Prévia do material em texto
BÁRBARA OLIVEIRA – P4 SUPORTE BÁSICO DE VIDA PEDIÁTRICO Atendimento que visa reconhecer e realizar RCP, a fim de manter a vítima de PCR viva até a chegada de uma unidade de transporte especializada. Sequência: Avaliar > Identificar > Intervir Recém nascido ou neonato: Do nascimento até alta hospitalar Lactente: Da alta do berçário até 1 ano de vida Criança: 1 ano de vida até mostrar sinais de puberdade (em meninas – broto mamário; em meninos – pelos em axila/tórax). Anatomia Laringe: Funil e mais anterior; Traqueia: Curta, Retificação brônquio direito. Desproporção craniofacial; occiptal grande; flexão da coluna cervical; fontanelas aberta (diminui lesão neurológica/AVE). Tórax com parede flexível (mole), lesões mal toleradas. Abdome com parede mais frágil e mais fina, fígado e baço mais caudais. Termorregulação 35° ou menos Hipotermia 36° - 37,5° Normal 37,6° - 39,5° Febre 39,5° - 41° febre alta 41° ou mais Hipertermia FrequÊncia cardíaca (vigília) Neonatos: 100 a 205 bpm – repouso 90 a 160 bpm. Bebê: 100 a 180 bpm – repouso 90 a 160 bpm. 1° infância: 98 a 140 bpm – repouso 80 a 120 bpm. Idade pré-escolar: 80 a 120 bpm – repouso 65 a 100 bpm. Idade escolar: 75 a 118 bpm repouso 58 a 90 bpm. Adolescente: 60 a 100 bpm – repouso 50 a 90 bpm. Frequências respiratórias normais Bebê – 30 a 53 ipm 1° infância - 22 a 37 ipm Idade pré-escolar - 20 a 28 ipm Idade escolar - 18 a 25 ipm Adolescente - 12 a 20 ipm BÁRBARA OLIVEIRA – P4 Cadeia de sobrevivência: Ações para garantir à vítima a melhor chance de sobrevivência. Obs: Cada elo é independente e conectado aos elos anteriores/posteriores. PREVENÇÃO > ACIONAR O SISTEMA MÉDICO DE EMERGÊNCIA > RCP DE ALTA QUALIDADE > INTERVENÇÕES DE RESSUSCITAÇÃO AVANÇADA > CUIDADOS PÓS PCR > RECUPERAÇÃO AVALIAÇÃO PRIMÁRIA 1. Checar Segurança (para o socorrista e a vítima) 2. Triângulo de avaliação pediátricas Aparência: Tom anormal, Redução na interação, Inconsolável, Olhar anormal, Fala anormal/choro. Esforço respiratório: Sons anormais, Posicionamento anormal, retrações, batimento de asa nasal, apneia/gasping. Circulação para a pele: Palidez, Moteameto (consegue ver vasos), Escurecida, Cianose. ABCDE: Cada letra corresponde a um sistema, em ordem doo que causa morte do paciente mais rapidamente. Vias aéreas (A) A via aérea é preservável? A via aérea está desobstruída? Estabilizar a cervical do paciente com suspeita de trauma com alta energia cinética - Manobras: Jaw-Thrust (projeção da mandíbula – suspeita de trauma cervical) e Chin Lift (Elevação do mento) para avaliar presença de corpo estranho. INTERVENÇÕES!!! Manter a patência da via aérea por posicionamento Aspirar conforme indicado Via aérea avançada (Supraglótica, cânula de gedel, tubo endotraqueal) Antes de passar o colar cervical, deve avaliar o pescoço através da inspeção e palpação para afastar pneumotórax hipertensivo: Traqueia centralizada, lesões, enfisema subcutâneo, estase jugular, dor a palpação cervical. Respiração (B) Profundidade e frequência de respiração adequadas Elevação do tórax Ruído ao respirar (gemidos, estridor, sibilos) Uso de músculos acessórios, batimento de asa nasal Oximetria de pulso Obs: Crianças morrem mais por: Vias obstruídas, causas pulmonares, hemorragias, traumas e hipotermia, queimaduras. INTERVENÇÕES!! BÁRBARA OLIVEIRA – P4 Aplicar alto fluxo de O2 Dispositivo bolsa-válvula-máscara Via aérea avançada Evitar ventilação excessiva Circulação ( C ) Pulso periférico e/ou central adequados Frequência cardíaca Pressão arterial Preenchimento capilar – periférico e/ou central Coloração e temperatura da pele Locais de sangramento: Tórax, pelve, abdome e ossos longos. INTERVENÇÕES!! Obter acesso IV/IO Considerar ressuscitação com fluídos: 1. RN e Lactentes – 10 mL/kg 2. Crianças – 