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Apostila de Cinesioterapia

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Cinesioterapia 
 
 
 
INTRODUÇÃO À CINESIOTERAPIA 
Sobre a cinesioterapia 
A cinesioterapia consiste no uso do movimento ou 
exercício como forma de terapia (exercício 
terapêutico) para a reabilitação de pacientes. O 
treinamento é planejado e sistemático, utilizando 
movimentos corporais, posturas e/ou atividades 
físicas. 
Objetivos 
▪ Tratar ou prevenir comprometimentos; 
▪ Melhorar, restaurar ou potencializar a 
função física; 
▪ Prevenir ou reduzir fatores de risco ligados 
à saúde; 
▪ Otimizar o estado de saúde geral, seu 
preparo físico ou sensação de bem-estar. 
Funcionalidade 
 
 
Modelo da CIF 
Trata-se de um modelo multidirecional e 
multidimensional. 
 
Os domínios da CIF indicam a área de 
funcionalidade e os qualificadores indicam a 
extensão da funcionalidade e incapacidade. Por 
exemplo: fraqueza muscular moderada. 
Classificação 
Parte 1 – Funcionalidade e Incapacidade 
 Função 
 Estruturas do corpo 
 Atividade 
 Participação 
Parte 2 – Contexto 
 Fatores ambientais 
 Fatores pessoais 
Conceitos importantes 
▪ Funções do corpo: são as funções fisiológicas 
dos sistemas orgânicos, incluindo as funções 
psicológicas. 
▪ Estruturas do corpo: são as partes 
anatômicas do corpo, tais como, órgãos, 
membros e seus componentes. 
▪ Deficiências: são problemas nas funções ou 
nas estruturas do corpo, tais como, um 
desvio importante ou uma perda. 
▪ Atividade: é a execução de uma tarefa ou 
ação por um indivíduo. 
▪ Participação: é o envolvimento de um 
indivíduo numa situação da vida real. 
▪ Limitações de atividade: são dificuldades 
que um indivíduo pode ter na execução de 
atividades. 
▪ Restrições de participação: são problemas 
que um indivíduo pode enfrentar quando 
está envolvido em situações da vida real 
Core Set da CIF: https://www.icf-core-
sets.org/index.php 
 
Exemplos de casos clínicos 
Lombalgia 
Estrutura e função corporal: 
 Dor 
 Alteração postural 
 ADM 
 Força muscular 
 Equilíbrio 
 Parestesia 
 Marcha 
 Sono 
 Função emocional 
Atividade: 
 Mobilidade – andar curtas distâncias 
 Realizar atividades de autocuidado 
 Realizar atividades de vida diária 
 Alcançar/carregar objetos 
 Sentar e levantar 
 Subir/descer escadas 
 Deitar 
Participação social: 
 Yoga 
 Ir à igreja 
 Ir/permanecer no ambiente de 
trabalho/acadêmico 
Fatores pessoais e ambientais: 
 Usar analgésico 
 Acesso a moradia – escadas, calçadas, 
elevadores 
AVC 
Estrutura e função corporal: 
 ADM 
 Cérebro 
 Disfagia 
 Equilíbrio 
 Força muscular 
 Função emocional 
 Função muscular 
 Função sensorial e propriocepção 
https://www.icf-core-sets.org/index.php
https://www.icf-core-sets.org/index.php
 Funções cognitivas (consciência, orientação, 
função intelectual, atenção e memória) 
 Funções motoras 
 Hemiparesia 
 Marcha 
 Memória 
 Parestesia 
 Reflexos 
 Sono 
Atividade: 
 Alterar posturas (sentar, levantar, deitar) 
 Andar 
 Autocuidado (se alimentar, se vestir, tomar 
banho) 
 Comunicação 
 Dirigir 
 Tarefas domésticas (cozinhar, limpar) 
Participação social: 
 Eventos sociais 
 Reunir com amigos 
 Trabalhar 
 Viajar 
Fatores pessoais e ambientais: 
 Acesso a plano de saúde (+) 
 Apoio familiar (-) 
 Aposentadoria (+) 
 Ensino superior (+) 
 Moradia com elevador (+) 
 Mudanças de humor (-) 
 Perda de autonomia (-) 
Osteoartrose de joelho 
Estrutura e função corporal: 
 ADM 
 Articulação do joelho 
 Descarga de peso 
 Dor 
Atividade: 
 Caminhar 
 Correr 
 Sentar/levantar 
Participação social: 
 Brincar com as crianças 
 Dirigir 
 Futebol com os amigos 
Fatores pessoais e ambientais: 
 Apoio familiar (+) 
 Boas condições financeiras (+) 
 Casa no 1° andar (-) 
 Sobrepeso (-) 
DPOC – Doença pulmonar obstrutiva crônica 
Estrutura e função corporal: 
 FM respiratória 
 Fraqueza muscular periférica 
 Troca gasosa 
Atividade: 
 Caminhar longas distâncias 
 Subir/descer escadas 
Participação social: 
 Afastamento do esporte 
 Aposentadoria 
 Restrição para passear no shopping 
Fatores pessoais e ambientais: 
 Idade 
 Peso 
 Sedentarismo prévio 
 Suporte de oxigênio 
 Tabagismo 
 
 
 
 
 
 
 
 
Caso clínico prático 
SSS, 76 anos, 79 kg, 1,55 m, viúva, dona de casa, pensionista, mãe de três filhos, mora com filha e dois netos, 
sedentária, hipertensa e exercia atividade laboral de lavadeira por muitos anos. Procurou a fisioterapia 
devido a queixa principal de dor no joelho D (EVA 10/10), limitando suas atividades domésticas, como limpar 
a casa e passar roupa, além de deixar de sair de casa com a mesma frequência que antes devido a intolerância 
aos esforços e a presença de escadas e ladeiras para sair de casa para fazer compras, visitar 
familiares/amigos e ir à igreja. Adicionalmente, relata queixa de dor no ombro D (EVA 5/10) e E (EVA 3/10), 
dor lombar (EVA 10/10) ao movimento de flexão e extensão e dor cervical (EVA 7/10). Apresenta histórico 
de meniscectomia total do menisco medial a D, glaucoma e catarata a E, realizando cirurgia corretora, fratura 
de tornozelo D há aproximadamente 50 anos, embolia pulmonar secundária a TVP e quadro álgico de 
entesite do quadríceps E após hidroginástica. Atualmente, relata diagnóstico de Gonartrose a D, lesão 
parcial do supraespinhal D associado a bursite subacromial bilateralmente, osteopenia e “câimbras de nó” 
frequentemente em membros inferiores. Possui histórico de queda 3 vezes nos últimos 6 meses. 
Estrutura e função corporal: 
 Bursite subacromial bilateral 
 Dor cervical 
 Dor lombar 
 Dor no joelho D 
 Dor no ombro D e E 
 Gonartrose D 
 Hipertensão 
 Intolerância aos esforços 
 Lesão parcial do supraespinal D 
 Osteopenia 
Atividade: 
 Atividades domésticas 
 Fazer compras 
 Ir à igreja 
 Visitar familiares e amigos 
Participação social: 
 Afastamento do esporte 
 Aposentadoria 
 Restrição para passear no shopping 
Fatores pessoais e ambientais: 
 Idade 76 anos, peso 79kg e altura 1,55 
 Viúva, dona de casa, pensionista 
 Sedentária 
 Escadas e ladeiras 
 
 
 
 
 
 
RACIOCÍNIO CLÍNICO E TOMADA DE DECISÃO 
Instrumentos de avaliação: 
https://www.sralab.org/rehabilitation-measures 
Plano de tratamento (Método SMART) 
✓ Específico 
✓ Mensurável 
✓ Atingível 
✓ Relevante 
✓ Temporal 
Goal Attainment Scale (GAS) 
PONTUAÇÃO NÍVEL DE CONQUISTA DE 
RESULTADOS 
-2 Muito menor que o esperado 
-1 Pouco menos que o esperado 
0 Grau esperado de resultados 
+1 Um pouco mais que o esperado 
+2 Muito mais que o esperado 
 
Tomada de decisão clínica 
▪ Conhecimentos de informações pertinentes 
sobre o(s) problema(s) com base na 
capacidade de coletar dados relevantes 
▪ Habilidade cognitivas e psicomotoras para 
obter o conhecimento necessário de um 
problema desconhecido 
▪ Uso de um estilo eficiente de coleta e 
processamento de informações 
▪ Experiência clínica anterior com problemas 
iguais ou semelhantes 
▪ Capacidade de lembrar informações 
relevantes 
▪ Capacidade de integrar conhecimentos 
novos e anteriores 
▪ Capacidade de obter, analisar e aplicar 
evidências de alta qualidade da literatura 
▪ Capacidade de organizar, categorizar, 
priorizar e sintetizar informações de forma 
crítica 
▪ Capacidade de reconhecer padrões clínicos 
▪ Capacidade de formar hipóteses de trabalho 
sobre a apresentação de problemas e como 
eles podem ser resolvidos 
▪ Compreensão de valores e objetivos do 
paciente 
▪ Capacidade de determinar opções e fazer 
planos estratégicos 
▪ Aplicação estratégias de pensamento 
reflexivo e automonitoramento para fazer os 
ajustes necessários 
Prática baseada em evidência: Melhor evidência 
disponível + experiência clínica + valores do cliente 
Tipos de exercícios terapêuticos 
▪ Condicionamento aeróbicoe 
recondicionamento 
▪ Exercícios de desempenho muscular, 
treinamento de força, potência e resistência 
▪ Técnicas de alongamento e 
mobilização/manipulação de articulações 
▪ Controle neuromuscular, inibição e técnicas 
de facilitação e treinamento de consciência 
postural 
▪ Controle postural, mecânica corporal e 
exercícios de estabilização 
▪ Exercícios de equilíbrio e treinamento de 
agilidade 
▪ Exercícios de relaxamento 
▪ Exercícios de respiração e treinamento 
muscular ventilatório 
▪ Treinamento funcional específico para 
tarefas 
 
