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TRABALHO DOENCAS AUTOIMUNES

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1 
 
 
 
 
 
 
 
BRUNA DE JESUS BARBOSA – ENFERMAGEM 1º SEMESTRE 
NEIDE MANSANO DIAS – FISIOTERAPIA 10º SEMESTRE 
 
 
 
 
 
 
TRABALHO AVALIATIVO - AGRAVOS E IMUNIDADE 
 
DOENÇA AUTOIMUNE 
 
 
 
Prof. Esp. Tiago Delbem Chagas 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
São José dos Quatro Marcos-MT 
2022 
2 
 
SUMÁRIO 
 
1 INTRODUÇÃO ......................................................................................................... 3 
2 DESENVOLVIMENTO ............................................................................................. 4 
CONCLUSÃO ............................................................................................................. 6 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
3 
 
1 INTRODUÇÃO 
 
O sistema imune, conforme aponta Ferreira (2021), é fundamental para o 
perfeito funcionamento do organismo. Ele desempenha duas principais funções, uma 
se chama “self” e a outra “não self”, a função self reconhece produtos celulares 
próprios, tais como hormônios, organelas e outras estruturas, sem que seja emitida 
uma resposta contra elas. Já o papel “não self” reconhece partículas não próprias do 
organismo, que podem ser bactérias, vírus e toxinas, e então prepara o corpo para 
destruí-las. 
Neste campo, existem as doenças autoimunes, que são consideradas doenças 
autorreativas no organismo. Elas possuem origem no sistema imunológico e sua 
atuação é na produção de anticorpos contra componentes do próprio organismo 
(GRAVINA, 2017). Os motivos da existência destas doenças são diversos e nem 
sempre são esclarecidos, contudo, estudos apontam que cerca de 3% a 5% da 
população mundial é afetada por uma doença autoimune, sendo possível observar 
que algumas populações são mais suscetíveis, como por exemplo aquelas que já 
possuem um background genético e também mulheres em idade reprodutiva 
(FERREIRA, 2021). 
Estudos comprovam que os órgãos e tecidos mais afetados pelas doenças 
autoimunes são as glândulas endócrinas, como é o caso da tireoide e pâncreas, 
componentes sanguíneos, como glóbulos vermelhos e plaquetas, e tecido conjuntivo 
(CORONEL-RESTREPO, 2017). Além disto, nota-se que as doenças autoimunes 
podem ser sistêmicas, como é o caso do lúpus eritematoso sistêmico, ou podem 
atacar um órgão ou tecido específico, como é o caso do hiper ou hipotireoidismo 
(FERREIRA, 2021). 
Sendo assim, o presente estudo visa analisar duas diferentes doenças 
autoimunes (Lúpus Eritematoso Sistêmico – LES e Artrite Reumatoide - AR), 
demonstrando e analisando sua manifestação e quadro clínico com base em estudos 
já realizados sobre o tema. Para tanto, foi realizada uma coleta de dados bibliográficos 
nas plataformas Scientific Electrinic Library Online (Scielo) e Google Scholar, 
utilizando os descritores: Lúpus Eritematoso Sistêmico, LES, Artrite Reumatoide, AR 
e Doenças Autoimunes. 
4 
 
2 DESENVOLVIMENTO 
 
Duas das doenças autoimunes mais estudadas pela comunidade acadêmica 
são o Lúpus Eritematoso Sistêmico – LES e a Artrite Reumatoide – AR (CANTO, 
2009), ambas são doenças autoimunes sistêmicas, caracterizadas pelo 
comprometimento da auto-tolerância e por alterações na resposta inflamatória do 
organismo. 
 
