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1 Fernanda E. Bocutti T6 Dor abdominal em pediatria - Dor abdominal – queixa comum em unidade de emergência pediátrica Doenças benignas e autolimitadas X Doenças que requerem tratamento e/ou cirurgia imediatos Classificação Dor abdominal aguda - Duração < 7dias Dor abdominal não aguda - Duração > 7 dias (subaguda) Abdome agudo - Compreende uma síndrome com várias etiologias - Caracterizada por quadro de dor abdominal aguda que leva o indivíduo a buscar avaliação médica em pronto atendimento - Caráter súbito (em geral <24 horas de evolução) e progressivo - Necessidade de diagnóstico e tratamento imediatos e geralmente de abordagem cirúrgica Dor abdominal crônica - Quadro de dor abdominal de longa duração (>2 meses), de padrão contínuo ou intermitente Orgânica - Anormalidade subjacente identificável (estrutural, infecciosa, inflamatória, bioquímica) Funcional - Ausência de anormalidade subjacente identificável - Eixo cérebro-intestino – alteração da sensibilidade e/ou da motilidade do trato gastrointestinal Etiologia Idade – fator chave para avaliação etiológica da dor abdominal Divisão em 4 faixas etárias: - Lactentes < 2 anos - Crianças de 2 a 5 anos - Crianças de 6 a 11 anos - Criança > 12 anos OBS: pancreatite – baixa incidência em todas as faixas etárias Avaliação clínica - Anamnese + exame físico – afastar causas cirúrgicas (urgência) - Pesquisar modificação da dor com a evacuação - Sintomas associados (ex: vômitos – vômitos biliosos – obstrução intestinal) - Pesquisar sinais de alerta para dor abdominal – indicação de exames mais complexos - Avaliação objetiva da dor (sensação subjetiva) – escala de faces ou escala visual analógica - Antecedentes pessoais – traumas abdominais recentes, cirurgias abdominais prévias Avaliação da intensidade da dor Localização da dor - Importante caracterização da dor, porém não retardar a analgesia Dor Abdominal em pediatria 2 Fernanda E. Bocutti T6 - Epigástrio – DRGE, esofagite, pancreatite, volvo de intestino delgado - Hipogástrio – constipação, colite, DIP, DII - Periumbilical – constipação, funcional, pancreatite, apendicite inicial, hérnia umbilical encarcerada - Quadrante superior direito – hepatite, colangite, colelitíase - Quadrante inferior direito – apendicite, intussuscepção, torção ovariana, gravidez ectópica Avaliação clínica Início súbito da dor - Condições relativamente inocentes (CIC) ou potencialmente graves (úlcera perfurada, obstrução intestinal, isquemia intestinal) Dor leve intermitente sem sintomas associados - Raramente condição grave Dor persistente com sintomas associados - Condições mais graves (ex: apendicite) Início agudo de vômitos biliosos - Obstrução intestinal Diarreia com sangue - Colite infecciosa, DII Hematoquezia ou enterorragia - Divertículo de Merckel, trauma gastrointestinal baixo, retocolite ulcerativa, isquemia intestinal Febre antes do início da dor - Maior probabilidade de não ser causa cirúrgica Exame físico - Capacidade de cooperação da criança – variável com a idade e com a intensidade da dor - Informante – geralmente um terceiro – dados subjetivos oferecidos pela observação do informante - Aferição dos sinais vitais – úteis na avaliação de hipovolemia, norteiam a urgência da investigação - Febre – indicação de infecção subjacente ou de inflamação (gastroenterite aguda, pneumonia, ITU) Características da dor Localização Data de início Ritmo/ frequência (diária, semanal) Duração Irradiação Intensidade Fatores de melhora e de piora Concomitantes Evolução e momento atual Caráter - Cólica - distensão ou contração de paredes musculares de vísceras ocas (intestino, vias biliares, trato urinário, útero) - Queimação - Pontada/facada Irradiação Significado da dor para a família Relação com eventos