 
 
 
 
 
https://www.sralab.org/rehabilitation-measures
AMPLITUDE DE MOVIMENTO 
Técnicas usadas para examinar a mobilidade e 
iniciar o movimento de intervenções terapêuticas. 
a) ADM muscular: excursão funcional do 
músculo 
b) ADM articular: descrita por flexão, extensão, 
abdução, adução e rotação 
Quais as diferenças e semelhanças entre 
amplitude de movimento, alongamento 
muscular e mobilidade articular? 
▪ Amplitude de movimento (ADM): máximo 
de movimento possível entre dois 
seguimentos. Depende da estrutura das 
articulações, da integridade e da 
flexibilidade dos tecidos moles. 
▪ Alongamento muscular: manobras que visa 
aumentar a extensibilidade dos tecidos 
moles, melhorando a flexibilidade e a ADM. 
▪ Mobilidade articular: técnicas de terapia 
manual usadas para modular a dor, além de 
tratar e prevenir as disfunções articulares 
que limitam a ADM. 
Tipos e Exercícios de ADM 
ADM Passiva 
Movimento realizado 100% por uma força externa 
com pouca ou nenhuma contração voluntária. 
ADM passiva é diferente de alongamento passivo. 
Indicações: 
 Fase aguda de processo inflamatório; 
 Paciente incapaz ou não autorizado a 
movimentar ativamente; 
Objetivos: reduzir as complicações da 
imobilização, tais como, degeneração da 
cartilagem, formação de aderências, contraturas e 
má circulação. 
✓ Manter a mobilidade e evitar contraturas 
✓ Manter propriedade elásticas do músculo 
✓ Favorecer a integridade articular 
✓ Auxiliar a circulação e a cicatrização 
✓ ↓ dor 
✓ Estímulo sensorial 
Outros usos: examinar estruturas, demonstrar o 
objetivo desejado e preparar para o alongamento. 
Limitações: 
 Não previne atrofia muscular; 
 Não ↑ a força ou resistência à fadiga; 
 Não auxilia a circulação da mesma forma 
que a contração voluntária. 
ADM Ativa e Ativassistida 
A ADM ativa é realizada por contração ativa dos 
músculos. Por outro lado, a ADM ativassistida 
recebe o auxílio de uma força externa (manual ou 
mecânica). 
Indicações: 
 PAC capaz de força de contração; 
 Musculatura fraca (ADM ativassistida); 
 ADM ativa em região acima e abaixo de um 
segmento imobilizado; 
 Programa de condicionamento aeróbico; 
 Alívio de tensão por postura prolongada. 
Objetivos: sem contraindicações, as metas da 
ADM passiva podem ser alcançadas pela ADM 
ativa. 
✓ Manutenção da elasticidade e da 
contratilidade 
✓ Feedback sensorial dos músculos em 
contração 
✓ Manter a integridade óssea e articular 
✓ Auxiliar a circulação e prevenir trombos 
✓ Desenvolver coordenação e habilidades 
motoras 
Limitações: 
 Para músculos fortes, não mantém ou ↑ a 
força nem desenvolve habilidade ou 
coordenação. 
ADM ativa-assistida 
Objetivos: 
✓ Os mesmos da ADM ativa 
Limitações: 
 Os mesmos da ADM ativa 
Precauções e contra indicações 
para os exercícios de ADM 
É importante que o fisio reconheça o mau uso 
potencial do movimento e atue dentro da 
amplitude, velocidade e tolerância do paciente 
durante o estágio agudo de recuperação, sendo 
totalmente contraindicado causar traumas 
adicionais. 
Princípios e procedimentos para a 
aplicação 
1. Exame, avaliação e plano de tratamento 
1.1. Examinar e avaliar os comprometimentos 
e o grau de função do paciente; 
determinar precauções e prognóstico, 
além de planejar as intervenções. 
1.2. Determinar a habilidade do paciente e a 
quantidade de movimento que pode ser 
aplicada com segurança. 
1.3. Decidir padrões para alcançar as metas da 
forma mais adequada – amplitude de 
movimento, padrões combinados e 
funcionais. 
1.4. Monitorar a condição geral do paciente e 
suas respostas durante e após o exame e 
a intervenção. 
1.5. Documentar os achados e as 
intervenções. 
1.6. Reavaliar e modificar as intervenções 
necessárias. 
 
2. Preparo do paciente 
2.1. Descrever o plano e o método para 
alcançar as metas. 
2.2. Deixar regiões livre de roupas apertadas, 
lençóis, talas e curativos. 
2.3. Posicioná-lo em uma posição confortável 
com alinhamento e estabilização corporal. 
Técnicas de ADM 
Recomendações clínicas: Quando fizer a transição 
da ADM passiva para ADM ativa, variar a posição do 
paciente. de modo a usar a gravidade para assistir ou 
resistir ao movimento. Atividades funcionais que são 
executadas contra a gravidade poderão requerer 
assistência quando a força muscular estiver abaixo de 
3/5. 
Membros Superiores 
Ombro: flexão e extensão (e hiperextensão) 
 
 
 
 
Ombro: abdução e adução 
 
 
 
 
Ombro: rotação medial e lateral 
 
Ombro: abdução e adução horizontal 
 
 
Escápula: elevação/depressão, prostração/retração e 
rotação para cima/para baixo 
 
 
Cotovelo: flexão e extensão 
 
Antebraço: pronação e supinação 
 
Punho: flexão e extensão, desvio ulnar e radial; 
achatamento e arqueamento do arco da mão 
 
 
 
Articulação dos dedos: flexão e extensão, abdução e 
adução 
 
 
Membros Inferiores 
Quadril e joelho combinados: flexão e extensão 
 
Quadril: extensão (hiperextensão) 
 
Quadril: abdução e adução 
 
Quadril: rotação medial e lateral 
 
Tornozelo: dorsiflexão e plantiflexão 
 
Articulação subtalar: inversão e eversão 
 
Articulação metatarsofalangeanas e 
interfalangeanas: flexão, extensão, abdução e 
adução 
 
Coluna Vertebral 
Região cervical: flexão e extensão, flexão lateral e 
rotação 
 
Região lomba: flexão, extensão e rotação 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
ALONGAMENTO 
Termos relacionados 
ADM funcional: habilidade das estruturas ou 
segmentos do corpo de se moverem ou serem 
Flexibilidade: capacidade de mover uma ou mais 
articulações, de modo suave e com facilidade. 
Hipomobilidade: mobilidade diminuída ou 
restrita. 
Contratura: encurtamento musculotendíneo 
adaptativo com resistência significativa ao 
alongamento passivo ou ativo, levando a limitação 
da ADM, e podendo comprometer as habilidades 
funcionais. Normalmente se refere a perda quase 
completa da mobilidade (≠ encurtamento). 
a) Contraturas miostáticas: encurtamento da 
unidade musculotendínea com perda de 
ADM sem patologia muscular específica. 
b) Contraturas pseudomiostáticas: 
comprometimento da mobilidade por 
hipertonicidade (espasticidade) associado a 
uma lesão do SNC (lesão medular, AVE, 
traumatismo). 
c) Contraturas artrogênica: resulta de 
patologia intra-articular, como aderência, 
edema articular, formação de osteófitos, 
irregularidades na cartilagem articular. 
d) Contraturas periarticulares: perda de 
mobilidade da cápsula articular ou outros 
tecidos que envolvem a articulação. 
e) Contraturas fibróticas: alterações fibróticas 
do tecido conjuntivo do músculo que geram 
aderências. 
f) Contraturas irreversível: perda permanente 
da extensibilidade dos tecidos moles. 
 
Procedimentos para aumentar a 
mobilidade 
✓ Alongamento: manual ou mecânico / 
passivo ou ativo 
✓ Autoalongamento 
✓ Facilitação ou inibição neuromuscular 
✓ Mobilização articular 
✓ Mobilização neural 
✓ Mobilização/manipulação de tecidos moles 
Determinantes das intervenções: alinhamento, 
estabilização, intensidade, duração, velocidade, 
frequência e modo. 
Indicações 
 ADM limitada por perda de extensibilidade 
dos tecidos moles (aderência, cicatrização, 
contraturas) 
 Restrição na mobilidade 
 Fraqueza muscular ou encurtamento do 
tecidooposto 
 Programa de preparo físico ou de 
condicionamento desportivo 
 Relaxamento muscular 
 Desenvolver consciência corporal, 
melhorando a postura 
Contraindicações 
 Bloqueio ósseo que limita o movimento 
articular 
 Fratura recente e consolidação óssea 
incompleta 
 Processo inflamatório agudo ou infeccioso 
ou cicatrização de tecidos 
 Dor aguda com o procedimento 
 Hipermobilidade 
 Encurtamentos funcionais ou benéficos 
Tipos de alongamento 
Alongamento estático 
Alonga um músculo até um ponto tolerável e 
sustentar a posição por um período de tempo 
Menor risco de lesão, sendo mais seguro 
Pode ser passivo ou ativo (autoassistido) 
 
 
Alongamento cíclico/intermitente 
Uma força de alongamento com duração 
relativamente curta, que é aplicada de modo 
repetido, porém gradual, então liberada e depois 
reaplicada. 
▪ Aplicado com múltiplas repetições de modo 
contínuo por mais de 30 segundos 
Alongamento balístico 
Usa o momento do balanço de um segmento 
corporal de maneira rítmica para alongar os 
músculos vigorosamente. Pouco usado. 
 
