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Papirando na vet e MED Controle do ciclo celular Objetivos: - conhecer o papel funcional das proteínas transmembranares e proteínas periféricas na transdução de sinais intracelulares; - conhecer os pontos de checagem e suas funções do controle molecular do ciclo celular; - conhecer as proteínas e os papéis funcionais desempenhados por elas no controle molecular do ciclo celular; Ciclo celular: - Seres unicelulares: gerar vida; - Seres pluricelulares: crescimento, reposição de células mortas, regeneração de tecidos / e ou órgãos; - Como um organismo mantém constante seu número de células? Morte celular: programada ou apoptose; equilíbrio entre a proliferação celular e morte celular; - Morte celular excessiva pode causar doenças neurodegenerativas e a ausência de morte celular pode levar a doenças auto-imunes e câncer; - O que é? Processos que ocorrem desde a formação de uma célula até sua divisão em 2 células filhas; - Etapas: interfase e mitose; - Duração do ciclo celular: variável - depende do tipo celular, das condições fisiológicas, disponibilidade de hormônios e nutrientes; - Célula já diferenciada, que não divide de novo = G0 - Célula que vai repor: G0 → G1 → S → G2 → mitose (intérfase) Tipo celular e variações no período de proliferação celular: - células em contínua divisão: células embrionárias, linfócitos, epitélio intestinal, folículos capilares e medula óssea; - células que se dividem somente sob estímulo: G1 → estímulo ( R ); ex: fibroblastos, hepatócitos, células renais, músculo liso; - células terminalmente diferenciadas: G0 → sem substituição; ex: neurônio, fibras musculares esqueléticas e cardíacas; - células terminalmente diferenciadas de vida curta → queratinócitos, células sanguíneas, epitélio colunar intestinal; Controle molecular do ciclo celular 1 - Checagem G1: a célula está grande o suficiente? O ambiente está favorável? 2 - Checagem G2: o DNA foi totalmente replicado? o DNA está replicado? (se não passar na checagem = apoptose); 3 - Checagem metáfase: os cromossomos estão alinhados ao fuso e ao citoesqueleto? *Essas são os pontos de checagem previstos, mas pode ter de emergência caso aconteça algo errado. Papirando na vet e MED Proteínas (necessárias para que a célula esteja nesse ponto específico da divisão): - G1-CDK → decisão de divisão celular; - G1/S - CDK → decisão de entrada em S; - S-CDK ou CDK-2 → início da replicação - S-CDK ou CDK → ativação e estabilização de M-CDK; - M-CDK ou MPF ou CDK1 → entrada na mitose; *a atividade de cada fase depende da inativação da fase anterior e ativação da fase esperada; Ex: para entrar em “S”, a decisão de entrada em S precisa inativar e o “início da replicação” precisa ser ativado; *cada conjunto de proteínas é formado por ciclina e/ou CDK - são interdependentes, uma vez que são as ciclinas que permitem ativação de CDK. Estrutura e regulação do ciclo celular Controle molecular do ciclo celular - Quinases dependentes de ciclina (Cdks): transferência de fosfato do ATP para aminoácidos de outras proteínas; - Ciclinas: proteínas que apresentam um padrão cíclico de acúmulo e degradação durante o ciclo celular e são reguladoras das atividades das Cdks; - para que uma etapa avance, a ciclina anterior precisa ser degradada; - Existem quatro classes de ciclinas: G1-Cdk; G1-S CdK; S-Cdk e M-Cdk; Ativação do complexo ciclina-CDK - A ciclina se liga a CDK (inativa) → alterou conformação e passou a ter um pouco de atividade catalítica (CDK-parcialmente ativa); - CDK é fosforilada (fosforilação ativadora) por outra quinase (quinase ativadora de CDK) → CDK 100% ativa; - Ciclina se dissocia e fica marcada para ser degradada; Papirando na vet e MED Proteólise no controle do ciclo celular - Ubiquitina (ubiquitinação) → processo de marcação para degradação → proteossomo → libera os aminoácidos; Degradação no proteossomo Controle molecular do ciclo celular - há diversos check-points durante o ciclo celular; - esses pontos de checagem são fixos para ver se o material genético está de acordo, ocorrem em: G1, final de G2 e metáfase. Estrutura e regulação do ciclo celular Sinalização extracelular favorável → G1-CDK → G1-S → induz síntese da ciclina S → M-CDK Se em momentos houver problemas com a célula, há uma parada de emergência: para onde está para tentar reparar o erro - se reparar a célula volta ao ciclo, se não reparar, a célula é encaminhada para apoptose; A “alavanca” de emergência é acionada nos casos de dano do DNA; Inibição do complexo ciclina-CDK Fosforilação inibitória (principalmente final