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Sulfonamidas e Quinolonas

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20/09/2021
1
BMF410 – FARMACOLOGIA CARDIOVASCULAR E QUIMIOTERÁPICA
PROFA. ANGELA TRINDADE
Tópicos abordados
Introdução Sulfonamidas Fluoroquinolonas
2
1
2
20/09/2021
2
Introdução
3
 Sulfonamidas: Inibidores da síntese do ácido fólico (metabolismo)
 Fluoroquinolonas: Inibidores da função e síntese de ácidos nucleicos
 São agentes quimioterápicos antibacterianos, de amplo espectro, obtidos 
por síntese
 Têm lugar destacado na terapêutica antimicrobiana, sobretudo quando não 
é possível ou não convém administrar antibióticos.
Sulfonamidas
4
N S N
H
HO
OH
H
Sulfanilamida
(não utilizada)
Sulfametoxazol
Espectro de ação: ativas contra
Streptococcus pyogenes, S.
pneumoniae, Escherichia coli, Klebsiella
pneumoniae, Haemophylus influenzae,
H. ducreyi, Nocardia esteroides,
Toxoplasma gondii, Actinomyces e os
agentes responsáveis pelo tracoma,
linfogranuloma venéreo e a conjuntivite
de inclusão (por Chlamydia trachomatis)
3
4
20/09/2021
3
 Mecanismo de ação
 As sulfonamidas atuam por antagonismo competitivo com o ácido 
para-aminobenzóico (PABA), inibindo a enzima di-hidropteroato
sintase, envolvida na síntese do ácido fólico
5
Sulfonamidas
 Como resultado final, a bactéria não produzirá o ácido fólico, 
essencial para os processos metabólicos e de replicação celular 
(biossíntese de RNA e DNA).
6
Sulfonamidas
FAH4 = Ácido tetra-hidrofólico
Efeito bacteriostático (inibe a replicação 
bacteriana)
Em algumas bactérias, as sulfonamidas
podem ser incorporadas na via 
biossintética do ácido fólico, formando 
um falso metabólito
Bactérias capazes de capturar ácido 
fólico do ambiente são intrinsecamente 
resistentes às sulfonamidas.
5
6
20/09/2021
4
 Farmacocinética
 Absorção
 Via oral - rápida e completa (sal de sódio)
 Distribuição
 Ligação variável com a albumina
 Uniforme nas cavidades pleural, peritoneal, sinovial, ocular
 Placenta: toxicidade para o feto
 LCE (10-80%) dependendo do composto
 Biotransformação
 Acetilação hepática (metabólitos inativos)
 Eliminação
 Renal (in natura ou metabólitos), fezes, bile, leite, outras secreções
7
Sulfonamidas
 Efeitos adversos
 Náuseas, vômitos
 Dor de cabeça, letargia, depressão mental, tontura, zumbido, 
vertigens
 Discrasias sanguíneas tais como leucopenia, granulocitopenia, 
agranulocitose e anemia hemolítica (pacientes com deficiência 
de G6PD)
 Reações de hipersensibilidade (urticária; dermatite esfoliativa; 
fotossensibilidade; doença do soro)
 Podem causar a síndrome de Stevens-Johnson (reação alérgica 
grave), especialmente em crianças (fatal em 25% dos 
pacientes)
 Icterícia (em recém-nascidos)
 Cristalúria (insolubilidade de certas sulfonamidas e dos 
metabólitos acetilados)
 Também é nefrotóxica.
8
Sulfonamidas
7
8
20/09/2021
5
 Resistência
 Produção de DHPS com baixa afinidade às sulfonamidas
 Baixa permeabilidade às sulfonamidas ou efluxo das sulfonamidas
 Superprodução de PABA
 Usos
 Infecções do trato urinário causadas por microrganismos sensíveis, 
como E. coli
 Tratamento de queimaduras (uso tópico)
 Toxoplasmose
 Nocardiose
 Chlamydia
 Profilaxia da febre reumática em pacientes alérgicos à penicilina
 Infecções oportunistas em pacientes com AIDS (Pneumocystis carinii)
9
Sulfonamidas
10
Sulfonamidas
9
10
20/09/2021
6
 Classes
 Sulfonamidas sistêmicas
11
Sulfonamidas
Fármaco R
Sulfametoxipiridazina (P)
Sulfadoxina (P)
Fármaco R
Sulfadiazina (C)
Sulfametazina (C)
Sulfametoxazol (C)
N
N
N
N
CH3
CH3
N O
CH3
NN
OCH3
N
N
OCH3H3CO
N S N
H
RO
OH
H
C = Ação curta (administração a cada 4 ou 6 horas)
P = Ação prolongada (administração a cada 12 ou 24 horas)
Ação prolongada: Apresentam maior lipofilia, absorção rápida e excreção lenta (alta velocidade de 
reabsorção tubular). Podem causar cristalúria. Usadas em casos excepcionais, pois não apresentam 
vantagens clínicas sobre as de duração curta; podem alcançar concentrações sanguíneas perigosas, 
principalmente em pacientes com deficiência da função renal.
