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Alongamento NATALLIA MORGANNA Alongamento Manobra terapêutica elaborada para aumentar o comprimento de estruturas de tecidos moles encurtados e assim aumentar a amplitude de movimento Hiperalongamento: alguns esportes. Prejudicial caso não tenha estabilidade articular (músculos) (Kisner,Colby,1998). Flexibilidade Habilidade para mover uma articulação(oes) através de uma ADM livre de dor e sem restrições. Elasticidade = retornar ao comprimento de repouso após o alongamento passivo. Plasticidade = assumir comprimento novo e maior após o alongamento. Contratura Encurtamento muscular ou de tecidos que cruzam uma ou mais articulações. TIPOS: Contratura miostática: unidade musculotendínea (se for leve: retração) Adesões: aumento da ligações cruzadas e aderência entre fibras de colágeno Adesões cicatriciais: resposta à inflamação (depositadas desorganizadas) Contratras irreversíveis – subst. Tecidual (osso, fibrose) Os elementos contráteis do músculo são as fibras musculares (miofibrilas – sarcômeros(un. Contrátil) - actina e a miosina. As propriedades neurofisiológicas do tecido contrátil são caracterizadas pela presença do fuso neuromuscular e o OTG. Os tecidos moles não contráteis, fornecem suporte estrutural mecânico ao corpo e são compostos por fibras colágenas, fibras de elastina (ex. tendões e fáscias) Alongamento estático Músculos e tecidos conjuntivos são mantidos em posição estacionária no maior comprimento possível por um tempo determinado. Não é aplicada força por parte do paciente, diminuindo a chance da ocorrência de microtraumas. Alongamento balístico São utilizados movimentos rápidos que modificam o comprimento do músculo e tecido conjuntivo. Porém, as chances de ocorrer microtraumas após um alongamento excessivo do músculo são maiores que no alongamento estático Os principais fatores neurofisiológicos que influenciam na flexibilidade são as ações do fuso muscular e do órgão tendinoso de golgi (OTG), além do mecanismo de inibição recíproca (ALTER, 2001). Neurofisiologia Neurofisiologia Fuso muscular: ventre muscular velocidade e duração do alongamento – alterações no comprimento muscular (sensíveis à velocidade) OTG: junção miotendínea, sensíveis ao aumento de tensão no músculo e no tendão. Sensíveis ao alongamento e contração muscular (muito sensível à contração muscular) Proteção: inibe a contração do músculo no qual ele está. INIBIÇAO RECÍPROCA E AUTOGENICA INIBIÇÃO RECÍPROCA Outro fenômeno neurofisiológico que influencia na flexibilidade é o da inibição recíproca, provocado pela inervação recíproca, um circuito neuronal que inibe os músculos antagonistas durante a contração de um músculo ou grupo muscular. Esta inibição diminui o tônus muscular do antagonista, facilitando o seu alongamento (GUYTON & HALL, 2002). INIBIÇAO RECÍPROCA Após a contração ativa = relaxamento reflexo (diretamente proporcional) Lei de Sherrington da Inervação recíproca = enquanto o músculo contrai o antagonista correspondente está inibido INIBIÇÃO AUTOGÊNICA Se o alongamento ou contração forem mantidos por um período superior a seis segundos, os OTGs são ativados, promovendo um relaxamento reflexo do músculo, facilitando o seu alongamento. Este mecanismo é chamado de inibição autogênica (PRENTICE, 2002). ‘ Técnicas de alongamento As técnicas de alongamento podem ser enquadradas em três tipos: alongamento estático, balístico e por facilitação neuromuscular proprioceptiva (FNP). Métodos de alongamento Os métodos para alongar tecidos moles podem ser divididos em: alongamento passivo, inibição ativa e auto-alongamento. FNP Baseia-se no processo de contração isométrica do músculo que, após a contração, irá se relaxar como resultado da inibição autogênica, permitido pelo OTG, inibindo a tensão muscular e tornando o alongamento