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RELATORIO-DE-ESTAGIO-III-MARIA

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RELATÓRIO ANALÍTICO DO INSTRUMENTAL TÉCNICO 
OPERATIVO UTILIZADO NO PROJETO DE INTERVENÇÃO 
 
Autor (a) Maria do Socorro de Oliveira 
Orientador Local Anne Karolyne Santos da Silva 
Centro Universitário Leonardo da Vinci – UNIASSELVI 
Curso de Bacharelado em Serviço Social 
(TURMAFLC5198SES) – Estágio III 
20/09/2022 
 
1 INTRODUÇÃO 
 
 
Este relatório tem o objetivo de exibir o instrumental técnico-operativo 
utilizado durante o período dos estágios I, II e III ao decorrer dos estágios no 
Centro de Referência Especializado em Serviço Social – CREAS, unidade de 
Pequeno Porte II, localizado no município de Mamanguape, na Paraíba. 
São os instrumentos que possibilitam a efetivação do trabalho do 
assistente social no processo de intervenção da realidade do individuo ou grupo 
em situação de vulnerabilidade ou violação de direitos. Nesse sentido, será 
abordado os instrumentais técnico-operativos executados e acompanhados 
pela assistente Social (Supervisora de Campo) durante o período de inserção 
em campo de estágio. 
Entre os principais instrumentos que pautam as ações do profissional de 
assistência social pode-se citar: observação, intervenção, encaminhamento, 
visitas domiciliares, entrevista individual, entrevista coletiva, relatório, parecer 
social, perícia social entre outros. 
Minha intervenção profissional observou, e executou com o 
acompanhamento da supervisora de campo alguns desses instrumentos, 
seguindo critérios de evolução dos estágios. 
No estágio I utilizei da observação, tanto dos atendimentos in loco, como 
nas visitas domiciliares, buscas ativas e trabalhos articulados com outros atores 
sociais. No estágio II, mantiveram-se os acompanhamentos e junto a eles 
acolhimento supervisionados e entrevistas individuais, além de elaborações de 
fichas de evolução dos casos acompanhados e execução do meu projeto de 
intervenção. Já no estágio III, além dos instrumentos já mencionados, participei 
também de reuniões internas e externas com equipes de articulação. 
 
2 RELATO E ANÁLISE DOS INSTRUMENTAIS TÉCNICOS OPERATIVOS 
UTILIZADOS NO CAMPO DE ESTÁGIO 
 
A dinâmica de trabalho no CREAS perpassam diversos conflitos de 
ameaça e violações de direitos, nos quais a profissional de serviço social 
integrado ao trabalho de uma equipe multidisciplinar, atua no desenvolvimento 
respostas sociais. 
O cotidiano da Assistente Social segue uma série de instrumentos, e 
logicamente, é de suma importância lidar com a prática para desenvolvimento 
teórico metodológico e técnico operativo para futuro desempenho da função, 
nesse sentido, durante toda a trajetória de estágios, utilizei dos instrumentos 
para desempenho das atividades práticas do estágio, sendo eles: observação, 
acolhimento, entrevistas individuais, visitas domiciliares, busca ativa, 
encaminhamentos, ficha de evolução e reunião. 
 
I. OBSERVAÇÃO 
 
A observação trata-se do ato de compreender o fato e desenvolver 
conhecimento acerca da realidade do usuário no qual será tratado pela 
assistente social. 
A observação pode ser definida “(…) como um instrumento importante no 
levantamento de dados qualitativos que possibilita a participação conjunta dos 
usuários e do assistente social (…).” (SARMENTO, 2013, p.121 apud 
LAVORATTI e COSTA, 2016, p.69) 
Durante o estágio I, observei como se executavam as abordagens e como 
realizar uma escuta qualificada sem o comprometimento do atendimento pela 
Assistente Social (Supervisor de Campo). 
 
II. ACOLHIMENTO 
 
Acolhimento é a etapa inicial, o primeiro momento, onde há uma 
primeira aproximação. Neste momento o profissional deve se 
preocupar em conhecer o usuário, e tão somente o usuário, 
desconsiderando, pois, o problema que traz o usuário ali ou o que leva 
o profissional ao usuário. (RUARO e LAZZARINI, 2013, p.75) 
 
pode ser atribuição dos técnicos de nível superior do CREAS, não só pela 
assistente social, ação inerente ao PAEFI (Serviço de Proteção e Atendimento 
Especializado à Famílias e Indivíduos) 
Durante os estágios II e III, acompanhei e executei sob olhar da 
supervisora o acolhimento de alguns usuários, dos quais nos revelou o 
estabelecimento de confiança, construção de vínculo e a importância desse 
vínculo para o desenvolvimento de respostas sociais para aquele individuo ou 
núcleo familiar, juntamente com a escuta qualificada e atenção as necessidades 
do usuário. 
 
