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aula 9

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- -1
PRÁTICA DE ENSINO E ESTÁGIO 
SUPERVISIONADO DE PORTUGUÊS III
EAD E VARIAÇÃO LINGUÍSTICA
- -2
Olá!
Ao final desta aula, você será capaz de:
1- Avaliar a forma como as pessoas escrevem em ambientes virtuais;
2- Identificar a variação linguística existente no Brasil;
3- Aplicar o uso da língua às diversas situações em que estiver inserido.
1 A língua portuguesa
Quando enveredamos pelo estudo do português como língua materna, observamos muitas informações a
respeito do nosso idioma.
Silvio Elia, em sua obra A língua portuguesa no mundo, afirma (em outras palavras) que o português apresenta
uma unidade na multiplicidade na variedade.
Ao falar dessa característica da língua, ele nos aponta uma relação de espaços geolinguísticos em que
encontramos a língua em uso e dá a esses espaços o nome de Lusitânias.
Em todas essas Lusitânias encontramos uma mesma língua, mas essa língua apresenta diferentes
particularidades.
Segundo Thelma Guimarães (2012, p.29-30), isso acontece porque:
O português, assim como qualquer outra língua viva, é dinâmico e está em constante processo de inovação e
mudança.
Esse movimento, chamado de variação linguística, tende a afastar a língua de seu núcleo mais estável, atuando,
portanto, como uma força centrífuga.
Se apenas essa força agisse sobre a língua, em alguns séculos (ou talvez mesmo em décadas) o português iria se
transformar em outro idioma.
Ou, então, cada falar regional iria se tornar um dialeto, e os dialetos acabariam virando também novas línguas.
Desse modo, no Brasil, não teríamos mais o português, e sim o baianês, o gauchês, o paulistês...
Atenção
Tais fatos não ocorrem – ou, pelo menos, demoram muito para ocorrer – porque também há uma força
centrípeta atuando sobre a língua: é a força da conservação, exercida pela escola, pela imprensa, pelos
documentos oficiais e pela própria tradição cultural e literária, que une os povos falantes do mesmo idioma.
- -3
2 Variação linguística
É importante lembrar que essa realidade da variação linguística não é encontrada apenas em nosso país. Em
diferentes sociedades as línguas são heterogêneas. Elas variam tanto sob o ponto de vista diacrônico quanto do
ponto de vista sincrônico.
Essas variantes já foram estudadas em outras disciplinas de estágio. Quando as estudamos, vimos que podemos
encontrar:
Então, as variações diamésicas são aquelas que têm relação com o meio através do qual se dá a comunicação:
oralmente ou por escrito.
É preciso, entretanto, que acrescentemos em nosso rol de estudo um outro tipo de variação: a variação
diamésica.
3 Ead e variação linguística
Quando citamos esse tipo de variação, entramos mais diretamente no tema desta nossa aula.
Sabe por quê?
- -4
Porque ao falar em , estamos tratando de uma variação que pretende ser registradaEad e variação linguística
através da escrita, seguindo os quesitos necessários a esta modalidade.
Sabemos que sempre há uma enorme confusão em torno dos temas escrita e oralidade.
Como afirma Thelma Guimarães (2012, p.47):
Uma das confusões que as pessoas mais cometem, no campo da variação linguística, é acreditar que oralidade é
sinônimo de informalidade.
Nada mais enganoso. (…) existem várias situações na vida acadêmica e profissional em que precisamos nos
expressar oralmente de maneira formal. (…)
Por outro lado, é preciso reconhecer que a oralidade possui certas características que a distinguem
sensivelmente da expressão escrita.
A principal delas diz respeito aos momentos de produção e recepção do texto: na comunicação oral, eles são
simultâneos – à medida que você fala, seu interlocutor ouve; já na comunicação escrita, existe uma defasagem
entre o momento de produção e o de recepção.
Atenção
Ao observar essa citação, unindo ao que já estudamos, podemos afirmar, com toda certeza, que:
1. quando nos referimos ao registro formal e informal, estamos no campo da variação diafásica que se
apresentará tanto na escrita quanto na oralidade. Afinal, através dela verificamos as questões linguísticas
situacionais, que têm a ver com o contexto, com os tipos de registro (formal ou informal).
