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PERCURSO CRÍTICO DE MULHERES EM SITUAÇÃO DE VIOLÊNCIA.

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1 
 
 
 
 UNIVERSIDADE VEIGA DE ALMEIDA 
 
 
 
 
SARA KETHELIN NAVARRO 
MATRÍCULA: 20221311612 
 
 
 
 
PERCURSO CRÍTICO DE MULHERES EM SITUAÇÃO DE 
VIOLÊNCIA. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
RIO DE JANEIRO, 2022. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 2 
 
 
 
 
 
 
 
 
JAQUELINE ARBOIT 
STELA MARIS DE MELLO PADOIN 
CRISTIANE CARDOSO DE PAULA 
 
 
 
 
PERCURSO CRÍTICO DE MULHERES EM SITUAÇÃO DE 
VIOLÊNCIA. 
 
 
 
 
TRABALHO DE RESENHA PARA A MATERIA DE LEITURA E 
PRODUÇÃO ACADÊMICA, DA PROFESSORA LUCIANA SOARES 
CHAGAS. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
RIO DE JANEIRO, 2022. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 3 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
SUMÁRIO 
 
 
 
 
 
INTRODUÇÃO.......................................................................................1 
OBJETIVO...............................................................................................2 
CONCLUSÃO..........................................................................................3 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 4 
 
 
 
 
 
 
 
A violência contra a mulher é considerada um problema de saúde pública e uma violação dos 
direitos humanos. bem como um dos principais obstáculos à igualdade de gênero é todo ato 
de violência perpetrado contra a mulher que resulte em sofrimento físico, psicológico e 
sexual, além de ameaças e privação de liberdade Estudos indicam que os principais 
agressores das mulheres são pessoas sem vínculos consanguíneos, escolhidas para a 
convivência íntima, a saber: maridos, companheiros, namorados e ex-companheiros. 
Esse problema tem consequências indesejáveis a curto e longo prazo, inclusive as 
relacionadas à saúde das mulheres que o vivenciam. Entre essas consequências relacionadas à 
saúde estão distúrbios do sono, fadiga, nervosismo, baixa autoestima, isolamento, falta de 
apetite e hematomas. Vale ressaltar que um estudo longitudinal mostrou que a violência e o 
abuso aumentam a probabilidade de ocorrência de depressão em mulheres sem história prévia 
de sintomas. Além disso, as mulheres que sofreram violência por parceiro íntimo tiveram 
duas vezes mais chances de apresentar sofrimento psíquico, queixas somáticas e usar 
medicação psicotrópica ou analgésica quando comparadas às mulheres que não sofreram 
violência. 
Apesar dessas consequências, muitas são as razões pelas quais as mulheres que vivenciam a 
violência permanecem nessa situação. Destacam-se o medo das constantes ameaças do 
marido e/ou companheiro, a dependência econômica desse companheiro e a preocupação com 
os filhos. Por outro lado, quando as mulheres decidem quebrar o ciclo de violência, o que 
Sagot chama o “caminho crítico” começa. Compreende um conjunto de ações realizadas por 
mulheres em situação de violência que se inicia após a decisão das mulheres de romper o 
ciclo de violência, por meio da busca de apoio nas redes sociais e nos serviços disponíveis, 
rompendo o silêncio e tornando pública a situação. O caminho crítico é complexo e não 
linear, apresentando elementos relacionados às percepções das mulheres e suas ações, e às 
respostas sociais ao longo do caminho, tanto em relação ao contexto familiar e comunitário 
quanto ao contexto institucional. 
Diante do exposto e em consonância com a Agenda de Desenvolvimento Sustentável, que 
reconhece que a eliminação da violência contra a mulher é fundamental para o 
desenvolvimento humano sustentável e para a saúde de todos, esta revisão buscou subsídios 
para desenvolver estratégias para qualificar o atendimento às mulheres em situação de 
violência. 
Este estudo tem como objetivo identificar evidências científicas nacionais e internacionais 
sobre a trajetória crítica de mulheres em situação de violência. 
Por se tratar de um estudo de revisão, sem envolver seres humanos, não necessita de 
aprovação do Comitê de Ética em Pesquisa. 
 
 
 
 
 
 
 
 5 
 
 
 
 
 
 
 
 
Trata-se de uma revisão integrativa, que buscou agregar e sintetizar resultados de pesquisas 
sobre o tema específico, permitindo a síntese de múltiplos estudos publicados. É um método 
relevante para a saúde e a enfermagem, produzindo evidências científicas para a qualificação 
da prática assistencial. 
 
