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Avaliação Nutricional Aula 5 e 6 – Avaliação bioquímica Profa. MSc. Isabelle Paes Leme Exames laboratoriais Lei 8234 – 17 de setembro de 1991 Será que o nutricionista pode prescrever exames bioquímicos? ü Considerando que o inciso VIII, do art. 4º, da Lei nº 8.234, de 17 de setembro de 1991, atribuiu também ao nutricionista, competência para a solicitação de exames laboratoriais necessários ao acompanhamento dietoterápico; ü Considerando procedente o pedido do CFN de que os Nutricionistas podem solicitar exames laboratoriais necessários ao acompanhamento dietoterápico, na Ação Civil Pública, Proc. Nº. 54588303.2010.4.01.3400, na 1ª. Vara Federal, do TRF da 1ª. Região; ü Considerando a Resolução CFN nº 306/03, que dispõe sobre critérios para solicitação de exames laboratoriais e que os mesmos são essenciais para o diagnóstico e acompanhamento nutricional e dietoterápico; RECOMENDAÇÃO Nº 005 DE 21 DE FEVEREIRO DE 2016: SOLICITAÇÃO DE EXAMES LABORATORIAIS ü Considerando que os exames laboratoriais propiciam um diagnóstico nutricional mais preciso, tendo em vista que cada paciente possui a sua peculiaridade, e confere um papel preditivo importante para a eficácia do tratamento dietoterápico; ü Solicitar os exames laboratoriais exclusivamente necessários à avaliação, à prescrição e à evolução nutricional e dietoterápica do cliente-paciente; ü Denunciar o descumprimento na aceitação de solicitações de exames laboratoriais ao Conselho Regional de Nutricionistas de sua jurisdição, às Secretarias Estaduais e Municipais no caso do SUS e à Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS), quando operadoras de planos de saúde e seguradoras de saúde "Quais os exames laboratoriais podem ser solicitados pelo nutricionista? Qual a importância destes exames dentro do diagnóstico nutricional?" Sangue • Considerado uma suspensão de células (glóbulos brancos, vermelhos e plaquetas) em um líquido complexo chamado plasma • Plasma: constituído de água, sais minerais, vitaminas, proteínas, glicídios e lipídios • Na circulação sanguínea é encontrado em forma líquida • Fora do organismo – Formação de coágulo (gel) Mas como se formam as células sanguíneas? • A produção de hemácias, leucócitos e plaquetas ocorre na medula óssea • Todas as células se originam das células tronco (stem cell) que são totipotentes Hemograma é um exame utilizado para avaliar os eritrócitos (série vermelha), os leucócitos (série branca) e as plaquetas. Vamos entender um pouco sobre o hemograma? • As células do sangue geralmente são estudadas em esfregaços • Espalhamento de uma gota de sangue sobre uma lâmina, onde as células ficam estiradas e separadas, o que facilita a observação ao microscópio óptico Vamos entender um pouco sobre o hemograma? • Exame de contagem e descrição das células vermelhas • Importante no diagnóstico de deficiência de Fe e anemias • Você se lembra do processo da hematopoiese? • Hematopoiese = Processo de formação, desenvolvimento e maturação das células do sangue a partir de um precursor celular (célula hematopoiética pluripotente, célula-tronco ou stem-cell) Hemograma: Série vermelha • Envolve basicamente a formação de três produtos: • Plaquetas (Trombopoiese) • Eritrócitos (Eritropoiese) • Leucócitos (Mielopoiese) Hematopoiese Quimica fisiológica (UFRRJ) Eritropoiese • O que podemos observar? • Alterações quantitativas da contagem dos eritrócitos através da hematimetria • Concentração da hemoglobina; • Relação