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Inflamatório: é o tipo de abdome agudo mais comum e é uma consequência de processos inflamatórios/infecciosos; tem início insidioso, com agravamento e localização. O paciente apresenta sintomas como taquicardia e febre; exemplos: apendicite aguda, colecistite aguda, pancreatite aguda e diverticulite. Obstrutivo: síndrome caracterizada por presença de obstáculo mecânico ou funcional que leve a interrupção da progressão do conteúdo intestinal. Dor em cólica, geralmente periumbilical. Associadamente surgem náuseas, vômitos, distensão abdominal, parada da eliminação de flatos e fezes; exemplo: hérnia estrangulada, aderências, doenças de Crohn, neoplasia intestinal, diverticulites, fecaloma, impactação por bolo de arcaris, íleo paralítico, oclusão vascular. Perfurativo: é a terceira causa de abdome agudo, depois do inflamatório e do obstrutivo. A dor em geral é de início súbito e difuso, com defesa abdominal e irritação peritoneal e frequentemente vem associado com choque e septecemia; exemplo: decorrente de processos infeciosos, neoplásicos, inflamatórios, ingestão de corpo estranho, traumatismos, iatrogênicas. Vascular isquêmico: dor abdominal intensa difusa e mal definida, desproporcional as alterações do exame físico. Os fatores de risco associados é idade avançada, doença vascular, fibrilação arterial, doenças valvares, cardiopatas, hipercoagulação. Embora seja raro, possui uma alta mortalidade; Exemplo: isquemia mesentérica aguda e crônica, colite isquêmica. Quanto a sua etiopatogenia, o abdome agudo é classificado em 5 grupo: Caracterização da dor: cronologia, localização, irradiação, intensidade, características, fatores de melhora/piora; sintomas associados (febre, náuseas, vômitos, diarreia, constipação, icterícia). Hábitos de vida: alimentares, ingesta hídrica, etilismo, uso de drogas ilícitas; antecedentes patológicos e cirúrgicos; uso de medicações: anticoagulantes, imunossupressores; mulheres: data da última menstruação, dados sobre os ciclos, uso de métodos contraceptivos A anamnese precisa ser detalhada e deve incluir: Abdome Agudo O abdome agudo é uma condição clínica em que opaciente apresenta dor na região abdominal, não tráumatica, súbita e de intensidade variável associada ou não a outros sintomas e que necessita de diagnóstico e conduta terapêutica imediata, cirúrgica ou não; Etiologia Anamnese Exame Físico sinais de alerta: taquicardia, hipotensão, taquipneia, febre, fácies de dor; Inspeção do abdome: distensão, equimoses, abaulamentos, cicatrizes; Ausculta: presença ou ausência dos RHA; Percussão: avalia a distensão gasosa, ar livre intra-abdominal, grau de ascite ou a presença de irritação peritoneal; Palpação: avaliar dor, rigidez involuntária (peritonite); Hemorrágico: pode ocorrer em qualquer idade, sendo mais comum entre a 5° e 6° idade de vida, em geral a dor intensa, com rigidez e dor à descompressão aumenta progressivamente e pode ser acompanhado de manifestações de choque hipovolêmico; exemplos; em jovens está mais associado a ruptura de aneurismas das artérias viscerais, em mulheres à sangramento por causas ginecológicas/obstétricas e em idosos à ruptura de tumores @sintetizandomed Inflamatório: febre, intervalo entre o início dos sintomas e o atendimento médico, dor súbita ou insidiosa, sinais de infecção ou sepse, quadro abdominal de peritonite evidente, hemograma e radiografias simples de abdome. Perfurativo: dor súbita de forte intensidade localizada, que se torna difusa com o passar das horas, sinais de infecção e sudorese, hipotensão arterial e taquicardia, sinais de evidência de peritonite à palpação e descompressão, radiografias de tórax e abdome mostrando pneumoperitônio. Vascular: intervalo entre o início da dor e o atendimento médico, arritmias cardíacas e doenças arteriais prévias, distensão abdominal, tendência