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Clínica de grandes - Enfermidades do trato respiratório em equinos

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Clínica de grandes – 18/11/2021
Enfermidades do trato respiratório em equinos
Performance: É o segundo maior problema relacionado com a perda de performance em equinos. A primeira é problema do sistema locomotor e a terceira é problemas cardíacos.
Doenças infectocontagiosas: Pertence a um grupo de doença infectocontagiosa que pode ser uma zoonose. O Mormo é uma zoonose e é um problema do sistema respiratório de equinos, se atentar a nariz escorrendo de equino.
Anatomia/Fisiologia
· Narinas largas e flexíveis, presença de divertículo nasal ou falsa narina. 
· Plexo venoso
O equino possui um sistema respiratório muito bem desenvolvido. Todo aparato respiratório do equino é muito desenvolvido. O pulmão vai até a 17 costela.
· Cavidade nasal dividida em: Meato ventral médio e dorsal
· Cavidade nasal dividida em: Concha dorsal (seio frontal); Concha ventral (Seio maxilar)
Patologia das cavidades nasais:
Ateroma
São cistos de inclusão, localizados no tecido subcutâneo, geralmente na região caudo-dorsal da falsa narina. (massa de tecido esponjoso que invade a narina, ocorre na entrada da narina).
Fácil identificação, apenas por palpação é possível diagnosticar, pois acomete a entrada da narina.
Resolução cirúrgica. Cirurgia delicada, pois a região é muito vascularizada.
Amiloidose
É uma deposição de fibrilas de glicoproteínas em diversos órgãos do corpo, aparentemente em resposta a estímulo imunológico. Existe uma predileção pelo trato respiratório superior dos equinos.
Sinais clínicos: descarga nasal, intolerância ao exercício, dispnéia, epistaxe, perda de peso, e presença de placas edematosas não doloridas no septo e assoalho nasal.
Diagnóstico: Sinais clínicos e biopsia.
Resolução cirúrgica. Tratamento com Corticóides são pouco efetivos.
O ateroma e a amiloidose não causa dor, apenas obstrução. Causa a síndrome do cavalo roncador.
PATOLOGIAS DOS SEIOS PARANASAIS:
*Streptococcus equis: a principal bactéria relacionado a problemas respiratórios em equinos.
Sinusite Primária
Atinge vários seios e o agente mais envolvido é o Streptococcus equis.
Definição: É a inflamação/infeção dos seios paranasais, proveniente de patologias no trato respiratório superior. A sinusite primaria geralmente afeta vários seios.
Sinais clínicos: descarga nasal muco purulenta e unilateral; distorção facial; epífora; febre, depressão e anorexia; Pode ocasionar problemas neurológicos (raro).
Diagnóstico: percussão, endoscopia (um dos melhores exames), raio X.
Tratamento: antibióticos sistêmicos (fazer cultura), lavagem diária (do seio nasal), AINE.
Cirúrgica: em casos de necrose óssea, osteíte (diferente de ostomielite ( que é mais profunda), a osteíte é mais superficial), e pus
Sinusite Secundária
Causado por outros problemas, como por exemplo problemas dentários. O tratamento deve ser feito no dente (extração).
Por isso é importante o raio X, para identificar e ter certeza qual é a raiz do problema.
Diagnóstico: Inflamações próximas à mucosa, dentes fraturados, má oclusão, podem ser vistos no exame oral. Percussão, endoscopia, Rx
Tratamento: Remoção da causa
Hematoma Etmoidal
São massas angiomatosa (feita, basicamente de vasos) expansiva que originam da mucosa da concha etmoidal. Essa massa faz uma tumoração, causando um esforço respiratório, pode causar epistaxe.
Definição: Também chamados de H.E.Progressivo e Pólipo Nasal Hemorrágico. São massas angiomatosas expansivas que se originam da mucosa da concha etmoidal. São bilaterais em 50%.
Sinais Clínicos: Descarga nasal com epistaxeintermitente proveniente de uma ou das duas narinas, ruídos respiratórios ( insp. e exp.). Mais raramente pode haver tosse, ptialismo, aumento do esforço respiratório, e balanço da cabeça.
Diagnóstico: endoscopia bilateral, Rx (determina a extensão)
Percussão: pode haver expansão para os seios paranasais 
Tratamento: Ablação cirúrgica (curetagem, criocirurgia ou YAG laser); Injeção intralesional de formalina 10%
Infecções da bolsa gutural
As bolsas guturais são divertículos das tubas de Eustáquio. Capacidade de 300 ml cada. Serve para aquecer o ar antes de inalar, também tem a função de circulação de ar. A infecção pode causar acumulo de pus ou acumulo de ar.
· TIMPANISMO DE BOLSA GUTURAL: É a distensão uni ou bilateral das bolsas gutural devido ao acúmulo de ar. A causa mais provável é a redundância da plica salpingofaríngea que agiria como uma válvula ‘’one way’’.
