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Problema 24 - Infecções congênitas

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Carla Bertelli – 4° Período 
– Compreender as principais infecções congênitas (STORCHS), 
suas manifestações clínicas, diagnóstico, fisiopatologia e etiologia 
– Entender a triagem neonatal (exames), notificação e 
investigação das infecções congênitas. 
– Analisar os fatores de risco do uso de drogas lícitas e ilícitas 
durante a gestação 
 
A exposição de gestantes a determinadas doenças 
infecciosas pode culminar em disseminação 
transplacentária do patógeno e consequente infecção do 
produto conceptual, caracterizando infecção vertical. 
Infecções congênitas correspondem a importante causa 
de perdas gestacionais e de morbimortalidade pós-natal. 
As infecções congênitas podem ocorrer durante a 
gestação (pré-natais) ou durante o parto (paranatais). 
Do ponto de vista epidemiológico, as infecções 
congênitas são chamadas de transmissão vertical 
(materno-fetal), em oposição às infecções da vida 
extrauterina, denominadas de transmissão horizontal. 
 
As relações entre o feto e a mãe são necessariamente 
feitas pelas membranas placentária e amniótica. Assim, as 
vias de penetração dos germes são divididas em dois 
grupos: via transplacentária e via transamniótica. 
▶ Infecção transplacentária. Os microrganismos 
procedentes do sangue materno cruzam a placenta, 
alcançam a circulação fetal e disseminam-se 
▶ Infecção transamniótica. Os germes da vagina e do 
colo acometem a cavidade amniótica e o feto. A via 
transamniótica é ascendente, geralmente após a ruptura 
das membranas 
 
É adquirida por contato direto com as secreções 
maternas, no momento da passagem do feto pelo canal 
do parto. O mesmo ocorre com infecção pelo herpes 
simples genital, hepatite B, estreptococo do grupo B 
(GBS), que condicionam infecção neonatal. 
 
 
 
Muito embora a infecção possa acometer a mãe, o ovo 
pode não apresentar lesões e a gravidez prosseguir 
normalmente até o termo. 
Se o feto for acometido pela infecção, as consequências 
dependem do período da gestação: 
• Período Embrionário – Até o 1° trimestre 
• Período Fetal – 2° trimestre em diante 
í á É o período mais vulnerável (a 
drogas e infecções). Embora os agentes infecciosos 
possam ser letais (abortamento), na maioria das vezes 
produzem anomalias congênitas. Cada órgão tem seu 
período crítico, durante o qual o seu desenvolvimento 
será afetado 
í . Caso a infecção seja muito grave, há morte 
fetal com a consequente interrupção da gravidez; nessa 
fase ocorrem as anomalias congênitas menores e os 
defeitos funcionais, especialmente do sistema nervoso 
central (SNC). 
Se infecção materna surgir próximo ao parto, o recém-
nascido pode apresentar a infecção em estágio evolutivo, 
exibindo seu quadro clínico agudo. 
 
A infecção primária materna é diagnosticada no pré-natal 
pela sorologia dos anticorpos IgG e IgM. A existência 
 Carla Bertelli – 4° Período 
destes últimos não pode ser considerada fidedigna para 
o diagnóstico da infecção primária 
Títulos aumentam a partir de 5 dias da 
infecção aguda 
IgG e IgM negativos sugerem ausência de infecção; IgG 
positivo e IgM negativo, infecção antiga (há mais de 1 
ano); IgG e IgM positivos, infecção recente ou resultado 
falso-positivo do teste IgM, o que não é incomum. 
Para avaliar o risco de infecção fetal, é muito importante 
identificar quando a infecção ocorreu na gravidez. 
• O teste de avidez IgG é um procedimento muito 
usado atualmente para mulheres com IgM positivo 
no 1o trimestre. O resultado de alta avidez (> 60%) é 
sugestivo de infecção antiga (há mais de 3 meses), 
ocorrida, portanto, fora da gestação. 
Contudo, ã para o diagnóstico da infecção 
fetal é a reação da cadeia de polimerase no líquido 
amniótico (PCR-LA). 
• A geralmente está indicada após 18 semanas 
de gestação e decorridas 4 semanas da infecção 
materna, pois somente nessas condições se 
conseguiria boa sensibilidade 
 
