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contestacao trabalhista - auditoria

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EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR JUIZ FEDERAL DA 200ª VARA DO 
TRABALHO DE SÃO PAULO 
 
 
 
Autos: 0101010-50.2020.5.02.2020 
 
 
 
AUDITORIA PENTE FINO S/A, já qualificado nos autos em epígrafe, neste ato 
representado por seu advogado, abaixo assinado, inscrito na OAB/ XX, com endereço 
profissional (...), onde recebe e responde intimações, vem respeitosamente à presença de 
Vossa Excelência, com fulcro no art. 847 da CLT apresentar CONTESTAÇÃO 
 
Em reclamatória trabalhista movida por ERICA GRAMA VERDE, também já 
qualificada nos autos, o que faz nos seguintes termos. 
 
1. DAS PRELIMINARES 
 
1.1. DA PRESCRIÇÃO: 
A reclamante foi admitida em 29/09/2011 e trabalhou para o reclamado até 
07/01/2020. Ocorre que, logo após a extinção contratual ajuizou demanda, em 
30/01/2020. 
Prevê o art. 11 da CLT que as verbas trabalhistas prescreverão em 5 anos contados 
do ajuizamento da ação. Assim há que se reconhecer as verbas anteriores a 30/01/2015 
encontram-se prescritas. 
Deste modo, pede-se, que seja reconhecida a declarada a prescrição quinquenal. 
 
1.2. DA INÉPCIA DA EQUIPARAÇÃO SALARIAL 
A reclamante informou que as atividades desenvolvidas no ambiente de trabalho 
por ela e por Silvana Céu Azul eram as mesmas, gerente do setor de auditoria de médias 
empresas, com pretensão de uma equiparação salarial, em pese que não houve o pedido 
da referida demanda. 
Dispõe o art. 330, I, §1, I do CPC que é considera inepta a inicial quando não 
enuncia a causa de pedir. Diante disso, deveria ser manifestado o pedido de equiparação 
salarial. 
Portanto, pede-se, que seja reconhecida a declarada inépcia da equiparação 
salarial. 
 
2. DO MÉRITO 
 
2.1. DAS HORAS EXTRAS 
Sustenta a reclamante que, por trabalhar de segunda a sábado, das 08h às 20h, com 
intervalo de 01 hora, deve receber adicional de horas-extras. 
Sucede que a autora exercia função de gerente do setor de auditória de médias 
empresas e, pela inteligência do art. 62, §2°, da CLT, aqueles em cargo de gerência não 
fazem jus ao recebimento de horas-extras. 
Assim, pede pela rejeição do pedido, por não lhe caber horas-extras em razão da 
função anteriormente exercida. 
 
2.2. DA MULTA DO FGTS 
Outrossim, a autora pugnou pelo pagamento de indenização de 40% sobre seu 
FGTS, que não foi depositado em sua conta. 
Todavia, dispõe o art. 18, §1°, da Lei n° 8036, que a multa de 40% será cabível 
aos trabalhadores despedidos sem justa causa, o que não se verifica no caso ora analisado. 
De tal modo, pede-se pelo não acolhimento do pedido, nos termos do art. 18, §1°, 
da Lei n° 8.036. 
 
2.3. DA INTEGRAÇÃO DOS PRÊMIOS 
Ademais, a autora requereu a integração de prêmios em pecúnia recebidos durante 
a vigência de seu contrato à sua remuneração. 
Não obstante os argumentos lançados, seu pedido não merece prosperar, eis que 
os prêmios recebidos, ainda que habitualmente, não possuem caráter remuneratório, não 
podendo, em razão disso, integralizar a remuneração. 
Diante disso, nos termos do art. 457, §2°, da CLT, pede-se pela rejeição do pedido 
formulado pela autora. 
 
2.4. DA EQUIPARAÇÃO SALARIAL 
A reclamante, apesar de não realizar pedido específico, relatou exercer a mesma 
função de Silvana Céu Azul, que recebia salário 10% superior ao dela, sendo admitida 
em 15.01.2009. 
Extrai-se do art. 461, §1°, da CLT, que a equiparação salarial será cabível quando 
a diferença de tempo de serviço para o mesmo empregador não seja superior a 04 anos e 
a diferença no tempo da função não seja superior a 02 anos. 
Ocorre que Silvana exerce a função de gerente desde a sua admissão, ou seja, 
15.01.2009, portanto a diferença no tempo da função é superior a 02 anos. 
Pelo exposto acima, pede-se pela rejeição do pedido de equiparação, por não lhe 
fazer jus o benefício. 
 
2.5. DO ADICIONAL DE PERICULOSIDADE 
Alega a autora que o prédio da sociedade empresária está situado ao lado de uma 
comunidade violenta, alvo de inúmeras operações policiais, chegando a ouvir, por 
diversas vezes, barulhos de disparos de armas de fogo, razão pela qual sustentou fazer jus 
ao adicional de periculosidade. 
Ocorre que tal circunstância não carrega qualquer relação com o serviço por ela 
prestado, não sendo cabível o adicional, nos termos do art. 193 da CLT. 
Pelo exposto, pede-se pelo indeferimento do pedido de concessão de adicional de 
periculosidade. 
 
2.6. DOS HONORÁRIOS ADVOCATÍCIOS 
A reclamante requereu o pagamento de honorários advocatícios no patamar de 
20% sobre a condenação. 
Entretanto, nos termos do art. 791-A da CLT, os honorários serão fixados na 
margem de 5 a 15%. 
Desse modo, pede-se pelo indeferimento do pedido da autora, por não estar de 
acordo com a legislação brasileira. 
 
2.7. DA CONCLUSÃO 
Ante todo o exposto, pugna-se pelo deferimento das preliminares e no mérito que 
a ação seja julgada totalmente improcedente. 
 
Termos em que, 
Pede deferimento. 
 
Local, data. 
Advogada/ OAB

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