20 mL/kg Sangramento externo deve-se imediatamente pará-lo com compressão direta. Disfunção (D) Rapidamente avalie a capacidade de responder, o nível de consciência e a resposta pupilar à luz. AVDI: Alerta, Voz, Dor, Inconsciente Verifique a glicose no ponto de atendimento Obs: Hiperglicemia e hipoglicemia pode perder a consciência. INTERVENÇÕES!! Restrições de movimento da coluna Corrigir a hipoglicemia Considerar a administração de naloxana para toxicidade aguda por opioides. BÁRBARA OLIVEIRA – P4 ESCALA DE COMA DE GLASGOW ATIVIDADE SCORE CRIANÇA SCORE BEBÊ Abertura dos olhos 4 espontânea 4 espontânea 3 com chamado 3 c/ chamado/som 2 com dor 2 c/ estímulos dolorosos 1 nenhuma 1 nenhuma Verbal 5 orientado 5 arrulha/ balbucia 4 confuso 4 choro irritável 3 inadequado 3 Chora c/ a dor 2 incompreensível 2 geme c/ dor 1 nenhum 1 nenhum Motor 6 atende comandos 6 mov espontâneo normal 5 localiza a dor 5 retira com toque 4 retira c/ a dor 4 retira c/ dor 3 flexão anormal 3 flexão anormal 2 extensão anormal 2 extensão anormal 1 nenhum 1 nenhum Avaliação pupilar 2 nenhuma pupila reage ao estimulo de luz (inexistente) 1 apenas uma pupila reage ao estimulo de luz (parcial) 0 as duas pupilas reagem ao estimulo de luz (completa) OBS: Pontuação mínima (01) e pontuação máxima(15) Exposição Remova a roupa para realizar um exame físico (anterior e posterior) Procurar sinais óbvios de trauma, hemorragia, queimaduras marcas incomuns ou pulseiras de alerta médico. Temperatura INTERVENÇÕES!! Obter a normotermia BÁRBARA OLIVEIRA – P4 Controlar a hemorragia Descontaminação AVALIAÇÃO SEUNDÁRIA S Sinais e sintomas A Alergias M Medicamentos P Passado médico L Líquidos e alimentos ingeridos recentemente E Eventos associados PCR pediátrica extra-hospitalar 1. Verificar a segurança no local 2. Verificar se a vitima responde 3. Acionar o serviço medico de emergência 4. Verificar se não há respiração ou somente GASPING e verificar o pulso (simultaneamente). Respiração normal, com pulso: Monitore até a chegada do serviço médico Sem respiração normal, com pulso: Administrar ventilação de resgate (1 ventilação a cada 2 a 3 segundos, ou cerca de 20/30 ventil/min. Obs: avaliar o pulso por no máximo 10 segundos 5. Fc < 60/min com sinais de perfusão deficiente: Sim: Iniciar RCP Não: Continuar ventilações de resgate, verificar o pulso a cada 2 minutos. Se não houver pulso, inicie a RCP. 6. O colapso súbito foi testemunhado Sim: Ativa o sistema de mergencia Não: Inicia a RCP (1 socorrista 30/2); (2 socorristas 15/2). Usar o DEA assim que disponível. 7. Verifique o ritmo chocável Sim: Aplica 1 choque. Reinicia RCP por 2 min (até ser instruído pelo DEA para verificar o ritmo) Continuar até que a equipe de SAV assuma ou até que a criança comece a se movimentar. Não: Reinicia a RCP por 2 min (até ser instruído pelo DEA para verificar o ritmo); continuar ate que a equipe de SAV assuma ou que a criança comece a se movimentar. Onde verificar o pulso? Bebê: Braquial ou femoral Criança: Carotídeo ou femoral Avalie o pulso por no máx 10 segundos! BÁRBARA OLIVEIRA – P4 Se a FC for menor que 60 bpm com sinais de perfusão deficiente, iniciar RCP. Temperatura - extremidades frias; alteração do estado mental – diminuição progressiva da consciência/capacidade de resposta; pulsos fracos; pele – palidez, moteamento (aparência de machas) e cianose (pele azulada). Ventilação de resgate Parada respiratória: Ausência de respiração com atividade cardíaca detectável. O profissional deve fornecer ventilação de resgate para prevenir PCR. Verificar o pulso a cada 2 min, se a criança se mostrar, sem pulso, grite por ajuda e aplique compressões, bem como ventilações (RCP). Usar o orxigenio assim que disponível. Desfibrilação com o DEA Fibrilação ventricular Taquicardia ventricular sem