entre a massa eritrocitária e o volume total de sangue (hematócrito); • Índices hematimétricos: VCM, HCM, CHCM e RDW; • Alterações qualitativas dos eritrócitos quanto ao tamanho, cor e forma Série vermelha • Hemácias, Eritrócitos ou Glóbulos Vermelhos • Características morfológicas • Elemento figurado do sangue mais numeroso • 1 leucócito : 500 hemácias : 30 plaquetas • Disco bicôncavo anucleado • 7,5 µ de diâmetro • São flexíveis • Durante a maturação na medula óssea • Hemácia perde o núcleo e as organelas (menos alguns ribossomos) e por isso não se divide • Vida de uma hemácia - em média, 120 dias • Fagocitada pelos macrófagos (principalmente no baço) • Composição: Hemoglobina (ptn sintetizada pelos ribossomos) Série vermelha • Passam por vários processos de maturação • Reticulócitos: penúltimo na ordem de maturação • Normalmente estão em pequena quantidade no sangue (< 2% das hemácias) Série vermelha Blog Química Fisiológica • Proteína presente em elevada concentração nas hemácias • Função principal - Transporte de O2 dos pulmões para todas as células • Retornando ao pulmão – passa a atuar no transporte de CO2 • Representa 32% do peso total da Hemácia Hemoglobina (Hb) Uol • Reflete a massa total de células sanguíneas na unidade de volume • Já que as hemácias predominam largamente sobre os demais elementos figurados • Volume do hematócrito depende praticamente do volume ocupado pelos glóbulos vermelhos • Fundamental nos estudos das anemias e policitemias Hematócrito Hematimetria - Concentração normal de hemácias no sangue ü Homens - 5,4 ± 0,8 milhões/mm³ ü Mulheres - 4,8 ± 0,6 milhões/mm³ Hemoglobinometria ü Homens - 13,5 a 18 g/dl ü Mulheres - 12,0 a 16,4 g/dl ü Não sofre influência do estado de hidratação ü Valores abaixo de 10 g/dl necessitam de investigação Hematócrito - Percentual que a hemácia ocupa no plasma ü Valor normal - oscila entre 36 e 50% ü Homens - 47% ü Mulheres - 42% Dados quantitativos da Série vermelha Dados quantitativos da Série vermelha üVariação de tamanho ü VCM – Volume corpuscular médio ou VGM – Volume globular médio Índices hematimétricos Microcítica • VCM < 80μ3 • Ferropriva e talassemia Normocítica • VCM – 80 a 96μ3 • Normal Macrocítica • VCM > 96μ3 • Deficiência de B12 e folato, reticulocitose, fumantes üVariação de tamanho üAlteração precoce na deficiência de Fe antes mesmo das alterações do VCM e da diminuição da hemoglobina üAnemia ferropriva: tendência à heterogeneidade do tamanho das hemácias (valores de RDW elevado) ü Talassemia: tende a homogeneidade da população microcítica (valores normais de RDW) Índices hematimétricos üVariação de tamanho ü Índice de anisocitose: reflete a variação do tamanho dos eritrócitos. Índices hematimétricos üVariação de cor üConcentração da Hemoglobina (CHCM) üAnisocromia: Presença de céls. vermelhas com coloração ou grau de hemoglobinização diferentes (hipocromia, normocromia e hipercromia) üCaracterística de anemias sideroblásticas, pode também ser encontrada nas terapias pós-transfusionais e de reposição de ferro üPolicromasia ou Policromatofilia: Presença de um número aumentado de eritrócitos recém-saídos da medula óssea, que se coram azulado em meio à coloração normal üProcesso regenerativo da medula (reticulocitose), característico da hemólise e perda aguda de sangue. Índices hematimétricos Índices hematimétricos Policromasia Anemias Avaliação laboratorial + clínica Google ü Clínica (“síndrome anêmica”) ü Dispnéia aos esforços (palpitações, taquicardia) ü Menor tolerância