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@emanuellycardoso Patologias Do Quadril FRATURAS DO QUADRIL Anatomia: Irrigação do fêmur proximal • Artérias circunflexas femorais lateral e medial: o anel arterial extracapsular • Ramos ascendentes cervicais do anel arterial extracapsular atravessam a superfície do colo do fêmur e dividem-se para formar os ramos metafisários e epifisários • Artéria do ligamento redondo (originária de um ramo da a. obturatória): passa através do ligamento transverso do acetábulo para o ligamento redondo • Fratura do anel pélvico: ➢ Fratura da bacia ➢ Fratura dos ramos púbicos ➢ Fratura do acetábulo • Fratura do Fêmur: ➢ Fratura da cabeça do fêmur ➢ Fratura do colo do fêmur ➢ Fratura transtrocantérica do fêmur ➢ Fratura subtrocantérica do fêmur • Complicações clínicas: dor crônica + depressão + deformidade + perda da independência + ↑ mortalidade • Mecanismo de trauma: ➢ Alta energia de trauma ➢ Baixa energia de trauma • Diagnóstico: História + Exame Clínico ➢ Membro encurtado e rodado externo ➢ Dor a mobilização do quadril (principalmente rotação) ➢ Incapacidade de deambular ➢ Hematoma na região trocantérica. • Exame Complementar: RX bacia AP com rotação interna 15 graus • Diagnóstico: Anamnese + exame clínico + RX bacia • Casos especiais – auxílio diagnóstico: ➢ RX com tração ➢ RX com rotação interna ➢ Tomografia Computadorizada ➢ Ressonância Nuclear Magnética • Princípios do tratamento ➢ Mobilidade precoce: Tratamento cirúrgico ➢ Buscar procedimento resolutivo único ➢ Avaliação da qualidade óssea ➢ Avaliação e classificação da fratura: Colo? Transtrocantérica? ➢ Avaliar as Comorbidades / Risco Cirúrgico ➢ ORIENTAR A FAMÍLIA Fratura do Colo do Fêmur Classificação de Garden Tipo I: fratura impactada Tipo II: fratura sem deslocamento Tipo III: parcialmente deslocada Tipo IV: fratura deslocada → linha vertical da fratura geralmente sugere prognóstico pior Fratura Transtrocantérica do Fêmur Conclusão • Alta morbimortalidade • Alto custo / Impacto na saúde pública • Tratamento Cirúrgico • Mobilidade precoce = ⬇ complicações • PREVENÇÃO é o melhor tratamento!!!!! @emanuellycardoso OSTEOARTRITE • Processo degenerativo lento e gradual em que todos os componentes da articulação estão envolvidos • Cartilagem articular, osso subcondral, líquido sinovial e a membrana sinovial • Conjunto de transtornos que tem a cartilagem como órgão alvo, no qual fatores biomecânicos exercem papel central • Cartilagem Articular ➢ Condrócitos (5%) ➢ Matriz Extra-Celular (95%) a) ÁGUA b) COLÁGENO c) PROTEOGLICANOS (Glicosamina, Condroitina, ácido hialurônico, sulfato queratan) Fisiopatologia • Desequilíbrio = metaloproteinases + mediadores inflamatórios IL-1, IL-6, IL-8, Oxido Nitrico, TNF-a = degradação do colágeno e das proteoglicanas da estrutura da cartilagem • Amaciamento da superfície cartilaginosa → fibrilação das camadas mais superficiais → perda da espessura → desenvolvimento de fendas em toda profundidade → perda da integridade da cartilagem → liberação de seus fragmentos Importância • Doença articular mais frequente no mundo • Grande impacto econômico: ➢ ⬇ Produtividade: maior causa única de dias de trabalho perdidos ➢ Custo do Tratamento Fatores de Risco • Genética • Sexo • Idade • Peso • Ocupação • Traumatismo repetitivo • Excesso de uso Quadro Clínico • Dor e Edema • Aumento do volume articular • Rigidez matinal curta duração • Crepitação • Instabilidade articular • Deformidades @emanuellycardoso Exames Complementares • Exames de Sangue • Radiografias ➢ ↓ do espaço articular ➢ Esclerose subcondral ➢ Osteófitos marginais • Ressonância Nuclear Magnética • Artroscopia Tratamento • Alívio da dor • Preservar a função • Multidisciplinar: Ortopedista + geriatra + reumatologista + fisioterapeuta + terapia ocupacional + educador físico + família Tratamento Clínico • Programa educativo • Fisioterapia = exercícios terapêuticos • Órteses e equipamentos de auxílio a marcha • Bengalas • Estabilização medial da patela • Palmilhas