 Doença venérea sistêmica causada pelo Treponema 
pallidum. 
Estágios: incubação, primária, secundária, latente inicial, 
latente tardia e terciária. A classificação mais recente é 
em: í (primária, secundária e latente até 1 ano) 
e (latente após 1 ano e terciária). 
A sífilis primária é caracterizada pelo cancro duro indolor 
na genitália (lábios) e linfadenopatia, geralmente 3 
semanas após o contato. 
O estágio secundário ocorre de 6 semanas a 6 meses 
após a lesão primária. 
 A espiroquetemia determina exantema maculopapular 
envolvendo todo o corpo, especialmente mãos e pés. 
Sintomas não específicos como febre, perda de peso e 
mal-estar ocorrem em 50% dos pacientes. A fase 
secundária é seguida pela latente, caracterizada pela falta 
de lesões clínicas aparentes e teste sorológico positivo. A 
doença pode ser comunicável nos 4 anos iniciais da fase 
latente e geralmente não é transmissível após esse 
prazo, com exceção da infecção fetal transplacentária. 
A fase terciária ou tardia é o estágio de destruição 
tecidual que aparece 10 a 25 anos após a fase inicial em 
quase 35% dos pacientes não tratados. As lesões 
granulomatosas (gomas) podem ocorrer em qualquer 
órgão, sendo muito mais dependentes da resposta local 
imune que da ação direta do organismo. As 
manifestações mais graves da sífilis terciária incluem 
aquelas que afetam o sistema cardiovascular (aorta) ou o 
SNC (tabes dorsalis, demência), e a morte. 
Sorologias – Existem 2 tipos de testes: testes não 
específicos (VDRL) e testes específicos 
O rastreamento é feito com o VDRL, mas a ocorrência 
de falso-positivos demanda a confirmação por FTA-Abs. 
Em geral, o VDRL torna-se positivo 1 a 3 semanas após 
o aparecimento do cancro duro. 
O cancro duro é uma pequena lesão que pode aparecer na região 
genital ou anal que é indicativo que infecção pela bactéria 
Treponema pallidum 
A sorologia VDRL na primeira consulta pré-natal é a 
medida mais importante para identificar os fetos de risco 
para a sífilis congênita. O CDC (2015) recomenda, ainda, a 
repetição do teste no 3o trimestre (28 semanas). 
A infecção transplacentária pode ocorrer em qualquer 
estágio da doença e idade gestacional 
O comprometimento fetal depende da treponemia 
materna 
A sífilis é responsável por perda fetal/natimorto, 
neomorto, parto pré-termo/baixo peso, infetante com 
sífilis congênita, prognóstico adverso global. 
Os achados na infecção fetal nesse exame representam 
uma resposta inflamatória robusta do feto ao treponema 
e se mostram presentes apenas após a 20° semana de 
gravidez e inclui: hepatomegalia, aumento na velocidade 
sistólica máxima na artéria cerebral média, 
placentomegalia, polidrâmnio, ascite e hidropsia. 
Os cerca de 50% dos recém-nascidos infectados 
apresentam sífilis congênita precoce quando os sintomas 
aparecem nos primeiros 2 anos de vida, ou sífilis 
congênita tardia quando os sintomas desenvolvem-se 
após os 2 anos de idade. A hepatoesplenomegalia e o 
exantema são as manifestações iniciais mais comuns da 
sífilis congênita precoce, que tende a manifestar-se ao 
nascimento ou dentro de 3 a 7 semanas do parto. As 
manifestações tardias resultam principalmente da 
 Carla Bertelli – 4° Período 
infecção crônica dos ossos (nariz em sela, fronte 
olímpica), dos dentes e do SNC 
 
 
Os hospedeiros intermediários são principalmente o 
porco, a ovelha e o ser humano; os hospedeiros 
definitivos são membros da família Felidae, e o exemplo 
típico é o gato doméstico. 
ã ingesta de carne crua ou malcozida, 
exposição a fezes de gatos contaminados com oocistos 
e transmissão vertical na gravidez 
Transmissão Congênita – Infecção primária adquirida 
antes da gravidez não afeta o concepto, exceto em 
mulher imunodeprimida. É recomendado que após 
infecção por toxoplasmose a mulher espere 6 meses 
antes de engravidar. 
A infecção primária ocorrida na gestação pode ser 
transmitida ao feto pela via transplacentária. A invasão da 
placenta ocorre pelos taquizoítos onde eles se 
multiplicam. Essa doença pode determinarabortamento 
e malformação fetal, com graves repercussões no RN, 
podendo levar ao óbito. 
 
