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Problema 23 - Crescimento e desenvolvimento da criança

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Carla Bertelli – 4° Período 
1 – Compreender os benefícios do aleitamento materno 
2 – Entender o crescimento, avaliação nutricional e o 
desenvolvimento neuropsicomotor da criança até a fase 
pré-escolar (linguagem, cognição, motor, adaptativo, 
sensorial e emocional). 
 
Uma alimentação saudável se inicia com o aleitamento 
materno, que isoladamente é capaz de nutrir de modo 
adequado a criança nos primeiros 6 meses de vida. Já a 
partir dos 6 meses de vida, devem ser introduzidos 
alimentos complementares ao aleitamento materno, por 
dois anos ou mais. 
A criança que é alimentada somente com leite materno 
até os 6 meses de vida apresenta menor morbidade. 
Além disso, maiores são os efeitos benéficos à sua. 
Existem evidências de que não há vantagens em se 
iniciar os alimentos complementares antes dos 6 meses 
(salvo em alguns casos individuais), o que pode, inclusive, 
trazer prejuízos à saúde da criança 
í ê
• Diminuição de morbidade, especificamente 
relacionada a infecções como: meningite bacteriana, 
bacteremia, diarreia, infecção no trato respiratório, 
enterocolite necrosante, otite média, infecção do 
trato urinário e sepse de início tardio em recém-
nascidos pré-termo. 
• Alguns estudos sugerem diminuição das taxas de 
morte súbita do lactente 
• Redução de hospitalizações: o aleitamento materno 
reduz o risco de hospitalização por vírus sincicial 
respiratório (VSR). 
• Redução de alergias: O aleitamento materno 
exclusivo reduz o risco de asma e de sibilos 
recorrentes; O aleitamento materno protege contra 
o desenvolvimento de dermatite atópica; A 
exposição a pequenas doses de leite de vaca 
durante os primeiros dias de vida parece aumentar 
o risco de alergia ao leite de vaca, mas não afeta a 
incidência de doenças atópicas no futuro; Os efeitos 
benéficos do aleitamento materno observados em 
todas as crianças são particularmente evidentes em 
crianças com história familiar de doenças atópicas. 
• Redução da obesidade 
• Diminuição do risco de hipertensão, colesterol alto e 
diabetes 
• Melhor nutrição 
• Efeito positivo no desenvolvimento intelectual 
• Melhor desenvolvimento da cavidade bucal 
• O início precoce do aleitamento materno sem 
restrições diminui a perda de peso inicial do recém-
nascido favorece a recuperação mais rápida do peso 
de nascimento promove uma “descida do leite” mais 
rápida aumenta a duração do aleitamento materno, 
estabiliza os níveis de glicose do recém-, diminui a 
incidência de hiperbilirrubinemia e previne 
ingurgitamento mamário 
 
í ã
• Involução uterina mais rápida e redução na 
hemorragia uterina pós-parto, devido à liberação de 
ocitocina 
• Perda mais rápida do peso acumulado na gestação 
• Auxílio no aumento do intervalo entre as gestações 
• Maior interação mãe-bebê 
• Benefício relativo aos aspectos econômicos, uma 
vez que o leite materno não tem custos 
• Praticidade, pois o leite materno está sempre pronto 
para ser consumido. 
• Diminuição do risco de câncer de mama e ovário 
 
ã é
• Mães infectadas pelo HIV. 
• Mães infectadas pelo HTLV1 e HTLV2 (vírus 
linfotrópico humano de linfócitos T). 
• Uso de medicamentos incompatíveis com a 
amamentação. Alguns fármacos são citados como 
contraindicações absolutas ou relativas ao 
aleitamento, como, por exemplo, os antineoplásicos 
e radiofármacos. 
• Criança portadora de galactosemia, doença do 
xarope de bordo e fenilcetonúria 
 
 
 
