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Pediatria Amanda Maia – MED 104 C SEMIOLOGIA GENITOURINARIA Sintomas Dor: dentre as mais frequentes destacam-se a dor abdominal (geralmente inespecífica e difusa), lombar (GNDA e pielonefrite), recorrente (hidronefrose, doença renal e policística), genital, supra púbica (cistites), miccional (disúria) e testicular − Costuma ser uma dor abdominal recorrente: quando ela dura mais que 3 meses. Falta de apetite, letargia e alterações negativas nas curvas de crescimento: sinais de alerta/cronicidade. Frequência miccional: − Aumentada (polaciúria): frequência maior ou igual a 8vezes/dia − Diminuída: menor ou igual a 3 vezes/dia Incontinência: é a saída involuntária de urina em qualquer situação. Deve ser caracterizada quando ocorre após o controle miccional (diurno - 2° e 3° ano de vida e noturno 4° e 6° ano de vida) Enurese: noturna é a perda involuntária de urina durante o sono Urgência miccional: desejo súbito e de difícil contenção para urinar após a aquisição do controle miccional completo ou quando este já deveria ter sido obtido; Manobras de contenção: são atitudes corporais praticadas pelas crianças para retardar ou impedir a micção → cruzamento das pernas, podendo também apertar ou tracionar a genitália e acocorar-se pressionando o períneo contra um dos calcanhares; Nictúria: maior eliminação de urina durante a noite do que durante o dia; Esforço miccional: refere-se à necessidade de impor um aumento à pressão abdominal para iniciar e/ou manter o jato urinário Disúria: dificuldade de micção podendo ou não vir acompanhada de dor ou queimação ao urinar, inicial (sugerindo doenças uretrais) ou terminal (mais frequente em doenças viscerais) Polaciúria: micção frequente, podendo ser normal nos dois primeiros anos de idade; Poliúria: diferentemente da polaciúria, está se relaciona a um volume urinado acima do esperado para a idade: 40ml/kg em 24h ou 2,8L em crianças; Oligúria: urina secretada em pequena quantidade < 1ml/kg/hora Elementos semióticos 1. Aspecto geral - implantação das orelhas, deformidades esqueléticas (genu varum, genu vagum), palidez cutâneo-mucosa e edemas; 2. Antropometria - doenças crônicas se espera uma alteração na estatura; 3. Lesões cutâneas - piodermites; 4. Verificação de pressão arterial; 5. Palpação abdominal; 6. Dor na região lombar - irradiação, contorna o flanco; Manobras de contenção Pediatria Amanda Maia – MED 104 C 7. Dor a percussão no ângulo renal. Síndrome nefrótica − Edema palpebral bilateral − Edema mais insidioso, mais lento Impetigo − Piodermite, infecção de pele. Pode ser causado por strepto ou stafilo. É uma infecção superficial de pele e gera prurido. − Observada, na região das nádegas, membros inferiores, na região perioral ou entrada das narinas. − Pode fazer uma glomeronefrite difusa aguda após essa infecção. − São portas de entrada. Genitália externa masculina 1) Testículos - Embriologia: posição abdominal para intracanalicular - invaginação do peritônio - pressão os músculos abdominais - obliteração conduto peritônio vaginal O conduto deve se fechar quando o testículo desce. Exame - Bolsa escrotal/Testículos Inspeção: alterações de volume e forma, presença dos testículos na bolsa; Palpação: sempre com as duas mãos, dedos na base da bolsa escrotal e palpação realizada com os dedos (movimento de pinça) Alterações – Testículos: Criptorquismo: parada de migração, ou seja, o testículo não desceu para bolsa / tumores de gônadas e comprometimento da fertilidade (correção cirúrgica < 2 anos); Quando traciona o testículo não desce. Testículo retrátil: exacerbação do reflexo cremastérico (cremaster envolve cordão/testículos). Quando traciona o testículo desce, ele só estava mais alto; Fácies de Potter: fácies que se considera característico de situações de agenesia bilateral dos rins e/ou de malformações desse órgão. Verifica-se hipertelorismo ocular, implantação baixa dos pavilhões auriculares, bochechas salientes e nariz grosso e achatado Pediatria Amanda Maia – MED 104 C Ectopia testicular: testículo sai do trajeto normal de descida – perineal, femoral, escroto contralateral – doloroso e não redutível. Tratamento é cirúrgico. Torção testicular: perinatal/puberdade, dor súbita, sinais flogísticos, testículo alto na bolsa; - Escroto agudo: sinais flogísticos, dor e sinais inflamatórios. Pode ser causado pela torção ou por inflamação, orquite. OBS: Se eu estimular a raiz da coxa, geralmente, a bolsa contrai, isso é chamado de reflexo cremasteriano. Na orquite esse reflexo fica preservado e na orquite costuma estar abolido. 