anti-varo • Agentes físicos: termoterapia e eletroterapia Tratamento Farmacológico • Analgésico: dipirona ou paracetamol • Anti-inflamatórios – AINHS • Opioides • Sulfato de Glicosamina • Sulfato de Condroitina • Diacereína • Saponificáveis de soja e abacate • Cloroquina • Colágeno hidrolisado • Colágeno não-hidrolisado - Infiltração Articular • Triancinolona (corticosteroide) • Ácido Hialurônico (synvisc ; suprahyal) 6/6 meses Tratamento Cirúrgico • Artroscopia • Osteotomia • Artroplastia Conclusão • Diagnóstico clínico + radiografia • Fisiopatologia multifatorial • Desconexão Clínico-Radiológica • Tratamento Clínico Multidisciplinar • Tratamento cirúrgico em casos específicos @emanuellycardoso OSTEONECROSE DA CABEÇA FEMORAL • Sexo masculino na 3ª – 5ª décadas de vida • 20.000 casos novos/ano nos EUA • 18% das ATQs /ano nos EUA • Sem causa definida, provável etiologia multifatorial e inclui: ➢ Alcoolismo ➢ Gota ➢ Osteodistrofia Renal ➢ Hipercoagulabilidade ➢ Anemia Falciforme ➢ Uso de Corticosteroides sistêmicos ➢ Trauma Etiologia • IDIOPÁTICA: 25% dos casos • TRAUMÁTICA: traumas locais, luxações e procedimentos cirúrgicos • ATRAUMÁTICA: corticoterapia, alcoolismo, LES, AR, Falciforme, Dca de Gaucher, Coagulopatias e hemoglobinopatias, pancreatite, RDT, disbarismo, hiperuricemia, QT, outras... Diagnóstico • DX precoce: melhores resultados • Questionar ativamente sobre FATORES DE RISCO • Queixa de dor insidiosa, inguinal (pode ser nádegas, joelho, trocantérica), com intensidade variável (às vezes necessário uso de bengalas) • EF pode demonstrar claudicação antálgica e ADM pode estar limitada + 1º sinal pode ser RI dolorosa • Bilateralidade 35 – 80% (importante avaliar lado não lesado) Exames Complementares • RX (AP, P, Frog leg) = alterações dependem do estágio da doença ➢ SINAL DA CRESCENTE Nos estágios finais, mostra COLAPSO da cabeça e graus acentuados de artrose • Cintilografia = avalia múltiplas articulações → captação ↑ variavelmente conforme progressão dos estágios • RNM = permite diagnóstico mais precoce e determina exatamente o estágio da patologia + permite diferenciação de osteonecrose com osteoporose transitória do quadril + auxilia no controle evolução da doença e na avaliação da eficácia do tratamento CLASSIFICAÇÃO: FICAT e ARLET ESTÁGIO SINTOMAS RX CINTILO PATOLOGIA 0 Não Normal ↓ da captação 1 Não/leves Normal ↓ da captação Infarto da cabeça femoral 2 Leves Alt da densidade ↑ da captação Reparo espontâneo da cabeça 2a Esclerose ou cistos 2b Achatamento (sinal da crescente) 3 Leves/moderados Perda da esfericidade ↑ da captação FX subcondral, colapso, fragmentos 4 Moderados/graves < do espaço articular/ alt acetabulares ↑ da captação Alt artrósticas Tratamento: • Descompressão ➢ ↓ pressão intraóssea, diminuindo congestão venosa e assim melhorando vascularização e diminuindo a velocidade de progressão ➢ Melhor resultados nos estágios iniciais do que tratamentoconservador → quanto mais inicial doença, melhor o resultado cirúrgico (mesmo nestes casos alguns estudos não comprovaram benefício) ➢ Melhor resultado: nos casos Ficat I e IIA (lesões pequenas centrais) em jovens, não obesos, sem uso de corticosteroides ➢ Procedimento é simples e não atrapalha campo cirúrgico de eventual ATQ ➢ Deve-se avisar o paciente que 30% vão necessitar de ATQ em 4 – 5 anos • Enxerto Ósseo ➢ Sucesso do tratamento com enxerto ósseo após descompressão é de 50 – 80% ➢ Utiliza-se enxertia com osso estruturado, esponjoso, enxerto vascularizado, e debris da cabeça necrótica ➢ O mais importante é colocação adequada do enxerto dentro da lesão e até o osso subcondral • Artroplastia (ATQ) ➢ Preferência do uso de ATQ sem cimento com press-fit ➢ Resultados estão chegando perto a serem comparáveis aos da ATQ para OA Conclusão: doença grande impacto + acomete indivíduos jovens + diagnóstico precoce: melhores prognóstico + estágios iniciais: Cirurgia de Preservação + estágios avançados: Artroplastia
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