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INSTITUTO EDUCACIONAL MARIS INSTITUIÇÕES E PLANOS DE SAÚDE BELO HORIZONTE INSTITUIÇOES E PLANO DE SAÚDE https://encrypted-tbn3.gstatic.com/images?q=tbn:ANd9GcRQppWZY2XxbAkKluSjBW- BcJ8BhOWgw2E2YtnY3YWQx0okVLkU Nossa Constituição Federal estipula a saúde como um direito social e o dever do Estado em garantir seu acesso universal e igualitário, por meio do SUS (Sistema Único de Saúde), que deve ser devidamente financiado de forma a assegurar os direitos previstos. A participação da iniciativa privada na saúde é permitida de modo complementar e suplementar ao sistema público. Entretanto, o SUS encontra-se com baixo financiamento para garantir o direito à saúde a todos previsto e proliferaram-se os planos de saúde que, conforme constatado pelo Idec (Instituto Brasileiro de Defesa do Consumidor), não atendem seus consumidores de forma adequada. Não por menos, há, inclusive, dívidas de operadoras que devem ressarcir o SUS quando seus consumidores não tiveram o devido acesso aos serviços contratados e recorreram ao Sistema Público para obter a assistência à saúde. Nesse sentido, relatório de auditoria do TCU (Tribunal de Contas da União) já apontou falhas no ressarcimento ao SUS decorrentes de falhas de processamento pela própria Agência Nacional de Saúde Suplementar. Os planos de saúde contam hoje com mais de 48 milhões de consumidores e estão longe de representar o acesso à saúde constitucionalmente garantido a toda à população brasileira. A má-prestação desses serviços reflete-se cada vez mais no encaminhamento de consumidores de planos ao SUS, sem que sequer haja o correto ressarcimento deste. Pesquisa do Idec divulgada em fevereiro deste ano com 9 das maiores operadoras atuantes no município de São Paulo demonstrou haver insuficiência de rede assistencial e descumprimento de prazos de atendimento nos planos individuais mais baratos comercializados pela maioria das empresas, sendo que este não é um problema enfrentado exclusivamente pelos consumidores dos serviços com valores mais acessíveis. https://encrypted-tbn3.gstatic.com/images?q=tbn:ANd9GcRQppWZY2XxbAkKluSjBW- BcJ8BhOWgw2E2YtnY3YWQx0okVLkU O QUE É PLANO DE SAÚDE? Definição da Lei 9.656/98 (Lei de Planos de Saúde): Prestação continuada de serviços ou cobertura de custos assistenciais - por prazo indeterminado - finalidade: garantir a assistência à saúde - forma: acesso e atendimento por profissionais ou serviços de saúde, livremente escolhidos, integrantes ou não de rede credenciada, contratada ou referenciada - independentemente da forma da pessoa jurídica que presta este serviço (empresas, associações, seguradoras, medicinas de grupo, cooperativas ou autogestões) É cada vez mais crescente a busca por um plano de saúde, e no Brasil essa estatística tem aumentado em muito, talvez pelo fato das facilidades, praticidade, segurança que os planos oferecem ao possível cliente, quando comparado aos serviços de saúde pública. O plano de saúde é um serviço oferecido por operadoras, empresas privadas, com intuito de prestar assistência médica e hospitalar. A lei 9.656 de 1998 disciplinou as atividades das Operadoras de Plano à Saúde, pessoas jurídicas de direito privado constituídas sob a forma de sociedade civil ou comercial, cooperativa, ou entidade de autogestão, que operem produtos ou serviços de Plano Privado de Assistência à Saúde, conforme seu art. 1°, II. É da competência da ANS normatizar e fiscalizar qualquer modalidade de produto, serviço e contrato que apresente, além da garantia de cobertura financeira de riscos de assistência médica, hospitalar e odontológica, outras características que o diferencie de atividade exclusivamente financeira. https://encrypted-tbn3.gstatic.com/images?q=tbn:ANd9GcRQppWZY2XxbAkKluSjBW- BcJ8BhOWgw2E2YtnY3YWQx0okVLkU O QUE É A ANS? A Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS) é a agência reguladora de planos de saúde do Brasil. Vinculada ao Ministério da Saúde, atua em todo o país na regulação, normatização, controle e fiscalização do setor de planos de saúde. Regular o setor de planos de saúde é buscar o equilíbrio entre os interesses dos consumidores, dos prestadores de serviços de saúde e das operadoras de planos de saúde em nome do interesse público. Nesse caso, o interesse público é manter o bom funcionamento do setor de saúde suplementar, entendido como o conjunto de serviços de saúde particulares organizados, contratados e gerenciados por operadoras de planos de saúde (cooperativas e seguradoras de saúde, entre outras), cujo uso os associados ou beneficiários pagam mensalmente e antecipadamente. Para obter autorizações de funcionamento, as operadoras de planos privados de saúde devem preencher requisitos fixados pela lei 9.656, conforme o art. 8°. Por exemplo, ter registro nos Conselhos Regionais de Medicina e Odontologia. Os contratos dos planos de saúde devem obedecer ao plano referência de assistência à saúde, instituído pela lei 9656, em seu art. 10. As operadoras de planos privados de assistência à saúde não podem discriminar e impedir o consumidor de participar dos planos em razão da idade ou de sua condição de pessoa com deficiência, conforme o art. 14. O contrato deve prever, expressamente, a variação das contraprestações pecuniárias em razão da idade do consumidor e os percentuais de reajuste incidentais em cada uma das faixas etárias, conforme normas da ANS conforme o art. 15 da lei 9.656/98. Os consumidores com mais de 60 anos de idade não estarão sujeitos à variação da mensalidade do plano de saúde se ele ou seus sucessores dele participarem há mais de dez anos, conforme o parágrafo único do art. 15. 9 (Trecho adaptado do sítio eletrônico: www.ans.com.br) PASSOS PARA CONTRATAR UM PLANO DE SAÚDE SEGUNDO A AGÊNCIA NACIONAL DE SAÚDE SUPLEMENTAR: https://encrypted-tbn3.gstatic.com/images?q=tbn:ANd9GcRQppWZY2XxbAkKluSjBW- BcJ8BhOWgw2E2YtnY3YWQx0okVLkU 1 Pense: Em quem vai contratar o plano de saúde: se for contratado por você ou por alguém da sua família, ele será um plano individual ou familiar. Se for contratado por uma empresa, sindicato ou associação ao qual você ou alguém da família está filiado, o plano de saúde será coletivo. Em alguns casos, as regras são diferentes para cada um desses tipos de contrato. 