 Sulfonamidas intestinais 12
Sulfonamidas
Pró-fármacos hidrofílicos, pouco absorvidos, sofrem hidrólise bacteriana no 
lúmen do cólon, liberando o grupo amino aromático primário (-NH2).
Fármaco R R’
Ftalilsulfatiazol
Succinilsulfatiazol
Sulfassalazina
N
S
O
COOH
N
S
O
COOH
N S NH
O
O
N
NOH
HOOC
N S N
H
RO
OH
R'
11
12
20/09/2021
7
 Sulfonamidas oftálmicas 13
Sulfonamidas
N S N
H
RO
OH
H
Fármaco R
Sulfacetamida 
(sal sódico)
O
CH3
 Sulfonamidas urinárias
Fármaco R
Sulfametoxazol
Sulfametoxipiridazina
Sulfacetamida
N O
CH3
NN
OCH3
O
CH3
N S N
H
RO
OH
H
Rapidamente absorvidas, mas lentamente 
excretadas, atingindo maiores concentrações nos 
rins
 Sulfonamidas tópicas
14
Sulfonamidas
Fármaco Estrutura
Sulfadiazina de prata
N S N
-
O
OH
H
N
N
Ag
+
Profilaxia e tratamento de infecções em 
queimaduras
13
14
20/09/2021
8
 Associação sulfonamida-trimetoprim
 Trimetoprim
 Análogo estrutural da porção pirimidínica do ácido fólico.
 Inibe a biossíntese do ácido tetra-hidrofólico, pela ação na 
enzima di-hidrofolato redutase, que converte o ácido di-
hidrofólico em ácido tetra-hidrofólico.
 Atua em cepas de bactérias que utilizam ácido fólico do meio 
externo.
 Usado em associação com o sulfametoxazol (ação sinérgica)
15
N
N
NH2
NH2
OCH3
OCH3
OCH 3
Redução da dose diária e diminuição 
dos efeitos adversos das sulfonamidas
Sulfonamidas
16
xSulfonamidas
x
Sulfonamidas
Sulfametoxazol + trimetoprim
Resistência ao Trimetoprim:
Produção de DHFR com baixa 
afinidade ao trimetoprim
15
16
20/09/2021
9
17
Sulfonamidas
 Usos Sulfametoxazol + trimetoprim (COTRIMAZOL ou COTRIMOXAZOL)
Fluoroquinolonas
 São antibacterianos com o grupo quinolona
 Precursor: ácido nalidíxico
 Outros compostos fluorados: Levofloxacino, Moxifloxacino, Ofloxacino, 
Lomefloxacino, Fleroxacino, Pefloxacino, Amifloxacino
18
Ciprofloxacino NorfloxacinoÁcido nalidíxico
4-F-quinolonas: 
eficazes por 
administração oral 
para o tratamento 
de grande variedade 
de doenças 
infecciosas (G+ e G-)
17
18
20/09/2021
10
19
 Relação estrutura atividade
Fluoroquinolonas
 Mecanismo de ação
 Entram na bactéria pelos canais de porina
 Inibem a DNA-girase (topoisomerase II bacteriana) e topoisomerase IV 
bacteriana
 A inibição da DNA-girase resulta em relaxamento do DNA superespiralado, 
promovendo quebra da fita de DNA
 A inibição da topoisomerase IV impacta a estabilização cromossomal
durante a divisão celular, interferindo com a separação do DNA recém-
replicado
20
Fluoroquinolonas
19
20
20/09/2021
11
21
Bactericidas
• Dose de inibição da DNA girase da bactéria (0,1 –10 μg/mL)
• Dose de inibição da DNA girase da mamíferos (100 –1000 μg/mL)
• DNA-girase das bactérias gram (-): 
E. coli, P. aeruginosa
• Topoisimerase IV das bactérias 
gram (+): S. aureus, S. pneumoniae
• Fármacos com maior atividade na DNA-girase (ex. 
ciprofloxacino): não usar contra infecções por S. 
pneumoniae
• Fármacos com maior atividade na topoisomerase IV 
(ex. moxifloxacino): não usar contra infecções por P. 
aeruginosa.