que causem ansiedade Dor abdominal recorrente Sinais e sintomas de alerta para dor de origem orgânica - Dor persistente em quadrante superior ou inferior direito - Dor de localização periférica no abdome - Disfagia, odinofagia - Vômitos persistentes - Despertar noturno, diarreia noturna - Sangramento gastrointestinal - Desidratação - Perda ponderal involuntária e/ou desnutrição - Desaceleração do crescimento linear - Atraso do desenvolvimento, atraso puberal - Febre persistente e/ou de causa indeterminada - Artrite, doença perianal - Evidência de doença orgânica 3 Fernanda E. Bocutti T6 - História familiar de doença inflamatória intestinal, doença celíaca ou péptica Exame abdominal - Divisão em 4 quadrantes - Divisão em 9 quadrantes Ausculta - Deve preceder a percussão e a palpação - 4 quadrantes pelo menos 15 segundos cada - Som normal – ruídos peristálticos ou hidroaéreos 5 ruídos por minuto ou pelo menos 1 a cada 2 minutos - RHA ausente – íleo adnâmico, obstrução intestinal - RHA aumentado – diarreia aguda, fase inicial de obstrução intestinal - Auscultar campos pulmonares Percussão/ palpação - Etapa mais difícil, necessita de colaboração do paciente - Hepatimetria - Baço não palpável e não percutível (espaço de Traube livre) - Iniciar pelas áreas não dolorosas - Abdome tenso (voluntário x involuntário) – dificuldade na palpação Exame da região anal Inspeção de nádegas, sulco Inter glúteo, ânus Toque retal se necessário - Hemorragia gastrointestinal - Obstrução intestinal Investigação laboratorial De acordo com a clínica - Hemorragia - PCR - Eletrólitos, ureia, creatinina - TGO, TGP, FA, GGT - Amilase, lipase - Glicemia (descompensação diabética) - Urina 1 - Beta- HCG – adolescentes pós menarca Exames de imagem De acordo com a clínica - Raio- X de abdome - Simples deitado x abdome agudo - Ortostase – sinais de obstrução (distensão de alças, nível hidroaéreo), perfuração (pneumoperitônio, sinal de Jobert) - US abdome - Capaz de identificar processos inflamatórios e coleções intra-abdominais, presença de líquido livre e/ou pus na cavidade peritoneal - 80-85% de sensibilidade para o diagnóstico de apendicite aguda – problema: operador-dependente - Indicações – sinais de alarme para abdome agudo, suspeita de afecções do trato gênito-urinário (litíase renal) - Trauma abdominal – FAST - Tomografia computadorizada de abdome - Sensibilidade similar à do US - Vantagem – não é operador-dependente - Desvantagem – exposição à alta-carga de radiação – Não realizar de rotina - Exame de exceção no manejo da dor abdominal aguda em pediatria - Indicações – US inconclusivo (quando suspeita clínica de causa cirúrgica), suspeita de pancreatite aguda ou abcesso intra-abdominal - Quando US normal – não há necessidade de realização de TC na maioria dos casos Tratamento específico Abordagem cirúrgica imediata 4 Fernanda E. Bocutti T6 - Apendicite, trauma (instabilidade, lesão visceral), hérnia inguinal encarcerada não reduzida, intussuscepção não reduzida, torção testicular/ ovariana Abordagem cirúrgica após estabilização - Hérnia inguinal encarcerada/ estrangulada após redução manual Sem abordagem cirúrgica - Linfadenite, pancreatite, colangite Etiologias Apendicite aguda - Causa de cirurgia abdominal mais comum na faixa etária pediátrica - Incidência discretamente maior no sexo masculino Quadro clínico Anorexia, dor abdominal, vômitos, febre - Exame físico – sinal de Blumberg – sensibilidade para apendicite aguda Diagnóstico US de abdome – rápido, disponível na maioria dos serviços de emergência, difícil avaliação em crianças obesas, operador-dependente TC de abdome – radiação, dúvida no US Escore de apendicite pediátrica Hérnia Inguinal - Incidência – 1-3% das crianças - Incidênciaé maior em prematuros – varia de 3-5% - Até 80% dos casos