pulso Assistolia Ritmo sinusal sem pulso (LAESP) DEA em bebês o ideal seria um desfibrilador manual, já que tem mais recursos e fornece cargas de energias mais baixa. Alguns DEAs pediátricos podem ser aplicados na posição anteroposterior (mais usados em bebês) ou anterolateral. Manejo da asfixia por obstrução Obstrução severa: Não há respiração, há cianose e constrição cervical. MANOBRA DE HEIMLICH O socorrista deve se posicionar atrás do ppaciente, colocando seu pé direito a frente e o esquerdo de modo a sustenta- lo. Com o punho fechado e a região ulnar voltada para o abdome, coloque a outra mão sobre essa e realize uma compressão vigorosa e ascendete, de modo a expulsar o objeto. ASFIXIA EM LACTENTES Ela é realizada com a criança em posição prona sobre o antebraço do socorrista (apoiando sua cabeça), enquanto a outra golpeia 5 vezes no dorso. Após isso, a criança é posta em posição supina e seu tórax é comprimido 5 vezes (no local de massagem cardíaca). A técnica é repetida por até 2 min, se não resolvido pode haver PCR (caso seja identificado, chamar serviço avançado, solicitar um DEA e dar inicio a RCP). OVACE Consiste na obstrução de vias aéreas causada por aspiração de corpos estranhos, geralmente localizados na laringe ou traqueia. Obstrução leve: Capacidade de responder, tossir e respirar preservada. Condução: HEIMLICH Obstrução severa: Vítima consciente ou inconsciente, não consegue respirar ou apresenta ruídos à respiração e ou tosse silenciosa. BÁRBARA OLIVEIRA – P4 Realizar RCP, caso o pulso esteja ausente (compressões > abrir vias aéreas > remover corpo estranho). Em casos de insucesso realizar laringoscopia direta e remoção com pinça. Em ambiente intra-hospitalar, considerar cricotireoidostomia por punção. SUPORTE AVANÇADO DE VIDA PEDIÁTRICO Identificando: IMPRESSÃO INICIAL (aparência > respiração > circulação) 1. Aparência: Nivel de consciência e interatividade 2. Respiração: Esforço respiratório, respiração com ruídos 3. Circulação: Cor da pele, palidez, moteamento, cianose. Lesões na pele, hemorragia evidente, petéquias e púrpuras. MOV: Monitoramento > OxigÊnio > Veia (acesso venoso) Avaliação primária: ABCDE 1. VIAS AÉREAS DISPOSITIVOS PARA VA Cânula orofaríngea ou nasofaringea INTERVENÇÕES AVANÇADAS Ventilação por bolsa-válvula-máscara Intubação endotraqueal ou inserção de máscara laríngea Tubo com ou sem cuff? Sem: idade/4 + 4 Com: idade/4 + 3,5 Ideal para bebes e crianças é escolher TET com cuff 2. RESPIRAÇÃO Fr (apneia, bradipneia, taquipneia), esforço, expansão torácica, sons nos pulmões e VA, saturação. 3. CIRCULAÇÃO - 4. DISFUNÇÃO AVDI ALERTA VOZ DOR BÁRBARA OLIVEIRA – P4 INCONSCIENTE Resposta pupilar Glicemia capilar 5. EXPOSIÇÃO Exposição da pele Temperatura AVALIAÇÃO SECUNDÁRIA S inais e sintomas A lergias M edicamentos P assado médico L íquidos e alimentos ingeridos E ventos associados SUPORTE AVANÇADO DE VIDA PCR: Cessação súbita da circulação espontânea e da respiração. Compromete o suprimento de oxigênio aos tecidos, atinge os tecidos rapidamente e pode levar a óbito ou sequelas graves em poucos minutos. RCP: Conjunto de manobras realizadas (inclusive por leigos), que visam o reestabelecimento da circulação espontânea e respiração. SBV: É o tratamento inicial para a morte súbita • Objetiva manter a viabilidade cerebral até a chegada de socorro médico especializado ou recuperação do paciente. 1. Identificação precoce 2. Compressões de alta qualidade (100 a 120 ipm) > 30/2 sem VA avançada; 1 ventilação a cada 6 segundos com VA avançada. 3. Desfibrilação de ritmos chocáveis 1. Fase elétrica (0 – 5 min): Desfibrilação Iniciar imediatamente as medidas de suporte básico de vida com um mínimo de interrupção nas compressões torácicas e providenciar desfibrilador rapidamente. 