Diagnóstico: RX, endoscopia
Tratamento: Cirúrgico fenestração do septo entre as bolsas
· EMPIEMA DE BOLSA GUTURAL: É o acúmulo de material purulento nas bolsas guturais. As causas mais comuns são o Streptococcusequie S. zooepidemidicus.
· MICOSE DE BOLSA GUTURAL: é difícil de tratar, pode levar de 6 meses a 1 ano de tratamento. O fungo mais comumente envolvido é o Aspergillus nidulans. 
Sinais Clínicos: Estão diretamente ligados aos danos causados aos vasos e nervos. Epistaxe intermitente e espontânea, disfagia.
FARINGE e LARINGE: Anatomia/fisiologia
O palato mole divide a faringe em orofaringe e nasofaringe. Há numerosos folículos linfóides estão presentes na nasofaringe e na superfície dorsal do palato mole.
Laringe: Cartilagens da laringe, 3 são únicas: cricóde, tireoide e epiglote e 3 são pares: aritenóides corniculadas e cuneiformes.
Patologias da Faringe e da Laringe 
FARINGITE
Também conhecido como hiperplasia folicular linfóide.
Sinais Clínicos: Em casos agudos há sinais de dor na faringe, linfadenopatia, 
ptialismo (bovinos) , tosse e queda de perfomance .
Nos animais jovens ocorre em 60 a 90% dos animais.
· GRAU I – Pequeno número de folículos inativos, de coloração pálida e pouco proeminentes.
· GRAU II - Vários folículos pequenos e pálidos espalhados pelas paredes laterais e dorsal da faringe. Entre esses folículos, alguns apresentam-se maiores, rosados e edematosos, demonstrando atividade.
· GRAU III - Vários folículos, rosados e proeminentes espalhados pela faringe e superfície dorsal do palato mole.
· GRAU IV - Nurerosos folículos avermelhados e edematosos, próximos uns dos outros, cobrindo faringe, palato mole, recesso faríngeo e abertura das bolsas guturais.
Diagnóstico: Endoscopia.
Tratamento: 
· Graus I e II não necessitam ser tratados. 
· Nebulização com cortisona, furacim e DMSO por 10 dias
· Cirúrgico: criocirurgia, eletrocauterização, cauterização química.
DESLOCAMENTO DORSAL DO PALATO MOLE
É a subluxação da borda livre do palato mole para uma posição sobre a epiglote. Isso compromete a respiração, pois diminui o diâmetro da cavidade nasal. Pode ser grave ou subclínica. Acontece com frequência em cavalos de corrida, pois a língua do animal que corre em velocidades altas, bate no palato mole e acaba deslocando (vai empurrando o palato). Por isso a língua do cavalo é presa durante a corrida.
A causa mais aceita para o DDPM é a retração da língua que gera elevação do PM e retração da laringe. A abertura da boca ou a deglutição durante o exercício e a flexão do pescoço são fatores que também podem contribuir.
Enfermidades como a faringite , hipoplasia de epiglote, HLE, encarceramento de
epiglote, condrites podem predispor a DDPM secundário.
· Sinais Clínicos: Em repouso não há anormalidades.
Enfermidades como a faringite, hipoplasia de epiglote, HLE, encarceramento de epiglote, condrictes podem predispor a DDPM secundário.
· Diagnóstico: Endoscopia
· Tratamento: Conservador – amarrar a língua durante o exercício.
Cirúrgico: Staphilectomia – ressecção da porção caudal do PM. É uma cirurgia complicada. Se houver uma ressecção muito grande, pode haver uma dificuldade na deglutição (pode haver um refluxo de alimento na narina)
Sternotirohioide miectomia. – 50% de sucesso.
ENCARCERAMENTO DE EPIGLOTE
É uma condição na qual a epiglote é envolvida pelos tecidos aritenoepiglóticos. Animais com hipoplasia de epiglote são pré-dispostos. Pode ocorrer em cavalos de qualquer raça e idade com epiglote normal.
· Sinais Clínicos: Tosse, particularmente quando o animal está comendo. Ruídos ao insp. e exp., intolerância ao exercício. 
· Diagnóstico: Endoscopia
· Tratamento:Cirúrgico – resseção da prega aritenoepiglótica com bisturi em gancho ou YAG laser.
HEMIPLEGIA LARINGEANA 
É uma das doenças mais emblemáticas do trato respiratório de equinos. É uma enfermidade que causa uma disfunção das cartilagens da laringe. O lado mais afetado é o lado esquerdo do cavalo.