III. ENTREVISTAS INDIVIDUAIS 
 
“(…) a entrevista é um instrumental técnico-operativo que permite realizar 
uma escuta qualificada e estabelecer uma relação dialógica intencional com o 
usuário, através da qual se busca conhecer a realidade social, econômica, 
cultural e política onde este está inserido e que incide direta ou indiretamente 
sobre as suas demandas.” (LAVORATTI e COSTA, 2016, p.82) 
Esta fase inicia-se com o questionamento acerca do problema que 
motivou o encontro entre usuário e profissional. No desenvolvimento deve o 
profissional desvelar não só o problema, mas também em qual contexto ele se 
desenvolveu. (RUARO e LAZZARINI, 2013, p.75) 
Durante o estágio II e III, realizei entrevistas com os usuários sob o olhar 
da supervisora de campo, seguindo planejamento e tipos de entrevistas 
diferentes, estruturadas, não estruturadas e semiestruturadas. 
 
IV. VISITAS DOMICILIARES E BUSCA ATIVA 
 
Acerca da visita domiciliar Lavoratti e Costa (2016, p. 114) abordam: 
 
 “A necessidade de ampliar a compreensão acerca da realidade social 
através do conhecimento do ambiente onde vivem os sujeitos e da 
observação direta das relações familiares é um dos motivos que nos 
leva a optar pelo uso da visita domiciliar.” 
 
Já Ruaro e Lazzarini (2013, p.69) 
 
 
Trata-se de uma busca, uma busca in loco com um objetivo 
predeterminado, em que o profissional do Serviço Social se dirige até 
o lar do usuário para alcançar o objetivo traçado, que geralmente é 
conhecer melhor a realidade do usuário. 
 
Acerca das visitas com vista à busca ativa trata-se das situações em que 
não houve procura direta e se faz necessária a busca ativa para iniciar o 
processo interventivo, ou casos nos quais os usuários manifestaram dificuldade 
de adesão aos programas nos quais foram inseridos, ou seja, que não 
compareceram e não justificaram a ausência aos compromissos agendados, ou 
que expressaram resistência em participar de atividades ou atendimentos 
programados. (LAVORATTI e COSTA, 2016) 
Durante os estágios II e III acompanhei a supervisora de campo em visitas 
domiciliares e lá participamos dos atendimentos, bem como compreendemos 
posturas que viabilizam esse instrumento para o serviço social, como a 
importância da comunicação sobre a visita, a construção de um vínculo e uma 
boa conduta profissional. 
 
V. ENCAMINHAMENTO 
 
É um procedimento de articulação com a rede, no qual visa atender a 
necessidade do usuário com a oferta de serviços. 
A técnica do encaminhamento configura-se como uma ponte de ligação 
entre outras ações do Serviço Social. (RUARO e LAZZARINI, 2013, p.63) 
Os encaminhamentos foram um os instrumentos que mais lidei no 
CREAS, a articulação com outros atores, como por exemplo, Serviços de Saúde, 
em especial a Saúde Mental, Órgãos de Defesa de Direitos (Conselho Tutelar, 
Ministério Público, Poder Judiciário, Defensoria Pública); Bolsa Família, 
Benefício de Prestação Continuada - BPC), Serviços de Acolhimento 
institucionais. 
 
VI. REUNIÃO 
 
Reunião é um instrumento destinado ao compartilhamento e alinhamento 
das ações com todos os envolvidos, sejam internos ou da rede de articulação. 
 
São encontros realizados por duas ou mais pessoas, onde se discutem 
e se encaminham questões relativas a um determinado objeto. No caso 
das reuniões relativas ao Serviço Social, este objeto vai ser sempre 
social. (RUARO e LAZZARINI, 2013, p.82) 
 
Participei das reuniões periódicas junto a equipe do CREAS,onde pude 
observar a importância dos debates entre os profissionais, que traziam grandes 
reflexões e propostas acerca do fortalecimento das ações em prol da revisão das 
práticas adotadas. 
 