2. Fase circulatória (5 – 10 min): Perfusão > RCP 3. Fase metabólica (>10 min): Novas terapias? FIBRILAÇÃO VENTRICULAR: Perda do sincronismo de contração das fibras musculares do miocárdio; Impulsos elétricos desorganizados; Incapacidade súbita de promover a adequada circulação do sangue. Resumindo: Atividade elétrica desorganizada, SEM DEFINIÇÃO DE ONDAS. OBS: Desfibrilação é o tratamento de escolha para FV de curta duração! BÁRBARA OLIVEIRA – P4 Sempre realizar um ciclo de RCP (2 min) após cada procedimento de desfibrilação. TAQUICARDIA VENTRICULAR SEM PULSO: Frequência cardíaca > 100 e < 220 spm • Ritmo regular ou discretamente irregular • QRS tem a mesma morfologia da extra-sístole ventricular • TRATAMENTO : DESFIBRILAÇÃO. ASSISTOLIA: Linha reta. ATIVIDADE ELÉTRICA SEM PULSO (AESP): Existe atividade elétrica sem a correspondente atividade mecânica do coração. Não se observa pulso e não é possível aferir a pressão arterial. VIAS DE ACESSO PARA DROGAS ENDOTRAQUEAL Dose: Dobro da EV, diluir em 10 ml Realizar hiperventilação Medicamentos: Adrenalina, vasopressina, lidocaína Minimizar interrupções das compressões INTRA-ÓSSEA Zona vascular da MO Agulha específica (Tíbia – ângulo de 60°) DROGAS ANTIARRÍTIMICOS: Quando FV ou TV sem pulso persistir após o terceiro choque, associados à RCP e à administração de um vasopressor. 1. AMIODARONA – 300 mg IV / IO BOLUS, considerar adicional de 150 mg EV (ESCOLHA) 2. LIDOCAÍNA (alternativa) 3. ADRENALINA – 1 mg EV (3 a 5 min) Causas tratáveis Hipovolemia Pneumotórax Hipóxia Tamponamento cardíaco Hidrogênio (acidose) Toxinas Hipocalemia / hipercalemia Trombose pulmonar Hipotermia Trombose coronária Cuidados pós – RCP 1. Controlar a temperatura corporal 2. Otimizar avaliação neurológica 3. Identificar e tratar síndrome coronária aguda 4. Garantir suporte ventilatório adequado 5. Reduzir risco de injúria em múltiplos órgãos BÁRBARA OLIVEIRA – P4 6. Promover reabilitação aos sobrevivente ANTENDIMENTO PRÉ-HOSPITALAR Atendimento às urgências com o objetivo de manutenção da vida e reduzir danos. Procura chegar precocemente à vítima, após ter ocorrido um agravo à sua saúde (...) que possa levar a sofrimentos, sequelas ou mesmo à morte, sendo necessário prestar-lhe atendimento e/ou transporte adequado um serviço devidamente hierarquizado. Principaiscausas de APH em pediatria: ACIDENTES (transito – como ocupantes de veículos, pedestres ou sofrem atropelamentos, AFOGAMENTO – 1 a 4 anos, SUFOCAÇÃO – brinquedos, alimentos) Acidentes – principal causa de morte em crianças de 1 a 14 anos. Particularidades do APH em crianças 1. Cabeça é proporcionalmente maior em crianças mais novas – alta incidência de lesões cranianas contusas nessa faixa etária. 2. Menor massa corporal – o impacto resulta em maior força aplicada por unidade de área corporal. 3. Risco maior de hipotermia 4. Esqueleto com calcificação incompleta – podendo haver lesões internas sem fraturas CADEIA DE SOBREVIVENCIA 1. Prevenção: cinto, cadeira, afastar de água 2. Acionar o serviço medico de emergência 3. RCP de alta qualidade 4. Ressuscitação avançada 5. Cuidados pós-PCR 6. Recuperação TEMPO LIMITE PARA PERMANECER NA CENA = 10 MIN CENA: Prever as situações para o atendimento, avaliar risco do local, permitir acesso, locomoção e passar pra equipe. Segurança no transito: clima, iluminação, sinalização e local. Violência: cenas de crime, locais perigosos. Risco biológico: prever uso de EPI. Materiais explosivos ou tóxicos. EXAME PRIMÁRIO: Impressão geral do paciente 1. Aparência: Atitude, tônus muscular, chora, capacidade de consolo, olhar 2. Respiração: Postura, ruídos respiratórios audíveis, tiragem subcostal, taquipneia 3. Circulação: Palidez, cianose, coloração da pele. Avaliar estado neurológico: AVDI (alerta, verbal, dor e irresponsivo) + ESCALA DE COMA