2 Avalie: As necessidades de quem vai usar os serviços do plano de saúde: Quantas pessoas são, quais as condições de saúde delas, que idades elas têm, que tipo de atendimentos elas podem precisar, em que locais e de quanto é possível dispor para pagar o plano de saúde por mês. 3 Escolha: A segmentação de plano mais adequada às necessidades que você identificou. O plano de saúde pode ser: ambulatorial (para consultas, inclusive pré-natal, exames e cirurgias sem internação); hospitalar (internação); odontológico; ambulatorial + hospitalar, com ou sem serviços de odontologia e obstetrícia (pré-natal, parto e pós-parto) ou plano referência. 4 Analise: Se tiver optado por um plano hospitalar, se deseja acomodação individual (quarto, pagando um pouco mais e tendo mais privacidade e um horário para visitas mais flexível) ou coletiva (enfermaria, economizando um pouco e ficando no mesmo ambiente que outros pacientes). 5 Reflita: Se você e seus familiares se deslocam com frequência e onde você quer ser atendido: apenas na sua cidade, no seu estado, em grupos de cidades ou estados, em todo o país ou até fora dele. 6 Informe-se: A respeito da rede credenciada do plano. Assim, você saberá com antecedência quais hospitais, clínicas, laboratórios e profissionais de saúde lhe atenderão. 7 Esteja ciente: Que as faixas de idade e as escolhas acima serão determinantes para definir o preço final do plano de saúde. 8 Saiba: Que há planosde saúde que cobram um valor fixo por mês: usando ou não os serviços do plano, a mensalidade será a mesma. Outros planos de saúde cobram uma mensalidade menor, porém acrescentam à mensalidade um valor adicional a ser pago por cada atendimento, consulta ou exame realizado naquele período. 9 pesquisar e comparar: Há várias opções de planos de saúde em www.ans.gov.br. Lá, pode também obter os dados de contato, avaliações da qualidade das empresas que vendem planos de saúde e conhecer o índice de reclamações contra elas, no item Quer descobrir as melhores operadoras? 10 Antes de assinar o contrato: verifique se a operadora de planos de saúde escolhida e o plano a ser contratado têm registro na ANS. Para isso, consulte www.ans.gov.br ou ligue para o Disque- ANS: 0800 701 9656. AO CONTRATAR O PLANO DE SAÚDE, VOCÊ DEVERÁ TER ACESSO A: • Uma cópia do contrato assinado, contendo todas as condições de utilização, como por exemplo, o preço da mensalidade, as formas de reajuste e os atendimentos a que você tem direito; Atenção: Nos planos de saúde coletivos, a entrega da cópia do contrato não é obrigatória, mas você pode solicitá-la. • Um manual com a relação de todos os profissionais de saúde, hospitais, clínicas e laboratórios credenciados ou referenciados; • A carteirinha do plano de saúde, onde deve constar seu nome, nome da empresa que está lhe prestando o serviço, número de registro dessa empresa na ANS e o nome e/ou número do plano de saúde que você comprou; • O Guia de Leitura Contratual, criado pela ANS e entregue pela operadora de planos de saúde para ajudar a compreender o contrato, também disponível em www.ans.gov.br; e, • O Manual de Orientação para Contratação de Planos de Saúde criado pela ANS e entregue pela operadora de planos de saúde, que também pode ser obtido em www.ans.gov.br. Guarde esses documentos com você! http://www.ans.gov.br/ ENTENDA MELHOR OS TERMOS MAIS USADOS QUANDO O ASSUNTO É PLANO DE SAÚDE: Abrangência geográfica Avalie bem se você precisa de um plano de saúde que atenda apenas em seu município ou se você precisa de atendimento em outros municípios, no seu estado, em outros estados, no Brasil ou em âmbito internacional. A área geográfica onde você poderá ser atendido por seu plano deve estar expressa de forma clara no contrato do plano de saúde. Diferença de preço entre faixas etárias Os preços dos planos de saúde são determinados em função dos custos e da frequência de utilização dos procedimentos médicos. Decorrente disso, os preços dos planos podem variar de acordo com as faixas etárias dos beneficiários. Por exemplo, o preço de um plano para um indivíduo de 20 anos tende a ser mais baixo do que o preço cobrado para alguém de 60 anos. Isso porque uma pessoa idosa, em geral, precisa de cuidados médicos com mais frequência. Para que as operadoras não inibam o acesso das pessoas mais idosas aos planos de saúde, a ANS estabeleceu limitações com relação às variações entre as faixas etárias. Por exemplo, o preço da última faixa não pode ser mais de 6 vezes o valor estabelecido para a primeira faixa. https://encrypted-tbn3.gstatic.com/images?q=tbn:ANd9GcRQppWZY2XxbAkKluSjBW- BcJ8BhOWgw2E2YtnY3YWQx0okVLkU Operadoras de Planos de Saúde As operadoras são empresas que vendem planos de saúde. Para sua segurança, verifique se a operadora escolhida e o plano a ser contratado têm registro na ANS. Para isso, consulte www.ans.gov.br ou ligue para o Disque- ANS: 0800 701 9656. Pagamento das mensalidades Verifique a data de vencimento de sua mensalidade e evite pagar com atraso. Se os períodos de atraso no pagamento somados ao longo dos últimos 12 meses forem superiores a um total de 60 dias, corridos ou não, a empresa que vendeu o plano de saúde poderá rescindir o seu contrato, desde que você seja comunicado até o 50º dia de atraso do pagamento da mensalidade. Nos planos em que há coparticipação, além da mensalidade, você arca com parte do valor de alguns procedimentos quando utilizá-los. Portanto, o valor a ser pago por você por cada procedimento deve ser menor que o pagamento integral do procedimento. Consulte seu contrato para saber quais procedimentos (consultas, exames etc.) estão sujeitos à cobrança de coparticipação. Época de contratação do plano • Planos novos: são aqueles cujos contratos foram celebrados na vigência da Lei nº 9.656/98, ou seja, a partir de 1º de janeiro de 1999. Devem ter registro na ANS e estão totalmente sujeitos à nova legislação. • Planos antigos: são aqueles cujos contratos foram celebrados antes da vigência da Lei nº 9.656/98. Operadoras de planos privados de assistência à saúde Pessoa jurídica constituída sob a modalidade de sociedade civil ou comercial, cooperativa, ou entidade de autogestão, autorizada, a partir do registro na ANS, a comercializar planos de privados de assistência à saúde. Operadoras ativas Operadoras registradas com autorização de funcionamento na Agência Nacional de Saúde Suplementar - ANS. Plano privado de assistência à saúde Prestação continuada de serviços ou cobertura de custos assistenciais a preço pré ou pós estabelecido, por prazo indeterminado, com a finalidade de garantir, sem limite financeiro, a assistência à saúde, pela faculdade de acesso e atendimento por profissionais ou serviços de saúde, livremente escolhidos, integrantes ou não de rede credenciada, contratada ou referenciada, visando a assistência médica, hospitalar e odontológica, a