VII. FICHA DE EVOLUÇÃO 
 
Fazendo parte dos Planos de Acompanhamento do Sistema Único de 
Assistência Social (SUAS), as fichas de evolução são direcionadores das etapas 
dentro do fluxo de atendimentos os casos das famílias e indivíduos fazem parte 
de planos continuados de atendimentos, como é o caso do PIA (Plano de 
Atendimento Individual) que orienta e sistematiza o trabalho a ser desenvolvido 
com cada criança e adolescente, e do PAF (Plano de Acompanhamento 
Familiar). 
 
As situações vivenciadas pelas famílias e indivíduos atendidos no 
CREAS podem ter repercussões diferenciadas, que podem ser 
agravadas ou não em função de diversos aspetos (contexto de vida, 
acesso à rede e direitos, ciclo de vida, deficiência, rede social de apoio, 
gênero, orientação sexual, deficiência, uso, abuso ou dependência de 
álcool ou outras drogas, condições materiais, etc.). Isso implica 
reconhecer que, diante das situações vivenciadas, cada 
família/indivíduo atendido no CREAS demandará um conjunto de 
atenções específicas, de acordo com suas singularidades, o que 
deverá orientar a construção do Plano de Acompanhamento Individual 
e/ou Familiar. (MDS,2011, p.27) 
 
 
No estágio III pude ter acesso aos prontuários, e a partir deles, elaborar 
junto a supervisora, fichas de evolução dos casos nos quais eu acompanhei, 
observando importância dos objetivos, estratégias e recursos necessários, bem 
como o encaminhamento e o desenvolvimento de atividades socioeducativas de 
apoio, acolhida e reflexão. 
 
 
 
3 CONCLUSÃO 
 
 
Em face ao exposto, conclui-se que os instrumentais técnico-operativos 
aqui descritos foram essenciais para assimilação da atuação profissional, uma 
vez que possibilitaram o amadurecimento do pensamento e aplicabilidade para 
que as ações se moldassem seguindo parâmetros éticos e eficientes. 
Pude refletir acerca de problemáticas sociais como, por exemplo, os 
estigmas que se mostraram dos principais desafios encarados pelas famílias que 
não conseguem mais desenvolver seus papeis protetivos, e que é preciso 
continuamente se desconstruir para avaliar os casos bem como eles vão se 
desdobrando durante as avaliações. 
Outra reflexão que é pertinente destacar é no que tange vínculos, observei 
que os vínculos se sobressaem as instituições, o setor social bem como demais 
atores, demandam um olhar sensível ao usuário, mesmo que seu conflito não 
seja mais de competência da unidade no qual se iniciou, bem como se faz 
importante o contínuo exercício de se eximir de pré-julgamentos. 
De modo geral, a partir da inserção em uma unidade de serviços de 
proteção social especial, foi possível lidar com desafios e oportunidades 
institucionais, compreender um universo de exclusão, vulnerabilidade e violência 
que se manifestaram ao longo de cada caso. 
Com relação a recomendações na atuação do serviço, mostrou-se 
necessário investimento em transporte que suprem as necessidades de buscas 
ativas e visitas domiciliares, além de recursos tecnológicos uma vez que 
palestras e eventos são atividades que complementam o trabalho social. 
Por fim, imprimo meu sentimento de gratidão por toda construção do 
conhecimento e práticas desenvolvidas em meio a tantas questões implícitas 
que somente face a realidade é possível analisar, logo, os instrumentais que me 
guiaram nessa trajetória farão parte da minha vida profissional, com mais 
segurança e discernimento, bem como outros nos quais irei aperfeiçoar no 
estágio voluntário no qual se pretende dar seguimento. 
 
 
 
 
 
REFERÊNCIAS 
 
 
LAVORATTI, Cleide (Org.). II. COSTA, Dorival (Org.). Instrumentos técnico-
operativos no Serviço Social: um debate necessário. Ponta Grossa: Estúdio 
Texto, 2016. 261 p.; 2.300 Kb; PDF. 
 
Ministério do Desenvolvimento Social e Combate à Fome – MDS.Orientações 
Técnicas: Centro de Referência Especializado de Assistência Social – 
CREAS. Brasília, 2011. 
 
RUARO, Gisele de Cássia Galvão. LAZZARINI, Juliana Maria. Instrumentos 
e processo de trabalho em serviço social/ Indaial: UNIASSELVI, 2013.

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