DE GLASGOW + AVALIAÇÃO PUPILAR (tamanho, fotorreativa e simetria) AVALIAÇÃO PRIMÁRIA A: Checar via área, com estabilização da coluna cervical. Se não estiver pérvia: Cânula de guedel ou nasofaringea. BÁRBARA OLIVEIRA – P4 B: Checar respiração e oferecer VPP (se não respira) se necessário e IOT. Taquipneica ou saturando: oferecer oxigênio (cateter nasal) C: Controlar sangramentos externos, garantir acesso venoso (jugulares externas ou intraósseo), manutenção de PA e celeridade no transporte. Pulso, perfusão e controlar sangramentos (torniquetes) D: Escala de coma de Glasgow, pupilas, glicemia capilar. Dano cerebral, AVDI. Queda de Glasgow: Deterioração neurológica E: Buscar fraturas, hematomas, esquimoses. Após garantir normotermia para a criança. EXAME SECUNDÁRIO: Identificar situações ou problemas não observados na avaliação primaria. A: alergias M: medicamentos P: passado médico L: líquido e alimentos A: ambiente que ocorreu o evento OU S: sinais e sintomas no início da enfermidade A: história de alergias M: medicamentos em uso e/ou tratamentos em curso. Hora da última dose. P: passado médico – problemas de saúde ou doença prévia. L: horário da ultima ingestão de líquidos ou alimentos. E: eventos que levam À doença ou lesão atual. TRANSPORTE APH EM CATÁSTROFES 1. Triagem (Crianças JUMP START) Classificação dos pacientes por gravidade: VERDE: Conscientes e capazes de deambular ou serem encaminhados para atendimento. AMARELO: Feridos com lesões graves, mas por não estarem em situação de risco iminente, tem menor prioridade que os de alto risco, já que sua sobrevivência independe de cuidados imediatos. VERMELHO: Ferido grave, em risco iminente, chance de sobreviver precisa de cuidados imediatos, por equipe medica experiente e local adequado. PRETO: Pacientes terminais, lesões extremas e cujo prognostico é sombrio, que mesmo atendido por equipe medica experiente, irão falecer. BÁRBARA OLIVEIRA – P4 2. Tratamento 3. Transporte MONITORIZAÇÃO E REAVALIAÇÃO FASES DE ATENDIMENTO Prevenção: Lei seca, obrigatoriedade do cinto de segurança. Atendimento pré-hospitalar Atendimento hospitalar – CROSS (regulação de serviço de saúde): Indica a especialidade e recursos necessários para a vítima. Reabilitação e reintegração PRINCIPIO DO PRÉ-HOSPITALAR “Não agravar as lesões pré-existentes” Capaz de andar, sem ferimentos graves (verde) Apneico e sem pulso após inclinação da cabeça (faleceu) Apneico com pulso após 5 resp de resgate (faleceu) Respiração após incl de cabeça ou 5 resp de resgate - pulso se já estiver respirando (imediato) Respiração menos de 15 ou mais de 45 por min(imediato) Perfusão: pulso radial ausente (imediato) AVPU: P inapropriado ou U (imediato) Todos os outros (A, V OU P apropriado) (amarelo) BÁRBARA OLIVEIRA – P4 Atendimento hospitalar ao paciente pediátrico crítico Caminhos para uma PCR em crianças: 1. Respiratório: Insuficiência respiratória 2. Circulatória: Choques e arritmias 3. Parada cardíaca súbita Intoxicações exógenas RELEMBRANDO - Impressão inicial: Aparência, respiração e circulação. Criança que apresenta alterações na impressão inicial - MOV. MONITORIZAÇÃO – OXIGÊNIO – ACESSO VENOSO 1. AVALIAR – primária, secundária e diagnóstica PRIMÁRIA SECUNDÁRIA 2. IDENTIFICAR 3. INTERVIR Caso clínico Chega ao seu plantão Cristiano Ronaldo, uma criança de 9 meses, P=10kg, portador de Trissomia do 21, com história súbita de agitação, sudorese e choro inconsolável há poucos minutos. A enfermeira leva o paciente da triagem direto para a sala vermelha e te chama. O que fazer? IMPRESSÃO INICIAL Aparência: Consciente, sudoréico e bastante agitado. Respiração: Respiração rápida Circulação: Pálido AVALIAÇÃO PRIMÁRIA A: Vias aéreas pérvias ou patentes B: MV+ em AHT, sem RA; FR 72 irpm, sem desconforto respiratório; SO2: 