à hipotensão arterial e ao choque, ruídos hidroaéreos ausentes à ausculta; Obstrutivo: náuseas e vômitos, parada de eliminação de gases e fezes, dores abdominais em cólicas e episódicas, peristaltismo abdominal visível, distensão abdominal, sinais de peritonite (acompanhados de isquemia intestinal), ruídos hidroaéreos aumentados à ausculta, radiografias simples de abdome mostrando distensão de alças intestinais e níveis hidroaéreos característicos; Hemorrágico: traumas anteriores, dor súbita localizada tornando-se generalizada, hipotensão, taquicardia, mucosas descoradas, choque hemorrágico, alteração significativa das dosagens de hematócrito e hemoglobina, sinais de peritonite. Os seguintes sinais e sintomas devem ser pesquisados em cada um dos tipos de abdome agudo: Topografia da dor Quadro Clínico Dor: a dor em cólica é uma dor rítmica, com espasmos regulares de dor recorrente, chegando a um clímax e desaparecendo. É virtualmente patognomônico da obstrução intestinal. Localização: a dor epigástrica geralmente de corre de distúrbios do esôfago, estômago, duodeno, estruturas hepatobiliares, pâncreas e baço. No entanto, à medida que alguns distúrbios progridem, a dor tende a se deslocar da linha média para a direita (vesícula biliar e fígado) ou para a esquerda (baço). A dor periumbilical geralmente decorre de distúrbios das estruturas do intestino médio embriológico, enquanto as estruturas do intestino posterior tendem a referir dor à região inferior do abdômen ou suprapúbica; Exames complementares Os exames importantes para o diagnóstico são: exames laboratoriais e de imagem, como radiografia de tórax e abdome, ultrassonografia e tomografia computadorizada. Outros procedimentos que podem ser usados são: punção abdominal, lavagem peritoneal, videolaparoscopia e laparotomia exploratória; @sintetizandomed Radiografia de abdome e tórax: simples e fácil de realizado. É útil para diagnósticos para os quadros agudos dos tipos perfurativo, inflamatório e obstrutivo, nos quais os mais significativos são, respectivamente, pneumoperitônio, tumorações inflamatórias, íleo paralítico e distensão de alças a montante da oclusão. Exames de imagem: Hemograma: fundamental para avaliar processo de infecção, em geral apresenta leucocitose; AST, ALT, GGT, bilirrubina: avaliação de causas de abdome agudo de origem biliar, como colecistite e colangite; Amilase e lipase: quando elevadas podem sugerir pancreatite, isquemia intestinal ou úlcera duodenal; Eletrólitos, ureia e creatinina: informam sobre a função renal e avalia as complicações de vômitos ou perdas de fluido para o terceiro espaço; Beta HCG: solicitar para todas as mulheres em idade fértil; Exames laboratoriais: Ultrassonografia abdominal é um exame inócuo, sem contraindicações, de baixo custo e disponível na maioria dos hospitais. Muito útil para confirmar ou afastar hipóteses diagnósticas diante de um quadro de abdome inflamatório, como apendicite, colecistite e diverticulite A tomografia computadorizada é o exame ideal para o diagnóstico, o estadiamento e a evolução da pancreatite aguda e do abdome agudo vascular. A TC também permite a detecção de lesões inflamatórias (apendicite, diverticulite, abscessos), neoplásicas (em cólon, pâncreas, fígado, retroperitôneo, ovários), vasculares (obstruções arteriais e venosas e aneurismas) e de hemorragias peritoneais e retroperitoneais. Raio-x de tórax: as sob diafragma = úlcera perfurada; Radio-x com contraste (por exemplo, gastrofragin refeição): diagnóstico de vazamento do intestino @sintetizandomed punção abdominal: menos utilizada. lavado peritoneal: tem indicação no abdome agudo secundário a traumas em geral, mas está sendo substituído pela ultrassonografia; videolaparoscopia: uso cada vez mais frequente nos pacientes com alto risco operatório Outros exames:
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