 Carla Bertelli – 4° Período 
Para que a monitorização do crescimento seja efetiva, 
faz-se necessário a aferição adequada dos dados 
antropométricos e a pontuação exata nas referidas 
curvas: 
 orienta-se que a criança seja pesada, 
preferencialmente no mesmo período do dia, na balança 
pediátrica mecânica ou eletrônica (capacidade máxima 16 
Kg). A criança deve estar totalmente despida, inclusive 
sem fraldas, mantida o mais imóvel possível. 
 termo utilizado para a medida de 
crianças menores de 24 meses, em que se utiliza o 
estadiômetro infantil (infantômetro). A criança deve ser 
medida na posição deitada com as pernas relaxadas, 
apoiar a cabeça na haste fixa e a peça móvel é deslocada 
até tocar os pés da criança, que devem estar descalços 
e alinhados. 
í á o crescimento cerebral se 
completa quase que totalmente nos dois primeiros anos 
de vida, sendo acelerado no primeiro ano (83,6% em 
relação ao total do adulto). 
Í recentemente tem-se 
recomendado a utilização do Índice de Massa Corporal 
(IMC = peso em kg/estatura² em metros) para 
interpretar a relação peso/altura e permitir o diagnóstico 
de déficit de peso (desnutrição aguda/magreza) ou o 
excesso de peso(sobrepeso/obesidade) 
O processo de crescimento é influenciado por fatores 
intrínsecos (genéticos) e extrínsecos (ambientais), entre 
os quais se destacam a alimentação, a saúde, a higiene, 
a habitação e os cuidados gerais com a criança, que 
atuam acelerando ou restringindo tal processo 
O melhor método de acompanhamento do crescimento 
infantil é o registro periódico do peso, da estatura e do 
IMC da criança na Caderneta de Saúde da Criança 
Na estrutura fisiológica humana, o que é inato não é 
suficiente para produzir um indivíduo sem a participação 
do meio ambiente. Tudo em um ser humano (suas 
características, seus modos de agir, pensar, sentir, seus 
valores, etc.) depende da sua interação com o meio social 
em que vive. Portanto, o desenvolvimento da criança 
será sempre mediado por outras pessoas, pelas famílias, 
pelos profissionais de saúde, da educação, entre outros, 
que delimitam e atribuem significados à sua realidade. 
Durante os , um aspecto 
importantíssimo do seu desenvolvimento é o 
desenvolvimento afetivo, caracterizado no apego, que é 
o vínculo afetivo básico. A criança estabelece o vínculo 
com as pessoas que interagem com ela de forma 
privilegiada, com características de condutas, 
representações mentais e sentimentos. 
Nos é , diferentes dimensões e estilos 
paternos têm efeitos sobre diferentes aspectos do 
desenvolvimento social e das personalidades das crianças: 
autoestima, desenvolvimento moral, conduta pró-social, 
autocontrole etc. Além da família, não podemos nos 
esquecer da escola, que se transforma rapidamente em 
um importante contexto de socialização, que se 
encarrega, principalmente, da transmissão do saber 
organizado, que é o produto do desenvolvimento cultural. 
A criança deve atravessar cada estádio segundo uma 
sequência regular, ou seja, os estádios de 
desenvolvimento cognitivo são sequenciais. Se a criança 
não for estimulada ou motivada no devido momento, ela 
não conseguirá superar o atraso do seu 
desenvolvimento. Afinal, o desenvolvimento infantil se dá 
à medida que a criança vai crescendo e vai se 
desenvolvendo de acordo com os meios onde vive e os 
estímulos deles recebido. 
O baixo peso ao nascer e a prematuridade são eventos 
que aumentam o risco da criança para alterações globais 
em seu desenvolvimento (tais como: distúrbios de 
linguagem, de motricidade, de aprendizagem e atraso 
neuropsicomotor), podendo, contudo, evoluir durante os 
primeiros dois anos de vida para padrões de normalidade 
na maioria dos casos. 
Costuma-se falar em desenvolvimento de forma distinta 
entre desenvolvimento físico, cognitivo e psicossocial, 
como uma forma de facilitar o estudo do 
desenvolvimento humano. Mas cabe apontar que tais 
aspectos estão interligados e influenciam-se mutuamente 
durante a vida do indivíduo 
 