Facilitação neuromuscular proprioceptiva (FNP) 
Técnica de alongamento que, por meio da 
estimulação de proprioceptores, aumenta a ADM 
e a flexibilidade 
Envolve técnicas que usam contrações isométricas 
breves do músculo a ser alongado antes do 
alongamento estático. 
Fases 
1. Mobiliza o grupo muscular até sua amplitude 
limite, acionando o fuso muscular; 
2. Contração voluntária isométrica resistida pelo 
fisioterapeuta durante 5 segundos, ativando o 
Órgão Tendinoso de Golgi; 
3. Alonga o grupo muscular > ADM maior que o 
da primeira fase e menor resistência ao 
alongamento 
Indicações: pacientes com paralisia ou 
espasticidade (↑flexibilidade) 
Técnicas de FNP 
Manter-relaxar e contrair-relaxar 
▪ O músculo que limita a ADM é alongado até o 
limite > é solicitado contração isométrica no 
final da amplitude por 5 a 10 segundos > 
relaxamento voluntário do músculo > 
alongamento passivo para nova amplitude 
 
Contração agonista 
▪ Contração concêntrica do músculo oposto ao 
que está limitando a amplitude > mantém a 
posição final por alguns segundos 
▪ Teoria clássica do PNF: Quando o agonista é 
ativado e se contrai concentricamente, o 
antagonista é reciprocamente inibido, o que 
permite seu relaxamento e facilita o 
alongamento 
▪ Indicações: defesa muscular significativa ou 
indivíduos que não conseguem gerar uma 
contração forte e indolor do músculo limitado 
Manter-relaxar com contração agonista 
▪ Combinação dos dois alongamentos 
▪ Move-se o membro até o ponto em que seja 
sentida a resistência dos tecidos no músculo 
encurtado (que está limitando a amplitude); 
então, faz-se o paciente executar uma 
contração isométrica resistida pré-
alongamento no músculo que está limitando a 
amplitude seguida do relaxamento desse 
músculo e uma contração concêntrica imediata 
do músculo oposto ao que está encurtado. 
Alongamento global 
Tem como objetivo corrigir e prevenir desvios 
posturais, proporcionando maior flexibilidade 
▪ Reeducação postural global (RPG): alonga as 
cadeias musculares por um longo período de 
tempo para cada postura (15 a 20 minutos) 
▪ Alongamento segmentar: alonga um músculo 
específico ou grupos musculares num curto 
período de tempo (30 segundos em cada 
músculo) 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
EXERCÍCIOS RESISTIDOS 
Desempenho muscular 
Capacidade do músculo de produzir trabalho 
(força x distância) 
Fatores: 
▪ Morfológicos 
▪ Neurológicos 
▪ Biomecânicos 
▪ Metabólicos 
▪ Cardiorrespiratórios 
▪ Cognitivos e emocionais 
Aspectos relacionados 
Forção muscular: habilidade do tecido contrátil de 
produzir tensão e uma força resultante baseada 
nas demandas colocadas sobreo o músculo. Força 
muscular ≠ força funcional. 
Treino de força: procedimento sistemático 
em que um grupo muscular manipula cargas 
pesadas (resistência) em um número 
relativamente baixo de repetições ou por 
um curto período de tempo. 
Resultado > adaptações neurais e hipertrofia 
(4 a 8 semanas). 
Potência: trabalho (força x distância) produzido 
por um músculo por unidade de tempo (força x 
distância / tempo). 
• Evento abrupto de atividade de alta 
intensidade 
• Eventos repetidos de atividade muscular 
menos intensa 
 
Treino de potência muscular 
 Aumentando o trabalho muscular 
durante um período de tempo 
específico > exercícios de alta 
intensidade com o menor tempo gasto 
para gerar força 
 Reduzindo o tempo necessário para 
produzir uma determinada força 
Resistência à fadiga: refere-se à habilidade de 
realizar atividades de baixa intensidade, 
repetitivas ou mantidas por um período 
prolongado. 
Princípio da sobrecarga 
O músculo precisa ser desafiado a trabalhar em 
um nível mais alto do que está acostumando. 
Intensidade (treino de força) x volume (treino de 
resistência) 
Princípio da especificidade 
Especificidade do treino: para melhorar um 
elemento específico do desempenho muscular, o 
programa de resistência deve ser compatível com 
as construções desse elemento. 
Transferência do treino: os efeitos de um tipo de 
exercício ou tarefa pode ser transferido para 
outro. Há sugestões de que pode ocorrer um 
efeito cruzado do membro exercitado para o 
membro contralateral não exercitado. 
Princípio da reversibilidade 
Redução no desempenho muscular que começa 
após 1 ou 2 semanas da interrupção dos exercícios 
resistidos e continua até os efeitos do treino 
serem perdidos. Atividades funcionais ≠ programa 
de manutenção. 
Fadiga 
Fenômeno complexo que afeta o desempenho 
muscular e precisa ser considerado em um 
programa de treinamento resistido. Fadiga 
muscular (local) ≠ fadiga cardiopulmonar (geral). 
Tipos de fibras musculares e resistência à fadiga 
Características Tipo I Tipo IIA Tipo IIB 
Resistência à 
fadiga 
Alta intermediária Baixa 
Densidade 
capilar 
Alta Alta Baixa 
Sistema 
energético 
Aeróbico Aeróbico Anaeróbico 
Diâmetro Pequeno Intermediário Largo 
Vel. de 
contração 
Lenta Rápida Rápida 
Vel. máxima 
de 
encurtamento 
muscular 
Lenta Rápida Rápida 
 
Sinais e sintomas 
• Sensação desconfortável no músculo ou 
mesmo dor e cãibras 
• Tremor no músculo em contração 
• O movimento torna-se mais lento com 
repetições sucessivas 
• Movimentos ativos desajeitados, sem 
suavidade 
• Inabilidade de completar o padrão de 
movimento na ADM disponível durante o 
exercício dinâmico contra o mesmo nível de 
resistência 
• Uso de movimentos compensatórios 
• Inabilidade para continuar uma atividade 
física de baixa intensidade 
• Declínio no pico de torque durante o teste 
isocinético 
Desordens: neuromusculares (ELA), 
cardiopulmonares, inflamatórias (↓ capacidade 
restaurativa), oncológicas e psicológicas. 
 
Aprendizado motor 
Estratégias de facilitação do aprendizado motor 
▪ Participação ativa 
▪ Repetição e variabilidade 
▪ Feedback visual 
▪ Treino orientado a tarefa 
▪ Conhecimento de resultado 
▪ Intensidade 
▪ Motivação e comando verbal 
▪ Reforço positivo e recompensa 
▪ Contato manual 
Fases do aprendizado motor 
Adaptações fisiológicas ao exercício resistido 
Variável Adaptações com o treinamento de força Adaptações com o treinamento de 
resistência 
Estrutura do 
músculo 
esquelético 
Hipertrofia (↑ fibras tipo IIB) 
Possível hiperplasia de fibras 
Remodelamento do tipo IIB para IIA 
↓ ou sem alteração da densidade dos leitos 
capilares 
↓ densidade e volume mitocondrial 
Hipertrofia mínima ou sem alteração 
↑ densidade dos leitos capilares 
↑ densidade e volume mitocondrial (↑ número 
e tamanho) 
 
Sistema neural ↑ N° de recrutamento de unidades motoras 
↓Tempo de cada contração 
↑sincronização de disparos 
Sem alterações 
Sistema 
metabólico e 
atividade 
enzimática 
↑ Reservas de ATP e PC 
↑ Reservas de mioglobina 
Reservas de triglicerídeos:desconhecido 
↑ Creatinofosfoquinase 
↑ Mioquinase 
↑ Reservas de ATP e PC 
↑ Reservas de mioglobina 
↑ Reservas de triglicerídeos 
↑ Creatinofosfoquinase 
↑ Mioquinase 
Composição 
corporal 
↑ massa magra 
↓% gordura corporal 
Sem alteração na massa magra 
↓% gordura corporal 
Tecido 
conjuntivo 
↑ Força tensiva de tendões, ligamentos e tecido 
conjuntivo no músculo 
↑ densidade mineral óssea 
↑ Força tensiva de tendões, ligamentos e tecido 
conjuntivo no músculo 
↑ mineralização com atividades de apoio de 
peso feitas no solo 
 
 
 
 
 
 
 
Determinantes que afetam a tensão 
muscular 
▪ Área de secção transversa e tamanho do 
músculo – inclui o n° e tamanho das fibras; 
quanto mais largo o diâmetro muscular, 
maior sua capacidade de gerar tensão 
▪ Arquitetura muscular – arranjo e 
comprimento das fibras; 
▪ Distribuição dos tipos de fibras no músculo 
– tipo I (tônicas, de contração lenta) e tipo 
IIA e IIB (fásicas, de contração rápida) 
▪ Relação comprimento-tensão do músculo 
no momento da contração – o músculo 
produz maior tensão partindo do repouso 
▪ Recrutamento de unidades motoras – ↑ n° 
de unidades motoras e sincronia ↑ força 
▪ Frequência de disparo de unidades motoras 
(↑↑) 
▪ Tipo de contração – concêntrica, excêntrica 
ou isométrica 
▪ Velocidade de contração musculas 
Determinantes do treino resistido 
 
1. Alinhamento muscular 
Ação muscular: depende da orientação da fibra 
muscular, linha de tração e ação desejada 
Gravidade: direção da gravidae e ação do peso 
 
 
2. Estabilização 
Estabilidade externa: estabilização por 
equipamentos, móveis ou pelo próprio terapeuta. 
Estabilidade interna: estabilização realizada pelo 
próprio paciente, por exemplo, ligamentos e 
controle muscular. 
 