ocorreram em crianças com menos de 6 meses de idade - Mais comum no sexo masculino (9:1) - Mais comum à direita - Presença de vísceras abdominais no saco herniário - Hérnia própria da criança – indireta (persistência do conduto peritônio-vaginal) - “Tumor” redutível em qualquer ponto da região inguinal - Aumento de volume com o aumento da pressão abdominal (esforço ou choro) - Sinal da seda – espessamento do cordão inguinal do lado acometido à palpação, com sensação tátil de crepitação - Correção cirúrgica - Complicações - Hérnia inguinal encarcerada – conteúdo não retorna, sinais de obstrução intestinal - Hérnia inguinal estrangulada – algumas horas após o encarceramento, comprometimento de vascularização Intussuscepção intestinal Invaginação do intestino proximal para dentro da luz do intestino dista Quadro clínico: dor abdominal de início súbito, intermitente (geralmente a cada 15 a 20 minutos), com 5 Fernanda E. Bocutti T6 vômito inicialmente alimentar que evoluem para biliosos e fezes vermelho-escuras e mucoides com aspecto “geleia de framboesa”, indicando isquemia intestinal e mucosa inflamada - Porção invaginada = intussuscepto; Intestino que o recebe = intussuscepiente - Compressão vascular do mesentério - 90% ileocólica - Maioria idiopática – 75% - Causa mais comum de emergência abdominal em <2 anos de idade - Causa mais comum de obstrução intestinal aguda em lactentes e crianças jovens (maioria no 1º ano de vida) - Pico de incidência entre 4 e 9 meses (até 36 meses) - Fora dessa faixa etária – pensar em causas patológicas Fatores implicados na etiologia - anatômicos (divertículo de Merckel, pólipo) - infecciosos (infecções virais, principalmente adenovírus) - hiperperistalse - hiperplasia linfoide no íleo terminal (rotavírus) Diagnóstico – clínico + exame de imagem - raio-x de abdome – pneumoperitônio, obstrução intestinal - raio-x de abdome contrastado - US abdome – exame de escolha - TC abdome – suspeita de complicações ou lesões de massa associadas - Mais comum no sexo masculino - Tríade clássica – dor abdominal, massa palpável (principalmente no quadrante superior direito com fossa ilíaca “vazia”) e fezes em geleia de framboesa Tratamento - redução hidrostática guiada por US ou enema baritado - cirurgia Dispepsia - Sensação de dor ou desconforto na parte superior do abdome, acometendo esôfago e/ou estômago - Sinais e sintomas dependem da faixa etária - Dor abdominal em região epigástrica, do tipo queimação - Pirose, eructações, dor torácica/retroesternal - Náuseas, vômitos, regurgitações - Saciedade precoce, plenitude pós prandial - Disfagia - Déficit pôndero-estatural Refluxo gastroesofágico fisiológico - Regurgitação do lactente - Frequente - Processo fisiológico transitório decorrente da imaturidade funcional do trato gastrointestinal no 1º ano de vida Obstrução intestinal Origem orgânica X Funcional DRGE X Gastrite 6 Fernanda E. Bocutti T6 - Episódios de curta duração, geralmente no período pós prandial, sem desconforto - Regurgitações (“golfadas”), não precedidas por náuseas - Sem relação com diminuição do ganho de peso ou outros sintomas clínicos. - Raramente inicia antes de 1 semana ou após 6 meses de vida - Frequência das regurgitações é variável - 5% dos lactentes têm 6 ou mais episódios de regurgitações ao dia - Entre 2 e 4 meses – as regurgitações aumentam em número e volume, diminuindo posteriormente com o aumento da idade - 90-95% dos casos se resolvem até o 1º ano de vida Tratamento - Orientação postural – posição vertical de 20 a 30 minutos após mamadas – facilita as eructações e o esvaziamento gástrico - Sono – decúbito dorsal, elevação da cabeceira em torno de 30-45º - Orientações familiares – sem necessidade de medicamento. Evitar exposição passiva ao fumo (nicotina diminui a pressão no