 Carla Bertelli – 4° Período 
Até o º ê O bebê sorri. Sustenta a 
cabeça. Descobre as mãos e brinca com elas, gosta de 
levá-las à boca. Fixa e acompanha com os olhos o objeto 
que lhe interessa. Virar a cabeça para o som. 
Busca objetos com as mãos e tenta 
segurá-los, leva-os à boca, passa-os de uma mão à outra. 
Vira-se sozinho. Rola na cama. Senta com apoio. Descobre 
os pés, brinca com eles e leva-os à boca. Acompanha os 
objetos com os olhos. Localiza o som. A vocalização nos 
primeiros 6 mesesde idade não significa que a criança 
escuta. Este período assinala o início da fase cortical do 
desenvolvimento, ausência de memória dos reflexos 
primários, com mudança significativa do tônus muscular. 
A criança sente prazer em emitir e ouvir seu próprio 
som. 
 Senta sem apoio. Usa os braços e as 
mãos para se equilibrar. Passa um objeto de uma mão à 
outra. Expressa suas emoções. Brinca de esconde-achou. 
Reconhece o rosto da mãe entre os demais e pode 
reagir à sua ausência com angústia. Gosta de ficar com 
quem conhece e pode estranhar as pessoas. 
: Balbucia monossílabos e inibe-se com 
o “não”. Levanta-se e consegue ficar de pé com apoio, 
posteriormente, já fica em pé sozinho. Pode engatinhar 
e tentar dar os primeiros passos. Acompanha com os 
olhos objetos em qualquer postura. Localiza o som, em 
qualquer direção. Adquire desde os 9 meses a preensão 
tipo pinça: segura objetos com os 3 dedos, usando 
polegar. 
: As experiências sociais adquiridas, 
controle dos esfíncteres, andar e falar propiciam maior 
autonomia. 
 
 → Entre 1 e 2 meses: predomínio do tônus flexor, 
assimetria postural e preensão reflexa. 
→ Reflexos: Apoio plantar, sucção e preensão palmar: 
desaparecem até o 6º mês. 
→ Preensão dos artelhos: desaparece até o 11º mês. 
→ Reflexo cutâneo plantar: obtido pelo estímulo da 
porção lateral do pé. No RN, desencadeia extensão do 
hálux. A partir do 13º mês, ocorre flexão do hálux. A partir 
desta idade, a extensão é patológica. 
→ Reflexo de Moro: medido pelo procedimento de 
segurar a criança pelas mãos e liberar bruscamente seus 
braços. Deve ser sempre simétrico. É incompleto a partir 
do 3º mês e não deve existir a partir do 6º mês. 
→ Reflexo tônico-cervical: rotação da cabeça para um 
lado, com consequente extensão do membro superior e 
inferior do lado facial e flexão dos membros contralaterais. 
A atividade é realizada bilateralmente e deve ser 
simétrica. Desaparece até o 3º mês. 
ê
→ Entre 1 e 2 meses: percepção melhor de um rosto, 
medida com base na distância entre o bebê e o seio 
materno. 
→ Entre 2 e 3 meses: sorriso social. 
→ Entre 2 e 4 meses: bebê fica de bruços, levanta a 
cabeça e os ombros. 
→ Em torno de 2 meses: inicia-se a ampliação do seu 
campo de visão (o bebê visualiza e segue objetos com 
o olhar). 
→ Aos 4 meses: preensão voluntária das mãos. 
→ Entre 4 a 6 meses: o bebê vira a cabeça na direção 
de uma voz ou de um objeto sonoro. 
→ Aos 3 meses: o bebê adquire noção de profundidade. 
→ Em torno dos 6 meses: inicia-se a noção de 
“permanência do objeto” 
→ A partir do 7º mês: o bebê senta-se sem apoio. 
→ Entre 6 e 9 meses: o bebê arrasta-se, engatinha. 
→ Entre 6 e 8 meses: o bebê apresenta reações a 
pessoas estranhas. 
→ Entre 9 meses e 1 ano: o bebê engatinha ou anda 
com apoio. 
 Carla Bertelli – 4° Período 
→ Em torno do 10º mês: o bebê fica em pé sem apoio. 
→ Entre 1 ano e 1 ano e 6 meses: o bebê anda sozinho. 
→ Em torno de 1 ano: o bebê possui a acuidade visual 
de um adulto. 
→ Entre 1 ano e 6 meses a 2 anos: o bebê corre ou 
sobe degraus baixos. 
→ Entre 2 e 3 anos: o bebê diz seu próprio nome e 
nomeia objetos como seus. 
→ Em torno dos 2 anos: o bebê reconhece-se no 
espelho e começa a brincar de faz de conta (atividade 
que deve ser estimulada, pois auxilia no desenvolvimento 
cognitivo e emocional, ajudando a criança a lidar com 
ansiedades e conflitos e a elaborar regras sociais). 
→ Entre 2 e 3 anos: os pais devem começar aos poucos 
a retirar as fraldas do bebê e a ensiná-lo a usar o penico. 
: 
→ Entre 3 e 4 anos: a criança veste-se com auxílio. 
→ Entre 4 e 5 anos: a criança conta ou inventa 
pequenas histórias. O comportamento da criança é 
predominantemente egocêntrico; porém, com o passar 
do tempo, outras crianças começam a se tornar 
importantes. 
→ A partir dos 6 anos: a criança passa a pensar com 
lógica, embora esta seja predominantemente concreta. 
Sua memória e a sua habilidade com a linguagem 
aumentam. Seus ganhos cognitivos melhoram sua 
capacidade de tirar proveito da educação formal. A 
autoimagem se desenvolve, afetando sua autoestima. Os 
amigos assumem importância fundamental. A criança 
começa a compreender a constância de gênero. A 
segregação entre os gêneros é muito frequente nesta 
idade (meninos “não se misturam” com meninas e 
viceversa) 
 
