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Relato Experiência- Estágio Supervisionado ll

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1 
 
 RELATO DE EXPERIÊNCIA 
 
1. A IMPORTÂNCIA DO ESTÁGIO SUPERVISIONADO 
 
O estágio é o local onde o aluno constrói sua identidade profissional docente. É através das 
experiências diárias e do contato com a atividade da práxis que o aluno constrói e reflete sobre sua futura 
profissão. Como Buriolla (1999, p. 10) afirma: “O estágio é o lócus onde a identidade profissional é gerada, 
construída e referida; volta-se para o desenvolvimento de uma ação vivenciada, reflexiva e crítica e, por isso, 
deve ser planejada gradativa e sistematicamente com essa finalidade”. 
Portanto é durante o estágio que o aluno constrói seu processo de identidade profissional, pois é neste 
período que os estagiários desenvolvem posturas, habilidades e saberes necessários ao exercício profissional 
docente. Como Pimenta e Lima (2008, p. 68) aponta: “O estágio, ao promover a presença do aluno estagiário 
no cotidiano da escola, abre espaço para a realidade e para a vida e o trabalho do professor na sociedade”. Esta 
aproximação do estagiário com o cotidiano da sala de aula promove ao aluno o contato real com a sua futura 
profissão e sua construção docente. 
É necessário compreendermos que esta atividade teórico/prática contribui fortemente para o 
crescimento e desenvolvimento do aluno para o exercício de sua profissão. Os professores são os principais 
contribuintes para o desenvolvimento profissional do estagiário, pois é na relação dialógica com o aluno que 
será construída uma educação crítica e transformadora. 
 
2. A METODOLOGIA 
 
O método de ensino é um elemento crucial para o planejamento da aula. É notório o quanto é difícil 
manter um equilíbrio entre o ensino e a aprendizagem. Bittencourt descreve: 
 
“Dar aula” é uma ação complexa que exige domínio de vários saberes característicos e 
heterogêneos. De acordo com os seguidores saberes do saber docente, com destaque para o 
Canadense Maurice Tardif, e entre nós Ana Maria Monteiro, os professores mobilizam o seu 
ofício, os saberes das disciplinas, os saberes curriculares, os saberes de formação profissional e 
os saberes de experiência. (BITTENCOURT, 2004) 
 
Um dos desafios no processo educacional hoje é o envolvimento das novas tecnologias nos projetos 
pedagógicos, pois as mesmas pressupõem tanto do professor quanto do aluno, distintas formas de fazer. Para 
trabalhar em sala de aula são necessários procedimentos metodológicos atrativos, pois os alunos já estão 
acostumados com a metodologia e com as temáticas trabalhadas pelos professores da escola. O livro didático, 
 2 
quadro, giz já não são recursos interessantes para a maioria dos alunos, necessitando a inserção de novas 
tecnologias, mas há um grave problema em relação a falta de recursos e capacitação dos docentes. 
Portanto com o estágio supervisionado podemos observar algumas práticas pedagógicas utilizadas nas 
salas de aula e contextualizar a verdadeira realidade da educação. Devemos ter em mente que a educação tem 
um papel fundamental na formação do ser humano e da sociedade, pois o ensino aprendizagem vai muito além 
das salas de aula, emergem todo um convívio com o mundo e relações sociais, onde desencadeiam vários 
processos de formação do individuo. 
 
3. ATIVIDADES DESENVOLVIDAS 
 
O desenvolvimento do estágio foi realizado na Escola Estadual Cívico Militar Professora Lourdete de 
Fátima de Paiva Sutir, em Planaltina - GO, no período vespertino, dividido em observação em sala de aula, 
contextualização da escola e regência, em primeiro caso foi feito a observação em sala de aula, notando a 
prática docente, os métodos usado, nível de desenvolvimento das turmas e sua relação com o docente e etc. 
Em seguida foi realizado uma diagnose da escola, ao chegar à escola foi realizado um diagnóstico sobre a 
infraestrutura da escola, quadro de funcionários e a verdadeira a realidade social em que o ensino se encontra. 
Após esse diagnostico houve o início da regência. 
 
3.1. Estrutura Física 
 
A escola está localizada na Praça, Paris, Jardim Paquetá - CEP: 73750-970, Planaltina GO. O espaço 
físico da escola é formado por uma sala de mídia, um laboratório de informática, uma biblioteca, quatro 
banheiros, oito salas de aula, uma sala para professores, uma secretaria, uma sala para o diretor, uma cozinha 
e um pátio para recreação. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 Figura 1 – Estrada da Escola 
 
 3 
3.2. Recursos Financeiros 
O trabalho da escola é desenvolvido através dos recursos incididos dos domínios do Estado. 
 
