Buscar

História da Educação

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 3 páginas

Prévia do material em texto

CICERA MARIA DA SILVA 
8083608
História da Educação
	Trabalho apresentado ao Centro Universitário Claretiano para a disciplina História da Educação,ministrada pela Tutora Karina Elizabeth Serrazes
Campinas
2022
Características da Idade Média
Como a Idade Média é um período extenso da história geral, convencionou-se dividi-la em dois momentos:
Alta Idade Média (séc. V ao século X)
Baixa Idade Média (séc. X ao século XV)
É importante ressaltar que esses momentos não estão separados, mas um complementa o outro.
Alta Idade Média
O período da Alta Idade Média corresponde à formação da Europa medieval até o seu apogeu, no século X. O Império Romano do Ocidente acabou no século IV, e o imenso território conquistado pelos romanos pertencia então aos povos bárbaros. O termo “bárbaro” era como os romanos chamavam os povos que não faziam parte do seu império, que estavam fora dos limites romanos, ou seja, eram aqueles que não compartilhavam do mesmo costume romano, que não tinham a cidadania romana.
A Alta Idade Média constituiu-se pela junção da herança romana com os costumes dos povos bárbaros. A invasão bárbara alcançou a cidade de Roma, que foi saqueada diversas vezes. O temor dessas invasões fez com que os habitantes das cidades buscassem refúgio e trabalho no campo. Ocorreu o que chamamos de ruralização da Europa.
Os reinos germânicos adaptaram seus costumes aos os dos romanos. A Igreja Católica aliou-se aos reis e tornou-se a grande ponte entre o mundo germânico e o mundo romano. Os povos bárbaros abandonaram suas antigas práticas religiosas e aderiram ao cristianismo. A fé cristã expandiu-se pela Europa ocidental, reforçando o poder do papa. Foi no Império Carolíngio, no século VII, que a Igreja conseguiu consolidar o seu domínio.
O imperador Carlos Magno conquistou uma grande quantidade de terras e doou algumas delas à Igreja. Começava a formação dos Estados pontifícios, grandes quantidades de terra que estavam sob o domínio do papa. Carlos Magno promoveu a distribuição de terras aos senhores feudais exigindo em troca a sua fidelidade e seu auxílio em caso de guerra. Logo após a sua morte, seus filhos não conseguiram manter a unidade do império, que acabou dissolvendo-se. O poder foi descentralizado entre os senhores feudais.
A sociedade medieval era estamental, ou seja, não possibilitava a ascensão social. No topo da pirâmide estava o clero, logo abaixo vinha a nobreza, e na base estavam os servos, os únicos que trabalhavam e sustentavam as classes de cima. A agricultura tornou-se a principal atividade econômica. Os servos trabalhavam na terra para o seu próprio sustento, de sua família e do seu senhor.
Havia uma dinâmica ao lidar-se com a terra aproveitando-a ao máximo sem desgastá-la. Enquanto uma parte da terra era utilizada para o cultivo, uma outra porção dela ficava em repouso. Logo após a colheita, a terra trabalhada ficava em repouso e a outra era utilizada. Esse era o sistema de rotação, que evitava o desgaste do solo.
A cultura da Alta Idade Média estava concentrada nos mosteiros. A produção da Antiguidade Clássica foi guardada, e os monges copistas tinham a missão de copiar os textos antigos para que não se perdessem com o tempo. O acesso às bibliotecas dos mosteiros era restrito e o trabalho era manual. Para saber mais sobre esse primeiro período medieval, leia: Alta Idade Média.
A educação que foi desenvolvida no Brasil durante os três séculos de colonização era restrita, inicialmente, a alguns filhos de colonos e a índios aldeados. Até meados do século XVIII, as bases do que se ensinava na Colônia consistiam nos métodos da educação jesuítica. Os missionários da Ordem fundada por Inácio de Loyola que atuavam na conversão dos povos nativos da América eram herdeiros da escolástica tardia, que predominava na região da Península Ibérica no início da Idade Moderna e acabou sendo refletida na cultura dos colonos brasileiros.
A educação dos jesuítas centrava-se nos princípios da educação liberal da Idade Média, isto é, no método do Trivum e do Quadrivium. Entretanto, o que se ensinava no Brasil Colônia era basicamente a primeira parte: as disciplinas associadas ao Trivium, como gramática e retórica. Esse tipo de aplicação simplificada do método medieval implicou uma formação, segundo alguns autores, profundamente literária e estilizada. Como bem apontam os historiadores Arno e Maria José Vehling.
“O método pedagógico utilizado seguia as normas do Colégio de Évora, de 1563, e da Ratio Studiorum, manual pedagógico jesuíta do final do século XVI. Nos cursos inferiores valorizava-se a gramática, considerada indispensável à expressão culta, e a memorização como procedimento para a aprendizagem; nos superiores, subordinava-se a filosofia à teologia. Para alguns intérpretes a educação jesuítica teria deixado marca excessivamente literária na formação brasileira.” (Wehling, Arno; Wehling, Maria José C. De M. A formação do Brasil Colonial. Rio de Janeiro: Nova Fronteira, 1994. p. 287.)
A pedagogia jesuítica tinha um caráter tridentino, ou seja, remetia ao Concílio de Trento da Igreja Católica, organizado no século XVI e com propósitos contrarreformistas, e contrapunha-se ao modelo de ensino que se apregoava em outros países da Europa, influenciados pela ciência moderna e pelo racionalismo. Essa incompatibilidade acirrou-se no século XVIII com o advento da filosofia iluminista, sobretudo aquela que se desenvolveu na França. Portugal, que se caracterizava por suas raízes medievais, teve que empreender uma reforma cultural e educacional nesse período, que foi comandada pelo Marquês de Pombal.

Outros materiais