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RESUMO - Teoria Geral do Processo Civil

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RESUMO: TEORIA GERAL DO DIREITO CIVIL 
 
TEORIAS DA PERSONALIDADE: 
 
Natalista: A personalidade começa com o nascimento com vida do nascituro; 
(Adotado pelo Código Civil). 
Condicionada: Só é pessoa se o nascituro nascer com vida; 
Concepcionista: Defende que o nascituro é pessoa humana, tendo direitos 
de personalidade desde o momento da concepção. (adotada pelo STF). 
 
Obs: A proteção jurídica alcança o natimorto no que concerne os direitos de 
personalidade: Nome, imagem e sepultura. 
 
Capacidade de fato ou de exercício: aptidão para exercer pessoalmente 
os seus direitos. 
Capacidade de direito: confunde-se com a personalidade, porque toda 
pessoa é capaz de direitos. 
Capacidade Civil Plena = Capacidade de fato + Capacidade de Direito 
 
Absolutamente incapaz (Ato Nulo) - Relativamente incapaz (ato anulável) 
 
Obs: Portanto, conclui-se que toda pessoa tem capacidade de direito, mas 
não necessariamente a capacidade de fato, uma vez que pode lhe faltar a 
consciência para o exercício dos atos de natureza privada. 
Caso a pessoa possua as duas espécies de capacidade, terá a chamada 
capacidade civil plena; aqueles que não possuem a capacidade de fato são 
chamados de INCAPAZES, ou no mesmo sentido, têm a capacidade limitada. 
 
Emancipação: Ação de direito que declara um menor capaz. 
Pode ser: 
 
Legal: Ocorre pelo casamento (a partir dos 16 anos, mediante autorização 
dos pais), pelo exercício de emprego público efetivo, pela colação de grau em 
ensino superior, pelo estabelecimento civil ou comercial, ou pela existência 
de relação de emprego, desde que em função deles o menor de 16 anos tenha 
economia própria. 
 
Voluntária: Pela autorização dos país, é feita mediante instrumento público. 
 
Judicial: Ocorre pela sentença do juiz, sendo ouvido o tutor e se o menor 
tiver 16 anos completos. 
 
INSTITUTO DA AUSÊNCIA (Morte Presumida com declaração de 
ausência) 
 
Deve seguir o trâmite: Sentença (válida após 180 dias da publicação) – 
Nomeia um curador para administrar os bens e dá-se 3 anos para que o 
ausente reaparecer – Caso não acontecer, concede-se a posse dos bens aos 
herdeiros (sucessão provisória) – após 10 anos é confirmada a sucessão 
definitiva. O ausente tem até 10 anos para reaparecer e recuperar os bens. 
 
Fases: Caracterização de Ausência – Sucessão Provisória – Sucessão 
Definitiva. 
 
EXTINÇÃO DA PESSOA NATURAL 
 
A extinção da personalidade jurídica se dar com a morte. A morte real é 
aquela considerada com o “corpo presente”, a morte é cerebral e não a 
coronária. Conforme alteração trazida pela Lei 13.484/17, o laudo médico 
tornou-se dispensável para o atestado de óbito. 
 
Morte Presumida: Já a morte presumida é aquela “sem corpo presente”, é 
uma dedução lógica feita pela lei ou pelo aplicador do direito, que parte de 
um fato conhecido para chegar no desconhecido. 
 
A Morte Presumida pode ser também: 
 
Sem Declaração de Ausência: poderá ser declarada a morte presumida 
sem declaração de ausência, caso se tenha o desaparecimento da pessoa, 
sendo extremamente provável a sua morte, pois estava em perigo de vida 
(exemplo: acidentes, desastres, catástrofes, inundações) ou caso, alguém 
desaparecido em campanha ou feito prisioneiro, não for encontrado até dois 
anos após o término da guerra. 
 
FUNDAÇÕES 
Finalidade de uma Fundação: 
 
Têm caráter institucional e não têm fins lucrativos, tendo está um patrimônio 
ligado a um fim para o qual se atribuiu a personalidade (ex: Fundação Roberto 
Marinho). 
 
Para criar uma fundação, o seu instituidor fará, por escritura pública ou 
testamento, dotação especial de bens livres, especificando o fim a que se 
destina, e declarando, se quiser, a maneira de administrá-la. A fundação 
somente poderá constituir-se para fins religiosos, morais, culturais ou de 
assistência. 
 
Obs: As pessoas jurídicas de direito privado (artigo 44, CC) são as 
associações, as sociedades, as fundações, as organizações religiosas, os 
partidos políticos, as Empresas Individuais de Responsabilidade Limitada. 
 
Como Constituir Pessoa Jurídica: Vontade + Elaboração do ato 
constitutivo + Registro do ato constitutivo no órgão competente + Laicidade 
do objeto. 
 
Obs: Fundações têm direito ao benefício da justiça gratuita. Segundo 
entendimento do STJ- Resp 994397, cabe a parte contrária comprovar que a 
entidade não faz jus ao benefício, também podendo o juiz exigir provas antes 
da concessão. 
 
EXTINÇÃO DA FUNDAÇÃO 
Tornando-se ilícita, impossível ou inútil a finalidade a que visa a fundação, ou 
vencido o prazo de sua existência, o órgão do Ministério Público, ou qualquer 
interessado, lhe promoverá a extinção, incorporando-se o seu patrimônio, 
salvo disposição em contrário no ato constitutivo, ou no estatuto, em outra 
fundação, designada pelo juiz, que se proponha a fim igual ou semelhante. 
 
Desconsideração da personalidade jurídica: 
 
O ordenamento jurídico confere às pessoas jurídicas personalidade distinta 
da de seus membros, tendo assim autonomia patrimonial. Todavia, este 
princípio possibilita que a personalidade jurídica seja utilizada como 
instrumento para a prática de fraudes e abusos de direito contra credores, 
acarretando-lhes prejuízos. Tendo em vista tais abusos, surgiu como reação, 
a teoria da desconsideração da personalidade jurídica. “Tal teoria 
permite que o juiz, em casos de fraude e de má-fé, desconsidere o princípio 
de que as pessoas jurídicas têm existência distinta da dos seus membros e 
os efeitos dessa autonomia, para atingir e vincular os bens particulares, ou 
seja, atinge o bem pessoal do sócio”. 
 
 
 
Sobre a desconsideração da personalidade jurídica, existem duas 
doutrinas: 
 
Adotada pelo STF e 
CC ----Teoria 
maior 
A comprovação da fraude constitui requisitos para que 
o juiz possa ignorar a autonomia patrimonial das pessoas jurídicas. 
-----Teoria menor 
Considera que o simples prejuízo do credor é motivo 
suficiente para a desconsideração, não se preocupando 
então em verificar se houve ou não abuso de personalidade.

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