3. Intensidade 
Carga submáxima: 
Estágios iniciais de cicatrização dos tecidos moles 
Após uma imobilização prolongada > incapacidade 
articular de suportar grandes forças compressivas 
ou processo de desmineralização 
Indicações para exercício de baixa e alta 
intensidade 
A) Carga submáxima 
• Meta: melhorar resistência muscular à fadiga 
• Crianças e idosos 
• Estágios iniciais de cicatrização dos tecidos 
moles 
• Após uma imobilização prolongada 
• Aquecimento e resfriamento em uma sessão 
de exercício 
• Treinamento isocinético de baixa velocidade 
B) Carga quase máxima ou máxima 
• Meta: aumentar tamanho do músculo, força e 
potência muscular 
• Adultos saudáveis na fase avançada 
• Programa de condicionamento para pessoas 
saudáveis 
• Fisiculturistas e levantamento de peso 
competitivo 
 1 Repetição Máxima (1RM): a maior quantidade 
de peso que um sujeito pode mover pela ADM 
disponível apenas uma vez. Porcentagem de 1RM: 
Zona de treino: 40-70% de 1RM 
 Sedentários/destreinados: 30-40% (baixa) 
 Idosos e crianças: 30-50% (baixa a 
moderada) 
 Altamente treinados: 80% (muito alta) 
 Treino de resistência: 30-50% 
4. Volume 
N° total de repetições e séries de um 
determinando exercício durante uma única sessão 
de exercício multiplicado pela intensidade do 
exercício. O volume e intensidade são 
inversamente proporcionais ↓↑ 
 Repetições: n° de vezes que um 
determinado movimento é executado 
consecutivamente. 
 Séries: n° predeterminado de repetições 
consecutivas agrupadas 
Força: carga de exercício moderada (60-80% de 
1RM) que causa fadiga após 8 a 12 repetições por 
2 ou 3 séries. 
Potência: 20-70% de 1RM, explosiva ou balística; 
3-4 séries de 6-8 repetições de um exercício 
realizado rapidamente a 80% de 1RM. 
Resistência: 3-4 séries de 40 a 50 repetições com 
baixa; contração isométrica por períodos longos. 
5. Ordem dos exercícios 
Grupos musculares grandes > pequenos 
Exercício multiarticulares > monoarticulares 
Exercícios de alta intensidade > baixa intensidade 
6. Frequência 
N° de sessões de exercício por dia ou por semana; 2-
4x/sem ou 5x sem ou todos os dias 
 Programa de manutenção 2x/sem 
 Crianças e idosos 2-3x/sem 
 Atletas de alta performance 6x/sem 
 
 
7. Duração 
N° total de semanas ou meses durante o qual um 
programa de exercícios resistidos é realizado. Em 2-3 
semanas acontece a adaptação neural e em 6-12 
semanas, hipertrofia e ↑ vascularização. 
8. Intervalo de repouso 
Tem como objetivo permitir que o corpo se recupere 
da fadiga muscular ou compensar as respostas 
adversas, como dor muscular induzida pelo exercício e 
de inicio tardio. ↑intensidade ↑ tempo de repouso 
(>3min) 
Recuperação ativa é mais eficiente para neutralizar os 
efeitos da fadiga muscular do que a recuperação 
passiva 
9. Velocidade 
 
Pesquisar guidelines de exercícios: Lombalgia, 
lesão de manguito rotador (Sínd. Do impacto do 
ombro), lesão de LCA, AVC, DPOC, IC, PC, Saúde da 
mulher. 
Tipos de exercícios resistidos 
 
▪ Contração: dinâmica x estática 
▪ Suporte de peso: com x sem 
▪ Resistência: manual x mecânica 
▪ Exercício: aeróbico x anaeróbico 
▪ ADM: curta x completa 
Contração estática 
Isometria > Músculo se contrai e produz força sem 
mudança apreciável no seu comprimento e sem 
movimento articular visível. 
Isométricos leve + exercícios de estabilização + 
isométricos em múltiplos ângulos 
 
 
Características 
 >60% de intensidade 
 6 a 10 segundos 
 Ângulo de treino 
Precaução: valsava 
Indicações 
 Minimizar atrofia muscular (imobilização) 
 Começar a restabelecer o controle 
neuromuscular 
 Estabilidade postural ou articular 
 Melhorar a força muscular quando o 
exercício resistido é contraindicado 
 Desenvolver força muscular estática ligada a 
atividades funcionais 
Contraindicação 
 Isometria intensa em cardiopatas 
Vantagens do exercício excêntrico comparado ao 
concêntrico 
 Controle de cargas maiores 
 Ganho de força e massa musculas em 
treinamento com esforço máximo 
 Contrações musculares metabolicamente 
mais eficiente e com menos fadiga 
 
 
Contração dinâmica 
Isocinético > exercício dinâmico em que a 
velocidade de encurtamento ou alongamento do 
músculo, assim como a velocidade angular do 
membro, são predeterminadas e mantidas 
constantes. 
Cadeias cinéticas 
CCA/CCF/CCF 
 
CCA/CCA/CCF 
 
CCA/CCA/CCF 
 
Precauções 
▪ Roupas e temperatura ambiente 
confortáveis para exercícios vigorosos 
▪ Alerte ao paciente de que não deve ocorrer 
dor durante o exercício 
▪ Use exercícios leves a moderados durante o 
período de recuperação 
▪ Evitar usar resistência pesada com crianças, 
idosos e pacientes com osteoporose 
▪ Não aplique resistência por meio de uma 
articulação instável ou distal a um local de 
fratura que não esteja completamente 
consolidada 
▪ Evite que o paciente prenda a respiração 
manobra de > valsava 
▪ Evite movimentos balísticos descontrolados 
▪ Previna movimentos incorretos ou 
substitutos compensatórios 
▪ Evite exercícios que coloquem sobrecargas 
secundárias excessivas, não intencionadas, 
sobre a coluna 
▪ Evite fadiga cumulativa 
▪ Interrompa os exercícios se o paciente 
apresentar dor, tontura ou falta de ar não 
usual ou súbita 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
EXERCÍCIOS AERÓBICOS 
Conceitos importantes 
Exercício físico: uma atividade física planejada e 
estruturada, elaborada para melhorar ou manter 
o preparo físico; 
Atividade física: qualquer movimento corporal 
produzido pela contração dos músculos 
esqueléticos que resulta em aumento substancial 
do gasto de energia em relação ao repouso. 
Atividade física aeróbica: também chamada de 
atividade de resistência, utiliza os grandes 
músculos do corpo de maneira rítmica por um 
período prolongado e melhora a aptidão 
cardiorrespiratória. Exemplos: caminhada, 
corrida, natação e ciclismo. 
Resistência física (endurance): habilidade de 
realizar trabalho por períodos prolongadas e de 
resistência à fadiga. Inclui resistência muscular e 
cardiorrespiratória. 
Resistência cardiorrespiratória: capacidade dossistemas circulatório e respiratório de fornecer 
oxigênio durante a atividade física sustentada. 
Expresso em consumo máximo de oxigênio 
medido ou estimado (VO2 max) 
Prescrição de exercício aeróbicos 
Baixa tolerância a exercícios, comprometendo o 
desempenho para caminhar distâncias curtas e a 
capacidade de se locomover de forma 
independente em ambientes externos. 
Sinais e sintomas: 
• Respiração ofegante 
• Coloração da pele 
• Aumento da FC 
• Aumento ou diminuição abrupta da pressão 
arterial 
• Sudorese, etc. 
Intensidade de treinamento 
▪ Equivalente metabólico 
▪ Escala de percepção de esforço (Borg) 
▪ Consumo de oxigênio de oxigênio de 
treinamento 
▪ FC de treinamento 
FC treinamento = 
FC repouso + X% x (FC máxima – FC repouso) 
Leve (Borg 6-11): 40-59% do máximo 
Moderado (Borg 12-14): 60-75% do máximo 
Intenso (Borg 15-20): 75-90% do máximo 
Tipos de treinamento aeróbico 
Treinamento aeróbico contínuo 
▪ Esforço moderado e constante durante um 
tempo determinado (20 a 30 min) 
▪ É recomendado 10 min de aquecimento antes 
do treino e 10 de resfriamento depois 
▪ Ex: caminhada ou corrida de intensidade 
moderada 
Treinamento aeróbico intervalado 
▪ Exercício ou uma série comporto por períodos 
de alta e baixa intensidade 
▪ Progressão com aumento do tempo de 
atividade e diminuição do tempo de descanso 
ou substituindo-os por atividade de menor 
intensidade (recuperação ativa) 
Respostas fisiológicas ao exercício 
aeróbico 
Efeitos cardiovasculares 
Estímulo ao SNS 
Vasoconstrição periférica nos músculos que 
não estão se exercitando e outros órgãos 
↓ resistência arterial em músculos ativos 
↑ resistência venosa geral 
↑ contratilidade do miocárdio e da FC 
↑ débito cardíaco 
↑ pressão arterial sistólica (PAS) 
Desenvolvimento de força no miocárdio 
Efeitos respiratórios 
↑ trocas gasosas 
↑ metabolismo muscular resulta em maior 
demanda por O2, o que ↑PCO2 e H+, 
↑adrenalina ↑ receptores articulares e 
musculares > respostas respiratórias 
↑ FR, volume corrente (VC) e ventilação 
alveolar (difusão dos gases) 
 