O risco de transmissão aumenta ao evoluir da gravidez, 
mas se diminui a gravidade. 
10% dos casos resultam em abortamento. A tríade 
clássica, coriorretinite, hidrocefalia e calcificações 
intracerebrais (síndrome toxoplasmósica), está presente 
em 10%. Outros recém-nascidos exibem variedade de 
sintomas da infecção aguda – convulsões, 
esplenomegalia, febre, anemia, icterícia e linfadenopatia. 
Dos RN infectados e sintomáticos, de 10 a 15% morrem 
da doença, já os sobreviventes sofrem de retardo mental 
e outras deficiências neurológicas. Se a infecção ocorrer 
após a 20° semana de gestação, se torna menos grave. 
A maioria das crianças infectadas não apresenta sintomas 
ao nascimento e será diagnosticada apenas por exames 
laboratoriais (sorologia IgM). Embora possam parecer 
saudáveis ao nascimento, 90% das crianças infectadas 
desenvolvem sequelas – coriorretinite, 
comprometimento visual ou auditivo, grave retardo no 
neurodesenvolvimento 
ó – Exame para toxoplasmose é 
obrigatório na primeira consulta pré-natal. Assim, passa a 
ser fundamental identificar quais dessas mulheres com 
IgM positivo foram infectadas antes ou durante a 
gravidez. Em caso de IgG + e IgM – a infecção é 
considerada antiga e o feto protegido. 
ó – Feito por PCR-LA. O teste só deve 
ser oferecido após 18 semanas da gestação e decorridas 
4 semanas da infecção materna (soroconversão), para 
reduzir a taxa de resultados falso-negativos. 
Eventualmente, o diagnóstico pode ser feito por 
ultrassonografia, que mostra calcificações intracerebrais, 
ventriculomegalia, microcefalia, hepatoesplenomegalia e 
CIR acentuado. 
 
Após o período de incubação de 14 a 21 dias, a rubéola 
exterioriza-se como doença de pequena gravidade, 
caracterizada por linfadenopatia pós-auricular (precede 
em 5 dias o exantema); exantema maculopapular, que 
se inicia na parte superior do tórax, estendendo-se depois 
por todo o corpo; e febrícula. As complicações são mais 
comuns no adulto e incluem artralgia, artrite, encefalite, 
neurite e púrpura trombocitopênica 
ó – A Secretaria de Vigilância em 
Saúde notificou que a sorologia para rubéola não é mais 
 Carla Bertelli – 4° Período 
um exame de rotina no pré-natal para detectar as 
pacientes suscetíveis, exceto em grávidas com 
manifestações clínicas e/ou vínculo epidemiológico 
Em 20 a 50% dos casos de rubéola, o paciente não 
apresenta exantema, o que dificulta o diagnóstico; quando 
feito pelo teste ELISA 
Nas grávidas com exantema, os seguintes resultados 
indicam infecção: 
• Soroconversão (caso a paciente tenha feito teste 
sorológico) 
• Aumento do título de IgG de, no mínimo, 4 vezes 
em dois exames espaçados de 2 a 3 semanas (fase 
aguda exantemática e convalescença) 
• IgM positivo 
Nas grávidas que tiveram contato com a rubéola aplicam-
se os mesmos critérios, mas o intervalo dos exames 
pareados será de 4 a 5 semanas. 
ó - Realizada por PCR-LA. Para reduzir os 
resultados falso-negativos, é necessário esperar 6 a 8 
semanas após a infecção materna e 21 semanas de 
gestação, quando a excreção urinária fetal é maior. 
 
í é ê - Na gravidez, a infecção 
no 1o trimestre determina a síndrome da rubéola 
congênita (SRC), caracterizada pela tríade catarata, 
surdez neurossensorial e malformação cardíaca; até 8 
semanas a taxa de abortamento é de 20%. De 12 a 18 
semanas, a incidência da SRC é de cerca de 35% e após 
18 semanas, ela é de 0% 
Outras manifestações são: CIR, púrpura, icterícia, 
hepatoesplenomegalia, microcefalia e retardo mental, 
meningoencefalite e doença óssea radioluzente. 
 
 
 
 
O CMV é um herpes-vírus. Esse grupo inclui os herpes-
vírus simples (HSV) dos tipos 1 e 2, o vírus varicela-zóster 
(VZV) e o vírus Epstein-Barr (EBV). 
Para a maioria das pessoas que adquirem a infecção pelo 
CMV após o nascimento, a sintomatologia é pobre, 
síndrome mononucleose-símile, com febre prolongada e 
hepatite leve, com testes para mononucleose e hepatite 
negativos. 
çã ê - Para a grávida, as duas vias mais 
comuns de exposição ao CMV são o contato sexual 
(sêmen) e o contato com a saliva e a urina de crianças 
pequenas infectadas. 
A infecção congênita pelo CMV é responsável por 
sequelas definitivas e morte na infância em maior número 
de casos que a síndrome de Down, síndrome alcoólica 
fetal e defeitos do tubo neural 
 Carla Bertelli – 4° Período 
 
 
A infecção primária por CMV no 1o trimestre da gravidez 
é responsável por 10 a 20% de recém-nascidos 
infectados sintomáticos e, desses, 30% morrem; dos que 
sobrevivem, 65 a 80% apresentam sequelas definitivas 
(perda da audição e comprometimento neurológico) 
Dos 80 a 90% assintomáticos, 5 a 15% desenvolvem 
sequelas (perda auditiva neurossensorial). A infecção pelo 
CMV no 2o e no 3o trimestre da gravidez traz riscos 
mínimos de sequelas nos fetos infectados. 
 