mais efetivo Inibição ativa (sustentar-relaxar, sustentar relaxar com contração agonista e contração do agonista) inibição = relaxamento sustentar-relaxar (manter-relaxar; contrair- relaxar) sustentar relaxar com contração agonista contração do agonista (m. oposto ao retraído) PNF ou FNP (antigo Kabat) SUSTENTAR-RELAXAR(manter- relaxar; contrair-relaxar) MR OU CR Contrair o musculo retraído isometricamente no final da amplitude Inibiçao autogenica: após a contração de um músculo contraído este mesmo músculo relaxará (OTG). Se houver uma contração do músculo retraído de forma concêntrica a técnica se chama : contrair- relaxar Contração do agonista (CA) Contrai o agonista (m. oposto ao retraído) contra uma resistência Inibição recíproca do m. retraído Bom pcte dor Menos efetivo se próximo a amplitude normal MANTER RELAXAR COM CONTRAÇAO AGONISTA (MR-CA) Variaçao da sustentar-relaxar Igual a anterior, porém após relaxar o pcte deve contrair o músculo oposto ao músculo retraído. Inibição autogênica e inibição recíproca A maior alteração na ADM com um alongamento estático ocorre entre 15 e 30 segundos a maioria dos autores sugerem que 10 a 30 segundos é suficiente para aumentar flexibilidade Além disso, nenhum aumento no alongamento muscular ocorre após 2 a 4 repetições O alongamento estático imediatamente antes do exercício foi mostrado prejudicial para força, hipertrofia e desempenho em corrida e saltos 30-39 As causas específicas para este tipo de trecho perda de força induzido não é clara; alguns sugerem fatores neurais, enquanto outras sugerem 31,40 fatores mecanicos19,23 Além disso, a perda de força pode ser relacionada com o comprimento do músculo no momento do teste 23 ou a duração do alongamento25 A contração máxima de o músculo antes de alongamento estático pode diminuir a força devido o estiramento 41 PNF Curiosamente, ADM flexibilidade aumentada bilateralmente 43 Possível fenômeno neurológico que ainda permanece obscuro. Muitos assumiram que o músculo experimenta um período refratário após a contração conhecido como "inibição autogênica”, onde músculo relaxa devido a mecanismos neuroreflexo Obviamente, mais pesquisas são necessárias para investigar esses efeitos neurológicos do pré-contração alongamento. ESTÁTICO X PNF ≈ PNF > aguda ESTÁTICO X BALÍSTICO O American College of Sports Medicine1 recomenda o alongamento estático para a maioria dos indivíduos que é precedida por um ativo aquecimento, pelo menos 2 a 3 dias por semana. Cada alongamento deve ser realizada de 15-30 segundos e repetida 2 a 4 vezes. Idosos podem precisar de maior período de alongamento Feland et al constataram que 60 segundos de alongamentos estáticos = maior flexibilidade dos isquiotibiais em adultos mais velhos em comparação com o alongamento em menor duração Homens e adultos mais velhos com menos de 65 anos respondem melhor PNF Enquanto as mulheres mais velhas e adultos com mais de 65 = alongamento estático. Não foi observado que o alongamento seja eficaz na redução da incidência de lesões globais 88. Embora haja alguma evidência de que o alongamento reduza lesões miotendíneas, 88 são necessárias mais provas para determinar essa redução de lesões 3 Contra-indicações *** Bloqueio ósseo (limita a mobilidade) Fratura recente Processo infeccioso dentro ou ao redor da articulação Dor aguda Hematoma ou outro sinal de trauma no tecido Quando contraturas ou tecidos encurtados estiverem promovendo aumento na estabilidade articular em substituição à estabilidade estrutural normal ou força muscular Precauções gerais: Não force uma art além da adm normal Fraturas recém-consolidadas Pacientes com osteoporose Imobililação prolongada Dor articular ou muscular - > 24h: usada força excessiva durante o along = resposta inflamatória local Tecido edemaciado : + suceptível a lesão Tecido fraco