 
 
 
 Carla Bertelli – 4° Período 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 Carla Bertelli – 4° Período 
 
 
 
 
 
 
 
Avaliação Nutricional 
O crescimento adequado de uma criança depende 
múltiplos fatores, dentre os quais a alimentação saudável 
e a ausência de doenças orgânicas, sendo está 
relacionada diretamente ao calendário vacinal completo 
A avaliação do estado nutricional tem se tornado aspecto 
cada vez mais importante no estabelecimento de 
situações de risco, no diagnóstico nutricional e no 
planejamento de ações de promoção à saúde e 
prevenção de doenças. Sua importância é reconhecida 
tanto na atenção primária, para acompanhar o 
crescimento e a saúde da criança e do adolescente, 
quanto na detecção precoce de distúrbios nutricionais, 
seja desnutrição, seja obesidade. 
A identificação do risco nutricional e a garantia da 
monitoração contínua do crescimento fazem da 
avaliação nutricional um instrumento essencial para que 
os profissionais da área conheçam as condições de saúde 
dos pacientes pediátricos. Ao monitorá-los, é possível 
obter o conhecimento de seu padrão de crescimento, 
instrumento importante na prevenção e no diagnóstico 
de distúrbios nutricionais. Cabe ressaltar que algumas 
deficiências nutricionais específicas podem ocorrer sem 
comprometimento antropométrico imediato, e sua 
detecção depende da realização de cuidadosa anamnese 
nutricional. A fome oculta, deficiência isolada ou 
combinada de micronutrientes, pode ser identificada e 
confirmada utilizando-se métodos dietéticos, clínicos e 
bioquímicos, que também fazem parte da avaliação do 
estado nutricional 
 
 Carla Bertelli – 4° Período 
 
BRASIL. Ministério da Saúde. Cadernos de Atenção 
Básica. Saúde da Criança: crescimento e 
desenvolvimento. Secretaria de Atenção à Saúde. 
Departamento de Atenção Básica. Brasília: 2012. ISBN 
978-85-334-1970-4. Disponível em: 
https://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/saude_crianca
_crescimento_desenvolvimento.pdf. Acesso em 24 out. 
2022. 
BRASIL. Sociedade Brasileira de Pediatria. Avaliação 
nutricional da criança e do adolescente – Manual de 
Orientação. Departamento de Nutrologia. São Paulo: 2009. 
Disponível em: 
https://www.sbp.com.br/fileadmin/user_upload/pdfs/MAN
UAL-AVAL-NUTR2009.pdf. Acesso em 24 out. 2022.

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