Os achados ultrassonográficos são importantes, mas não 
diagnósticos, pois são comuns a outras doenças fetais. As 
mais frequentes incluem CIR, ventriculomegalia, 
calcificação periventricular e hepática, microcefalia e 
intestino hiperecogênico 
Contudo, o teste usual para o diagnóstico da infecção 
fetal pelo CMV é a PCR-LA. Para conseguir boa 
sensibilidade, a amniocentese deve ser realizada 7 
semanas após o início da infecção materna 
(soroconversão) e depois de 21 semanas da gravidez 
Os achados clínicos da infecção congênita sintomática 
pelo CMV incluem icterícia, petéquias, trombocitopenia, 
hepatoesplenomegalia, CIR, miocardite e hidropisia fetal 
não imune. A infecção congênita pelo CMV pode ser 
diagnosticada se o recém-nascido apresentar o vírus na 
urina, na saliva ou em qualquer outro tecido até 2 a 3 
semanas após o nascimento. Se os testes virológicos 
forem realizados depois desse período, não há como 
diferenciar a infecção congênita da adquirida após o 
parto. 
 
O herpes simples é uma doença infecciosa determinada 
pelo HSV com dois tipos sorologicamente distintos: tipo 1 
(HSV-1) e tipo 2 (HSV-2). 
O HSV-1 é o responsável pela infecção não genital (lábios, 
face, córnea, mucosa oral), e o HSV-2 está associado à 
infecção genital (pênis, uretra, vulva, vagina, cérvice, pele 
das coxas e das nádegas). 
 
Quando um indivíduo sem anticorpo HSV-1 ou HSV-2 
adquire qualquer um dos vírus no sistema genital, é 
estabelecida uma infecção primária primeiro episódio. Se 
a pessoa com anticorpo HSV-1 preexistente adquire 
infecção genital HSV-2 (ou vice-versa), ocorre a infecção 
não primário primeiro episódio. A reativação do vírus e 
 Carla Bertelli – 4° Período 
a sua translocação para a pele e mucosas produzem a 
infecção recorrente. 
çã - A infecção por HSV do recém-
nascido pode ser adquirida de três maneiras: intrauterina, 
intraparto (paranatal) ou pós-natal. A época da 
transmissão na gravidez na maioria dos casos, cerca de 
85%, ocorre durante o parto. Cifra adicional de 10% dos 
recém-nascidos adquire HSV-1 pós-natal da mãe ou de 
qualquer outro contato e, finalmente, 5% são infectados 
pelo HSV-1/HSV-2 in utero. As manifestações da infecção 
congênita intrauterina são muito graves e incluem 
microcefalia, hepatoesplenomegalia, CIR e natimortalidade. 
Bebês nascidos de mães com infecção primária genital 
de HSV próxima do termo eliminando o vírus no 
momento do parto apresentam risco 10 a 30 vezes maior 
de desenvolverem a doença em comparação com 
aqueles de mães com infecção recorrente, apesar de 
também estarem eliminando o vírus no parto. Isso se 
deve, em parte, à significativa transferência de anticorpos 
protetores maternos a partir do 7o mês de gravidez. 
O diagnóstico da infecção herpética neonatal pode ser 
realizado considerando-se o quadro clínico e/ou a cultura 
positiva, presentes 48 h após o parto. A infecção HSV 
adquirida intraparto ou pós-natal pode assumir três tipos 
clínicos 
• Disseminado:envolvimento de múltiplos órgãos 
(pulmão, fígado, suprarrenal, pele, olhos, cérebro) 
• Herpes do SNC 
• Localizado: pele, olhos e boca 
 