 
Efeitos musculares 
↑ fluxo sanguíneo para ↑ captação de O2 
↓PO2 
↑ acidose local ↑PCO2 
↑ temperatura 
Vascularização dos músculos 
Distribuição das fibras 
↑ N° de mitocôndrias e enzimas mitocondriais 
oxidativas presentes nas fibras 
Assistir video: respiratory response to exercise / 
respiratory physiology 
Adaptações corporais 
Cardiovasculares 
↓ FC de repouso 
↓ impulsos simpáticos ↓ níveis de adrenalina 
e noradrenalina 
↑ tônus parassimpático 
↓ PA ↓ resistência vascular periférica 
↑ volume sanguíneo e hemoglobina 
Respiratórias 
↑ volumes pulmonares ↑ função respiratória, 
sem alterar o volume corrente 
↑ capacidade de difusão 
↑ volume pulmonar e área de superfície de 
troca alvéolo-capilar 
Musculares 
↑ densidade capilar e hipertrofia 
↑ n° e tamanho das mitocôndrias 
↑ concentração de mioglobina no músculo ↑ 
taxa de transporte e difusão de O2 para as 
mitocôndrias 
Outras alterações 
↓ gordura corporal 
↓ colesterol sanguíneo e níveis triglicérides 
↑ aclimatação ao calor 
↑ resistência de ossos ligamentos 
↑ força tensiva dos tendões 
Efeitos do descondicionamento 
Efeitos do descondicionamento associados ao 
repouso no leito 
↓ Massa muscular 
↓ Força 
↓ função cardiovascular e volume cardíaco 
↓ Volume sanguíneo total 
↓ Volume plasmático 
↓ Tolerância ortostática 
↓ Tolerância ao exercício 
↓ Densidade mineral óssea 
Avaliando o condicionamento 
aeróbico 
Consumo máximo de Oxigênio (VO2 max) 
Capacidade máxima do corpo de usar O2. 
É a maior quantidade de O2 consumida por minuto 
quando a pessoa realiza esforço máxima (ou 
limitado por sintomas) (mL/kg por minuto). Pode 
ser usado para avaliar o preparo físico do 
indivíduo. 
Ventilômetro: 
 
Avaliação: espirometria, ECG, sinais vitais (FC, FE, 
SpO2, PA), outros sinais e sintomas (fadiga, 
aumento do trabalho respiratório, sudorese, 
palidez ou rubor, etc). 
Teste de esforço 
Objetivos 
▪ Estabelecer um diagnóstico de doença 
cardíaca; 
▪ Avaliar capacidade funcional cardiovascular 
(pessoas saudáveis, doenças crônicas) 
▪ Avaliar resposta ao treinamento 
▪ Contribui para aumentar a motivação e a 
adesão do paciente ao programa de 
exercício 
▪ Avaliar pacientes com história de dor no 
peito e outros sintomas sugestivos de 
doença coronariana 
Precauções 
 Monitore o pulso para avaliar aumentos 
anormais de FC 
 A PA aumenta com o exercício cerca de 7 a 
10 mmHg por MET de atividade física (PAS 
não deve exceder 220 a 240 mmHg; PAD não 
deve exceder 120 mmHg) 
 A pessoa não deve respirar com dificuldades 
ou falta de ar 
 Observar os efeitos do aumento da 
temperatura corporal, como pele rosada, 
úmida e quente ao toque 
 Uso da escala de Borg 
 
Teste de caminhada de 6 minutos (TC6) 
Avalia-se a distância máxima percorrida. 
É possível calcular a VO2Max indireta (predita) a 
partir deste teste, sem ventilômetro. 
DTC6m = 622,461 – (1,846 x Idade anos) + (61,503 
x Gênero homens = 1; mulheres = 0) 
VO2max = (0,02 x distância em metros) – (0,191 x 
idade em anos) – (0,07 x peso em kg) + (0,09 x 
altura em cm) + (0,26 x PTP x (10-3)) + 2,45 
PTP = PAS x FC 
 
Teste de levantar e sentar 
Levantar e sentar de uma cadeira padronizada 
quantas vezes conseguir em 2 min. Registra-se o 
número de vezes em que a pessoa sentou. 
Avalia: parâmetros ventilatórios e 
hemodinâmicos. 
 
Teste do degrau 
Subir e descer um degrau quantas vezes for 
possível em 6 min. Registra-se o n° de vezes. 
Avalia: parâmetros ventilatórios e 
hemodinâmicos. 
 
Teste Unsupported Upper limb exercise 
Elevar barras de PVC da pelve até alturas indicadas 
na parede progredindo a altura e o peso, enquanto 
sentado. 
 
 
Exercícios aeróbicos nos programas de 
tratamento 
FITT – Frequência, intensidade, tempo e tipo 
▪ Frequência x intensidade 
o Intensidade moderada: 150 a 
300min/semana 
o Intensidade vigorosa: 75 a 
150min/semana 
▪ Sobrecarga: 60-90% da FCmax (ou 50-85% 
VO2max) 
▪ Especificidade e variabilidade– tipos de 
exercícios 
Diretrizes gerais para um 
programa de treinamento 
aeróbico 
▪ Estabelecer FC alvo e FCmax 
▪ Aquecimento gradual de 5 a 10 min. Inclui 
alongamentos e movimentos repetitivos 
com velocidades lentas, aumentando 
gradualmente o esforço. 
▪ Aumente a cadência da atividade de modo 
que a FC alvo possa ser mantida por 20 a 30 
minutos. Ex: caminhar rapidamente, correr, 
pedalar, etc. 
▪ A atividade aeróbica deve ser feita de 3 a 5 
vezes por semana 
▪ Uso de equipamentos e roupas apropriadas 
para evitar lesões por sobrecarga. Evite 
qualquer tipo de corrida ou dança aeróbica 
sobre superfícies duras, como asfalto ou 
concreto. 
▪ Aquecimento e alongamento dos músculos 
para evitar lesões por esforço repetitivo. A 
progressão das atividades deve ser dentro 
da tolerância da pessoa. 
▪ Programa de exercício individualizado – 
níveis de preparo diferentes, portanto não 
podem realizar os mesmos exercícios; 
começa em um nível seguro e evolui 
conforme as metas são alcançadas. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
TREINO DE EQUILÍBRIO 
 
Equilíbrio, ou estabilidade postural, descreve o 
processo dinâmico por meio do qual s posição do 
corpo mantém-se estabilizada. Em repouso, 
equilíbrio estático; em movimento, equilíbrio 
dinâmico. 
Conceitos importante 
Centro de massa: O CM é um ponto que 
corresponde ao centro da massa corporal total e é 
onde o corpo se encontra em perfeito equilíbrio 
Centro de gravidade: refere-se à projeção vertical 
do centro de massa até o solo. Na posição 
anatômica de um adulto, está localizado um pouco 
à frente da S2 ou 55% da altura da pessoa. 
Base de suporte: perímetro da área de contato 
entre o corpo e sua superfície de apoio; o 
posicionamento do pé altera a BA e modifica a 
estabilidade postural da pessoa. 
Limitesde estabilidade: áreas limites de 
movimentos oscilatórios sem que o 
indivíduo/corpo desequilibre; 
Força de reação do solo: força exercida pelo solo 
em corpo em resposta a força peso seguindo a lei 
de ação e reação 
Centro de pressão: um ponto no espaço plano que 
representa a origem do vetor da força de reação 
do solo em um corpo 
Integração de sistemas para 
controle de equilíbrio 
Sistema nervoso: 
▪ Processamento sensorial para orientação 
espacial > sistema visual + vestibular + 
proprioceptivo 
▪ Integração sensório-motora > respostas 
motoras adaptativas e antecipatórias 
▪ Estratégias motoras para planejamento, 
programação e execução das respostas de 
equilíbrio 
Sistema musculoesquelético: 
▪ Alinhamento postural, flexibilidade 
musculoesquelética (ADM), integridade 
articular, desempenho muscular (força, 
potência e resist. À fadiga) e sensação 
(toque, pressão, vibração, propriocepção e 
cinestesia) 
▪ Músculos, fusos musculares 
(propriocepção), tendões, ossos, 
ligamentos, etc. 
Fatores contextuais: ambiente, superfície de 
suporte, iluminação, gravidade e características 
das tarefas 
 
 
 