94%. C: Ritmo de galope, sopro parassistólico; FC: 230 bpm; PA 68x44 mmHg; pulsos filiformes. Distúrbios do ritmo cardíaco Arritmias ou disrritmias: Alteração da frequência, formação ou condução do impulso elétrico através do miocárdio. Bradiarritmias Bradicardia associada a um distúrbio do ritmo cardíaco. BÁRBARA OLIVEIRA – P4 BRADICARDIA SINUSAL: Diminui a frequência de despolarização do nó sinusal, nem sempre é patológica, intoxicação medicamentosa. BLOQUEIO AV: Distúrbio de condução elétrica através do nódulo AV. Causas: Vagotonia, cardiopatia, medicamentos (betabloqueador), distúrbios metabólicos (hiperpotassemia) – transitório; idoso, doença de Chagas, DAC, outras cardiopatia (persistente) 1. BAV DE PRIMEIRO GRAU: Intervalo PR prolongado (condução retardada através do nó AV), assintomático, medicações, DHE, miocardite e IAM. PR prolongado >200ms ou 0,02 s // 340 ms ou 0,34 s Frequência = 79 bpm 2. BAV DE SEGUNDO GRAU – Fenômeno de Wenckebach: Prolongamento progressivo do intervalo PR até que não haja impulso atrial conduzido aos ventrículos, assintomáticos ou pré- síncope (ocasionalmente), medicações, estímulo parassimpático, IAM. MOBITZ I MOBITZ II Intervalo PR constante, com algumas onda P bloqueadas, palpitações, pré-síncopes, síncopes, anormalidades intrínsecas no sistema de condução. 3. BAV DE TERCEIRO GRAU: Dissociação entre ondas P e complexos QRS, nenhum impulso atrial alcança os ventrículos, fadiga, delírio, síncope. 1° grau 2° grau 3° grau Mobitz I Mobitz II BÁRBARA OLIVEIRA – P4 Taquiarritmias Ritmos anormais rápidos originários nos átrios ou nos ventrículos. Podem ser toleradas sem sintomas por um período variável. Podem cursar com comprometimento hemodinâmico agudo. Sinais e sintomas inespecíficos. Palpitações, pré-síncopes, síncopes (ICC) 1. TAQUICARDIA SINUSAL (TS): Frequência de despolarização do nó sinusal; resposta fisiológica à necessidade do corpo de manter maior DC. Exercício, dor, ansiedade, febre, toxinas. 2. TAQUICARDIA SUPRAVENTRICULAR (TSV): Mecanismo de reentrada através de uma via acessória ou dentrodo nó AV; maior causadora de comprometimento cardiovascular da infância; em bebês é frequentemente diagnosticada quando sintomas de ICC aparecem. Crianças mais velhas: Palpitações, dor torácica, falta de ar e desmaio. Características do ECG Frequência cardíaca ≥ 220 bpm em bebês ≥ 180 bpm em crianças Ondas P Ausentes ou anormais Intervalo P-R Não pode ser determinado Intervalo R-R Constante (frequentemente) Complexo QRS Estreito (90% das crianças com TSV) 3. FLUTTER ATRIAL: Circuitos reentrantes em pacientes com átrios aumentados ou com barreiras anatômicas pós-cirurgicas; a frequência atrial pode QRS estreito (ATRIAL) QRS largo (VENT) Taquicardia sinusal T. supraventricular Flutter atrial T. ventricular BÁRBARA OLIVEIRA – P4 exceder 300 bpm; pode se desenvolver em RNs sem cardiopatias. Padrão em “serra dentada” de onda P no ECG 4. TAQUICARDIA VENTRICULAR (TV): Taquiarritmia de QRS largo gerado nos ventrículos; incomum em crianças (normalmente possuem doença cardíaca de fundo); história familiar de morte súbita. Intoxicação exógena (ADT, cocaína, metanfetamina). MONOMÓRFICA POLIMÓRFICA (Torsades de pointes) CONDUTAS MANOBRAS VAGAIS: As manobras vagais podem ser tentadas em qualquer paciente estável antes da cardioversão com drogas, com índice de sucesso variável. O reflexo vagal induzido produz bloqueio transitório do nodo A-V, quebrando o circuito de reentrada. Nos lactentes, a manobra vagal pode ser realizada a partir da aplicação da bolsa de gelo sobre a face do paciente por cerca de 20 segundos (reflexo do mergulho), com o cuidado de não obstruir as vias aéreas (classe IIa). Nos pacientes maiores, a massagem do seio carotídeo (sobre a carótida e o mais alto possível) alternadamente, de