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Sarnas Professor: Jonas. Sarna não é parasita. Sarna é uma doença causada por parasitismo de um ácaro. Sarna Sarcóptica É a sarna mais importante, porque é a sarna zoonótica. Pode infectar crianças, tutor e estagiários (ou seja, todos) • Na medicina humana ela é chamada de escabiose Sempre dar um olhar de relance no tutor, que provavelmente terá uma lesão, e assim pedir pra ir em um dermatologista. Sarcoptes Normalmente só é visto no microscópio. • A fêmea é maior que o macho. • Troca gasosa pela pele. • O maior problema do Sarcoptes é o diagnóstico. Ciclo biológico: As fases adultas para se reproduzir sempre estarão na superfície da pele. Uma vez que a fêmea está “cheia” ela entra na pele. Pós processo de reprodução o macho morre, pois não consegue fazer a galeria. (Variação de temperatura, clima etc.) A fêmea faz a postura de ovos mais de uma vez. Uma só fêmea faz várias galerias. • Os ovos eclodem e as larvas se movem para a superfície, onde ocorre a muda para ninfa e adultos. • A cópula ocorre na superfície ou nos túneis da pele. Os ovos se desenvolvem até adultos em 10 a 21 dias * Umas das características dessa sarna é o prurido. • Esses ácaros se alimentam de queratina e líquido do tecido do cão, denominado linfa. * Patogenia: A presença de 10 a 15 ácaros é o suficiente para originar sinais clínicos severos num individuo hipersensível. * Os ácaros e seus resíduos e excrementos são os responsáveis pelas reações de hipersensibilidade que levam ao prurido. Transmissão: Escabiose é altamente contagiosa. (demodex não é tão contagiosa como a escabiose) Tem transmissão por fômites e pele infectada (caminha, mesmo bebedor) Normalmente atinge mais animais debilitados e seu período e incubação é de uma a duas semanas no cão. Lesões: Mas o animal VAI ter lesões por todo corpo, principalmente quando demora para tratar. Normalmente tem infecção secundaria Sintomas e sinais clínicos: • Presença de crostas • Alopecia • Escoriações • Hiperemia • Prurido acentuado As crostas vão acometer mais a região da face (bordas de orelhas), cotovelos, jarretes e os dígitos (normalmente nos dígitos é quando o animal coça com a boca e vai e lambe a pata, acaba transmitindo o ácaro para essa região) • O dorso geralmente é poupado, mas normalmente acomete todo o resto do corpo do animal. Os animais acometidos crônica e gravemente podem desenvolver anorexia perda de peso e piodermite bacteriana secundária. • Só o álcool não mata. Não é exclusivo do cão. Suínos também podem ser acometidos → Principalmente aqueles criados em fundo de quintal. Diagnóstico: Raspado de pele: Pega o bisturi e começa a raspar até a hora que começar a sangrar: Sensibilidade 50% e especificidade 100% • No caso do raspado de pele o problema é não ir tão fundo e não chegar em alguma galeria. Biopsia de pele: Sensibilidade: ~90% e especificidade 100% • A biopsia vai fundo o suficiente para não dar um falso negativo e chegar até as galerias. Tratamento: Tratamento tradicional (mais antigo) primeiro se usa o xampu anti-seborréico e depois a aplicação escabicida. (De 7 a 10 banhos) O problema é o escabicida tópico. • Amitraz é altamente tóxico aos animais, é mais para o ambiente que para o animal. Se você deixar o animal no sol pós administrar na pele do animal, tem maior absorção. Em pacientes diabéticos atrapalha a absorção da insulina nesses pacientes. Tratamento com ivermectina: Cuidado com o cálculo dessa dose, pois é um medicamento para grandes animais, é altamente tóxico para gatos e para algumas raças também. Via oral ou injetável, uma vez por semana (6semanas). Tratamento com fipronil spray: é caro e em animais de grande porte o tutor deve comprar três frascos (não é viável) É uma excelente alternativa terapêutica no tratamento da escabiose canina, utilizando-o topicamente, em todo o corpo do animal, uma vez por semana durante quatro a seis semanas, apresentando eficiência e praticidade. Também é usado em carrapato. Tratamento com doramectina: Com uma dose de doramectina você vê uma grande melhora no paciente. Precisa de 4 a 5 aplicações para de fato melhorar o animal 100% Tratamento 5 Milbemicina e selamectina é excelente, mas é muito caro. • Em gato é muito raro ter essa sarna: porque eles vivem se lambendo. Normalmente quando é parasitado é na face. Profilaxia e controle: • Animais com a doença não ter contato com aqueles que não tem. • Tratar o animal diagnosticado • Lavar constantemente as cobertas e roupinhas do animal (separadamente, com gotas de amitraz) Notoédrica É muito mais presente em gatos (Agente: Notoedris cati) • O que vai diferenciar da escabiose é que ela está na face do animal (exatamente por isso é mais comum estar no gato) Sintomatologia e sinais clínicos Tem potencial zoonótico→ acreditam-se que pode ser muito negligenciada na medicina humana. A infecção manifesta com lesões escamosas, secas, com crosta e nas bordas da orelha e faze e pele espessada. Prurido intenso, pode haver graves escoriações na cabeça e no pescoço por arranhaduras. • (Nos casos típicos as lesões aparecem primeiramente na borda medial do pavilhão auricular e em seguida se disseminam nas orelhas, face, pálpebras e pescoço. Pode difundir-se pela cauda por contato quando o gato se limpa e dorme (URQHART et al., 1998) Biopsia de pele: problema é que está normalmente na face do animal e é um gato, ou seja, diagnóstico vai ser clínico. (de qualquer forma, é parecido com a escabiose) Tratamento: • Todo gato positivo deve ser tratado • Amitraz (pelo amor de deus, não!) • Banhos com enxofre (2%) • Selamectina Profilaxia e controle Mesmo controle de sarna sarcópica. Vai estar presente no ouvido do animal, conduto mesmo. Muitos profissionais diagnosticam otites por fungos ou bacteriana. • Otodectes cinotes Esse ácaro se alimenta de cera e quanto mais esse ácaro se alimenta mais o organismo do animal vai produzir mais cera. • Inclusive uma das características da sarna otodécica é animal com excesso de cera no conduto. Diagnóstico é fácil e altamente eficiente: passa o cotonete e manda para o exame histológico o ácaro vai estar na cera. • Parasita do conduto auditivo; • Sintomas: secreção ótica; escura, às vezes sanguinolenta. (sanguinolenta porque o animal vai coçar muito) • Contagiosa • Muito comum em animais mais jovens. • Selamectina • Moxidectina • Otoacaricidas tópicos
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