A síntese das evidências encontradas nos artigos foi realizada de acordo com o diagrama de 
Caminho Crítico proposto por Sagot. 
Os fatores propulsores do caminho crítico relacionados às percepções e comportamentos das 
mulheres foram supor que o registro do boletim de ocorrência em uma delegacia da mulher 
resolverá a situação de violência, entender que elas estão vivenciando essa situação e que tem 
uma dimensão pública. Apesar de vivenciarem a agressão, algumas mulheres apenas iniciam 
o processo de enfrentamento da violência, como a busca por um serviço e autoridades, diante 
desses entendimentos. 
Os fatores determinantes relacionados às experiências anteriores das mulheres estavam 
relacionados ao fato de ter filhos. Muitas vezes, essas crianças também vivenciam a 
violência), além da preocupação das mulheres com elas, principalmente pela presença delas 
em seus lares. Muitas mulheres permanecem em situação de violência por vários anos, e 
somente quando seus filhos também começam a vivenciá-la é que conseguem reagir e iniciar 
o caminho. Nesse sentido, o estudo evidenciou uma associação significativa entre a busca de 
ajuda pela mulher e o abuso infantil. Outros fatores determinantes na trajetória crítica da 
mulher foram ser gravemente ferida, ter lesões, ser forçada a fazer sexo ou sofrer violência 
durante a gravidez, bem como ter medo ou ameaça do agressor. 
Por outro lado, os estudos apontaram diversos motivos pelos quais as mulheres 
permaneceram em situação de violência e não iniciaram o percurso: medo de vingança do 
agressor ameaça dependência financeira manutenção do núcleo familiar preservação de suas 
condições de vida e das crianças preconceitos e estereótipos de gênero, familiares e culturais 
amar o parceiro crença de que ele vai mudar por acreditar na importância da participação do 
companheiro na criação dos filhos medo de começar uma nova vida 
minimizando/naturalizando a violência constrangimento e vergonha por acreditar que o 
parceiro não vai mudar, e por protegê-lo e preservar o rela Por outro lado, os estudos 
apontaram diversos motivos pelos quais as mulheres permaneceram em situação de violência 
e não iniciaram o percurso: medo de vingança do agressor ameaça dependência financeira 
manutenção do núcleo familiar preservação de suas condições de vida e das crianças 
preconceitos e estereótipos de gênero, familiares e culturais amar o parceiro crença de que ele 
vai mudar por acreditar na importância da participação do companheiro na criação dos filhos 
medo de começar uma nova vida minimizando/naturalizando a violência constrangimento e 
vergonha por acreditar que o parceiro não vai mudar, e por protegê-lo e preservar o 
relacionamento. 
 
 
 
 
 
 6 
 
 
 
 
 
 
 
 
CONCLUSÃO 
 
 
Dentre os fatores impulsionadores do caminho crítico, a violência grave, o medo ou as 
ameaças se destacaram na síntese desta revisão. Falta de proteção, infraestrutura precária, 
recursos humanos insuficientes das instituições, interrupção da rede e culpabilização das 
vítimas são fatores negativos para a resposta. O fator resposta positiva centra-se no 
encaminhamento da mulher e na reorganização da vida. 
Em relação às decisões e ações tomadas, destacaram-se as denúncias, o acesso ao serviço de 
saúde e policial, a busca por ajuda de familiares, amigos e vizinhos e a separação. Os 
elementos do diagrama do caminho crítico são articulados entre si e podem promover, inibir 
ou retardar o início do caminho pela mulher, afetando o desfecho das situações de violência.7 
 
 
 
 
 
 
 
REFERÊNCIAS 
 
Montero I, Ruiz-Pérez I, Escribà-Agüir V, Vives-Cases C, Plazaola-Castaño J, Talavera M, et 
al. Strategic responses to intimate partner violence against women in Spain: a national study 
in Primary Care. J Epidemiol Community Health. 2012;66(4):352-8. doi: 
10.1136/jech.2009.105759 
 
World Health Organization (WHO). Responding to intimate partner violence and sexual 
violence against women: WHO clinical and policy guidelines [Internet]. Geneva: WHO; 2013 
[cited 2018 Jan 10]. Available from: http://apps.who.int/iris/ 
bitstream/10665/85240/1/9789241548595_eng.pdf 
 
Organização de las Naciones Unidas (ONU). Estudio a fondo sobre todas las formas de 
violencia contra la mujer. [Internet]. Ginebra: ONU; 2006 [cited 2018 Jan 11]. Available 
from: https://www.acnur.org/fileadmin/Documentos/BDL/2016/10742.pdf 
 
United Nations General Assembly (UNGA). Transforming our world: the 2030 Agenda for 
Sustainable Development [Internet]. UNGA; 2015 [cited 2018 Jan 30]. Available from: 
https://sustainabledevelopment.un.org/content/documents/21252030%20Agenda%20for%20 
Sustainable%20Development%20web.pdf 
 
Senado Federal (BR). Instituto de Pesquisa DataSenado. Observatório da Mulher contra a 
Violência. Secretaria da Transparência. Violência doméstica e familiar contra a mulher: 
Pesquisa DataSenado [Internet]. Brasília: Senado Federal; 2017. [cited 2017 Dec 03]. 
Available from: https://www12.senado.leg.br/institucional/datasenado/arquivos/aumenta-
numero-de-mulheres-que-declaram-ter-sofrido-violencia 
 
The Joanna Briggs Institute (JBI). Joanna Briggs Institute Reviewers’ Manual: 2014 edition. 
[Internet] Adelaiade: JBI; 2014. [cited 2018 June 10]. Available from: 
https://nursing.lsuhsc.edu/JBI/docs/ReviewersManuals/Economic.pdf 
 
 
 
https://www.acnur.org/fileadmin/Documentos/BDL/2016/10742.pdf
https://www.acnur.org/fileadmin/Documentos/BDL/2016/10742.pdf
https://www12.senado.leg.br/institucional/datasenado/arquivos/aumenta-numero-de-mulheres-que-declaram-ter-sofrido-violencia
https://www12.senado.leg.br/institucional/datasenado/arquivos/aumenta-numero-de-mulheres-que-declaram-ter-sofrido-violencia
https://www12.senado.leg.br/institucional/datasenado/arquivos/aumenta-numero-de-mulheres-que-declaram-ter-sofrido-violencia
https://www12.senado.leg.br/institucional/datasenado/arquivos/aumenta-numero-de-mulheres-que-declaram-ter-sofrido-violencia

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