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Doença de Huntington

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DOENÇA DE HUNTINGTON 
A doença de Huntington consiste em me uma doença neurodegenerativa autossômica 
dominante, progressiva, caracterizada por movimentos coreiformes, problemas 
psiquiátricos e demência. 
 
Etiologia: 
A DH é causada pela expansão das repetições CAG do gene HTT localizado no 
cromossomo 4, o que resulta na formação de uma proteína huntingtina mutante. A idade 
de início varia da infância à oitava década de vida, no entanto, ela ocorre mais comumente 
na meia idade e quando antes dos 20 anos, é considerada DH juvenil. 
Quanto maior o número de repetições CAG, mais precoce a idade de início da doença e 
mais grave a sua manifestação, sendo que, ao longo de gerações suscetivas, temos uma 
expansão do número dessas repetições. As transmissões intergeracionais estão associadas 
a pequenos aumentos de 1 a 4 unidades, sendo que, a transmissão paterna pode produzir 
aumentos maiores. 
Pessoas sem doença de Huntington apresentam de 6 a 36 unidades de repetição CAG. 
Pessoas com 36 a 40 apresnetam penetrância incompleta, ou seja, o paciente pode ou nào 
desenvolver a doença, enquanto que, os pacientes com > 40 repetiçoes desenvolverão a 
doença. 
Pacientes com 40 a 50 repetições desenvolvem a forma adulta de DH, enquanto que a DH 
juvenil, ocorre tipicamente em pacientes com > 60 repetições. 
 
Fisiopatologia: 
A huntingtina é amplamente expressa em todo o cérebro e está presente em um grande 
número de tecidos por todo o corpo. No entanto a neuropatologia da DH parece ser 
limitada ao SNC, com perda de células neuronais e atrofia dos núcleos caudado e 
putâmen, sendo que, essa atrofia tende a iniciar de 9 a 20 anos antes do diagnóstico clínico 
da DH. A mutação no gene HTT faz com que seja produzida uma huntintina mutante, a 
qual é neurotóxica e provoca morte neuronal. 
 
Quadro clínico: 
Os sintomas começam insidiosamente com anormalidades do movimento e/ou com 
características psiquiátricas e cognitivas: 
 Coreia: consiste em um movimento rápido, involuntário, não repetitivo, ou 
arrítmico, envolvendo a face, tronco e membros. Os pacientes podem incorporar 
a coreia em movimentos intencionais, com a tentativa de disfarça-los, o que é 
chamado de paracinesia. Coreia na região frontal é muito sugestivo de doença de 
Huntington; 
 Doença psiquiátrica: irritabilidade, depressão, paranóisas, delírios, alucinações, 
ideação suicida; 
 Demência: o declínio cognitivo é inevitável na DH. Esses pacientes apresentam 
disfunção executiva com capacidade diminuída de tomar decisões, realizar várias 
tarefas. Os pacientes geralmente não têm conhecimento de seus déficits cognitivos 
e podem não estar cientes de seus problemas perceptivos, motores e psiquiátricos 
relacionados a DH; 
 Hipotonia, hiperreflexia; 
 Bradicinesia, parkinsonismo; 
 Perda progressiva do controle motor voluntário; 
 Perda de peso e caquexia: não se dabe ao certo o motimento da ocorrência delas, 
no entanto, acredita-se que sejam decorrentes do aumento do gasto energético 
devido os movimentos hipercinéticos; 
 Impersistência motora: o paciente não consegue manter um determinado 
movimento (pedimos para ele olhar para o nosso dedo, e ele não consegue manter 
o foco lá, ele olha e tira o olho, olho e tira o olho. Outro exemplo é pedirmos para 
ele apertar a nossa mão e ele aperta e solta, aperta e solta). 
Em fases mais avançadas da doença, a coreia pode afetar o diafragma, a laringe e a 
faringe, produzindo disartria, disfagia e vocalizações involuntárias. A DH consiste em 
uma doença crônica e lentamente progressiva, sendo que o tempo médio de sobrevida 
após o diagnóstico, varia de 10 a 20 anos. 
 
Diagnóstico: 
O diagnóstico de DH é baseado na presença de características clínicas típicas, história 
familiar da doença (se conhecida) e confirmação genética da expansão. 
 Teste genético. 
 
Tratamento: 
 1º avaliar se precisa tratar, ela está gerando incapacidade? Se sim, tratar, se não, 
não tem necessidade. As opções de tratamento, são: 
o Fármacos antidopaminérgicos/psicóticos: rispiridona, olanzapina, 
haloperidol; 
o Deutetrabenazina.

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