ser paga integral ou parcialmente às expensas da operadora contratada, mediante reembolso ou pagamento direto ao prestador, por conta e ordem do consumidor. Planos registrados Os planos privados de assistência à saúde a serem ofertados pelas operadoras devem ser registrados na ANS como condição para sua comercialização. Consideram-se planos ativos aqueles cujos registros estejam em situação de regularidade para comercialização ou disponibilização; como ativos com comercialização suspensa - planos com a oferta proibida para novos contratos, mantendo a assistência prevista nos contratos já firmados; e cancelados - os planos tornados inativos, por decisão da ANS ou a pedido da operadora. HISTÓRICO REGULATÓRIO Antes da Lei 9656/98: Apenas as Sociedades Seguradoras eram fiscalizadas pela SUSEP; As demais operadoras estavam sujeitas à atuação da justiça e de entidades de defesa do consumidor; Problemas de transparência quanto aos critérios de reajuste adotados pelas empresas; Maior incerteza quanto à continuidade de prestação dos serviços por parte das operadoras. Após a Lei 9656/98: Todas as operadoras passam a ser reguladas e fiscalizadas pela ANS; Os critérios de reajuste por faixa etária devem ser explicitados nos contratos; Os reajustes financeiros dos contratos individuais/familiares passam a ser previamente aprovados pela ANS; As operadoras devem constituir “provisões técnicas” para garantia da manutenção da prestação de seus serviços. Todas as operadoras devem observar padrões contábeis específicos ser reguladas e fiscalizadas pela ANS; Existência de regras para substituição da rede contratada; - Obrigatoriedade de cobertura de doenças pré-existentes após 24 meses de vigência contratual; - Os novos planos devem observar as coberturas mínimas estabelecidas na Lei 9656/98. TIPOS DE OPERADORAS Autogestão: entidades que operam serviços de assistência à saúde destinados, exclusivamente, a empregados ativos, aposentados, pensionistas ou ex- empregados, de uma ou mais empresas ou, ainda, a participantes e dependentes de associações de pessoas físicas ou jurídicas, fundações, sindicatos, entidades de classes profissionais ou assemelhados e seus dependentes. Cooperativamédica: sociedades sem fins lucrativos, constituídas conforme o disposto na Lei n.º 5.764, de 16 de dezembro de 1971. Cooperativa odontológica: sociedades sem fins lucrativos, constituídas conforme o disposto na Lei n.º 5.764, de 16 de dezembro de 1971, que operam exclusivamente Planos Odontológicos. Filantropia: entidades sem fins lucrativos que operam Planos Privados de Assistência à Saúde, certificadas como entidade filantrópica junto ao Conselho Nacional de Assistência Social, CNAS, e declaradas de utilidade pública junto ao Ministério da Justiça ou junto aos Órgãos dos Governos Estaduais e Municipais. Administradora: empresas que administram planos de assistência à saúde financiados por outra operadora, não assumem o risco decorrente da operação desses planos, não possuem rede própria, credenciada ou referenciada de serviços médico-hospitalares ou odontológicos e não possuem beneficiários. Seguradora especializada em saúde: sociedades seguradoras autorizadas a operar planos de saúde, desde que estejam constituídas como seguradoras especializadas nesse seguro, devendo seu estatuto social vedar a atuação em quaisquer outros ramos ou modalidades. Medicina de grupo: demais empresas ou entidades que operam Planos Privados de Assistência à Saúde. Odontologia de grupo: demais empresas ou entidades que operam, exclusivamente, Planos Odontológicos. https://encrypted-tbn3.gstatic.com/images?q=tbn:ANd9GcRQppWZY2XxbAkKluSjBW- BcJ8BhOWgw2E2YtnY3YWQx0okVLkU Tipos de planos de Saúde Plano Individual: O plano individual contempla apenas uma pessoa no contrato, que é o usuário titular do plano de saúde. Ele será o responsável pelo pagamento das mensalidades do plano de saúde. Plano de Saúde Familiar: O plano familiar foi criado para o contrato de duas ou mais pessoas que possuam um vínculo familiar. Esse plano contempla o usuário titular e os dependentes legais (as regras de aceitação dos dependentes podem variar de acordo com a operadora escolhida). Esta opção de plano é interessante, pois pode custar 15% menos que um plano individual. No plano familiar o usuário titular do plano será o responsável pelo pagamento das mensalidades de todo o grupo familiar. Plano Coletivo por Adesão: Esta opção de plano está disponível para grupos formados por associações, sindicatos e entidades de classe. O plano por adesão (ou por profissão) pode custar 30% menos que um plano de pessoa física, pois reúne um grupo de pessoas que compartilham os gastos iniciais comuns a todos nos planos de saúde. O titular desse plano deve ser pessoa física elegível a associação ou entidade de classe que está oferecendo o plano para seus associados. Plano Empresarial: Nesses casos a empresa contratante do plano é responsável pelos pagamentos das faturasse assinatura do contrato. Os titulares do plano podem ser os funcionários, sócios da empresa e os prestadores de serviços (esses últimos dependendo da regra de aceitação de cada operadora). A grande vantagem desse plano é que é possível negociar preços e serviços desses planos podendo diminuir o custo da contratação. https://encrypted-tbn3.gstatic.com/images?q=tbn:ANd9GcRQppWZY2XxbAkKluSjBW- BcJ8BhOWgw2E2YtnY3YWQx0okVLkU Modalidades de contrato de Planos de Saúde Plano Ambulatorial: Compreende a cobertura de consultas em número ilimitado, exames complementares e outros procedimentos realizados em ambulatórios, consultórios e clínicas. Cobre também atendimentos e procedimentos caracterizados como urgência e emergência, não abrange internações nem a procedimentos diagnósticos e terapêuticos que utilizam a estrutura hospitalar por mais de doze horas (como recuperação pós-anestésica, CTI, UTI). Plano Hospitalar sem obstetrícia: Compreende atendimento em unidade hospitalar com número ilimitado de diárias, inclusive em UTI, transfusões, quimioterapia e radioterapia entre outros, necessários durante o período de internação. Inclui também os atendimentos caracterizados como urgência e emergência que evoluírem para internação ou que sejam necessários a preservação da vida, órgãos e funções. Plano Hospitalar com obstetrícia: Acresce ao plano hospitalar sem obstetrícia, a cobertura de consultas, exames e procedimentos relativos ao pré-natal, assistência ao parto e ao recém- nascido durante os primeiros 30 dias de vida. Garante também a inscrição do recém-nascido como dependente isento do