Tipos de controle 
Controle do equilíbrio estático: posição 
antigravitacional estável enquanto se está em 
repouso (ortostase ou sedestação). 
Controle do equilíbrio dinâmico: estabilização do 
corpo em superfície de apoio móvel ou quando o 
corpo está se movendo sobre uma superfície 
estável (transferências de sentada para em pé ou 
ao andar). 
Reações posturais automáticas: em resposta a 
perturbações externas inesperadas (freio do 
ônibus). 
Fatores que influenciam o equilíbrio 
 Velocidade e intensidade das forças de 
deslocamento 
 Características da superfície de apoio 
 Magnitude do deslocamento do centro de 
massa 
 Percepção do distúrbio pela pessoa 
 Postura adotada no momento da 
perturbação 
 Experiências prévias da pessoa 
Características dos sistemas de movimento para o controle do equilíbrio após 
perturbações 
Característica Reflexo Automático Voluntário 
Via de mediação Medula espinal Tronco 
encefálico/subcortical 
Cortical 
Modo de ativação Estímulo externo Estímulo externo Estímulo externo ou 
autoestímulo 
Latência de reposta 
comparativa 
Mais rápida Intermediário Mais lenta 
Resposta Localizada no ponto do 
estímulo e altamente 
estereotipada 
Coordenada entre os 
músculos das pernas e do 
tronco; estereotipada, 
porém adaptável 
Coordenada e altamente 
variável 
Papel no equilíbrio Regulação da força muscular Resiste aos distúrbios Gera movimentos 
propositais 
Fatores que 
modificam a 
resposta 
Anormalidades neurológicas 
ou musculoesqueléticas 
Anormalidades neurológicas 
ou musculoesqueléticas; 
configuração do apoio; 
experiência prévia 
Anormalidades neurológicas 
ou musculoesqueléticas; 
esforço consciente; 
experiência prévia; 
complexidade da tarefa 
 
Estratégias motoras para controle 
do equilíbrio 
 
Estratégia do tornozelo 
Durante uma perturbação anteriorizada, o 
tornozelo realiza plantiflexão; já durante uma 
perturbação posterior, o tornozelo realiza 
dorsiflexão. 
Estratégia de transferência de pelo (plano lateral) 
O CM é movido e estabilizado pela ativação dos 
músculos adutores e abdutores do quadril, com a 
contribuição dos inversores e eversores do 
tornozelo; 
 
Estratégia de suspensão 
Observada durante tarefas de equilíbrio quando 
uma pessoa abaixa rapidamente o CM do seu 
corpo flexionando os joelhos e, assim, causando 
flexão associada dos tornozelos e quadris. A 
estratégia de suspensão pode ser combinada com 
a estratégia de tornozelo ou de transferência de 
peso para favorecer a efetividade de um 
movimento de equilíbrio 
Estratégia do quadril 
A estratégia de quadril usa flexão ou extensão 
rápida do quadril para mover o CM dentro da 
BA.162 À medida que o tronco rapidamente roda 
cm uma direção, são geradas forças horizontais 
(de cisalhamento) contra a superfície de apoio na 
direção oposta, movendo o CM na direção oposta 
à do tronco. 
Em oscilação do corpo para ferente, há ativação 
dos músculos abdominais seguido da ativação do 
quadríceps. Em caso de oscilação para trás, 
primeiro ativa os músculos paravertebrais seguido 
dos isquiotibiais. 
Estratégia do passo 
Se uma força intensa desloca o CM além dos 
limites de estabilidade, um passo para a frente ou 
para trás é usado para alargar a BA e recuperar o 
controle do equilíbrio. Ex.: tropeção. 
Estratégias combinadas 
A maioria das pessoas saudáveis usa combinações 
de estratégias para manter o equilíbrio, 
dependendo das demandas de controle. As 
exigências de controle do equilíbrio variam de 
acordo com a tarefa e o ambiente. 
Avaliação do equilíbrio 
Anamnese: dados pessoais, ambientais, laborais, 
nível de consciência. 
Testes de equilíbrio estático 
Teste de Romberg: examina a habilidade do 
paciente de ficar em pé com os pés paralelos e 
unidos, com os abertos e depois fechados, durante 
30 segundos. 
 
Teste de Romberg sensibilizado: requer que o 
paciente fique em pé com um pé adiante do outro, 
braços cruzados no peito e olhos fechados, por um 
minuto. 
Teste de equilíbrio unipodálico (SLB): pede-se ao 
paciente para ficar em pé sobre apenas uma 
perna, sem calçados, braços cruzados na frente do 
tórax, sem deixar que uma perna toque a outra. 
São feitas tentativas de 30 seg para cada perna, 
com uma pontuação máxima possível de 150 seg 
por perna – previsor de quedas em idosos e 
entorses de tornozelo em atletas. 
 
Teste Stork stand: o paciente posicionado em pé, 
sobre os dois pés, com as mãos nos quadris, depois 
levantando uma perna e colocando os dedos 
daquele pé contra o joelho da outra perna. Ao 
comando do avaliador, o paciente levanta o 
calcanhar para ficar em pé sobre os dedos e tenta 
equilibrar-se pelo tempo mais longo possível, sem 
deixar que o calcanhar toque o solo ou o outro pé 
se afaste do joelho. Adultos normais devem ser 
capazes de equilibrar-se por 20 a 30 segundos 
sobre cada perna. 
 
Testes de equilíbrio dinâmico 
Teste de sentar-levantar (TSL): A pessoa senta em 
uma cadeia com os braços cruzados no tórax e 
então levanta e senta o mais rápido possível, cinco 
vezes consecutivas cronometradas. Uma 
pontuação de >15 seg no TSL cinco vezes prediz 
quedas recorrentes em idosos que moram na 
comunidade. 
 
Teste de controle postural antecipatório 
O paciente realiza movimentos voluntários que 
requerem o desenvolvimento de uma resposta 
postural para contrapor um distúrbio postural 
previsto > receber uma bola, abrir portas, levantar 
objetos de pesos diferentes e alcançar objetos 
distantes sem perder o equilíbrio. 
Teste de alcance funcional e multidirecional 
Requer que o paciente alcance em diferentes 
direções o mais distante possível, sem mudar a BA. 
 
Star excursion balance test (SEBT) 
Teste de membro inferior que desafia os limites de 
estabilidade da pessoa. O paciente é instruído 
para alcançar o mais distante possível com uma 
perna cm cada uma das oito direções prescritas, 
enquanto mantém o equilíbrio sobre a perna 
contralateral. Detectar déficits em casos de 
instabilidade crónica do tornozelo. 
 
Teste de controle postural reativo 
Empurrões pequenos ou amplos, lentos ou 
rápidos, com ou sem aviso, aplicados em direções 
diferentes sobre o esterno, porção posterior do 
tronco ou pelve, são amplamente usados, porém 
não são quantificáveis ou confiáveis. O clinico 
estima de modo subjetivo as respostas como 
normais, boas, razoáveis, ruins ou incapazes. 
Teste de retropulsâo (pull test), o push and 
release test e o postural stress test são medidas 
mais objetivas e confiáveis do controle postural 
reativo. O paciente empurra as mãos do terapeuta 
que resiste e solta para avaliar as estratégias 
posturais adotadas pelo paciente com a retirada 
do apoio. 
 
Testes funcionais 
Escala de Tinetti (POMA) 
Objetivo:avaliar equilíbrio e marcha 
Domínio da CIF: atividade 
Equipamentos necessários: cadeira com braços, 
cronômetro, espaço com mínimo 5 metros 
Descrição: 
1. Teste de equilíbrio: O paciente deve sentar-
se em uma cadeira sem braços e será 
solicitado a se levantar e permanecer em 
pé. O paciente então gira 360° e depois se 
senta novamente. A avaliador observa como 
o paciente se levanta e se senta na cadeira, 
posturas em pé e sentado, o que acontece 
quando os olhos estão fechados ou quando 
recebe um leve empurrão no esterno. 
2. Teste de marcha: o paciente terá que 
caminhar alguns metros em velocidade 
normal, seguido de volta e caminhada em 
velocidade “rápida, mas segura”. O paciente 
então se sentará novamente. Avaliador 
analisa comprimento e altura dos passos, 
simetria, continuidade e o tronco do 
paciente. 
3. O paciente pode usar qualquer dispositivo 
de marcha que normalmente usaria 
Interpretação do score: score total é 28 
 <19 alto risco de queda 
 19-23 moderado risco de queda 
 >23 baixo risco de queda 
Diferença mínima detectável: 4,0/4,2 idoso; 6 AVC 
Nota de corte (risco de queda) 
 Idosos: Base 11 / Total 21 
 AVC crônico: <20 
 Parkinson: Base 11,4 / Marcha 10,5 / Total 
17,5 
Timed Up and Got Test (TUG) 
 
Objetivo: mobilidade funcional básica (risco de 
quedas) 
Domínio da CIF: atividade 
Equipamentos necessários: cronômetro, cadeira 
com braços, fita métrica e cone para marcar 3 
metros. 
Descrição: 
1. Os pacientes usam seus calçados regulares e 
podem usar um auxílio para caminhar, se 
necessário. 
2. Uma demonstração deve ser realizada antes 
do teste 
3. O paciente começa na posição sentada 
4. O paciente levanta-se ao comando do 
terapeuta: caminha 3 metros, vira-se, volta 
para a cadeira e senta-se. 
5. O tempo para quando o paciente está 
sentado. 
6. Certifique-se de documentar o dispositivo 
auxiliar usado. 
Nota de corte 
 Adultos na comunidade: > 13,5s 
 Idosos pós-AVC: >14s 
 Idosos frágeis: >32,6s 
 Amputados de membro inferior: > 19s 
 Doença de Parkinson: >11,5s 
 Artrose de quadril: > 10s 
 Desordens vestibulares: > 11,1s 
Diferença mínima detectável: 
 Alzheimer: 4,09s 
 AVC crônico: 2,9s 
 Parkinson: 4,85s 
 Lesão medular: 10,8s 
Escala de equilíbrio de Berg 
Objetivo: equilíbrio funcional (risco de queda) 
Domínio da CIF: nível de atividade 
Equipamentos necessários: cronômetro, duas 
cadeiras (uma com braços e outra sem), fita 
métrica/régua, objeto para pegar no chão e 
escadinha. 
Descrição: 
 14 tarefas estáticas e dinâmicas de 
dificuldade variável 
 Escorde de 0 a 4, determinados pela 
capacidade de realizar a atividade avaliada 
 Pontuação máxima 56 (equilíbrio funcional) 
 <45 indica maior risco de queda 
Validação e confiabilidade (Brasil): idosos, doença 
de Parkinson. 
Nota de corte (idoso/AVC): <45 (risco de queda) 
 