à esforços ü Cansaço evidente ü Anorexia ü Tonteira postural ü Cefaléia ü Descompensação cardiovascular (angina, ICC) Anemia ü História clínica: MUITO IMPORTANTE! ü Duração, início e sintomas ü Perda ou doação sanguínea ü Gestação – def. ferro ou folato ü Recorrências e remissões – investigar deficiências, B12, Fe e folato ü Picamalácia – sugere def. ferro ü Parestesia, ataxia – sugere def. B12 ü Medicações em uso – investigar interação com Fe, B12 e folato Anemia Avaliação Muito importante: Hemograma inicial para funcionar como padrão Avaliar: hemoglobina e hematócrito,VCM, CHCM Avaliar reticulócitos (0,5 a 1,5% das hemácias) ü Alto: MO normal, perda de hemácias por hemólise ou hemorragia ü Baixo: problema para síntese de hemácias na MO (alterações cel tronco, eritropoietina ou substratos) Então, conseguimos saber: • Se há anemia •Se a medula é funcionante • Quais as alterações celulares estão ocorrendo • Mas como diferenciar as anemias se tenho apenas referência de células sanguíneas no hemograma? Avaliação Exames complementares: Ferritina, Ferro sérico, Transferrina => microcitose B12, Ácido fólico, homocisteína => macrocitose Indicador mais sensível para a quantidade de ferro armazenada no organismo ü Valores de ferritina abaixo do normal indicam diagnóstico de anemia. ü Valores baixos indicam carência crônica e valores elevados indicam sobrecarga de Fe ü Depleção orgânica acontece antes mesmo de o indivíduo apresentar diminuição dos níveis de hematócrito, hemoglobina, VCM e HCM ü Valores de referência: ü Homem: 36–262 μg/L ü Mulher: 20 - 110 μg/L ü Mulher pós-menopausa: 24–155 μg/L Ferritina Atenção: ü A ferritina é uma proteína de fase aguda positiva ü Se mantém alta em casos de estresse metabólico - pode mascarar o diagnóstico de anemia ferropriva ü A suplementação de ferro só deve ser interrompida após a normalização da ferritina ü E se a suplementação de ferro não elevar a ferritina? • A medicação estea sendo tomada de forma correta? • Há presença de sangramento? Ele é mais rápido que a reposição de hemácias pela medula óssea? • Há algum problema na absorção do ferro suplementado? • Suplementação endovenosa – Avaliação e conduta médica ü O hematócrito, hemoglobina, VCM e CHCM não podem ser utilizados sozinhos para avaliação do tratamento Ferritina ü O Fe circula no sangue ligado a uma ptn – chamada de TRANSFERRINA ü Transferrina - Composta de uma única cadeia polipeptídica com dois locais de ligação, quimicamente distintos, para o ferro ü Se encontra reduzida em fase aguda por ser PTN de fase aguda negativa ü Elevada na anemia ferropriva ü Valores de referência: ü Total: 250–450 µg/dL ü Livre: 150–340 µg/dL ü A dosagem de Transferrina exige a dosagem de Fe sérico, ü Importante na anemia ferropriva e hemocromatose ü Valores de referência: ü Homem: 60–170 g/dL; Mulher: 50–160 g/dL Transferrina Ferro sérico ü Hemácias microcíticas e hipocrômicas ü VCM baixo ü HCM baixo ü CHCM baixo ü Frequente anisocitose e poiquilocitose ü ▼Ferro sérico , ▲ Transferrina �, Ferritina▼ Anemia ferropriva ü Megaloblastose não se refere ao tamanho da célula mas sim à defeito no núcleo ü É causa de anemia macrocítica ü Principais causas: Def.B12 e ácido fólico ü O que visualizo nos exames laboratoriais? ü VCM > 130 é um forte indicativo de megaloblastose ü Pode haver anisocitose – var. do tamanho dos eritrócitos (investigar anemia mista: ferropriva + megaloblástica) ü Pode ocorrer pancitopenia - Dim. de eritrócitos, plaquetas e leucócitos ü Pode haver aumento