EEI e facilita a ocorrência de maior número de episódios do refluxo. Doença do refluxo gastroesofágico (DRGE) - Semelhante ao anterior, porém com mais sintomas e/ou complicações (ex: esofagite) - Choro - Irritabilidade - Dificuldade nas mamadas e/ou recusar a se alimentar - Déficit ponderal - Hiperextensão cervical (Sandifer) - Vômitos Diferença entre RGE e DRGE no lactente - é clínico - história e exame físico minuciosos Diagnóstico diferencial – dispepsia e DRGE (falha terapêutica) - APLV (lactentes) - Esofagite eosinofílica (pré-escolares e escolares) - Gastrite por H. Pylori - DII (doença de Crohn) - Dispepsia funcional Sinais de alarme para DRGE/ etiologia orgânica - vômitos - engasgos - irritabilidade e choro constante - apneia - perda de peso ou ganho insuficiente - odinofagia - dor retroesternal - disfagia - rouquidão - “chiado”, sibilância Tratamento - Procinéticos (domperidona, bromoprida) Uso cada vez mais restrito para gastroparesia / dismotilidade Eventos adversos - Ranitidina – retirada do mercado 7 Fernanda E. Bocutti T6 - Inibidor da bomba de prótons Uso por 4-8 semanas para tratamento empírico - importante associação com medidas posturais e comportamentais Pancreatite aguda - Dor abdominal – em faixa no abdome superior e irradiação para o dorso - vômitos - Distensão abdominal - Taquicardia - Febre - Hipertensão - Sinal de Cullen e Grey-turner Causas - Anatômicas (pancreatite divisum) - Traumáticas - Obstrutivas (cálculo) - Infecções (vírus) - Metabólicas (hipertrigliceridemia, hipercalcemia) - Medicamentosa (ácido valproico) - Genética - Sistêmicas (sepse, LES) - Erros inatos do metabolismo História - sintomas, medicações, traumas, HF Exame físico - Dor a palpação, icterícia, sinal de Cullen e Grey-turner Critérios diagnósticos (≥2) - Dor abdominal intensa - Aumento de amilase e/ou lipase acima de 3x o LSN - Imagem sugestiva de pancreatite aguda Imagem - US abdome – sempre a primeira escolha, aumento de volume e hipoecogenicidade difusa - TC de abdome – se houver piora clínica, suspeita de complicações - Colangiopancreatografia por ressonância magnética (CPRM) - Colangiopancreatografia endoscópica retrógrada (CPRE) Avaliação prognóstica Tratamento - Analgesia - Hidratação endovenosa - Repouso pancreático – descanso do pâncreas e dieta com pouca gordura (poucas evidências) 8 Fernanda E. Bocutti T6 - Monitoramento das complicações - Tratamento da causa Linfadenite mesentérica - Aumento de linfonodos mesentéricos causando dor abdominal - Quadro clínico compatível com apendicite aguda Etiologias - mais frequente – gastroenterite viral - causa bacteriana – Yersina enterocolítica - Infecções de vias aéreas superiores Diagnóstico - História clínica com evidência de quadro infeccioso - US de abdome Tratamento – analgésicos e/ou anti-inflamatórios Diarreia - OMS - eliminação de fezes líquidas e/ou semilíquidas, pelo menos 3 vezes em um período de 24 horas - alteração no volume, frequência e consistência - Consistência é mais importante que a frequência – eliminação frequente de fezes formadas não é considerada diarreia - Disenteria – quando as evacuações são sanguinolentas Caracterização – dá indícios da topografia - Sintomas associados – Dor abdominal, náuseas, vômitos, febre, hiporexia Classificação - Aguda e persistente – etiologia infecciosa - Crônica – etiologia parasitária, funcional, síndromes disabsortivas (doença celíaca, intolerância à lactose, DII) Tratamento - Diarreia aguda – maioria da etiologia viral - Hidratação - Sintomáticos - Probióticos - Diarreia aguda prolongada, sinais de toxemia, leucocitose em hemograma, disenteria/ produtos patológicos – considerar etiologia bacteriana - antibiótico Doença inflamatória intestinal - Dor abdominal crônica recorrente associada a episódios de agudização - Alteração do hábito intestinal – frequência e consistência, produtos patológicos, tenesmo, sintomas noturnos - Extra-intestinais – lesões orais, dor articular - Déficit pôndero-estatural e atraso puberal - Tratamento ineficaz prévio para causas infecciosas, parasitárias alérgicas - 1/3 dos casos diagnosticados na infância - Diagnóstico – EDA e colonoscopia, anatomo-patológicos, escores (PUCAI e PCDAI) Doença celíaca - Enteropatia crônica - Doença autoimune - Gatilho ambiental – glúten - Ocorre em indivíduos geneticamente suscetíveis - HLA DQ2 e/ou DQ8 é necessário, porém não suficiente Fisiopatologia - Atrofia de vilosidades - Má absorção de nutrientes - Mediadores pró inflamatórios - Sintomas intestinais x Extra-intestinais Forma clássica 9 Fernanda E. Bocutti T6 - Sinais e sintomas GI + sorologia positiva + atrofia de vilosidades - Diarreia crônica, má absorção, dor e distensão abdominal - Diminuição da musculatura glútea - Parada do crescimento Forma atípica - Sinais e sintomas Extra-intestinais + sorologia positiva + atrofia de vilosidades - Anemia ferropriva, hipoalbunemia, aumento de transaminases - Osteoporose, dermatite herpetiforme, baixa estatura, atraso puberal - Perda de peso, artrite, artralgia - Abortos recorrentes, infertilidade Diagnóstico - EDA e biópsias de intestino delgado Tratamento - Dieta sem glúten Constipação intestinal - Sintomas caracterizado pela ocorrência de qualquer uma das seguintes manifestações, independente do intervalo de tempo entre as evacuações - fezes endurecidas, na forma de cíbalos ou cilíndricas com rachaduras - dor ou dificuldade para evacuar - eliminação esporádica de fezes muito calibrosas que entopem o vaso sanitário - frequência de evacuações < 3 por semana (exceto em lactentes em AME) Crônica – duração > 1 mês, pode ser caracterizada pela presença isolada de suas complicações - escape fecal - dor abdominal recorrente - enurese ou infecções do trato urinário de causa não estrutural Orgânica x funcional Raio-x de abdome simples deitado Tratamento - treinamento evacuatório - medicação - alimentação Síndrome do intestino irritável - Sintoma por pelo menos 2 meses - Dor abdominal em pelo menos 4 dias por mês, associada a um ou mais dos seguintes: - relacionada à evacuação - mudança na frequência das evacuações - mudança no aspecto (forma) das fezes - Em crianças com constipação a dor não se resolve com a resolução da constipação - Após avaliação médica apropriada, os sintomas não podem ser completamente explicados por nenhuma outra condição Não retirar o glúten antes da confirmação diagnóstica 10 Fernanda E. Bocutti T6 Migrânea abdominal - Sintomas por pelo menos 6 meses, pelo menos 2 episódios - Episódios paroxísticos de dor abdominal aguda intensa e periumbilical, na linha média ou abdominal difusa, que dura 1 hora ou mais (deve ser o sintoma mais grave e incômodo) - Episódios são separados por semanas a meses - A dor é incapacitante e interfere com as atividades normais - Episódios são estereotipados para cada paciente - A dor é associada a 2 ou mais dos seguintes sintomas: - Anorexia - Náuseas - Vômitos - Cefaléia - Fotofobia - Palidez - Após avaliação médica apropriada, os sintomas não podem ser completamente explicados por nenhuma outra condição Dor abdominal funcional não especificada - Sintoma por pelo menos 2 meses - Dor abdominal em pelo menos 4 dias por mês, associada a todos os seguintes: - Dor abdominal episódica ou contínua que não ocorre somente durante eventos fisiológicos (alimentação, menstruação) - Não preenche critérios para síndrome do intestino irritável, dispepsia funcional e migrânea abdominal - Após avaliação médica apropriada, os sintomas não podem ser completamente explicados por nenhuma outra condição
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