Intervenções baseadas nas categorias 
1. Posição sentada para de pé: sentar e levantar em cadeira com braços > progride para cadeiras sem 
braço de apoio > progride segurando algum objeto (copo, livro) 
2. Permanecer em pé: ficar de pé segurando algo (copo> bolsa> sacola de compras) unilateral e 
bilateralmente > progride para permanecer de pé com olhos fechados 
3. Permanecer sentado sem apoio nas costas: permanecer sentado com olhos fechados > progride 
sentado olhando para outras direções > aplicação de resistência com leves empurrões 
4. Posição em pé para sentada: sentar-se sem apoio > sentar segurando algum objeto 
5. Transferências: dispor lateralmente algumas cadeiras ao longo da transferência o paciente daria 
passadas laterais > evolui posicionando as cadeiras até perpendicular. 
6. Permanecer em pé sem apoio com olhos fechados: girar a cabeça > balançar a cabeça no ritmo de 
uma música 
7. Permanecer em pé sem apoio com os pés juntos: 
8. Alcançar a frente com o braço estendido permanecendo em pé: o paciente de pé com a base de 
apoio no chão realizando atividades como empilhar copos, passar bola, etc. 
9. Pegar um objeto do chão a partir de uma posição: agachamento simples > pegar um objeto no chão e 
colocá-lo sobre uma mesa que esteja atrás dele 
10. Virar-se e olhar para trás por cima dos ombros: 
11. Girar 360°: completar a volta ao redor de um obstáculo (cadeira) p/ aumentar o giro; uso da realidade 
virtual > pegar objetos e posiciona-los ao seu redor. 
12. Posicionar os pés alternadamente no degrau ou banquinho: 
13. Permanecer em pé sem apoio com um pé à frente: 
14. Permanecer em pé sobre uma perna: paciente em apoio unipodal com olhos fechados com apoio em 
uma das mãos > com caneleira de 1k na perna > enquanto realiza atividade funcional (ex: receber e 
jogar uma bola com das mão para o avaliador) 
 
Four square step test (FSST) 
 
Objetivo: estabilidade dinâmica e capacidade do 
sujeito passar por cima de objetos 
Domínio da CIF: atividade e participação 
Equipamentos necessários: cronômetro e 4 
bastões/varas (aproximadamente 100cm de 
comprimento e 2,5cm de diâmetro 
Descrição: 
1. O paciente pisa sequencialmente sobre 
quatro bastões configurados em forma de 
cruzada no chão; 
2. O paciente inicia no quadrante 1 de frente 
para o quadrante 2 e segue a sequência: 
1,2,3,4,1,4,3,2 (sentido horário para anti-
horário) 
3. A cronometragem inicia quando o pé toca o 
quadrante 2 e finaliza o ultimo pé volta a 
tocar o quadrante 1 
4. O objetivo é entrar o mais rápido possível 
em cada quadrante e é realizado uma 
demonstração antes de administrar o teste 
5. Instruções: “Tente completar a sequência o 
mais rápido e seguro possível sem tocar nas 
varetas. Ambos os pés devem fazer contato 
com o chão em cada quadrado. Se possível, 
olhe para a frente durante toda a 
sequência.” 
6. Duas tentativas são então realizadas, e o 
melhor tempo (em segundos) é 
considerado a pontuação. 
Diferença mínima detectável: 
 AVC: 4,2 pontos 
 Desordens vestibulares: 6 pontos 
 Parkinson: 4 pontos 
Nota de corte (risco de queda) 
 Idosos: > 15 seg 
 AVC: > 15 seg 
 Parkinson: > 9,68 seg 
 Distúrbios vestibulares: > 12 seg 
 Amputados: > 24 seg 
Avaliação funcional da marcha 
Objetivo: estabilidade postural da marcha 
Domínio da CIF: atividade 
Equipamentos necessários: cronômetro, 
marcador de 6 metros, cones, step ou degrau 
Diferença mínima detectável: 
 AVC: 4,2 pontos 
 Desordens vestibulares: 6 pontos 
 Parkinson: 4 pontos 
Nota de corte (risco de queda) 
 Idosos: </= 22/30 
 Parkinson: 155/30 
Diferença mínima clinicamente importante: 
 Idosos: 4 pontos 
 
Escala de avaliação da confiança do equilíbrio da 
atividade 
Objetivo: confiança no equilíbrio e medo de 
atividade física 
Domínio da CIF: atividade 
Descrição: medida auto relatada de 16 itens 
referente a confiança em atividades diárias 
 Escore por item 0 a 100% 
 Escore total: média dos itens 
Diferença mínima detectável: 
 Parkinson: 69% 
 AVC: 81,1% 
 Desordens vestibulares: 67% 
Nota de corte (risco de queda) 
 Parkinson: 11,12% 
 
Y-Balance Test 
Objetivo: equilíbrio dinâmico e simetria funcional 
(risco de lesão) 
Domínio da CIF: função corporal 
Equipamentos necessários: kit próprio 
Nota de corte (risco de queda): <89% (jogadores 
de futebol) 
Diferença mínima clinicamente importante: 3,5% 
(atletas 
 
Medidas de resultados para avaliar risco de 
queda 
Medida de 
resultado 
Pontuação 
perfeita 
Linha de corte 
da pontuação 
Teste de Berg 56 <46 
Escala Tinetti 28 (subescala 
de equilíbrio 
16; subescala 
de marcha 12) 
<19/28 
TUG N/A (teste 
cronometrado) 
>13s 
Four square 
step test 
N/A (teste 
cronometrado) 
>15s 
Índice 
dinâmico da 
marcha 
24 <20 
Avaliação 
funcional da 
marcha 
30 <22 
Teste de 
sentar-
levantar (5 
vezes) 
N/A (teste 
cronometrado) 
15s (55-64%) 
Escala ABC 100% <67% 
 
 
 
 
 
 
 
Treinamento de equilíbrio 
Treino de equilíbrio estático 
Objetivo:capacidade do paciente permanecer nas 
posturas sentadas, semiajoelhada, ajoelhada alta 
e em bipedestação sobre uma superfície firme. 
▪ Apoio com um pé à frente do outro e sobre 
uma perna só, avanços e posições agachadas 
▪ Progressão: em cima de superfícies macias 
(espuma, areia, grama), estreitar a base de 
apoio, mover os braços ou fechar os olhos 
▪ Uso de resistências – peso das mãos ou 
resistência elástica 
▪ Acrescentar uma tarefa secundária (apanhar 
uma bola ou fazer cálculo mentais) para 
aumentar a dificuldade 
 
 
Treino de equilíbrio dinâmico 
▪ Manter uma boa distribuição de peso e 
alinhamento postural ereto do tronco 
estando sobre superfícies que se movem, 
como sentado sobre uma bola terapêutica 
ou tábuas proprioceptivas 
▪ Progressão: sobreposição de movimentos 
como transferência de peso, rodar o tronco, 
mover a cabeça ou membros superiores 
▪ Praticar exercícios em degraus, realizar 
exercícios de braço e de perna estando em 
pé com apoio normal, apoio com um pé à 
frente do outro e apoio sobre uma perna só 
▪ Progressão: pular, saltar objetos, pular corda 
e saltar de um banco pequeno mantendo o 
equilíbrio. 
 
Treino de controle antecipatório do 
equilíbrio 
▪ Estender o braço em todas as direções para 
tocar ou pegar objetos, apanhar ou chutar 
uma bola 
▪ Usar diferentes posturas para variar (p. ex., 
sentado, em bipedestação, ajoelhado) e 
arremessar ou rolar uma bola com 
diferentes velocidades e alturas 
▪ Usar tarefas funcionais que envolvam 
múltiplas partes do corpo para aumentar o 
desafio do controle postural antecipatório, 
fazendo o paciente levantar objetos de 
pesos variados em diferentes posturas com 
velocidades variadas, abrir e fechar portas 
com maçanetas e pesos diferentes ou 
manobrar por um trajeto com obstáculos. 
 