Conjuntos de testes que permitem a detecção precoce 
de patologias congênitas e tratamento adequado, 
evitando morte prematura e deficiências. 
 deve ser feito entre 48h de vida e o 
quinto dia de vida, sendo que a amostra é proveniente 
do calcanhar do RN. São triadas: deficiência de biotinidade, 
fenilcetonúria, fibrose cística, hemoglobinopatias, como 
anemia falciforme, hiperplasia adrenal congênita e 
hipotireoidismo congênito. 
çã : exame indolor, através de um 
oxímetro de pulso que estima a concentração de 
oxigênio no sangue, sendo capaz de detectar problemas 
cardíacos congênitos complexos desde o nascimento. 
 exame simples, rápido e indolor, que 
detecta problemas oculares congênitos que podem 
comprometer a visão do bebe como catarata congênita, 
glaucoma congênito e retinoblastoma. Deve ser realizado 
em todos os recém-nascidos antes da alta da 
maternidade e repetido regularmente nas consultas 
pediátricas, pelo menos duas a três vezes por ano, nos 
três primeiros anos de vida. As principais causas de 
patologia ocular são toxoplasmose, catarata, retinopatia 
da prematuridade, alterações no SNC, etc. teste do 
reflexo vermelho é um teste que pode ser utilizado para 
detecção de doenças que comprometem a 
transparência dos meios oculares, como catarata, 
glaucoma, toxoplasmose, retinoblastoma, descolamento 
de retina tardios. 
 exames de emissões otoacústicas 
e/ou potencial evocado auditivo de tronco encefálico. É 
rápido, seguro e indolor e o ideal é que seja realizado a 
partir de 24h de vida do RN e antes da alta hospitalar. 
 
A suspeita precoce, notificação adequada e registro 
oportuno de casos suspeitos de infecções congênitas 
são fundamentais para desencadear o processo de 
investigação, bem como subsidiar as ações de atenção 
integral à saúde da gestante e da criança. 
Todos os casos suspeitos ou confirmados de Sífilis, 
Toxoplasmose e Zika deverão ser notificados no 
Sistema de Informação de Agravos de Notificação 
(SINAN). 
Os casos e óbitos suspeitos de infecção congênita por 
STORCH+Z, conforme os critérios da Nota Técnica nº 16 
de 2021 deverão ser notificados no formulário eletrônico 
do Registro de Eventos de Saúde Pública (RESP), 
disponível no endereço: www.resp.saude.gov.br e 
o formulário de Triagem de Gestantes expostas à 
STORCH+Z ou Feto/RN com microcefalia/alteração do 
SNC deverá ser devidamente preenchido e encaminhado 
para a SCAPS da Regional de Saúde, e a mesma deve 
encaminhar para a Divisão de Atenção à Saúde da 
Criança e do Adolescente e Divisão de Atenção à Saúde 
da Mulher. 
 
 
 
 
https://www.documentador.pr.gov.br/documentador/pub.do?action=d&uuid=@gtf-escriba-sesa@25949e3d-fba2-42a3-8dc7-0e26684bf077&emPg=true
https://www.documentador.pr.gov.br/documentador/pub.do?action=d&uuid=@gtf-escriba-sesa@25949e3d-fba2-42a3-8dc7-0e26684bf077&emPg=true
http://www.resp.saude.gov.br/microcefalia
 Carla Bertelli – 4° Período 
Uso de substâncias na gravidez 
 
 
 
Montenegro, Carlos Antonio, B. e Jorge de Rezende 
Filho. Rezende Obstetrícia Fundamental, 14ª edição . 
Disponível em: Minha Biblioteca, Grupo GEN, 2017. 
Infecções Congênitas (STORCH+Z) | Secretaria da 
Saúde. (n.d.). Retrieved October 26, 2022, from 
https://www.saude.pr.gov.br/Pagina/Infeccoes-Congenitas-
STORCHZ 
Overview of TORCH infections - UpToDate. (n.d.). 
Retrieved October 26, 2022, from 
https://www.uptodate.com/contents/overview-of-torch-
infections?search=Infec%C3%A7%C3%B5es%20cong
%C3%AAnitas&source=search_result&selectedTitle=1~1
50&usage_type=default&display_rank=1 
Congenital cytomegalovirus infection: Clinical features and 
diagnosis - UpToDate. (n.d.). Retrieved October 26, 2022, 
from https://www.uptodate.com/contents/congenital-
cytomegalovirus-infection-clinical-features-and-
diagnosis?search=Infec%C3%A7%C3%B5es%20cong
%C3%AAnitas&source=search_result&selectedTitle=2~
150&usage_type=default&display_rank=2 
JANSSON, L. (22 C.E.). Bebês com exposição pré-natal 
ao uso de substâncias. 
https://www.uptodate.com/contents/infants-with-
prenatal-substance-use-
exposure?search=uso%20de%20drogas%20il%C3%AD
citas%20na%20gesta%C3%A7%C3%A3o&source=sea
rch_result&selectedTitle=2~150&usage_type=default&di
splay_rank=2

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