de indicadores de anemia hemolítica como bilirrubina indireta ü Reticulócitos baixos Anemia megaloblástica ü O que vejo no exame clínico? ü Quadro anêmico habitual ü Se for deficiência de B12 posso ter manifestações neuropsiquiátricas ü Ela é fundamental para síntese da bainha de mielina, que envolve os axônios e é responsável pela condução dos impulsos nervosos ü Parestesia em extremidades ü Desequilíbrio ü Ataxia ü Déficit cognitivo ü Demência e psicose Anemia megaloblástica ü Deve-se dosar sempre vitamina B12 + folato!!! ü Folato sérico ou eritrocitário? ü Preferível o eritrocitário – Sérico pode ser influenciado pela alimentação diária Anemia megaloblástica Deficiência de B12 Folato sérico – Baixo Vitamina B12 - Baixa Folato eritrocitário - Normal ou baixo Deficiência de folato Folato sérico – Baixo Vitamina B12 – Normal ou baixa Folato eritrocitário - Baixo Deficiência de ambos Folato sérico – Baixo Vitamina B12 - Baixa Folato eritrocitário - Baixo ü Elevada na deficiência de ambos ü Avaliação em conjunto com AMM: ü Ambos aumentados: def. B12 ü Somente homocisteina aumentada? Deficiência de folato ü Apresenta sua concentração aumentada SOMENTE na presença da deficiência de B12 ü Dosagem - urina, soro ou plasma. ü Outras condições podem influenciar no aumento do AMM: ü Insuficiência renal, gestantes, doenças da tireóide aumento intestinal de bactérias produtoras de ácido propiônico (precursor do AMM) Homocisteína Ácido metilmalônico (AMM) ü Hemácias podem ▼ até menos de 1 milhão/mm³ ü Macrócitos, normocrômicos ü ▲ VCM ü HCM normal ü CHCM normal ü Diâmetro das hemácias varia amplamente encontrando-se muitas com formas estranhas (poiquilocitose) ü ▼ Vitamina B12 sérica ü Ácido metilmalônico aumentado (B12 na metabolização) ü Hemograma idêntico ao da anemia perniciosa ü Ácido fólico sérico baixo ü Melhor aferição ácido fólico eritrocitário Anemia megaloblástica por vitamina B12 (cobalamina) Anemia megaloblástica por ácido fólico (folato) ü Doença hereditária devido à presença nas hemácias de uma hemoglobina anormal (hemoglobina S), que quando privada de O2, assume a forma de partículas alongadas, levando a deformação das hemácias e sua prematura destruição pelo SRE (sobrevida de 15 a 60 dias). ü A hemácias falciformes exibem tendência a aderir-se umas as outras formando trombos intravasculares Anemia falciforme • Anemia normocítica de gravidade média com algumas hemácias falciformes • Reticulose acentuada • Não é rara uma leucocitose durante as crises dolorosas • Bilirrubinemia -> discreta elevação • Sistema imunológico • Principal barreira do hospedeiro contra as infecções, e tem a capacidade de realizar uma resposta rápida e efetiva contra os patógenos invasores. • Imunidade inata (células disponíveis para resposta imune rápida) e adaptiva (células de memória, precisam de exposição à antígenos) • Leucócitos Hemograma – Série branca • Desempenham papel essencial no mecanismo de defesa do organismo • Únicas células nucleadas do sangue Hemograma – Série branca ü Leucócitos mais numerosos ü Produzidos e armazenados na medula ü Importantes na proteção contra agressões agudas ü Neutrófilo não reside nos tecidos saudáveis ü Principal célula fagocítica e microbicida das defesas imunes inatas ü Principal função é prevenir ou retardar a introdução de agentes infecciosos e outros materiais estranhos no ambiente do hospedeiro ü Metamielócitos – forma mais jovem já vista no sangue ü Bastonetes – Pequena quantidade no sangue periférico ü Segmentados – Neutrófilo maduro Neutrófilos ü Produzidos e armazenados na medula ü Fagocitam e eliminam complexos de antígenos com anticorpo que aparecem em casos de alergia ü Participam da defesa contra os parasitas (Schistosoma mansoni e o Trypanosoma cruz, por exemplo) ü Apresentam reservatórios de histamina e outros mediadores químicos ü Participam de reações alérgicas da mesma forma que os mastócitos ü Histamina, liberada pelos basófilos, é um potente agente quimiotático para os eosinófilos Eosinófilos Basófilos ü Originados na medula óssea ü Liberados para o sangue periférico e daí para os tecidos (células fagocitárias) ü Originam-se da célula ancestral da medula óssea denominada “célula reticular primitiva” ü 2 linhagens celulares: ü Linfócitos T (65%) (amadurecem no timo) ü Imunidade celular do tipo tardia: defesa contra germes de parasitismo intracelular: vírus, fungos e micobactérias (tuberculose, lepra) ü Linfócitos B (35%) (amadurecimento: medula óssea?, órgãos linfóides?, ou TGI?) ü Dão origem ao plasmócitos, produtores de anticorpos (imunoglobulinas) - imunidade humoral: defesa contra bactérias gram-positivas e reações de hipersensibilidade imediata Monócitos Linfócitos ü Fornece o número e a contagem diferencial de leucócitos no sangue periférico ü As contagens global e diferencial variam conforme: ü Idade ü Estado Fisiológico ü Etnia Leucograma Leucocitose • Elevação do número de leucócitos • Pode apresentar aumento de um único tipo de célula, de dois, três ou até todos ao mesmo tempo • Pode ocorrer nas infecções (neutrofilia), verminoses (eosinofilia) e nos processos crônicos (leucocitose linfocítica) Leucopenia • Diminuição do número total de leucócitos • Geralmenteé provocada pela neutropenia ü Amostras devem ser colhidas após jejum de 12 a 14 horas ü Permanecer sentado por pelo menos 10-15 min ü Peso e condição clínica estável nos últimos 15 dias (ausência de doenças agudas, trauma, infecção bacteriana ou viral, perda ponderal, gestação) ü Evitar álcool e atividade física vigorosa por 72-24 horas Perfil lipíco Perfil lipíco Colesterol total •Componente das membranas •É transportado pelo sangue através das lipoproteínas (assim como os TG, ésteres de colesterol e fosfolipídeos) •60 a 70% está na LDL •20 a 35 % está na HDL •5 a 12% está na VLDL •Valores de referência: • Ideal: Menor que 200mg/dL •Limítrofe: 200 a 239mg/dL •Aumentado: Acima de 240mg/dL VLDL •Partículas grandes •Lipídeo predominante é o TG •Função: transportar os TG para o tecido adiposo para serem armazenados •Nas hipertrigliceridemias estão aumentadas em tamanho LDL E HDL •LDL •Derivada da lipólise da VLDL •Molécula lipídica mais aterogênica •Ótimo < 100 mg/dl* •Desejável 100 - 129 mg/dl •Limítrofe 130 – 159 mg/dl •Alto 160 - 189 mg/dl •Muito alto > 190 mg/dl •HDL •Inversamente relacionado a doenças cardiovasculares •Participa do transporte reverso de colesterol •Baixo <40mg/dL •Ideal > 60 mg/ Perfil lipíco Triglicerídeos • Diferença entre colesterol e TG: o colesterol não tem valor calórico, enquanto TG é fonte e reserva de caloria • Forma de armazenamento de energia • Níveis de TG e HDL geralmente são inversos • Após a refeição há um aumento de TG dentro de 3 a 6 horas, retornando a normalidade em 8 a 10 horas • Concentrações aumentadas: diabetes, síndrome nefrótica, pancreatite, doenças coronarianas e aterosclerose. Também pode ser induzido por drogas (ex. predinisona) • Aumento de insulina e glicose acarreta em acúmulo de TG no tecido adiposo, e níveis baixos aumentam a