É uma deficiência funcional da laringe na qual esta não pode dilatar-se plenamente no lado afetado. É uma das mais antigas patologias diagnosticadas nos cavalos. O lado mais comumente afetado é o esquerdo, pois o lado esquerdo é o lado onde o cavalo é manuseado, sendo assim, uma injeção mal aplicada, pode afetar o nervo laringo-recorrente esquerdo.
O ruído característico produzido durante o exercício faz com que esses animais sejam denominados roncadores. A incerteza da etiologia, também traz como sinonímia Hemipegia Laringeana Idiopática (quando não há causa definida). 
A lesão primária ligada HLE é o dano ao nervo laringeano recorrente esquerdo. 
A hemiplegia direita é mais rara e pode estar ligada a traumas ou flebites. A paralisia bilateral pode estar ligada a danos neurológicos.
· Sinais Clínicos: Ruído inspiratório anormal, intolerância ao exercício. A amplitute do ruído está ligado ao grau de paralisia (graus I, II , III e IV).
· Diagnóstico: 
1. Palpação da laringe: utilizando os dedos indicadores pode-se palpar o processo muscular que estará mais proeminente, e, em casos avançados , a atrofia do músculo cricoaridenoideodorsalis .
2. Teste da depressão da aritenóide: Com a cabeça do cavalo no ombro, e a narina próxima ao seu ouvido, pressionar o processo muscular de cada aritenóide com os dedos . Isto vai gerar um leve estertor inspiratório que será mais facilmente identificado no lado afetado. 
3. “Slap Test”- É um teste realizado durante o exame endoscópico no qual um assistente dá um tapa na região da paleta contralateral ao lado a ser avaliado. Isto vai gerar movimento das aritenóides.
· Tratamento: cirúrgico-ventricilectomia e prótese laringeana.
CONDRITE ARITENÓIDEA
É o termo utilizado para definir uma série de alterações patológicas de cartilagem aritenóide que produzem espessamento, edema e obstrução da laringe. Pode ser uni ou bilateral, sendo mais comum em um só lado. As infeções e o trauma são as causa mais prováveis.
· Sinais Clínicos: Dependem do grau de obstrução de laringe. Ruídos inspiratórios e intolerância ao exercício. Pode ocorrer até dispnéia em repouso podendo até necessitar uma traqueostomia. É comum a presença de condromas.
· Diagnóstico: Endoscopia; Pressão digital na laringe pode gerar dor. 
· Tratamento: nebulizações, antinflamatórios, antibiótico (quando há supuração).
· Cirúrgico: Aritenoidectomia
DISTÚRBIOS DO TRATO RESPIRATÓRIO INFERIOR
Doença Pulmonar Obstrutiva Crônica (DPOC)
Doença ocupacional de cavalos confinados. Causada pelo tipo de manejo. É uma doença semelhante a asma (chamada de asma dos equinos. Tem 2 classificações.
1. ORVA – Obstrução Recorrente das Vias Aéreas; animais mais velhos;
2. DIVA – Doença Inflamatória das Vias Aéreas; animais jovens
São Processos Pulmonares Primários causadores de Bronquite e Bronquiolíte; Processos Alérgicos (Asma); Poeira em suspensão; Vírus da Influenza Equina;
Também pode ser causado por agentes etiológicos.
· Infecções Bacterianas: S. zooepidermicus, Corynebacterium equi, Bordetella bronchiseptica;
· Infecçoes parasitárias: Parascaris equorum, Dictyocaulus arnfieldi 
(pulmonar), Aspergillus fumigatus, A. niger e Penicillium
Hipóxia + Decressimo da Complacência + aumento da resistência Pulmonar = Baixa troca gasosa.
· Sinais clínicos: Dispnéia; Intolerância ao exercício; Expiração forçada; Aumento da frequencia respiratória em repouso; Corrimento nasal (hemorrágico); Hipertrofia de músculos abdominais; Mucosas cianóticas.
· Cronicidade clínica: Atelectasia (colabamento dos alvéolos); Corrimento nasal seroso, seromucoso ou seromucosanguinolento; Narinas dilatadas; Posição ortopneica; Ruídos respiratórios.
· Exames Complementares: Hemograma; Bioquímica; Gasometria; Ventigrafia (sonda medidor pressão – Passa pelo esôfago até a região do mediastino – o medidor dá a pressão interpleural); LBA ( avaliação celularidade - aspirado transtraqueal ou cateteres com cuff nasotraqueal “BIVONA” ou endoscópio.
Os achados no exame da sonda nasotraquial são:
ORVA: Neutrofilia variável; Linfocitose; Fibrina e muco
DIVA: Mastócitos e neutrófilos; Eosinofilia; LBA : macrofagos e celulas epiteliais aumentadas
· TRATAMENTO: Anti-histaminicos (prometazina); Corticoterapia (Azium); Dilatadores bronquiais (Clembuterol); Oxigenioterapia; Testes alérgicos; Mudanças de ambiente (camas e raçoes)

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