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Classificação cirúrgica e Risco anestésico

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Geovana Sanches, TXXIV 
CLASSIFICAÇÃO DAS CIRURGIAS E RISCO ANESTÉSICO
 
CLASSIFICAÇÃO DAS CIRURGIAS SEGUNDO 
POTENCIAL DE CONTAMINAÇÃO 
 As cirurgias, quanto ao potencial de 
contaminação, podem ser classificadas em: 
• Limpas: não há manipulação ou abertura 
de nenhum órgão intra-abdominal. 
Exemplo: hérnia umbilical, hérnia inguinal. 
o Incidência esperada de infecção em 
ferida cirúrgica: 1 a 5% 
o Não necessita de antibioticoterapia 
• Potencialmente contaminadas: pode ter a 
manipulação de órgão abdominal, mas o 
órgão em questão foi preparado para a 
operação. Exemplo: cirurgias gástricas ou 
colônicas com limpeza anterior. 
o Incidência esperada de infecção em 
ferida cirúrgica: 3 a 11% 
o Necessita de antibioticoterapia 
profilática em uma dose ou 
administrado por 24h. 
• Contaminadas: cirurgias em que o órgão 
não foi preparado para a cirurgia. Exemplo: 
quadros agudos intestinais. 
o Incidência esperada de infecção em 
ferida cirúrgica: 10 a 17% 
o Necessita de antibioticoterapia por 
5, 7 ou 10 dias. 
• Infectadas: quando há sinais de infecção. 
Exemplo: diverticulite com abcesso. 
o Incidência esperada de infecção em 
ferida cirúrgica: > 27% 
o Necessita de antibioticoterapia 
para tratamento, o qual pode ser 
administrado por 5, 7 ou 10 dias. 
 
RISCO ANESTÉSICO 
 O risco anestésico se refere a 
probabilidade de o indivíduo apresentar eventos 
adversos com a anestesia. 
• ASA 1: sem distúrbios fisiológicos, 
bioquímicos ou psiquiátricos. 
o < 0,03 % de mortalidade associada 
• ASA 2: leve a moderado distúrbio 
fisiológico, controlado. Sem comprometi-
mento da atividade normal. A condição 
pode afetar a cirurgia ou anestesia. 
o 0,2% de mortalidade associada 
• ASA 3: distúrbio sistêmico importante, de 
difícil controle, com comprometimento da 
 
 
atividade normal e com impacto sobre a 
anestesia e cirurgia. 
o 1,2% de mortalidade associada 
• ASA 4: desordem sistêmica severa, 
potencialmente letal, com grande impacto 
sobre a anestesia e cirurgia. 
o 8% de mortalidade associada 
• ASA 5: moribundo. A cirurgia é a única 
esperança para salvar a vida. 
o 34% de mortalidade associada 
 
Normalmente, são operados os ASAs 1 e 2. 
O restante deve ser encaminhado aos 
especialistas para ajuste da condição prévia. Os 
ASAs 3 e4 somente devem ser opererados em 
casos de emergência. O ASA 5, por sua vez, inclui 
os pacientes que caso haja intervenção cirúrgica, o 
risco de morte é grande, mas caso não haja, este é 
ainda maior. 
 
RISCO CIRÚRGICO: ÍNDICE GOLDMAN 
 O risco cirúrgico mede qual a chance de o 
paciente ter eventos cardíacos. 
Classe 1 
• Probabilidade de não ou pouca 
complicação é de 99% 
• Riscos potenciais à vida são de 0,7% 
• Riscos de morte cardíaca de 0,2% 
• Pacientes são liberados para o ato cirúrgico 
Classe 2 
• Probabilidade de não ou pouca 
complicação é de 93% 
• Riscos potenciais à vida são de 5% 
• Riscos de morte cardíaca de 2% 
• Geralmente os pacientes são liberados 
para o ato cirúrgico 
Classe 3 
• Probabilidade de não ou pouca 
complicação é de 86% 
• Riscos potenciais à vida são de 11% 
• Riscos de morte cardíaca de 2% 
• Aumento significatio na probabilidade de 
desenvolver complicações cardíacas 
• Cautela na indicação cirúrgica 
Classe 4 
• Riscos potenciais à vida são de 22% 
• Riscos de morte cardíaca de 56% 
• As cirurgias devem ser adiadas devido ao 
alto risco e na tentativa de uma melhor 
condição clínica, até a nova avaliação

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