2.1 LÚPUS ERITEMATOSO SISTÊMICO – LES 
 
A doença inflamatória crônica, Lúpus Eritematoso Sistêmico – LES, é 
caracterizada por uma desregulagem imune, decorrente da perda de auto-tolerância 
pelos próprios antígenos do organismo afetado (SILVA, 2016). Fiqueiró-Filho et al. 
(2010) apontam que o perfil imunológico do paciente que possui LES possui elevados 
níveis de anticorpos antinucleares que atuam diretamente contra o DNA de hélice 
simples (SS-DNA) e/ou hélice dupla (DSDNA), que levam o organismo a formar 
imunocomplexos, que se depositam no tecido e/ou ativam o complemento, de forma 
que liberam fatores que induzem o processo inflamatório do próprio corpo, resultando 
em lesões de múltiplos órgãos, o que caracteriza esta patologia. 
Os sinais e sintomas do LES dependem das interações entre os fatores 
ambientais e os fatores que predispõem o portador da doença, conforme aponta a 
Sociedade Brasileira de Reumatologia (2017), portanto, para analisar os sintomas que 
cada paciente terá dependerá do tipo de autoanticorpo que aquela pessoa tem, e 
como estes autoanticorpos se relacionam com as características genéticas do 
indivíduo. Sendo assim, cada pessoa com LES possui manifestações clínicas 
diferentes umas das outras. 
Silva (2016) aponta que o diagnóstico do LES é feito através dos critérios de 
classificação propostos pelo colégio americano de reumatologia, baseado na 
existência de 11 critérios (Rash Malar, Lesão Discoide, Fotossensibilidade, Úlceras 
Orais, Artrite, Serosite, Renal, Neurológico, Hematológico, Alterações Imunológicas, 
Anticorpos Antinucleares (FAN), sendo considerado portador a pessoa que apresente 
pelo menos 4. Ainda de acordo com a autora supracitada, o tratamento inicialmente 
parte apenas de aconselhamento e orientação, assim como a realização de atividades 
5 
 
física. Já os medicamentos serão utilizados para a região afetada especificamente, 
como a região, articular, neuropsiquiátricas, renais, hematológicas, cardiopulmonares. 
 
2.2 ARTRITE REUMATOIDE – AR 
 
A Artrite Reumatoide – AR é uma doença autoimune comum, presente em 1% 
da população mundial, conforme apontam Alamanos et al. (2006). Os autores 
supracitados apontam para o fato de que durante anos após sua descoberta, a AR foi 
tratada como uma doença de caráter benigno, contudo, estudos mais recentes 
mostraram o oposto, principalmente devido aos efeitos negativos na mobilidade física 
e na capacidade funcional do local afetado. Estes estudos ainda apontaram para o 
fato de que pessoas com AR possuem sua expectativa reduzida de maneira 
significativa quando comparado a população em geral. 
A AR atua nas células do sistema imune, composto pelos glóbulos brancos, de 
forma que ao invés de atacar elementos externos e bactérias, o organismo ataca o 
próprio corpo, invadindo as articulações e liberando citocinas nos mesmos, que 
causam inflamações e perda de mobilidade, podendo até mesmo resultar em 
pacientes que precisam se aposentar alguns anos após o aparecimento da doença 
pela incapacidade de mobilização (MOREIRA, 2019; FELSON, 2008). 
A melhor forma de evitar os efeitos mais severos e negativos da doença é 
realizando um diagnóstico precoce e um tratamento efetivo. O tratamento dos 
pacientes que possuem AR tem como principal objetivo diminuir a dor e retardar a 
perda da função motora, ao passo que previne e controla os danos ósseos, visando 
desta forma melhorar a qualidade de vida do paciente (MOTA, 2011). 
É importante ressaltar, conforme aponta Moreira (2019), que o paciente que 
possui AR passa por um rigoroso tratamento, desde o estágio inicial da doença, com 
medicamentos modificadores do curso da doença, conhecidos como MMCD, estes 
medicamentos garantem um prognóstico favorável na maioria dos casos e traz ao 
paciente qualidade de vida ao longo do tempo, pois estes fármacos previnem o dano 
e preservam o funcionamento articular. O paciente também deve ser monitorado por 
um médico reumatologista, este fator é imprescindível para que o tratamento 
medicamentoso seja adequado. 
6 
 