3.3. Recursos Físicos e Materiais 
A escola possui um bom espaço físico e estado de conservação. A sala de mídia é 
ampla e espaçosa, dispõe de uma televisão, um data show e um aparelho de DVD. Um laboratório de 
informática disponibiliza de pouco recursos, o espaço é pequeno mas com ar-condicionado, contendo dez 
computadores, sendo que alguns não estão em bom funcionamento. As salas de aulas estão em boas condições 
contendo ar condicionado funcionando em perfeito estado e uma TV, porém o espaço é pequeno devido o 
número grande de alunos, tornando as salas cheias e de difícil circulação. O espaço da biblioteca é pequeno, 
mas bem organizado e equipado com os livros didáticos e paradidáticos, além de possuir um funcionário 
responsável pelo espaço. 
 
 
 
 Figura 2 – Sala de aula (6° ano) 
 
 Figura 3 – Biblioteca da escola 
 4 
 
 
 Figura 4 – Laboratório de informática da escola 
 
 
3.4. Recursos didáticos – pedagógicos 
 
A escola possui uma televisão em cada salas de aula, um aparelho de DVD, um data show, mais de 
1000 livros, impressoras e mapas. 
 
3.5. Relação da escola com a comunidade 
 
Há uma participação não constante da comunidade com a escola. Esta relação é 
viabilizada através das reuniões entre pais e setores administrativos da escola. 
 
4. AS OBSERVAÇÕES 
 
As observações foram realizadas do 6° ano ao 9° ano, acompanhada da professora regente Zeneide 
Sousa, formada em pedagogia pela Iesgo com complementação em História. Durante o período de observação 
foram desenvolvidas diversas atividades do qual observei de perto o registro da frequência; ministração de 
aulas; orientação em pesquisas; correção de exercício; produção textual; debates em seminários, além da 
minha apresentação pessoal, diálogo com os alunos sobre o motivo da minha presença na turma, observação 
da aula e dos métodos utilizados pela docente da turma, diálogo com os alunos sobre a história e realidade das 
suas vidas. 
 
 
 