2. oralidade e escrita são mecanismos completamente distintos, pois em cada um deles encontramos diferentes
aspectos de composição e apresentação do discurso.
4 Diferenças entre oralidade e escrita
Vejamos algumas das principais diferenças desses dois mecanismos (oralidade e escrita), apresentadas por
Thelma Guimarães (2012, p. 48 – 49):
Oralidade
 1. O momento de produção e o de recepção do texto é simultâneo.
 2. É possível negociar o sentido com o interlocutor e, também, corrigir-se.
 3. O texto é construído: para comunicar-se melhor, os interlocutores interagem o tempo todo, usando tanto a
linguagem verbal quanto a não verbal.
4. É possível “voltar atrás” no que foi dito.
5.O processo de produção é transparente: o interlocutor “vê” seus erros e correções.
- -5
 6. É impossível consultar outras fontes durante a produção.
 7. O planejamento é local: enquanto está falando uma frase, a pessoa pensa na próxima.
8. Tende a haver mais tolerância a erros e, portanto, mais informalidade.
 9. A obediência à norma padrão costuma ser menos rígida. Por exemplo: as marcas de plural às vezes
desaparecem.
 10. Predomínio de frases curtas e simples: “Bom dia, pessoal! Hoje a gente vai dar uma recordada nos tipos de
sujeito. Vamos abrir o livro na página 10 que eu explico”.
11. Predomínio da voz ativa e da ordem direta: “Vamos revisar os tipos de sujeito”.
12. Abundância de “frases quebradas” (anacolutos): “Essas optativas, precisa fazer o pré-requisito primeiro”.
Escrita
 1. Há defasagem entre o momento de produção e o de recepção.
2. O autor deve antecipar possíveis dúvidas do leitor e tratar de esclarecê-las ainda no momento de produção.
3. O autor produz o texto solitariamente e, depois, o leitor deve reconstruir seus significados também sozinho.
4. É possível revisar o texto quantas vezes forem necessárias.
5. O processo de produção fica oculto: o leitor tem acesso apenas ao texto final.
6. É possível consultar outras fontes e verificar as informações.
7. O planejamento é global: a pessoa planeja o texto como um todo e, caso se desvie do plano inicial, pode aceitar
a nova ordem ou voltar atrás.
8. Tende a haver mais cobrança e, portanto, mais formalidade.
9. A norma padrão costuma ser seguida com mais rigor, até porque é possível revisar o texto.
10.Predomínio de frases longas e complexas: “Para a primeira aula, está prevista uma revisão sobre sintaxe, a
começar pelos tipos de sujeito. Os alunos farão uma série de exercícios em sala, sob a supervisão do professor”.
11. O uso frequente da voz passiva e da ordem indireta: “Serão feitos exercícios de sintaxe”.
12.Maior linearidade na composição de frases: “Para inscrever-se nas disciplinas optativas, é preciso ter
cumprido os pré-requisitos”.
(Adaptação do Quadro 2.3, p. 48 e 49, In: GUIMARÃES, 2012)
5 Variação diafásica
Sabemos que, quando estamos em ambientes virtuais, tendemos a aproximar nossa linguagem à modalidade
oral.
Não há problema algum em fazer essa aproximação.
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A grande questão é quando se procura, em ambientes virtuais formais ou acadêmicos, fazer essa adaptação
mudando completamente a escrita das palavras e aproximando a linguagem, de modo exagerado, à linguagem
que é empregada em (salas de bate-papo ou redes sociais em geral), ou melhor, àambientes virtuais informais
linguagem oral informal.
Nesses ambientes virtuais informais, encontramos simplificações da escrita como “vc”, “pq”, “naum”, “tbm” etc.;
as quais, muitas vezes, o aluno de EaD acredita que não há problema algum em utilizar. De fato, não podemos
considerar essas simplificações ou reduções como um crime, mas elas têm o ambiente adequado para serem
utilizadas. Fazer uso de tais palavras desse modo, em um ambiente virtual formal ou acadêmico, caracteriza total
inadequação no uso da linguagem. Trata-se de um problema de variação diafásica.