 
CONCLUSÃO 
 
A partir do presente estudo foi possível concluir que ambas as doenças 
autoimunes, tanto o Lúpus Eritematoso Sistêmico – LES, quanto a Artrite Reumatoide 
– AR são de caráter complexo e representam alterações na resposta inflamatória do 
organismo e no processo autoimune, que fica comprometido no paciente acometido 
pela doença. 
Em ambos os casos, o diagnóstico precoce é a melhor forma de retardar os 
danos causados pelas doenças, ao passo que de maneira geral, o paciente com LES 
tomará medicação de acordo com a região afetada, enquanto o paciente com AR 
poderá tomarmedicamentos que irão retardar o dano e preservar o funcionamento 
articular como um todo. 
Nota-se que o acometimento por ambas as doenças causa um prejuízo na vida 
social do paciente, além de sua saúde, pois no caso da AR, por exemplo, a atrofia dos 
membros é uma característica comum, que acaba impedindo o paciente de ter uma 
vida normal, com mobilidade e independência. Já no caso do LES, as lesões múltiplas 
nos órgãos também acometem a vida social do paciente, que fica impossibilitado de 
executar suas atividades rotineiras. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
7 
 
REFERÊNCIAS 
 
ALAMANOS, Y.; VOULGARI, P. V.; DROSOS, A. A. Incidence and prevalence of 
rheumatoid arthritis, based on the 1987 American College of Rheumatology criteria: 
a systematic review. In: Seminars in arthritis and rheumatism, 2006, p. 182-188. 
 
CANTO, L. M. do. Estudo epidemiológico e de associação do polimorfismo do 
gene PDCD1 à Artrite Reumatóide e ao Lúpus Eritematoso Sistêmico em Santa 
Catarina. 2009. Disponível em: 
<https://repositorio.ufsc.br/xmlui/bitstream/handle/123456789/132378/20092-
LuisaMatosdoCanto.pdf?sequence=1&isAllowed=y>. Acesso em: 20 set. 2022. 
 
CORONEL-RESTREPO, Nicolás et al. Autoimmune diseases and their relation with 
immunological, neurological and endocrinological axes. Autoimmunity reviews, v. 
16, n. 7, p. 684-692, 2017. 
 
FELSON, D. T. Comparing the prevalence of rheumatic diseases in China with the 
rest of the world. Arthritis Res Ther, v. 10, n. 1, p. 106, 2008. 
 
FERREIRA, A. Desvendando os mistérios da autoimunidade e doenças 
autoimunes. 2021. Disponível em: 
<https://www.microbiologia.ufrj.br/portal/index.php/pt/destaques/novidades-sobre-a-
micro/645-desvendando-os-misterios-da-autoimunidade-e-doencas-autoimunes>. 
Acesso em: 21 set. 2022. 
 
FIGUEIRÓ-FILHO, Ernesto Antonio et al. Lúpus eritematoso sistêmico e gestação: 
série de casos com diferentes evoluções. Rev Bras Clin Med, v. 8, n. 2, p. 170-6, 
2010. 
 
GRAVINA, G. et al. Survivin in autoimmune diseases. Autoimmunity Reviews, v. 
16, n. 8, p. 845-855, 2017. 
 
MOREIRA, M. dos S. Uso de metotrexato e infliximabe no tratamento da artrite 
reumatoide. 2019. Disponível em: 
<https://repositorio.faema.edu.br/bitstream/123456789/2478/1/TCC%20MICHELE%2
0DOS%20SANTOS%20MOREIRA.pdf>. Acesso em: 22 set. 2022. 
 
MOTA, L. M. H. da; et al. Consenso da Sociedade Brasileira de Reumatologia 2011 
para o diagnóstico e avaliação inicial da artrite reumatoide. Revista Brasileira de 
Reumatologia, v. 51, p. 207-219, 2011. Disponível em: 
<https://www.scielo.br/j/rbr/a/QDxNF66fBZ6RYYv3TTfFn8P/?lang=pt>. Acesso em: 
21 set. 2022. 
 
SILVA, M. M. da. Lúpus Eritematoso Sistêmico e Gestação: evolução materno-
fetal no período gravídico-puerperal: relato de caso. 2016. Disponível em: 
<http://www.ccm.ufpb.br/ccm/contents/documentos/biblioteca-1/tccs/tccs-2016/tcc-
mercia-mendes-da-silva.pdf>. Acesso em: 21 set. 2022. 
 
SOCIEDADE BRASILEIRA DE REUMATOLOGIA. Cartilha SBR-Lúpus. Disponível 
em: <www.reumatologia.org.br>. Acesso em: 22 set. 2022.

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