mobilização • Atenção na Resistência à insulina - Glicose é fonte preferencial de energia pós prandial. Já os ácidos graxos livres são preferidos em condições de jejum (24 horas ou mais sem alimentação) • Valores de referência: • Ideal - Menor que 150mg/dL • Limítrofe – 150 a 200mg/dL • Aumemtado – Acima de 200mg/dL Perfil lipíco Índice de Castelli • Combinação entre colesterol total, HDL e LDL, como uma maneira de visualizar a influência de importantes fatores de risco na doença coronariana • Índice de Castelli I = Colesterol / HDL • Homens: até 5,4 • Mulheres: até 4,4 • Índice de Castelli II = LDL/HDL • Homens: até 3,3 • Mulheres: até 2,9 Indicação principal = diagnóstico de Diabetes Mellitus ü Exame útil também para: ü Monitoramento terapêutico do diabetes ü Avaliação de distúrbios do metabolismo dos carboidratos ü Diagnóstico diferencial das hipoglicemias (insulinomas, diabetes) ü Valor plasmático: ü Jejum - limites bastante estreitos ü Regulação hormonal extremamente sensível: ü Insulina (agente hipoglicemiante) ü Glucagon, cortisol e catecolaminas (agentes hiperglicemiantes) ü Baixa durante a hipoglicemia e elevada na hiperglicemia Glicose plasmática ü Coleta: ü Glicemia jejum e 2h após a ingestão de 75g de glicose anidra dissolvida em água (250-300ml) ingerido em aproximadamente 5 min ü Crianças: Se houver indicação do TOTG usa-se 1,75 grama/kg de glicose (máximo 75 gramas) Padronização para o teste: ü Atividade física habitual ü No dia do teste jejum de 8-12h (permite-se ingerir água) ü Não fumar ou caminhar durante o teste ü Medicações e intercorrências que podem alterar o teste devem ser controladas ü Normal = <140mg/dL ü Intolerância à glicose 140 a 199mg/dL ü Diabetes mellitus – Acima de 200mg/dL Teste de tolerância oral à glicose Semelhante ao TOTG, porém, com tempo de observação fracionado e aumentado – usadas para estudo do metabolismo glicose ü Curva glicêmica clássica: ü Glicemia jejum e 30/60/90/120/180 minutos após a ingestão de 75g de glicose anidra dissolvida em água (250-300ml) ingerido em aproximadamente 5 min. ü Subtipos: ü Simplificada - jejum, 30, 60, 90 e 120 min ü Prolongada de 4 horas - jejum, 30, 60, 90, 120, 180 e 240 min. Curva glicêmica É um marcador metabólico de longo prazo. ü �Serve para diagnóstico e acompanhamento de DM ü Valor de referência: 4,4% a 6,4% da hemoglobina total (HbA1C) ü Risco para DM – 5,7 a 6,4% ü Diabetes: > 6,5% Hemoglobina glicada (HbA1c) Pode ser útil: ü Existência ou não de uma reserva secretória de insulina; ü Resistência à ação da insulina ü Insulina alta + hipoglicemia = insulinoma ü Avaliar estratégia terapêutica a ser adotada; ü O uso de insulina, atual ou anterior, pode prejudicar a determinação ü Insulina exógena em circulação, ü Presença de anticorpos anti-insulina Geralmente ocorre quando a glicose sanguínea encontra-se em valores superiores a 160 ou 200 mg/dl ü Glicosúria é influenciado não só pela glicemia, mas também: ü pela taxa de filtração glomerular, pela taxa de reabsorção tubular e pelo fluxo urinário Insulina Glicosúria ü TGO (Transaminase Glutâmico-Pirúvica) ou AST (Aspartato aminotranferase) ü TGP (Transaminase Glutâmico-Pirúvica) ou ALT (Alanina aminotransferase) ü GGT ou GAMA-GT (Gamaglutamiltransferase) ü FA ou FOSFATASE ALCALINA ü BILIRRUBINA TOTAL E FRAÇÕES ü ALBUMINA Provas de função hepática TGP (transaminase glutâmico-pirúvica) ou ALT (alanina aminotransaminase) ü Encontrada em altas concentrações apenas no citoplasma do hepatócito, o que torna o seu aumento mais