cumprimento de carência, desde que a inscrição ocorra no prazo máximo de 30 dias após o nascimento. Plano Referencial: Plano de oferecimento obrigatório pelas operadoras, que combinam o plano ambulatorial e o hospitalar com obstetrícia, com a cobertura em totó território brasileiro e possui como padrão a acomodação na enfermaria. Plano Odontológico: Compreende a cobertura de procedimentos odontológicos realizados em consultórios, podendo ter diferentes níveis de cobertura dependendo da categoria do plano. O PLANO DE SAÚDE OBRIGADO A FORNECER MEDICAMENTOS EM QUE SITUAÇÕES? O plano de saúde deve cobrir todos os medicamentos prescritos pelo médico assistente a serem ministrados durante o período de internação hospitalar, desde que o plano contratado tenha cobertura para a internação hospitalar. Entretanto, existem medicamentos que não tem cobertura, mesmo durante a internação. São eles: medicamentos relacionados à tratamento clínico ou cirúrgico experimental, isto é, medicamento não registrado no País; ou considerado experimental pelo Conselho Federal de Medicina (CFM) ou Conselho Federal de Odontologia (CFO) ou ainda que não possua indicação descrita na bula registrada na ANVISA (uso off-label); medicamentos e produtos para a saúde importados não nacionalizados (produzidos fora do território nacional e sem registro vigente na ANVISA); medicamentos cuja eficácia e/ou efetividade tenham sido reprovadas pela Comissão Nacional de Incorporação de Tecnologias do Ministério da Saúde – CONITEC; medicamentos para tratamento domiciliar, excerto antineoplásicos orais e medicamentos para o controle dos efeitos adversos e adjuvantes do tratamento com os antineoplásicos, com preferência para os genéricos. Artigo 19 da RN 338/2013 ANS Diferenças entre Operadoras e Seguradoras de Saúde A grande diferença é o reembolso das despesas médico-hospitalares realizadas pelas seguradoras. Mas ambas oferecem o mesmo serviço conforme contrato assinado. Seguro: Vantagem é que permite livre escolha nos profissionais e prestadores de serviços de saúde, porém é importante avaliar se o valor do reembolso é muito baixo em relação ao serviço pago. SUSEP Plano: Tem direito a todo tratamento incluso em contrato, porém em rede própria ou referenciada, muitas vezes limitando a escolha pelo profissional ou prestador de serviço desejado. ANS. Carência Carência é o período de tempo em que o cliente, mesmo após a contratação do plano, não tem direito ao atendimento e algumas coberturas. Quando a operadora exigir cumprimento de carência, este deve estar obrigatoriamente expresso, de forma clara, no contrato. Os prazos máximos de carência estabelecidos na legislação são: 24 horas para os casos de urgência e emergência; 300 dias para partos; 180 dias para os demais casos; 24 meses para cobertura de doenças ou lesões preexistentes É expressamente proibida a recontagem de carência, numa mesma operadora, para os procedimentos que o consumidor já tenha cumprido carência. Doenças e lesões pré-existentes: São aquelas que o consumidor ou seu responsável saiba ser portador ou sofredor, à época da contratação do plano de saúde. No momento da contratação, quando solicitado, o consumidor deve informar à operadora sobre as doenças e lesões de seu conhecimento, para que lhe possam ser oferecidasopções de acordo com as regras legais. É importante ressaltar que a omissão de informações pode levar ao cancelamento do contrato por parte da operadora. Para saber se o consumidor é portador de doenças ou lesões preexistentes, a operadora poderá exigir, no momento da contratação, o preenchimento de uma declaração de saúde. Esta consiste em um formulário, elaborado pela operadora, para registro de informações sobre as doenças ou lesões que o consumidor seja portador ou sofredor, e das quais tenha conhecimento no momento da contratação, com relação a si e a todos os dependentes integrantes de seu contrato. Há casos em que é possível trocar de plano de saúde sem cumprir carência ou cobertura parcial temporária no plano novo. Saiba como e quando isso pode acontecer. É a possibilidade de contratar um plano de saúde, individual ou familiar ou coletivo por adesão, dentro da mesma operadora de planos de saúde ou em operadoras diferentes, sem cumprir novos períodos de carência ou de cobertura parcial temporária exigíveis e já cumpridos no plano de origem. Para usar a portabilidade pela primeira vez, você deverá estar no seu plano de saúde há pelo menos 2 anos ou 3 anos, no caso do cumprimento de Cobertura Parcial Temporária (CPT). Você não pode estar em carência no plano de origem para usar a portabilidade. A partir da segunda vez, basta estar por no mínimo um ano no seu plano. Em ambos os casos, você poderá fazer a portabilidade em até 4 meses a partir do mês de aniversário do contrato. Caso não a utilize nesse período, poderá fazê-lo somente no ano seguinte, também em até 4 meses a partir do mês de aniversário do contrato. Pode ser feita a portabilidade de um plano individual para outro, de um plano coletivo por adesão para outro e de um plano individual para um plano coletivo por adesão e vice-versa. Também é possível mudar de um plano de abrangência municipal, para um de atendimento em vários municípios, em um ou vários estados, ou nacional. A operadora do plano de origem deverá comunicar a todos os beneficiários a data inicial e final do período estabelecido para o exercício da portabilidade de carências. Essa informação deve constar do boleto de pagamento do mês anterior ao referido período, em correspondência enviada aos titulares dos contratos nos casos em que não lhes seja enviado boleto ou ainda por qualquer outro meio que assegure ciência do beneficiário. Fraude no Preenchimento da Declaração de Saúde: No ato da contratação, o consumidor fica obrigado a informar à operadora, quando expressamente solicitado por meio da declaração de saúde, as doenças ou lesões preexistentes deque saiba ser portador. A omissão da informação é considerada fraude e poderá acarretar a suspensão ou rescisão do contrato. As opções para o Consumidor com doenças ou Lesões Pré-existentes Agravo É um acréscimo no valor da mensalidade do plano de saúde do portador de DLP. Esse acréscimo será proporcional à cobertura de eventos cirúrgicos, leitos de alta tecnologia e procedimentos de alta complexidade relacionados à doença ou lesão preexistente. https://encrypted-tbn3.gstatic.com/images?q=tbn:ANd9GcRQppWZY2XxbAkKluSjBW- BcJ8BhOWgw2E2YtnY3YWQx0okVLkU Crianças Nascidas de Partos Cobertos pela Operadora: Às crianças nascidas de parto coberto pela