de G2): quinase fosforila (um fosfato é adicionado) a CDK em outro local → tornando a conformação inativa (tira a atividade da CDK); Papirando na vet e MED Processo inverso é possível com a fosfatase Cdc25, retirando o fosfato, tornando a CDK ativa novamente, o ciclo celular segue. Quando ocorre um dano no DNA, há um estímulo para a produção de proteínas inibitórias de CDK (todo o ciclo) → essas proteínas ligar-se-ão ao complexo e a célula pára na fase em que está. Controle molecular do ciclo celular G1-S Mitógeno (molécula que induz a divisão celular) é liberado no sangue ou em outra região → estimula uma célula que possui receptor específico para esse mitógeno; Fosforila o fator de transcrição → ativa o fator de transcrição (proteína reguladora gênica). Ras → MAP-cinase → fator de transcrição → atuam em vários genes → inclusive no MyC (gene extremamente importante, uma vez que ele também é fator de transcrição) → ao ativar o MyC → o MyC vai induzir a transcrição de vários genes, inclusive o da ciclina G1 → vai se associar a CDK (esse complexo vai fosforilar vários alvos). G1/CDK (complexo) → vai fosforilar uma proteína chamada retinoblastoma → a retinoblastoma muda conformação e não consegue ligar mais o E2F***, liberando esse E2F → o E2F induz a transcrição dos genes da fase S → induzindo produção de ciclina G1-S e ciclina S → S-CDK ativa → síntese de DNA. **E2F - também é um fator de transcrição que vai induzir gentes da fase S do ciclo celular; Mutação na retinoblastoma - o que acontece? Prova! Se ela não desempenhar a atividade dela → o E2F fica ativo todo o tempo → indução Papirando na vet e MED para fase S do ciclo e divisão celular → a célula vai dividir sem ter um mitógeno lá no topo da cascata como estímulo → proliferação da célula sem controle → câncer. Replicação do DNA em eucariotos - nos eucariotos, a replicação requer “múltiplas origens”, devido ao tamanho de seu genoma. A replicação é bidirecional, em ambas as fitas e simultânea. - diversos pontos de replicação; - as origens tem sequências determinadas para o início da replicação; Controle do ciclo celular G1-S - Proteínas ORC que vão identificar uma sequência de DNA e indicar que ali é uma origem de replicação. - Duas proteínas (CDC-6 e CDC-1) impedem que a maquinaria de replicação se ligue antes do tempo ideal; “trancam” a origem de replicação. - Ciclina S + CDK → vão fosforilar as proteínas CDC-6 e CDC-1, liberando essas proteínas → permitindo que a maquinaria possa se ligar ao ponto de origem de replicação e iniciar os processos de replicação → ao concluir a replicação, as proteínas CDC-6 e CDC-1 voltam a um novo ponto de origem e assim se repete sucessivamente. Estrutura e regulação do ciclo celular - MCDK → precisa ser degradada (ubiquitinada) para a célula sair de metáfase e ir para anáfase; - MCDK → parada em metáfase → pode ir para apoptose; - Problemas na ubiquitinação da MCDK → célula vai ficar parada na metáfase; Papirando na vet e MED Bloqueio da divisão celular na metáfase - Fibra do fuso vai deslocar a CDC-20 → se liga na APC → ubiquitinação da ciclina M → célula sai da metáfase; - Trissomia do 21 / 18 - quando o sistema de fibra do fuso falha; - Se o sistema falhar, vai ter mais células com mais carga genética e menos carga genética; - Se CDC 20 fica ligada → não tem contato com APC → célula não vai para anáfase; Bloqueio da divisão celular por p53 - Sistema que verifica se há 𝛂hélice no DNA (constatando alteração na topografia); - Dano no DNA → ativação das cinases ATM / ATR → as quais vão induzir as quinases CHk1 e CHk2 a fosforilar a proteína P53 → como consequência a MDM-2 se desloca da P53, tornando a P53 ativa. - P53 ativa → se liga no promotor do gene P21 → transcrição mRNA → tradução → não faz proteína p21 (proteína inibidora de CDK) → para o ciclo celular; - Mutação / alteração na P53**** prova! Tumores de mama e útero têm mutações na P53, sendo assim, não ocorre o processo de verificação da alfa hélice do DNA; - Cigarro - componentes se ligam na p53 e impedem sua função adequada; Papirando na vet e MED Bloqueio da divisão celular por p53 → RB Normal:complexo CDK ativado → E2F liberado → célula vai para fase S Alterado: E2F não liberado (dano no DNA) → fica parada na fase → apoptose; Papirando na vet e MED Interrupção do ciclo ou indução de apoptose por hipertestimulação Tumor → hiperestimulação de MyC → célula entra em S sem mitógeno (de maneira descontrolada); ARF → desloca MdM2 da P53 → p53 fica ativa → interrupção do ciclo celular para reparo ou apoptose.
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