específico de lesão hepática; ü Atenção: pode estar aumentada em conjunto com a TGO em miopatias (doenças musculares) graves. Indica lesão aguda (presente no citoplasma). ü Recomendada para rastreamento de hepatites => normalmente elevação importantes nas hepatites virais, mas é menos sensível que a TGO para hepatite alcoólica TGP (transaminase glutâmico-pirúvica) ou ALT (alanina aminotransaminase) ü Presente no citoplasma => indica lesão aguda! ü Atenção: geralmente está elevada em obesos, mesmo sem doença hepática ou muscular! => esteatohepatite não alcoólica TGP ou ALT TGO ou AST ü É um exame que pode avaliar ao mesmo tempo lesão hepatocelular, fluxo biliar e função de síntese do fígado. ü A primeira bilirrubina a ser produzida é a bilirrubina indireta (também chamada de bilirrubina não conjugada – vinda da hemólise), que circula no sangue ligada à albumina sérica (insolúvel em água, tem afinidade pelo SNC) ü A BI é transportada para o fígado e, no hepatócito, é conjugada ao ácido glicurônico transformando-se em mono e diglicuronídio de bilirrubina (bilirrubina direta). A bilirrubina direta é excretada pelo fígado para a vesícula biliar, fazendo parte da bile (solúvel em água, afinidade por tecidos elásticos) Bilirrubina total e frações Presente principalmente em fígado e ossos ü Elevada em: ü Obstrução canalicular hepática (bom marcador de colestase) ü Doenças ósseas ü Importante: eleva-se nas metástases hepáticas e ósseas sendo BOM MARCADOR TUMORAL! Valores de referência: •Recém-nascido: 150–600 U/L. •6 meses a 9 anos: 250–950 U/L. •10 a 11 anos: Mulheres 250–950U/L; Homens 250–730U/L. •12 a 13 anos: Mulheres 200–730 U/L; Homens 275–875 U/L. •14 a 15 anos: Mulheres 170–460 U/L; Homens 170–970 U/L. •16 a 18 anos: Mulheres 75–270 U/L; Homens 125–720 U/L. •Acima de 18 anos: 50 a 250 U/L. Fosfatase alcalina Enzima encontrada no fígado, rins, pâncreas, intestino e na próstata ü Significado clínico: refere-se principalmente às doenças do fígado e das vias biliares. ü Indicador sensível de colestase, com elevação precoce e que dura por algum tempo ü Esteatose hepática – aumento da GGT ü Tratamento – Valores se normalizam ü Cirrose hepática – Valores não normalizam ü Elevação sérica – pode sugerir efeito tóxico do álcool e drogas ü Tem outras causas de elevação? Investigar! ü Eleva-se em neoplasias primárias ou metastáticas ü Valores de referência: 8 a 41 U/L (Mulheres) e 12 a 73 U/L (Homens). Gama-GT ou Gamaglumatiltransferase Proteínas plasmáticas Fase aguda Fibrinogênio • Para doenças inflamatórias • Inferior a 5mg/L• Para risco cardiovascular • Baixo risco < 1mg/L • Médio risco: 1 – 3 mg/L • Alto risco > 3 mg/L Albumina • Biomarcador inflamatório negativo • Desnutrição proteica • MUITO IMPORTANTE!!! IRN = (1,489 x Albumina em g/dl) + 41,7 x (peso atual/peso usual) Índice de risco nutricional Estado Nutricional Adequado: ≥ 100 Desnutrição leve: 97,5 – 100 Desnutrição moderada: 83,5 – 97,4% Desnutrição grave: < 83,4 (BUZBY et al., 1980) Hormônios tiroideanos ü Ligados a albumina ü Maior parte do encontra-se sob a forma de T4 no plasma ü No entanto, a forma mais ativa é T3, sendo convertido nos tecidos ü Como podemos avaliar? ü Tiroxina total T4 ü Triiodotironina total T3 ü Tiroxina livre FT4 ü Triiodotironina livre FT3 ü Hormônios relacionados ü Hormônio estimulante da tiroide TSH ü Hormônio liberador da tireotrofina TRH Hormônios tiroideanos Hipotireoidismo Hipertireoidismo Hipertireoidismo
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