Fluoroquinolonas
 Farmacocinética
 Absorção oral: rápida (Cmax=1-3 h)
 Antiácidos contendo alumínio ou magnésio, 
suplementos contendo ferro ou zinco, alimentos 
com cálcio e outros cátions divalentes também 
interferem na absorção desses fármacos
 Via IV e oftálmica
 Biodisponibilidade 50-95%
 Distribuição: ampla (rim, urina, próstata, pulmões; 
macrófago, neutrófilos); LCE (concentrações inferiores 
ao plasma)
 Eliminação: renal (norfloxacino, ciprofloxacino, 
ofloxacino, lomefloxacin)
 Metabolismo hepático (ác. nalidíxico - T1/2= 8 h)
22
Fluoroquinolonas
21
22
20/09/2021
12
 Efeitos adversos
 Geralmente são bem tolerados, mas podem 
causar:
 Náuseas (não podem ser tratadas com 
antiácidos)
 Diarréia, desconforto abdominal
 Cefaleias, confusão mental (tontura,delírios e 
convulsões) – ác. nalidíxico
 Fotosensibilidade, vermelhidão
 Artralgias, risco de ruptura de tendão
 Leucopenia, eosinifilia
 Contraindicados durante a gravidez
23
Fluoroquinolonas
 Resistência 24
Alteração do local de ligação: Topoisomerase IV e DNA-girase podem sofrer alterações por 
mutações (principal)
Diminuição no acúmulo do fármaco: 1) diminuição dos canais porina; 2) bombas de efluxo
Fluoroquinolonas
23
24
20/09/2021
13
 Usos
 Infecções do trato urinário - bactérias gram (-) 
 Prostatite bacteriana - (norfloxacino, ciprofloxacino, ofloxacino - durante 4 até 6 
semanas em pacientes que não respondem a associação sulfametoxazol+ 
trimetoprim)
 Doenças sexualmente transmissíveis como N. gonorrhoea (norfloxacino, ofloxacino, 
dose única/via oral em substituição às cefalosporinas injetáveis)
 Infecções gastrointestinais por E. coli, Shigella, S. typhi (febre tifóide em pacientes 
portadores de AIDS) (ciprofloxacino, norfloxacino)
 Infecções respiratórias – pneumonias e bronquites causadas por P. aeroginosa, S. 
pneumoniae, H. influenzae
 Infecções ósseas – osteomielite crônica (ciprofloxacino - 500-750 mg, 2 vezes/ dia, 
durante 4-6 semanas)
25
Fluoroquinolonas
26
Fluoroquinolonas
25
26
20/09/2021
14
27
Fluoroquinolonas
Bibliografia
 BRUNTON, L. L.; CHABNER, B. A.; KNOLLMANN, B. C. Goodman and Gilman’s The 
Pharmacological Basis of Therapeutics. 12th ed. McGraw-Hill. Cap. 52. 2011. (edição
eletrônica)
 HILAL-DANDAN, R.; BRUNTON, L. Manual de Farmacologia e Terapêutica de Goodman & 
Gilman. 2ª ed., Porto Alegre: AMGH. Cap. 52, p. 2156, 2015. Edição do Kindle.
 UNGER, N. R.; GAUTHIER, T. P. Antimicrobianos inibidores da síntese proteica. In: WHALEN, 
K.; FINKEL, R.; PANAVELIL, T. A. Farmacologia Ilustrada. 6ª . ed. Porto Alegre: Artmed. Cap. 
39, p. 499-512, 2016.
 RITTER et al., Rang e Dale Farmacologia. 9ª ed. Rio de Janeiro: GEN Grupo Editorial 
Nacional. Cap. 52, p. 661-672. 2020.
 DECK, D. H.; WINSTON, L. G. Sulfonamidas, trimetoprima e quinolonas. In: In: KATZUNG, B. 
G.; TREVOR, A. J. Farmacologia Básica e Clínica. 13ª ed. Porto Alegre: AMGH, cap. 46, p. 
807, 2017.
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