operadora, não caberá qualquer alegação de doença ou lesão pré-existente, sendo-lhes garantida a assistência durante os 30 primeiros dias de vida dentro da cobertura do plano do titular, assim como estará garantida a sua inscrição na operadora sem a necessidade de cumprimento de qualquer período de carência ou de cobertura parcial temporária ou agravo. Reembolso de Despesas: É garantido o reembolso de despesas efetuadas pelo consumidor, quando não for possível a utilização dos serviços oferecidos pela operadora, nos limites das obrigações contratuais. O reembolso deverá ser efetuado no prazo máximo de 30 dias após a entrega da documentação adequada. O valor a ser reembolsado ao consumidor deverá ser, no mínimo, aquele que a operadora pagaria para a rede credenciada se esta fosse utilizada. CBHPM Remoção do Paciente: A operadora deverá garantir a cobertura de remoção, após realizados os atendimentos classificados como de urgência e emergência, quando caracterizada, pelo médico assistente, a falta de recursos oferecidos pelo hospital para a continuidade do atendimento ao consumidor. AUMENTO DE PREÇOS: REAJUSTE DE MENSALIDADES Seu plano de saúde pode aumentar de preço em dois momentos: 1. quando você completar uma idade que ultrapasse o limite da faixa etária na qual se encontrava antes, conhecido como “reajuste por mudança de faixa etária”; e, 2. anualmente, na data de aniversário do contrato, conhecido como “reajuste anual de variação de custos”. Esteja atento a essas informações. Assim, você saberá quando haverá aumento de preços. O reajuste anual será aplicado conforme as normas contratuais livremente combinadas entre a operadora de planos de saúde e a pessoa jurídica contratante (empresa, sindicato ou associação) e deverá ser comunicado à ANS em no máximo até 30 dias após o aumento do preço. Não é permitida a aplicação de reajustes diferenciados dentro de um mesmo contrato. O reajuste anual é o aumento da mensalidade em função da alteração nos custos causada, pelo aumento do preço, utilização do serviços médicos e pelo uso de novas tecnologias. O percentual de reajuste aplicado nos contratos individuais/familiares não poderá ser maior que o divulgado pela ANS e somente poderá ser aplicado uma vez ao ano, no mês de aniversário do contrato. O reajuste por faixa etária é o aumento de preço que ocorre quando você completa uma idade que ultrapassa o limite da faixa etária em que você se encontrava antes. O contrato do plano de saúde deverá prever um percentual de aumento para cada mudança de faixa etária. Esse raciocínio se baseia no fato de que em geral, por questões naturais, quanto mais avança a idade da pessoa, mais necessários se tornam os cuidados com a saúde e mais frequente é a utilização de serviços dessa natureza. Para esse tipo de aumento, as regras são as mesmas para planos coletivos ou individuais/familiares. A Lei nº 9.656/1998 estabelece que as faixas a serem adotadas para o reajuste devem estar claramente dispostas nos contratos. A definição de quais seriam essas faixas variou ao longo do tempo, sendo que para planos contratados entre 02/01/1999 e 31/12/2003 as faixas eram regidas pela Resolução CONSU nº 06/1998 e a partir de 01/01/2004 até a presente data são regidas pela RN nº 63/2003. Se o percentual de reajuste não constar expressamente em seu contrato, a operadora de planos de saúde não poderá aplicar esse aumento. Se seu plano foi contratado a partir de 01/01/04, são 10 faixas: 0 a 18 anos; 19 a 23 anos; 24 a 28 anos; 29 a 33 anos; 34 a 38 anos; 39 a 43 anos; 44 a 48 anos; 49 a 53 anos; 54 a 58 anos; e 59 anos ou mais. O valor da mensalidade na 10ª faixa etária pode ser, no máximo, seis vezes superior ao valor da 1ª faixa. A variação acumulada entre a 7ª e a 10ª faixas não poderá ser superior à variação acumulada entre a 1ª e a 7ª faixas. https://encrypted-tbn3.gstatic.com/images?q=tbn:ANd9GcRQppWZY2XxbAkKluSjBW- BcJ8BhOWgw2E2YtnY3YWQx0okVLkU POR QUE EXISTEM FAIXAS ETÁRIAS DIFERENCIADAS, ANTES DE 01/01/2004 E A PARTIR DESSA DATA? • Porque nessa data entrou em vigor o Estatuto do Idoso, que proibiu a discriminação do idoso nos planos de saúde pela cobrança de valores diferenciados em razão da idade, definindo ainda que seriam consideradas idosas as pessoas com 60 anos ou mais. • O reajuste por variação de custos não foi alterado pelo Estatuto do Idoso, pois não é aplicado em função daidade. Assim, o plano de saúde da pessoa com 60 anos ou mais terá apenas o reajuste anual. https://encrypted-tbn3.gstatic.com/images?q=tbn:ANd9GcRQppWZY2XxbAkKluSjBW- BcJ8BhOWgw2E2YtnY3YWQx0okVLkU PROMOÇÃO DA SAÚDE NA VISÃO DOS PLANOS DE SAÚDE O aumento do número de beneficiários no setor previdenciário provocou crise de eficiência da assistência prestada. A fim de suprir a lacuna na qualidade dos serviços de saúde oferecidos aos trabalhadores, foi criada a saúde suplementar, a partir de iniciativas privadas, a exemplo das caixas de assistência. (Bertolli Filho apud BARBOSA ET AL 2015). Apesar desse processo evolutivo, o modelo de atenção hegemônico, caracterizado pelo enfoque biologista da saúde-doença-cuidado, sempre foi prevalecente, desconsiderando determinantes sociais da saúde, com execução de ações desintegradas, desarticuladas, e centradas na assistência médico- hospitalar especializada e com incorporação acrítica de novas tecnologias, constituindo-se em um modelo caro e pouco eficiente. Torna-se, então, necessária a adoção de um modelo com foco no cuidado, na ação cuidadora e na lógica da promoção da saúde e prevenção de agravos, principalmente devido à discussão crescente sobre melhoria das condições de vida e de saúde da população. Os indivíduos querem e precisam ser mais saudáveis para atender a demandas cotidianas, a estas incluem-se trabalho, formação educacional, lazer e demais compromissos sociais. As operadoras, por sua vez, precisam reduzir seus custos, reter e conquistar seus clientes e, atualmente, oferecer assistência diferenciada e personalizada a seus clientes. Torna-se, então, necessária a adoção de um modelo com foco no cuidado, na ação cuidadora e na lógica da promoção da saúde e prevenção de agravos, principalmente devido à discussão crescente sobre melhoria das condições de vida e de saúde da população. Os indivíduos querem e precisam ser mais saudáveis para atender a demandas cotidianas, a estas incluem-se trabalho, formação educacional, lazer e demais compromissos sociais. As operadoras, por sua vez, precisam reduzir seus custos, reter e conquistar seus clientes e, atualmente, oferecer assistência diferenciada e personalizadas