cada lado do pescoço, e a manobra de Valsalva são as mais indicadas (classe IIb). A compressão do bulbo ocular está contraindicada para indução do reflexo vagal, pelo risco de deslocamento de retina. ADMINISTRAÇÃO DE ADENOSINA: Em relação ao tratamento medicamentoso, a adenosina é a droga de escolha nos pacientes estáveis (classe IIa) em qualquer faixa etária. Apresenta meia-vida ultra-curta (< 10 segundos) bem como a duração de ação (< 2 minutos), sendo muito efetiva na conversão da arritmia, de forma rápida e segura. DESFIBRILAÇÃO: CARDIOVERSÃO: Amiodarona e a procainamida podem ser utilizadas para cardioversão no paciente estável, cardioversão BÁRBARA OLIVEIRA – P4 elétrica (quando não responde a manobras vagais e medicação). O tratamento do paciente instável deve ser realizado por CES ou pelo bolus de adenosina, além de manobras vagais. Voltando ao caso clínico 1. Qual o ritmo aparece no monitor? Taquicardia supraventricular. 2. Cristiano Ronaldo está estável ou instável? Instável. 3. Qual a intervenção a ser feita? Se houver acesso IV/IO administrar adenosina, caso não haja iniciar cardioversão sincronizada. 4. E se ele estivesse estável, o que poderia ser feito? Manobras vagais ou medicar adenosina. Bradicardias ou taquicardias Estável Instável: Dispnéia, nível de consciência, dor torácica, hipotensão. Abordagem inicial – Sinal de instabilidade (4 D’s) Dor torácica (CIH) Diminuição da pressão Dispnéia (CIH) Diminuição da consciência (CIH) Choque (CIH) CIH – critérios de instabilidade hemodinâmica Bradicardias: Tontura, mal estar inesperado, síncope, dispneia, choque. Bradicardia sintomática com pulso: Atropina 0,5 mg EV, enquanto aguarda o marcapasso, pode ser repetida até um total de 3 mg. Se não eficaz: Iniciar MPTC. Epinefrina ou infusão de dopamina, enquanto aguarda a colocação do MPTC, ou se não for eficaz. Tratamento: Estável (atropina 0,5 a 1mg EV – bloqueia a ação da acetilcolina nos receptores parassimpáticos, inibindo ação vagal no nó AV, dose máxima 3mg); Instável (marcapasso transcutâneo, marcapasso provisório, marcapasso definitivo). ATROPINA: 0,5 mg/ml ou ampola 1 ml; dose ataque (1 mg EV a cada 3 a 5 min, dose máx 3mg). Bloqueia a ação da acetilcolina nos receptores parassimpáticos (inibe ação vagal no nó AV), bloqueio supra-hissianos – QRS estreito). Sedação, analgesia e captura Taquicardias: Tratamento taquicardia supraventricular – ESTÁVEL (manobra vagal; adenosina 6mg + 12 mg; amiodarona 150 mg EV), INSTÁVEL (cardioversão elétrica sincronizada). Tratamento taquicardia ventricular – ESTÁVEL (amiodarona 150 mg EV, lidocaína 1 a 1,5mg/kg até 3mg/kg, procainamida 20 a 50 mg/min EV), INSTÁVEL (cardioversão sincronizada) CVE: Orientar o paciente sobre o procedimento, sedação/analgesia, oxigênio se necessário, sincronizar. Arritmias cardíacas TAQUIARRITMIAS Extrassístoles (despolarização precoce) Taquicardia (Fc > 100 bpm) BRADIARRITMIAS Bradicardias (FC< 60 bpm) Escapes (despolarização tardia) Assintomáticos: Bradicardia sinusal e ritmos de escape. Obs: ausência de sintomas (vagotonia – atletas) Sintomáticos: Doença do nó sinusal e bloqueio atrioventriculares. BÁRBARA OLIVEIRA – P4 Obs: tonturas e síncopes; insuficiência cardiaca Tratamento: medicamentos ineficazes; marcapasso cardíaco artificial. Escapes Batimentos tardios de origem não sinusal! Mecanismo: Automatismo normal de outra região na ausência de estímulo sinusal. Podem ser: foco juncional (AD baixo, nó AV, feixe de his – repleto de células V – automatismo), atrial (onda P ectópica – de morfologia diferente) ou ventricular (QRS alargado não precedido de P). Obs: escape juncional – batimento não precedido de onda P. Bradiarritmias sinusais FC < 50 bpm Bradicardia sinusal Parada sinusal Pausas > 2s Bloqueio sinoatrial É a falha de condução do