 
Treino de equilíbrio reativo 
▪ Aumentar gradualmente a quantidade de 
oscilação em diferentes direções quando 
estiver em pé sobre uma superfície estável 
firme. 
▪ Treinar estratégia do tornozelo, do quadril e 
do passo 
▪ Para aumentar o desafio durante essas 
atividades, acrescentar forças externas 
previsíveis e imprevisíveis. Por exemplo, 
fazer o paciente levantar caixas idênticas na 
aparência, porém com pesos diferentes; 
arremessar e pegar bolas com pesos e 
tamanhos diferentes; ou, enquanto anda na 
esteira, parar e reiniciar subitamente a 
esteira ou aumentar/diminuir a velocidade. 
Treino de equilíbrio funcional 
O fisioterapeuta deve enfocar atividades similares 
às limitações funcionais identificadas na avaliação 
▪ Se houver limitações para estender os 
braços, o paciente deve trabalhar em 
atividades como tentar pegar um copo sobre 
uma prateleira, alcançar atrás de si (como 
para posicionar o braço dentro da manga da 
camisa) ou pegar uma bola fora do centro. 
▪ Fazer o paciente realizar duas ou mais 
tarefas simultaneamente aumenta o nível de 
complexidade da tarefa. 
▪ Praticar atividades recreativas que o 
paciente gosta, como golfe, aumenta a 
motivação para a prática ao mesmo tempo 
em que desafia o controle do equilíbrio 
 
Programa de circuito de treinamento para comprometimento e função de equilíbrio 
Atividade Respostas pretendidas Progressão da atividade 
Sentar-levantar-sentar Força de MMII 
Habilidade funcional 
Múltiplas tarefas 
Diminuir a altura da cadeira 
Acrescentar/remover assistência para MMSS 
Segurar um item nas mãos (copo com água, 
bandeja) 
Acrescentar uma tarefa cognitiva à tarefa 
manual 
Passo em todas as 
direções 
Escolher o tempo de reação do passo 
Força e coordenação de MMII 
↑ velocidade do passo 
Passos sobre uma superfície macia 
Fechar os olhos 
Estender as mãos até 
os limites de 
estabilidade 
Desafiar os limites de estabilidade 
Estimulação vestibular e integração 
Fortalecimento de MMSS e MMII 
Colar objetos em uma parede, em várias 
direções, sem mudar a posição dos pés 
Transferir objetos de uma prateleira alta para o 
lado e atrás, progredir alcançando mais longe, 
aumentado o peso e tamanho dos objetos 
Subir e descer um 
degrau 
Fortalecimento e resistência à fadiga 
de MMI 
Tempo de reação do passo 
Dar passos para a frente, para trás e para os 
lados sobre blocos de diferentes alturas 
Aumentar a altura, as repetições e velocidades 
dos passos 
Prática de estratégias 
posturas (tornozelo, 
quadril e MMSS) 
Fortalecimento de MMII 
Treinamento de estratégia de 
equilíbrio 
Ficar em pé de frente para uma parede com os 
dedos tocando uma linha traçada a 0,5 m da 
parede; inclinar-se para frente e manter o 
equilíbrio 
Tarefa de alcance 
lateral 
Fortalecimento muscular mediolateral 
nos MMII 
Estimulação vestibular e integração 
Desafiar os limites de estabilidade 
Múltiplas tarefas e impulsos 
proprioceptivos conflitantes 
Transferir objetos de superfícies com diferentes 
alturas 
Afastar as superfícies (mesa, maca, prateleira) e 
aumentar o peso e o tamanho dos objetos 
Realizar a tarefa em pé sobre um colchonete 
Jogos com bola Múltiplas tarefas 
Coordenação olho-mão 
Estimulação vestibular 
Atividade balística de MMSS e MMII 
Usar bolas de praia infláveis e progredir para 
bolas menores e mais duras ou 2 a 3 bolas por 
vez 
Acrescentar uma tarefa cognitiva (citar um 
animal que começa com a letra G, enquanto 
arremessa, apanha ou chuta a bola) 
Caça ao tesouro com 
cartas 
Estratégia para lidar com conflitos 
visuais 
Estimulação vestibular e desafio dos 
limites de estabilidade 
Antes da sessão, esconder as cartas na sala. de 
modo que para pegá-las os participantes 
precisem inclinar-se para procurar embaixo dos 
móveis, alcançar no alto ou detectar a carta no 
meio de um fundo estampado. É possível fazer 
equipes vermelhas e pretas, e o time que 
retomar com mais cartas para o ponto de 
coleta dentro de 5 minutos será o vencedor. 
Acrescente o desafio cognitivo de 
encontrar/classificar as cartas de acordo com o 
naipe 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
TREINO ORIENTADO À TAREFA 
Task-oriented training (TOT) 
Referências: Janet Carr e Roberta Shepherd 
 
“Basically, exercise and training should be task 
and context-specific so the individual can learn to 
move effectively to achieve a goal in different and 
relevant environments” 
“Task-and-context-specific exercise and training 
enable an action to be learned by affecting the 
neuromuscular system’s basic plasticity (i.e., 
training is specific to the action, the goal and the 
environment). It involves meaningful tasks and 
not just random exercise” 
Em acordo com o modelo biopsicossocial da CIF > 
atividade + participação social 
Respaldo científico: teorias de controle motor e 
aprendizagem motora 
Não exclui a necessidade abordagens específicas 
nas funções e estruturas corporais, mas orienta a 
terapia ao objetivo funcional 
Outras abordagens: Conceito Bobath, FNP, Terapia 
de Contenção Induzida, etc. 
Controle motor 
Capacidade de regular ou orientar os mecanismos 
essenciais para o movimento 
 
 
Indivíduo 
▪ Ação: controle da atividade muscular e 
movimentos articulares 
▪ Percepção: integração dos inputs sensoriais 
▪ Cognição: atenção, intenção, motivação, 
aspectos emocionais e planejamento 
Tarefa 
▪ A natureza da tarefa determina o tipo de 
movimento necessário 
▪ Agrupados em tarefas de: mobilidade, 
estabilidade e manipulação 
▪ Atributos: 
 Discretas/contínuas 
 Estabilidade/mobilidade/manipulação 
 Maior ou menor demanda atencional 
 Aberta/fechada (modificações 
ambientais) 
Ex: pegar um livro em uma estante alta 
no escritório – discreta/estabilidade e 
manipulação/fechada 
Ambiente 
▪ Aspectos reguladores 
Tamanho, formato do objeto, características 
da superfície, etc. 
▪ Não-reguladores 
Afetam o desempenho, mas não interferem 
diretamente nas características do 
movimento 
Ex: ruído de fundo, distrações, etc. 
 
 
Figura 4: 
Movimento: base de suporte adequada; joelhos ecoluna estendidos; flexão e adução horizontal do ombro; flexão de 
cotovelo; preensão das mãos 
Tarefa: esperar o metrô chegar Estabilidade/ Discreta/ Aberta/ Demandas atencionais: “Empurra, empurra” das 
pessoas ao seu redor quando a porta abrir, ruídos 
Indivíduo: Atividade muscular: Gastrocnêmio (concêntrico), eretores da espinha (isometria), músculos abdominais 
(isometria), deltoide anterior (isometria), flexores dos dedos (isometria) 
Percepção: Visual, vestibular 
Cognição: Conseguir pegar o metrô, para chegar em algum local na hora marcada – preocupação. 
Ambiente: Não regulador – ruídos, pessoas conversando e andando; regulador – estruturas como o chão e 
sinalização 
Taxonomia de Gentile 
 
Aprendizado motor 
“Habilidade é qualquer atividade humana que se 
torna mais bem organizada e mais eficaz como 
resultado da prática” (Annett, 1971) 
“A capacidade de atingir uma meta de forma 
consistente e com alguma economia de esforço” 
(Gentile, 2000) 
“Processos associados à prática ou experiência 
que levam a mudanças relativamente 
permanentes na capacidade de produzir uma 
ação hábil” (Cook & Woollacott, 2003) 
A habilidade no desempenho aumenta como 
resultado direto da prática. 
Especificidade: a ação a ser adquirida deve ser 
praticada em sua totalidade! 
Repetição ou prática consistente X variável. 
Variações no ambiente e nuances da tarefa 
 
Aspectos chaves: 
▪ Aprendizado explícito x implícito 
▪ Adaptações 
▪ Redução de atividade muscular 
desnecessária 
▪ Modificações ambientais 
 
Fatores perceptuais e cognitivos 
▪ Atenção (instrução, demonstração e 
feedback) 
▪ Intenção (foco no alvo, não no movimento) 
▪ Motivação (“Temos que querer fazer o que 
estamos aprendendo a fazer” – Carr & 
Shepherd, 2000) 
Tarefas CORE 
Trata-se de tarefas ou atividades essenciais 
1. Sentado 
2. Sentado para de pé 
3. Em pé 
4. Andar 
5. Subir degraus 
6. Alcance, preensão e manipulação 
 
Referência de leitura: 
 
Avaliação qualitativa do movimento 
funcional 
✓ Simetria 
✓ Velocidade 
✓ Amplitude 
✓ Alinhamento 
✓ Verticalidade 
✓ Estabilidade 
✓ Suavidade 
✓ Sequência 
✓ Timing 
✓ Acurácia e sintomas 
Instrumentos de avaliação 
Tarefas de estabilidade e mobilidade 
▪ TUG – Timed Up and Go 
▪ Escala de Berg 
▪ SPPB – Short Physical Performance Battery 
▪ Sentar-Levantar 
Tarefas de manipulação 
▪ Shoulder Pain and Disability Index 
▪ Escala de Fugl Meyer (Item III para AVC) 
AVDs 
▪ Índice de Barthel 
▪ Índice de Katz 
▪ Escala de AIVDs de Lawton 
Exercícios funcionais 
Sentado e passando para de pé 
 
 
De pé a caminhando 
 
 
Marcha e degrau 
 
Alcance, preensão e manipulação 
 
 
 
 
 
Principais referências 
Controle Motor – Teoria e aplicações Práticas, Anne 
Shumway-Cook & Marjorie H. Woollacott, 2010 
Neurological Rehabilitation - Optimizing Motor 
Performance, 2 nd ed., Janet H. Carr & Roberta B. 
Shepherd, 2010 
A Framework for Movement Analysis of Tasks: 
Recommendations From the Academy of Neurologic 
Physical Therapy’s Movement System Task Force, 
Quinn et al, Physical Therapy, Volume 101, Issue 9, 
September 2021, pzab154 
Raciocínio Clínico na Neurofuncional, Camila Torriani, 
E-book disponível em @camilatorriani

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