a seus clientes (Onofrio FB, 2007). A Promoção à Saúde vem sendo entendida como estratégia eficaz para redução da morbimortalidade que acomete as populações, pois beneficia a qualidade de vida e contribui para a ruptura do modelo biomédico. Em estudo feito por Barbosa et al, 2015, os discursos de gerentes e profissionais dos três estados estudados e ainda de usuários de um estado em especial apontaram semelhanças com tal compreensão. Ao se contrapor ao modelo biologicista, a estratégia com foco na PS é defendida por conduzir para a tomada de decisão advinda do processo saúde/doença/cuidado15 objetivando melhora das condições de vida dos usuários. Nesse sentido, a ANS, ao propor programas de OS no setor suplementar, reconhece sua efetividade e importância para o desenvolvimento da consciência sanitária e resgate da autoestima dos usuários. A educação em saúde, entendida pelos sujeitos da pesquisa como significado da PS, válida ao passo que atende às necessidades da população e faz referência ao cotidiano, é capaz de conferir o reconhecimento dos indivíduos sobre sua saúde e provocar a voluntária mudança de hábitos Barbosa et al, 2015. A maior demanda aos serviços de saúde é constituída pela população idosa, composta por pessoas com mais de 60 anos de idade, realidade com tendência a intensificação, devido ao aumento da longevidade da população brasileira, à semelhança de outros países (Pilger et al, 2013). Atualmente, em diversos países, um dos objetivos das políticas públicas é a redução das desigualdades no acesso aos serviços de saúde. Para o planejamento das ações de redução dessas desigualdades e avaliação de políticas vigentes, torna-se necessário conhecer como ocorre o uso dos serviços de saúde, relacionando-o ao perfil sócio demográfico e às necessidades dos indivíduos (Sauer et al,2002). Em estudo feito por Lima e Giatti 2003, mostrou a que população idosa é grande usuária dos serviços de saúde, principalmente os serviços públicos, devido ao aumento da prevalência de doenças crônicas não transmissíveis e incapacidades físicas. Estudos que possibilitam analisar o perfil de utilização de serviços, como é o caso do estudo feito por Pilger et al, 2013, trazem à discussão além do conhecimento do perfil, a necessidade de desenvolvimento de modelos de atenção voltados às características e às demandas da população idosa. Esses modelos devem ser capazes de identificar demandas, criar serviços, estabelecer redes intersetoriais e gerenciar a assistência a doenças crônicas de forma integrada. As pesquisas também possibilitam conhecer o padrão de consumo de serviços de saúde de determinada população, diminuindo assim, custos com os serviços de alta complexidade e especialidades, favorecendo ações primárias e secundárias de saúde. As características do estudo são essenciais para a produção do conhecimento em saúde e principalmente, para a saúde do idoso. Do ponto de vista do profissional de saúde ressalta-se a sua importância perante à sua atuação no atendimento ao idoso, em especial na atenção primária. Conhecendo os idosos na comunidade e os determinantes da sua utilização dos serviços de saúde é possível aos profissionais considerá-los em suas múltiplas interfaces, em suas particularidades e diferenças. Tal fato é de extrema importância para subsidiar a gestão do cuidado a essa clientela de maneira a preservar sua independência e autonomia, já que a assistência ao idoso e a oferta de serviços de saúde devem ser ações prioritárias nas políticas públicas voltadas a essa população. Segundo Andraos e Lorenzo 2013, no Brasil a internação domiciliar (ID) tem sido um dos programas mais utilizados para a desospitalização do idoso e o mais amplamente recorrido pelo sistema de saúde suplementar. Veras e colaboradores 2008 demonstraram que as maiores coberturas proporcionais do sistema suplementar estão, exatamente, no grupo etário de idosos, sendo a modalidade de operadoras de autogestão a que tem a maior proporção de idosos na carteira, correspondendo a 28,2% do total de segurados. O próprio Estado reconhece ainda não existir no país uma prática satisfatória de atenção à saúde do idoso. Essa realidade acaba por tornar a família o lócus social quase exclusivo de cuidados aos idosos, o que caminha na direção contrária à realidade da vida cotidiana e ao contexto socioeconômico das famílias brasileiras na contemporaneidade, nas quais a maioria dos adultos trabalha fora e não existem condições financeiras para a contratação de cuidadores profissionais. Como demonstrado por Lima-Costa e colaboradores, a maioria dos idosos no Brasil tem renda mensal inferior a um salário mínimo – da qual gasta um quarto com compra de medicamentos. Diante deste contexto, os critérios para elegibilidade da ID deveriam considerar três aspectos: 1) circunstância individual do enfermo; 2) condições ambientais e; 3) características do grupo familiar. O primeiro aspecto relaciona-se com o estado clínico do idoso, grau de dependência funcional e situação socioeconômica. O segundo, refere-se às condições do domicílio para a instalação dos equipamentos e acolhimento da equipe. O terceiro, diz respeito ao tipo de atenção familiar que o idoso recebe e as possibilidades e disposição da família em participar dos cuidados. Apesar da evidente necessidade de considerar esses aspectos frente à decisão pela ID, as operadoras de planos de saúde utilizam critérios eminentemente clínicos para produzir tanto o escore de elegibilidade para a internação domiciliar quanto para classificar o grau de complexidade requerido no planejamentoda assistência. Pode-se argumentar que a geração de demandas para modalidades de assistência domiciliar de baixa complexidade, quando não atendem aos critérios clínicos de ID utilizados pelo sistema suplementar de saúde, é causada pelo fato de o Estado brasileiro, mesmo contando com uma política nacional de atenção à saúde do idoso, não desenvolver eficientemente ações programáticas na direção de cuidados especiais com o envelhecimento da população. Porém, pode-se também contra-argumentar que enquanto sistema suplementar as diversas modalidades de operadoras de planos de saúde tomam para si a responsabilidade de cuidar da saúde daqueles que vincula. Isso significa compromisso ético com o bem-estar dos seus vinculados e a utilização de um conceito amplo de saúde na elaboração de seus programas. (Andraos e Lorenzo 2013). PROGRAMAS PARA PROMOÇÃO DA SAÚDE E PREVENÇÃO DE RISCOS E DOENÇAS (PROMOPREV) São um conjunto orientado de estratégias e ações programáticas integradas