 
 5 
5. A REGÊNCIA 
 
Foram oito regências do 6° ano ao 8° ano, não ocorreu regência no 9° ano devido estarem em preparo 
para a prova da Saego. As aulas foram todas seguidas de dois horários do qual o primeiro horário eu lecionei 
e o segundo horário foi uma aplicação de atividade elaborada por mim sobre conteúdo ensinado, a pedindo da 
coordenadora pedagógica da escola. Os exercícios foram utilizados para avaliar a assimilação dos conteúdos 
pelos alunos e consentidos pela docente regente. 
A minha primeira aula foi proveitosa, com relação ao repassar conteúdo para turma, ocorreu no 6° ano 
B, considerada a turma mais indisciplinada da escola, por isso optei por trabalhar com a tecnologia para que 
assim pudesse captar a atenção deles. O conteúdo que me foi passado foi: Transição da sociedade escravista 
romana para a sociedade servil, levei a turma para sala de vídeo, onde apresentei o slide. 
Portanto para delimitar o conteúdo proposto frisei na escassez alimentar, os problemas que envolviam 
a alimentação em Roma e os seus efeitos para aquela sociedade, na tentativa de trazer um pouco próximo a 
realidade dos alunos. Não tive dificuldades em apresentar o conteúdo, a turma é bem participativae estavam 
interessados por ser uma professora "nova" e um ambiente "diferente" da sala de aula, onde eles estão 
acostumados. Além disso logo após minha apresentação pessoal, já comuniquei que no segundo horário 
haveria atividade avaliativa deixando a turma em alerta fazendo com que eles prestassem bastante atenção. 
Em alguns momentos tive que pedir silêncio mas nada que fugiu ao meu controle, a atividade foi bem 
desenvolvida onde li e acompanhei com eles todas as questões. 
Na segunda regência também ocorreu em dois horários do mesmo modo da anterior. Ocorreu no 7° 
ano A, uma turma bem carinhosa e acolhedora, inicialmente os alunos me deram boas-vindas e logo em 
seguida me apresentei, novamente alertei sobre a atividade, porém diferente da turma anterior, essa se mostrou 
mais despreocupada e tranquila. Não foi necessário a imposição de silêncio e a participação da turma também 
foi efetiva. O conteúdo aplicado foi: Escravização dos povos indígenas originários da América e do Brasil: 
lutas e resistências. Optei por abordar os aspectos comerciais do tráfico de escravizados, fazendo uso de slides, 
primeiramente contextualizando a turma sobre o termo e as diferenças entre o uso da palavra escravo e 
escravizado, o conteúdo foi bem propício. A atividade foi terminada de maneira rápida sobrando tempo para 
questionar a turma sobre minha regência, um "feedback". 
Na terceira regência novamente em dois horários, aconteceu no 8° ano B. O conteúdo sugerido pela 
regente: Teorias sociais: Darwinismo Social, Etnocentrismo, Racismo e a Missão Civilizatória. Essa turma é 
mais madura, por isso abordei as propagadas do século XlX como vínculos do racismo científico. Foi uma 
aula muito produtiva, com debates e apontamentos dos alunos perante as propagadas apresentadas, por isso 
elaborei uma atividade mais didática tendo em vista também o dia da consciência negra, do qual os alunos 
elaboram em grupos cartazes contra o racismo, tudo consentido pela supervisão da escola e da regente. 
 6 
Na quarta regência seguida de dois horários, no 8° ano A, o conteúdo proposto: Teorias sociais: 
Darwinismo Social, Etnocentrismo, Racismo e a Missão Civilizatória, com essa turma preferi desenvolver a 
identidade indígena dentro do contexto atual, trabalhei com vídeos e músicas, além de uma atividade bem 
didática onde em grupo eles criaram histórias em quadrinhos sobre os indígenas. Sobrando tempo os alunos 
fizeram alguns questionamentos sobre o motivo do estágio e porquê eu escolhi aquela escola, expliquei o 
motivo e questionei se eles gostavam das aulas de história, a maioria falou que não, indaguei qual seria o 
motivo e alguns se pronunciaram falando que as aulas sempre eram as mesmas coisas, que a professora não 
diferenciava o modo de ensinar ou de repassar os conteúdos, também falavam que não tinham aula de vídeos, 
aulas de campo, que seria importante saírem e conhecerem lugares históricos. 
Todas as turmas durante o desenvolvimento do Estágio II demostraram bastante interesse quanto o uso 
de diferentes recursos didáticos, mas expliquei que a escola não dispunha de tantos recursos, o que atrapalhava 
e impedia que a professora pudesse fazer muita coisa que diferenciasse as aulas. Os alunos sempre foram 
muito receptivos quando eram solicitados para interação durante os relatos, debates e correção dos exercícios, 
ocorreram algumas dificuldades em relação as conversas e “grupinhos” na sala de aula durante as aulas 
expositivas e utilização de celulares e aparelhos eletrônicos, mas resolvidas ao longo das aulas. 
 
6. CONSIDERAÇÕES FINAIS 
 
É notável que a utilização de metodologias diferentes do tradicionalismo é capaz de proporcionar aulas 
mais participativas, porém requer do professor construir um plano de trabalho desafiador, diverso de mera 
aplicação de procedimentos e muitas vezes escasso de recurso. Contudo, observar que a oportunidade de uma 
experiência prática em sala de aula nos leva refletir sobre a verdadeira realidade do sistema de educação 
nacional, o que contribui para repensarmos nas teorias aprendidas durante toda a graduação. Desta forma 
temos a oportunidade de nos confrontarmos com nossas fragilidades e de realmente analisarmos se a teoria 
condiz com a prática, e qual linha de pensamento seguir. 
As experiências adquiridas devem servir de aprendizado para uma futura prática que possa reverter o 
quadro atual da educação, além de contribuir para uma nova visão em relação a disciplina de história, a 
valorizando e tentando fazer que os indivíduos percebam o real valor de conhecer a história do passado e do 
presente para que possamos tentar melhorar o futuro, pois como afirma a historiadora Selva Fonseca: 
[...]"discutir o ensino de história, hoje, é pensar os processos formativos que se desenvolvem nos diversos 
espaços, é pensar fontes e formas de educar cidadãos, numa sociedade complexa marcada por diferenças e 
desigualdades". (FONSECA, 2008) 
 
 
 
 7 
7. REFERÊNCIAS 
 
BITTENCOURT, Circe Maria Fernandes. O ensino de historia: fundamentos e 
métodos; São Paulo,Ed. Cortez, 2004. 
BURIOLLA, Marta Alice Feiten. O estágio supervisionado. São Paulo: Cortez, 1999. 
 
FONSECA, S. G. Didática e Prática de Ensino de História. 7ª ed., Campinas, Papirus Editora, 2008. 
 
PIMENTA, Selma Garrido. O estágio na formação de professores: unidade teoria e prática? 3. ed. São 
Paulo: Cortez, 1997.

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