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NPJ - NUCLEO DE PRÁTICA JURÍDICA – NOVA AMÉRICA Av. Pastor Martin Luther King Jr., nº 126, sala 300-D, Del Castilho/RJ CEP: 20765-971 - TEL: (21) 3296-6743 EXMO. SENHOR DOUTOR JUIZ DE DIREITO DO I TRIBUNAL DO JURI DA COMARCA DA CAPITAL DO RIO DE JANEIRO Processo: XXXXXXXXXX REQUERENTE: Henrique REQUERIDO: Ministério Público HENRIQUE, já qualificado nos autos do processo em epígrafe, vem por intermédio de sua advogada que esta subscreve, inconformado com a r. decisão de pp. XXXXX, que recebeu a pronúncia, vem tempestivamente perante Vossa Excelência interpor RECURSO EM SENTIDO ESTRITO, nos termos do art. 581, IV, do Código de Processo Penal. Desde já, requer o recorrente que o presente recurso seja recebido, processado e, na hipótese de Vossa Excelência não considerar os argumentos e manter a decisão, que seja encaminhado ao Egrégio Tribunal de Justiça do Estado do Rio de Janeiro. Termos em que, Pede deferimento Rio de Janeiro, 25 de junho de 2018 _____________________________ ADVOGADO OAB/UF ../../../../../npj/Documents/NPJ.docx NPJ - NUCLEO DE PRÁTICA JURÍDICA – NOVA AMÉRICA Av. Pastor Martin Luther King Jr., nº 126, sala 300-D, Del Castilho/RJ CEP: 20765-971 - TEL: (21) 3296-6743 DAS RAZÕES DA RECORRENTE Recorrente: Henrique Recorrido: Ministério Público Processo n.º: XXXXXXXXX Origem: I Tribunal do Juri da comarca da capital do Rio de Janeiro MERITÍSSIMO JUIZ, EGREGIO TRIBUNAL, COLENDA TURMA, DOUTA PROCURADORIA DE JUSTIÇA. Em que pese a respeitável decisão do Excelentíssimo Juiz de Direito a quo, trata-se de um Recurso em Sentido Estrito contra a respeitável decisão de pronúncia contra o recorrente, aguardando que Vossa Excelência reformá-la, pelas razões expostas a seguir: I – PRELIMINARMENTE A) OCORRÊNCIA DA PRESCRIÇÃO – O AGENTE ERA MENOR DE 21 ANOS – PRAZO PRESCRICIONAL DEVERIA TER SIDO CONTADO PELA METADE Verifica-se no caso em apreço a presença da prescrição da pretensão punitiva estatal, tendo em vista que o réu era menor de 21 anos na data do fato e, neste caso, a prescrição será contada pela metade, nos termos do art. 11 do Código Penal. A prescrição se faz presente pelo fato de, entre a data do recebimento da denúncia e da pronúncia, foi ultrapassado o prazo de 4 anos, pois o mesmo deveria ter sido computado pela metade. Logo, requer seja reconhecida a prescrição da pretensão punitiva estatal e consequentemente seja declarada extinta a punibilidade do agente, nos termos do art. 107, inciso IV do Código Penal. B) NULIDADE DA DECISÃO DE PRONÚNCIA Observa-se que não foi oferecida proposta de Suspensão Condicional do Processo, tendo em vista que a pena mínima cominada ao delito era de 1 (um) ano e, sendo assim, inexistindo proposta, haverá de ser reconhecida a nulidade, nos termos do artigo 89 da Lei nº 9.099/95. C) NULIDADE EM RAZÃO DO CERCEAMENTO DE DEFESA O MM. Juiz Direito do I Tribunal do Juri da comarca da Capital do Rio De Janeiro, proferiu a decisão de pronúncia logo após a juntada da documentação, sem sequer dar vistas às partes, o que demonstrou despeito aos importantíssimos princípios previsto da Carta Magna e na seara Processual Penal, denominados “Contraditório e Ampla defesa”. Sem prejuízo de elencar a ../../../../../npj/Documents/NPJ.docx NPJ - NUCLEO DE PRÁTICA JURÍDICA – NOVA AMÉRICA Av. Pastor Martin Luther King Jr., nº 126, sala 300-D, Del Castilho/RJ CEP: 20765-971 - TEL: (21) 3296-6743 ocorrência do cerceamento de defesa, nos termos do artigo 5º, inciso LV da Constituição Federal. Diante do exposto, requer-se o reconhecimento da nulidade em razão do cerceamento de defesa, nos termos do artigo 5º, inciso LV da Carta Magna. D) ABSOLVIÇÂO SUMÂRIA EM RAZÃO DA ATIPICIDADE A conduta de Henrique configura crime impossível por absoluta impropriedade do objeto, nos termos do artigo do Código Penal. Indicada modalidade de crime se encontra em duas situações: quando o feto se encontra morto, e sem saber disso, realiza a manobra abortiva ou quando a mulher se engana pensando estar grávida; quando o resultado de um exame é falsamente positivo, e o agente realiza um ato visando causar a morte do feto que, por óbvio, não ocorrerá em razão da inexistência da gravidez. Verifica-se que no presente caso houve crime impossível, pois a vítima achou qu estava grávida, quando, na verdade não estava e somente tinha um cisto que foi expelido após tomar a medicação. Além disso, nos autos, há exames comprobatório que demonstram que, de fato, a vítima não estava grávida, ou seja, ela se enganou e sendo assim, estamos diante de um crime impossível. A doutrina explica que em ambos os casos, o fato será considerado atípico, visto que o artigo 17 do Código Penal, dispõe de forma expressa, que, nos casos de crime impossível, o agente não responde nem mesmo pelo delito tentado. Portanto, observa-se que a conduta do recorrente foi atípica e por este motivo, o mesmo deverá ser absolvido. Sendo assim, requer a absolvição do recorrente, ante a atipicidade da conduta. II – DOS PEDIDOS: Diante de todo exposto, requer: a) Provido e reconhecido o presente Recurso em Sentido Estrito – RESE. Nestes termos, Pede e espera deferimento Rio de Janeiro, 25 de junho de 2018 _____________________________ ADVOGADO OAB/UF ../../../../../npj/Documents/NPJ.docx
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