que objetivam a promoção da saúde; a prevenção de riscos, agravos e doenças; a compressão da morbidade; a redução dos anos perdidos por incapacidade e o aumento da qualidade de vida dos indivíduos e populações. Artigo 2 º da RN 264/2011 ANS. Tipos de PROMOPREV que podem ser oferecidos pela Operadora de Plano de Saúde Programa para Promoção do Envelhecimento Ativo ao Longo do Curso da Vida: processo de otimização das oportunidades de saúde, participação e segurança, com o objetivo de melhorar a qualidade de vida à medida que as pessoas ficam mais velhas. Consiste em um conjunto de estratégias orientadas para a manutenção da capacidade funcional e da autonomia dos indivíduos ao longo do curso da vida, incorporando ações para a Promoção da Saúde e Prevenção de Riscos e Doenças, desde o pré-natal até as idades mais avançadas; Programa para População-Alvo Específica: conjunto de estratégias orientadas para um grupo de indivíduos com características específicas, incorporando ações para a promoção da saúde e prevenção de riscos e doenças em determinada faixa etária, ciclo de vida ou fator de risco determinado; Programa para Gerenciamento de Crônicos: conjunto de estratégias orientadas para um grupo de indivíduos portadores de doenças crônico- degenerativas e com alto risco assistencial, incorporando ações para prevenção secundária e terciária, compressão da morbidade e redução dos anos perdidos por incapacidade. RN 264/2011 ANS A Operadora pode conceder uma bonificação aos consumidores do plano de saúde coletivo pela participação em programas para promoção do Envelhecimento Ativo ao Longo do Curso da Vida e uma premiação pela participação em programas para População-Alvo Específica ou para Gerenciamento de Crônicos. Artigo 4º da RN 264/2011 ANS Qual a diferença entre bonificação e premiação? Bonificação: consiste em vantagem pecuniária, representada pela aplicação de desconto no pagamento da mensalidade, concedida pela Operadora ao consumidor do plano de saúde como incentivo sua participação em programa para Promoção do Envelhecimento Ativo ao Longo do Curso da Vida; Premiação: consiste em vantagem, representada pela oferta de prêmio, concedida pela Operadora ao consumidor de plano de saúde como incentivo a sua participação em programa para População-Alvo Específica e programa para Gerenciamento de Crônicos. Artigo 2º da RN 265/2011 ANS Além de melhorar a qualidade de vida de seus profissionais, se a empresa ou entidade representativa estimular e acompanhar, de forma adequada, o tratamento daquele grupo de risco, algumas doenças podem ser evitadas, os gastos com as internações podem ser reduzidos e a Administradora de Benefícios pode negociar um reajuste menor com a Operadora de Plano de Saúde em favor da coletividade. A adesão ao programa não é obrigatória cabe ao consumidor do plano de saúde coletivo decidir se irá ou não participar do programa oferecido pela Operadora do Plano de Saúde. Artigo 2º da RN 265/2011 ANS https://encrypted-tbn3.gstatic.com/images?q=tbn:ANd9GcRQppWZY2XxbAkKluSjBW- BcJ8BhOWgw2E2YtnY3YWQx0okVLkU Como o consumidor pode aderir a um programa para Promoção do Envelhecimento Ativo ao Longo do Curso da Vida? Nos planos de saúde coletivos, a adesão deve se dar primeiro pela empresa, órgão públicos ou entidade representativa e, posteriormente, por cada um dos consumidores interessados. Caberá à Operadora do Plano de Saúde e à empresa ou órgão público, no caso de planos de saúde coletivos empresariais, o estabelecimento da forma de negociação da aplicação e manutenção do bônus, podendo se dar de forma individualizada ou por percentual de participantes do grupo coletivo. Artigo 4º da RN 265/2011 e IN/DIPRO 36 ANS Como é calculado o valor da bonificação? O valor da bonificação deve ser o resultado da aplicação de um percentual sobre o valor da mensalidade. Artigo 7º da RN 265/2011 ANS Como o consumidor pode aderir a um programa voltado para população-alvo específica e para gerenciamento de crônicos? Uma vez identificada a população que possui alguma patologia, a Operadora do Plano de Saúde deverá comunicar a possibilidade de adesão ao consumidor elegível ou titular, por qualquer meio que assegure sua ciência, e apresentar uma minuta de contrato acessório com a descrição do programa. Artigo 17 da RN 265/2011 e IN/DIPRO36 ANS O prazo mínimo de vigência da concessão de bonificação é de 12 meses, contado da data da assinatura do termo aditivo contratual, e renovável, automaticamente, por igual período. Se o consumidor não cumprir a meta estabelecida no programa de gerenciamento de crônicos, ele perde o direito à premiação? Não. Para concessão da premiação, a Operadora de Plano de Saúde não poderá exigir do consumidor qualquer outro critério que não seja a sua adesão e participação no programa, sendo expressamente vedado condicionar o recebimento do prêmio a: a) alcance de determinada meta ou determinado resultado em saúde; b) diminuição de sinistralidade ou utilização de procedimentos; c) tempo de permanência do consumidor na Operadora. Artigo 18 da RN 265/2011 ANS As Administradoras de Benefícios podem oferecer Programas para promoção da saúde e prevenção de riscos e doenças (Promoprev)? Não, as Administradoras de Benefícios não podem oferecer os programas, pois, não possuem produtos registrados na Agência Nacional de Saúde Suplementar – ANS tais quais as Operadoras de Planos de Saúde. Entretanto, além de incentivar que os consumidores de planos de saúde coletivos entrem nos programas oferecidos pelas Operadoras, as Administradoras de Benefícios podem auxiliar as empresas, os órgãos públicos e as entidades representativas a fazerem o acompanhamento e a aferição dos resultados obtidos. A quem o consumidor deve recorrer em caso de negativa de atendimento médico-hospitalar? A Operadora de Plano de Saúde é exclusivamente responsável por fornecer a cobertura assistencial, na forma prevista em contrato. É vedado à Administradora de Benefícios exercer essa atividade da Operadora. Portanto, o consumidor deve, primeiramente, procurar a Operadora do seu plano de saúde e exigir um protocolo de atendimento. A Operadora deverá informar ao consumidor, detalhadamente, em linguagem clara e adequada, e no prazo máximo de 48 (quarenta e oito) horas contado da negativa, o motivo da negativa de autorização do procedimento, indicando a cláusula contratual ou o dispositivo legal que a justifique. O consumidor poderá, ainda, solicitar à Operadora o envio da negativa por escrito, por correspondência ou meio eletrônico, também no prazo máximo de 48 (quarenta e