RELATÓRIO 3- CROMOSSOMOS POLITENICOS E CROMATINA SEXUAL

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UNIVERSIDADE FEDERAL DO PIAUÍ
CAMPUS MINISTRO PETRÔNIO PORTELA
CENTRO DE CIÊNCIAS DA NATUREZA
DEPARTAMENTO DE BIOLOGIA
PROFESSORA: LIDIANE DE LIMA FEITOZA
DICENTE: MARIA ELIZABETH DOS SANTOS RÊGO
ANÁLISE DE CROMOSSOMOS POLITÊNICOS DE DROSÓFILA E DA CROMATINA SEXUAL HUMANA 
TERESINA-PI
2022
INTRODUÇÃO
 O termo “cromossomo” foi introduzido em 1888 por Waldeyer. Contudo, em 1881, Balbiani já havia descrito estruturas obtidas das glândulas salivares do díptero Chrironomus que seriam conhecidas, três décadas adiante, como sendo os cromossomos politênicos. Esses cromossomos, assim como os cromossomos chamados plumosos, têm a sua origem em um tipo especial de núcleo poliplóide. Neste tipo de núcleo, os cromossomos homólogos e as novas cromátides irmãs, surgidas após cada ciclo endomitótico, são mantidos completamente pareados, lado a lado. As drosófilas são um grupo de insetos (dípteros) bastante usadas para estudos de cromossomos politênicos.
 As glândulas salivares do estágio larval de diversas espécies de díptera são os órgãos onde é possível encontrar os cromossomos politênicos em seu melhor estágio para a visualização. Em determinadas situações, os cromômeros de uma banda ou faixa se descondensam dando origem a uma região menos densa e inchada chamada de pufe, relacionada a uma intensa atividade gênica, ou ainda, amplificação gênica. Esses pufes são excepcionalmente grandes em Chironomus, sendo denominados de anéis de Balbiani.
 Cromatina sexual, também chamado de corpúsculo de Barr, é o nome dado ao cromossomo X inativo e condensado das células que constituem as fêmeas de mamíferos. Nos seres humanos, cada célula feminina possui dois cromossomos X (um de origem materna e outro paterna), acontecendo condensação ao acaso de um destes cromossomos. No gênero masculino, exceto a ocorrência de síndrome de Klinefelter, os organismos não apresentam cromatina sexual.
 Cromossomos e cromatina são dois estados morfológicos das mesmas entidades celulares de eucariontes, responsáveis pelo armazenamento, transmissão e expressão das informações do patrimônio hereditário. Antes de Mendel, em 1865, publicasse suas observações sobre a transmissão de certos caracteres, os citologistas já haviam mostrado que durante a divisão celular, surgiram estruturas alongadas, posteriormente denominadas cromossomos. 
 Nos primeiros anos deste século foi estabelecida a Teoria cromossômica da Herança por Sutton e, desde então, o estudo dos cromossomos expandiu-se enormemente, penetrando em vários outros campos da Biologia, como a Taxonomia, a bioquímica, a Medicina Clínica.
OBJETIVO
Observa a estrutura dos cromossomos politênicos e identificar o corpúsculo de Barr em células da mucosa bucal.
MATERIAS:
· Larvas de drosófila 
· Lâminas e lamínulas 
· Pinça
· Agulhas
· Papel-filtro
· Microscópio óptico
· Esmalte de unhas
· Luvas descartáveis
REAGENTE
· Ácido acético 45 % 
· Orceína acética 2 % 
· Óleo de imersão
· Ringer
METODOLOGIA
Preparação de lâminas para obtenção de cromossomos politênicos:
1- Escolher uma larva em estágio final de desenvolvimento, prestes a se tornar pupa.
2- Colocá-la em uma lâmina com uma gota de solução de Ringer.
3- Com o auxílio de uma pinça, segure a porção posterior do corpo da lavar, com a ajuda das agulhas, firme a cabeça de encontro com a lâmina. Um movimento firme no qual deverá romper a parte anterior do corpo e expor as glândulas salivares.
4- As glândulas salivares devem descasar no fixador (etanol-ácido acético 3:1) durante 10 minutos.
5- As glândulas devem ser transferidas para outra lâmina com uma gota de ácido acético a 45 % por 2 minutos. 
6- Remover o ácido com o auxílio de papel absorvente e pingar uma gota de orceína, 2% e ponha uma lamínula sobre o material. 
7- O tempo de coloração deve ser acompanhado ao microscópio cerca de 5-10 minutos.
8- As lâminas ricas em células politênicas devem ser lutadas para evitar a evaporação do corante. 
Localizando a cromatina sexual humana:
1- Bocheche com água potável a fim de limpar a cavidade bucal;
2- Como auxílio de uma espátula, raspe a face interna (mucosa) da bochecha;
3- Mergulhe a lâmina no fixador (éter-etanol a 95%, 1:1) por 10 minutos.
4- Deposite o material coletado em uma lâmina limpa e, em seguida, pingue uma gota de solução de orceína acética sobre a mesma;
5- Cubra o material com uma lamínula limpa e deixe corar.
6- Coloque a lâmina entre dois discos de papel de filtro dobrado, e numa superfície perfeitamente plana, proceda ao esmagamento do material, pressionando a lamínula com o dedo polegar;
7- Leve a preparação ao microscópio e movimente a platina, percorra o campo a fim de localizar as células. Faça observações com as objetivas de médio e maior aumentos;
8- Observe atentamente o núcleo das células e identifique o corpúsculo de Barr,
RESULTADOS
Cromossomos politênicos:
Cromatina sexual humana:
 
CONCLUSÃO
 A investigação citogenética pode contribuir com um volume importante de informações independente de caracteres morfológicos, bioquímicos, comportamentais, entre outras pode ser utilizada para a caracterização, a identificação e a determinação das relações evolutivas de diferentes espécies. Análises detalhadas de cada cromossomo politênico, em relação às suas faixas ou bandas, regiões de pufes e outras características, permitem a construção de mapas citológicos de grande valia para a comparação da organização genômica de diferentes espécies de dípteros.
 Essa prática visa à preparação, visualização e análise dos cromossomos politênicos de Drosophila. Embora possam ser obtidos em outros órgãos da larva, como os túbulos de Malpighi e os intestinos, as melhores preparações podem ser obtidas usando-se as glândulas salivares. 
 A presença ou não de cromatina sexual permite análise com diagnóstico citológico do sexo genético, a partir do cromossomo condensado na forma de um pequeno grânulo visível em preparações de células tratadas com corantes para observação microscópica no núcleo. Portanto, esse método pode ser empregado na determinação do sexo de um indivíduo, quando os caracteres fenotípicos são duvidosos.
REFERÊNCIAS
Cromatina sexual. Brasil escola. Disponível em: <https://brasilescola.uol.com.br/biologia/cromatina-sexual.htm>. Acesso em: 24 de março de 2022.
GUERRA, M. Introdução a Citogenética Geral. Guanabara Koogan. RJ. 1998
Itogenética. A GAVA, 2012 Disponível em:< http://repositorio.furg.br/xmlui/bitstream/handle/1/9487/Cromossomos_politenicos-1.pdf?sequence=1>. Acesso em: 24 de março de 2022.
Melhoramento Animal e Vegetal. Adaptado de VIDAL & MELLO (1987) e GERRA, (1988)