2) Bolsa escrotal Alterações de volume: hérnia ≠ hidrocele; Hérnia inguinal ou Ingnoescrotal: precisa ser abordada de forma cirúrgica Hidrocele: é uma coleção líquida encontrada dentro da bolsa pela persistência do conduto peritoneovaginal. Tem conduta expectante. Pode ser que o conduto demore de 1 ano a 1 ano e meio para fechar. Manobra para diferenciar hérnia de hidrocele: - Se o aspecto da bolsa ficar rosado a transluminação é positiva , ou seja, só tem líquido (hidrocele) - Se a transluminação for negativa, pode ser uma hérnia. Criptorquismo Torção de testículo HÉRNIA HIDROCELE Transluminação positiva - Hidrocele Pediatria Amanda Maia – MED 104 C 3) Pênis (glande, prepúcio e uretra) Tamanho: deverá ser medido, mantendo-o esticado, aferindo da base até a glande; Fimose: impossibilidade de exteriorização da glande; avaliação com tração delicada do prepúcio para baixo. OBS: Massagem para exteriorizar não é recomendada, pois pode complicar para parafimose. Ela deve exteriorizar até os 4/5 anos de idade espontaneamente. Cisto de esmegma: esmegma é a combinação de células epiteliais esfoliadas com óleo e gordura, que se pode acumular sob o prepúcio. OBS: Não faz nada, a medida que o prepúcio for descolando essa secreção é eliminada. Parafimose: prepúcio retraído não retorna a posição normal. Balanoposite: inflamação da glande do prepúcio, provoca sinais flogístico e geralmente o meato uretral não consegue ser visualizado. Alterações de abertura de uretra: hipospádia (ventral – em baixo) e epispádia (dorsal – em cima). O correto é uretra centrada. Abordagem cirúrgica Genitália externa feminina Nos primeiros dias, encontra-se sob efeito dos hormônios maternos: lábios tem aparência edemaciados, secreção vaginal e hipertrofia hímenal; - Esse edema é mais pronunciado ainda no RN pré-termo. - A mucosa é mais rosada Hímen: afastar grandes lábios delicadamente, avaliando se o orifício é pérvio - O que occore no recém nascido por ação do estrogênio materno é a hipertrofia de hímen (regride com a idade) - Se o hímen não estiver pérvio ele pode complicar para hidrometrocolpos → Acúmulo de secreção no utero e na vagina > 75% separam-se espontaneamente até 4-5 anos de idade Epispádia Hipospádia: muito mais frequente que epispádia Pediatria Amanda Maia – MED 104 C Prolapso de uretra: causa? adolescentes, negra, disúria, secreção serosanguinolenta e massa avermelhada acima do orifício vaginal; Sinéquia de pequenos lábios – “fimose feminina”: aderência/fusão dos pequenos lábios dificultando ou impossibilitando o orifício vaginal; Corrimentos Vulvovaginites: pode ser classificada em inespecífica e específica. Em 70% dos casos a vulvovaginite pediátrica é inespecífica, provocada principalmente por enterobactérias saprófitas, estando geralmente relacionadas à contaminação secundária local e precariedadede higiene fecal e urinária (ocasionando distúrbio da homeostase bacteriana vaginal) Ambiguidade genital Diagnóstico: Discordância entre a aparência genital e o cariótipo pré-natal; Investigar: síndrome genética, hiperplasia de suprarrenal (deficiência enzimática) 1) Genitália de aparente aspecto feminino: - Diâmetro clitoriano superior a 6 mm (clitóris aumentado, edemaciado) - Gônada palpável em saliência labioescrotal - Fusão labial posterior - Massa inguinal que possa corresponder a testículo 2) Genitália de aparente aspecto masculino: - Gônadas não palpáveis (criptorquismo bilateral) - Tamanho peniano esticado abaixo de -2,5 desvios padrão em relação à média para a idade - Gônadas < 8 mm de diâmetro - Presença de massa inguinal (que poderá corresponder a trompas e útero rudimentares) - Hipospádia
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