6 OralidadeMarcas comuns da presentes no português do Brasil também são encontradas amplamente emoralidade 
ambientes virtuais.
Com base no que nos apresenta Thelma Guimarães (2012), vejamos algumas delas:
1.Pronúncia das vogais átonas o e e em final de sílaba como se fossem, respectivamente, u e i.
Ex:
“alunu” em vez de aluno, “projetu” em vez de projeto.
Há vezes em que essa mudança não se resume à sílaba final. Quando observamos, por exemplo, a pronúncia da
palavra “menino”, vemos que muitos falantes modificam também a consoante átona da primeira sílaba da
palavra, pronunciando “mininu”.
 2. Eliminação das semivogais i e u nos ditongos ai, ei e ou, especialmente quando seguidos por j, x e r.
Ex:
em vez de beijo, queixo, faixa, maneira e ouro, fala-se “bêjo”, “quêxo”, “fáxa”, “manêra” e “ôro”.
3.Pronúncia do l em fim de sílaba como se fosse u.
Ex:
na fala brasileira, não há diferença entre e (exceto em algumas partes da região Sul).mau mal
4.Eliminação do l em fim de palavra.
Ex:
“coroné” (em vez de coronel).
 5. Eliminação do r em fim de palavra.
Ex:
- -7
“fazê” (em vez de fazer), “andá” (em vez de andar).
Atenção
Essa característica do português brasileiro é exclusivamente popular, ou seja, marca somente a fala de pessoas
pouco escolarizadas. As outras marcas são encontradas também na fala de pessoas escolarizadas.
A essa altura de nossa aula você pode estar se perguntando...Quem é que escreve assim?
Saiba que muitos professores tutores de cursos a distância apresentam, em seus relatos, a existência de textos
com os traços de oralidade informal que apresentamos acima.
É possível encontrar, nos diferentes fóruns de turmas a distância, a escrita de:
1. palavras como “fazê”, “vê”, “olhá”, “copiá” (apócope do r dos verbos no infinitivo);
2. mau com u em todas as situações, mesmo naquelas em que a palavra deveria ser grafada com l (mal), tendo o
sentido contrário de bem;
3. palavras como “manêra”, “lixêra”, “ôro”, atendendo ao processo de distongação ou monotongação, existente na
fala;
4. ou ainda palavras como “projetu”, “quadru”, “tapeti”, em um processo de troca da vogal tônica o ou e final por u
ou i.
7 dos níveis de linguagemContinuum
Pensando em um dos níveis de linguagem, veja o quadro abaixo (em Thelma Guimarães [012: 52]Continuum 
extraído de Travaglia, 2002: 54) apresentando as variações encontradas na modalidade oral e na modalidade
escrita, partindo do ponto mais formal para o mais informal, com exemplos de gêneros textuais para melhor
compreensão.
- -8
8 Conclusão
Observando a reflexão exposta nesta aula, podemos afirmar que não há necessidade, em um ambiente virtual
acadêmico, da utilização de uma linguagem hiperformal, como a que é apresentada em uma sentença judicial.
Nesses ambientes podemos até apresentar textos informais, mas é preciso ter atenção à escrita das palavras;
pois, como vimos, não devemos confundir texto oral com texto escrito.
Aguardamos sua participação em nosso último fórum de discussão.
Até breve!
O que vem na próxima aula
Na próxima aula, você estudará os seguintes assuntos:
• Revisão dos temas já trabalhados;
• Pontos importantes para elaboração do relatório;
• Revisão dos objetivos, metodologias e argumentos utilizados na exposição do texto já apresentado.
CONCLUSÃO
Nesta aula, você:
• Pôde pensar sobre a forma como as pessoas escrevem em ambientes virtuais;
• Fez uma reflexão sobre a variação linguística existente no Brasil;
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• Pôde pensar sobre a forma como as pessoas escrevem em ambientes virtuais;
• Fez uma reflexão sobre a variação linguística existente no Brasil;
• Refletiu sobre o uso da língua às diversas situações em que estiver inserido.
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