oito) horas. Artigos 2º, 3º e 4º da RN 319/2013 ANS. É proibida a negativa de cobertura em casos de urgência e emergência, respeitada a legislação em vigor. Artigo2°, § 2° da RN 319/2013 ANS. Fim do contrato do plano de saúde: Rescisão Nenhuma pessoa pode ser excluída do plano por causa da idade ou de sua condição de saúde. Ela só pode ser excluída em caso de fraude comprovada no preenchimento da declaração de saúde ou no caso de não pagamento das mensalidades por mais de 60 dias (consecutivos ou não) desde que seja comunicado até o 50º de inadimplência nos últimos 12 meses. As condições de rescisão devem constar do contrato do plano de saúde. • Nos planos coletivos, as regras para a rescisão ou a suspensão do contrato são negociadas entre a pessoa jurídica contratante do plano (por exemplo, empresa, sindicato, associação) e a operadora de plano de saúde. É importante que o beneficiário fique atento às regras estabelecidas no seu contrato. • A rescisão do contrato sem motivo, por qualquer das partes, somente poderá ocorrer após a vigência do período de 12 meses e mediante prévia notificação da outra parte interessada com antecedência mínima de 60 dias. Posso permanecer no plano coletivo depois de ser demitido ou me aposentar desde que: - Tenha contribuído para o pagamento de plano de saúde enquanto esteve empregado; - Não tenha sido admitido em novo emprego; - Assuma integralmente a mensalidade após o desligamento; e, - Tenha sido demitido ou exonerado sem justa causa. A pessoa demitida ou aposentada tem o direito de manter a condição de beneficiária individualmente ou com seu grupo familiar. Também é possível a inclusão de novo cônjuge e filhos. BIBLIOGRAFIA Agência Nacional de Saúde Suplementar. Caderno de Informação da Saúde Suplementar da ANS: beneficiários, operadoras e planos. Rio de Janeiro: ANS; 2007. Ugá MAD, Barbosa PR, Lemos SML, Vasconcellos MM, Gerschman S, Portela MC. Dimensionamento dos planos de saúde comercializados por hospitais filantrópicos no Brasil. Rio de Janeiro: ENSP/Fiocruz; 2004. [Acessado 2005 Dez 28]. Disponível em: http:/ /www.ans.gov.br/portal/site/Biblioteca/biblioteca_topico_17702.asp Portela MC, Lemos S, Barbosa PR, Murat M, Ugá MAD, Gerschman S. Caracterização assistencial hospitalar filantrópica no Brasil. Rev. Saúde Pública 2004; 38(6):811-818. ANS – Agência Nacional de Saúde: www.ans.gov.br Mensagens para a ouvidoria podem ser enviadas para: www.ans.gov.br/index.php/aans/central-de- atendimento Atendimento por telefone: 08007019656 (reclamações e denúncias) SENACON-MJ – Secretária Nacional do Consumidor - Ministério da Justiça: http://portal.mj.gov.br Guia “PLANOS DE SAÚDE - CONHEÇA SEUS DIREITOS” - Reajuste de Mensalidade. Guia “PLANOS DE SAÚDE - CONHEÇA SEUS DIREITOS” - Carência, Urgência e Emergência, Doenças e Lesões Preexistentes. PUBLICAÇÃO: Agência Nacional de Saúde Suplementar – ANS. http://www.idec.org.br/uploads/publicacoes/publicacoes/folheto-plano-saude.pdf ATIVIDADES DE FIXAÇÃO 1- Nossa Constituição Federal estipula a saúde como um direito social e o dever do Estado em garantir seu acesso universal e igualitário, por meio do SUS (Sistema Único de Saúde), que deve ser devidamente financiado de forma a assegurar os direitos previstos. A participação da iniciativa privada na saúde é permitida de modo complementar e suplementar ao sistema público. Essa frase é: a) Verdadeira. b) Falsa. 2- O plano de saúde tem por finalidade: a) Garantir a assistência à saúde. b) Permitir o acesso e atendimento por profissionais ou serviços de saúde, livremente escolhidos, integrantes ou não de rede credenciada, contratada ou referenciada. c) Trabalhar com todos os pacientes e permitir acesso a saúde. d) Nenhuma das respostas. 3- O plano de saúde é um serviço oferecido por operadoras, empresas privadas, com intuito de prestar assistência médica e hospitalar. A lei 9.656 de 1998 disciplinou as atividades das Operadoras de Plano à Saúde, pessoas jurídicas de direito privado constituídas sob a forma de sociedade civil ou comercial, cooperativa, ou entidade de autogestão, que operem produtos ou serviços de Plano Privado de Assistência à Saúde, conforme seu art. 1°, II. Essa frase está: a) Errada. b) Correta. 4- É da competência da ___________ normatizar e fiscalizar qualquer modalidade de produto, serviço e contrato que apresente, além da garantia de cobertura financeira de riscos de assistência médica, hospitalar e odontológica, outras características que o diferencie de atividade exclusivamente financeira. Complete a frase: a) Operadora. b) ANS. c) Prestadora de serviço. d) Plano de saúde. 5- Para obter autorizações de funcionamento, as operadoras de planos privados de saúde devem preencher requisitos fixados pela lei _________, conforme o art. 8°. Por exemplo, ter registro nos Conselhos Regionais de Medicina e Odontologia. Complete a frase: a) 9.658. b) 9.956. c) 9.656. d) Nenhuma das respostas. 6- Os preços dos planos de saúde são determinados em função dos custos e da frequência de utilização dos procedimentos médicos. Decorrente disso, os preços dos planos podem variar de acordo com as faixas etárias dos beneficiários. Por exemplo, o preço de um plano para um indivíduo de 20 anos tende a ser mais baixo do que o preço cobrado para alguém de 60 anos. Isso porque uma pessoa idosa, em geral, precisa de cuidados médicos com mais frequência. Essa frase é: a) Verdadeira. b) Falsa. 7- Os planos privados de assistência à saúde a serem ofertados pelas operadoras não devem ser registrados na ANS como condição para sua comercialização. Essa frase é: a) Verdadeira. b) Falsa. 8- Após a Lei 9656/98, podemos afirmar que: a) Todas as operadoras passam a ser reguladas e fiscalizadas pela ANS. b) Os critérios de reajuste por faixa etária devem ser explicitados nos contratos. c) Os reajustes financeiros dos contratos individuais/familiares passam a ser previamente aprovados pela ANS. d) Todas as respostas estão corretas. 9- ____________________: sociedades sem fins lucrativos, constituídas conforme o disposto na Lei n.º 5.764, de 16 de dezembro de 1971. Complete a frase: a) Cooperativa odontológica. b) Cooperativa médica. c) Filantropia. d) Nenhuma das respostas. 10- O plano individual contempla apenas uma pessoa no contrato, que é o usuário titular do plano de saúde. Ele será o responsável pelo pagamento das mensalidades do plano de saúde. Existem ainda os tipos de planos: a) Plano de saúde familiar. b) Plano coletivo por adesão. c) Plano empresarial. d) Todas as respostas estão corretas.
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