nó sinusal para átrios e ventrículos. Falha = dobro do RR BÁRBARA OLIVEIRA – P4 Convulsão na urgência Sintomas Aura Perda da consciência (queda) Abalos musculares repetitivos simétricos Trismo, mordedura da língua Aumento da secreção salivar Aumento d apressão torácica e abdominal Evacuação e diurese Grito Parada da crise espontaneamente (até 5 min) Sonolência após Epilepsia Sintoma de início e fim bruscos Com duração de segundos a minutos Repetidas vezes Primária Secundária – alterações metabólicas, TCE Tratamento Durante a crise: ABCDE Lateralizar o paciente para expelir as secreções Afastar objetos perigosos e proteger a cabeça Não colocar nada na boca, nem tentar abrí-la No hospital: Providenciar acesso venoso Durante a crise: Diazepam 1 ampola 10 mg em 2mL diluído EV lento ou até cessar a crise. Aspirar as secreções Administtrar oxigênio Estado de mal epiléptico Ocorrência de atividade epiléptica por > 5 min. Mais comum de origem secundária Dose repetida de Diazepam Fenitoina (Hidantal) 1 amp 250 mg (5ml) em 5 min Hidantoinazação rápida: 1000mg (4 amp) em 100 ml de SF correr em 20 min (60 gotas por min) Nos casos refratários: UTI/ IOT/ coma barbitúrico: Pentobarbital (nembutal). Síndrome Coronariana Aguda Fatores de risco Idade, sexo masculino, hhistorico familiar, diabetes, dislipidemias, HAS, tabagismo, IR, uso de cocaína/anfetaminas, aterosclerose. Anatomia coronária Lateral: I, aVL Lateral: V5, V6 Anterior: V3, V4 Septal: V1, V2 Inferior: II, III, aVF Fisiopatologia Diagnóstico Clínico ECG Laboratorial Sintomas Dor retroesternal em aperto, em repouso, > 20 min; Sinal de Levine; irradiação para MMSS, mandíbula, dorso ou epigástrio; atípicas (diabéticos e idosos): Coronária normal Trombose parcial Troponina – Ang Instável Troponina + IAM sem supra ST Trombose completa IAM com supra STBÁRBARA OLIVEIRA – P4 Dispneia, palpitações, náuseas, tosse, sincope, vômitos, indigestão e mal estar; atitude com pouca movimentação. Diagnosticos diferenciais Dor muscular, pneumotórax, pneumonia, TEP, dissecção de aorta, refluxo gastroesofágico. Exame físico Pulso, ausculta cardíaca, palidez, sudorese, hipotensão, turgência de jugular. Ecg IAM sem supra ST Ecg IAM com supra ST IAM com supra ST Exames laboratoriais Troponina Auxiliar o diagnostico Sintomas aipicos Ecg normal ou sem supra de ST Elevações isoladas de troponinas não são diagnósticas (ICC, miocardite, DRC) Dosagem seriada ACLS: na chegada e 2h após Trombose parcial: Sem supra (angina instável / IAM sem SST – MONOBACH e troponina). Onda T invertida simétrica Infra ST BÁRBARA OLIVEIRA – P4 Trombose completa: Com SST – IAM com SST Morfina, Oxigênio, nitrato, Aas, betabloqueador, clopidogrel, heparina Morfina: 2 a 4mg EV; venodilatador e analgésico potente. Contraindicações: Hipotensão, RNC, bradicárdicos. Oxigênio: Manter sat > 94%; O2 4L/min; cateter nasal; mascara de venturi; VNI e IOT. Nitrato: Vasodilatação coronariana; redução da pré-carga; contraindicação (infarto VD, hipotensos); isordil 5mg comp SL. AAS: Antiagregante plaquetário (inibe irreversivelmente a cox1. Contraindicação – alergia. Reduz mortalidade. Dose de ataque 200 a 325 mg. Manutenção 75 a 10mg/dia. Betabloqueador: Redu a FC e o consumo de 02. Aumenta o tempo de diástole. Preferencia VO (propranolol 20 a 80 mg a cada 8 ou 6 horas). Contraindicações: Broncoespasmo, asma, bradicardia, congestão – ICC, PAS< 90mmHg. Clopidogrel: Tienopiridinicos, ataque 300mg (4 cp) / 600 mg (ATC). Manutenção 75 mg (1cp/dia). Cuuidado – pacientes > 75 anos não fazer dose de ataque. Heparina: HNF (heparina não fracionada) – Liquemine – TTPA. HBPM (heparina de baixo peso molecular – Clexane. Terapia de reperfusão IAM com supra ST < 12h Medicamentosa: Fibrinólise (estreptoquinase e alteplase) Intervencionista - disponibilidade