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Faculdades Integradas Aparício Carvalho – FIMCA Sociedade de Pesquisa Educação e Cultura, Dr. Aparício Carvalho de Moraes Ltda. BRUNA BIBIANA LEMOS MORAES STEFANY KAROLINE VENÂNCIO DOS SANTOS VINÍCIUS EUGENIO CARVALHO DE ALMEIDA MECÂNICA DOS PAVIMENTOS Base e Sub-base Vilhena - RO Outubro de 2022 Bruna Bibiana Lemos Moraes Stefany Karoline Venâncio dos Santos Vinícius Eugenio Carvalho de Almeida MECÂNICA DOS PAVIMENTOS Base e Sub-base Trabalho apresentado ao sexto período do curso de Engenharia Civil, das Faculdades Integradas Aparício Carvalho – FIMCA unidade de Vilhena, como requisito para obtenção de nota da disciplina de Mecânica dos Pavimentos, sob a orientação do professor Júnior Fabiano Rocha Lima. Vilhena - RO Outubro de 2022 2 SUMÁRIO 1. INTRODUÇÃO 5 2. CLASSIFICAÇÃO DOS PAVIMENTOS 5 3. DEFINIÇÕES 6 3.1. Base 6 3.2. Sub-base 6 4. FUNÇÕES 6 4.1. Base 6 4.2. Sub-base 6 5. BASES E SUB-BASES FLEXÍVEIS E SEMI-RÍGIDAS 6 5.1. Classificação 6 5.1.1. Estabilização granulométrica 7 5.1.2. Macadames Hidráulico 7 5.1.3. Estabilização com cimento 7 5.1.4. Estabilização com cal 7 5.1.5. Estabilização com betume 8 6. BASES E SUB-BASES RÍGIDAS 8 7. CONDIÇÕES ESPECÍFICAS 8 7.1. Base 8 7.2. Sub-base 8 8. EXECUÇÃO 9 8.1. Execução Sub-base 9 8.2. Execução da base 9 8.3. Equipamentos Sub Base e bases 9 9. NECESSIDADES NORMATIVAS 9 9.1. Verificação do produto – Base 9 9.2. Verificação do produto – Sub Base 10 10. AVANÇOS NA ENGENHARIA 10 11. CONCLUSÃO 11 3 1. INTRODUÇÃO O setor rodoviário é o maior meio de transporte utilizado no Brasil, tanto para pessoas como para cargas. Por isso, o processo de execução das camadas de base é fundamental para construir uma pavimentação de alta qualidade e rendimento. Estas pavimentações são camadas construídas com o objetivo de dissipar os esforços gerados pelo tráfego, permitindo uso confortável da estrada a fim de viabilizar segurança, independentemente da condição climática do local. Essas estruturas devem ser duradouras e resistentes a toda carga oriunda do rolamento dos veículos, motivo pelo qual exigem várias etapas de trabalho. Sendo assim, o presente trabalho tem como objetivo detalhar duas das principais camadas existentes em um pavimento, que são base e sub-base, explanando definições, funções, normativas de funcionamento e execução e importância de aplicação. 2. CLASSIFICAÇÃO DOS PAVIMENTOS Para poder descrever as características das camadas de um pavimento é necessário primeiramente descrever os tipos destes existentes, uma vez que suas variações implicam no modo em que as camadas são constituídas. Portanto, de modo geral, os pavimentos são classificados em flexíveis, semi-rígidos e rígidos: ● Flexíveis: neste todas as camadas sofrem deformação elástica significativa por conta das cargas atuantes e, portanto, a carga se distribui em parcelas aproximadamente equivalentes entre as camadas. Como exemplo pode-se citar pavimento feito com base de brita ou solo pedregulhoso, revestido por uma camada asfáltica. ● Semi-rígidos: executado com uma base cimentada por algum aglutinante com propriedades cimentícias. Por exemplo: pavimentos com uma camada de solo cimento revestida por uma camada asfáltica. ● Rígidos: neste tipo o revestimento é muito mais rígido em relação às camadas inferiores, absorvendo quase todas as tensões provenientes do carregamento aplicado. Por exemplo: pavimento constituído por lajes de concreto de cimento Portland. 4 3. DEFINIÇÕES 3.1. Base É a camada de pavimentação destinada a resistir aos esforços verticais oriundos dos veículos, distribuindo-os adequadamente à camada subjacente, executada sobre a sub-base, subleito ou reforço do subleito devidamente regularizado e compactado. A base se localiza abaixo do revestimento fornecendo suporte estrutural. 3.2. Sub-base A sub-base é uma camada complementar à base e com as mesmas funções desta, executada sobre o subleito ou reforço do subleito, devidamente compactado e regularizado. 4. FUNÇÕES 4.1. Base Alívio das tensões no revestimento e as distribuem nas camadas inferiores 4.2. Sub-base Prevenção do bombeamento do solo do subleito para a camada de base. 5. BASES E SUB-BASES FLEXÍVEIS E SEMI-RÍGIDAS 5.1. Classificação As bases e sub-bases flexíveis e semi-rígidas podem ser classificadas nos seguintes tipos (Figura 01): Figura 01 - Classificação - Bases e sub-bases flexíveis e semi-rígidas 5 5.1.1. Estabilização granulométrica São as camadas constituídas por solos, britas de rochas, de escória de alto forno, ou ainda, pela mistura desses materiais. Este é o processo de melhoria da capacidade resistente de materiais “in natura” ou mistura de materiais, mediante emprego de energia de compactação adequada, de forma a se obter um produto final com propriedades adequadas de estabilidade e durabilidade. 5.1.2. Macadames Hidráulicos Segundo o Manual de Pavimentação do DNIT, este é classificada como: Uma camada de brita de graduação aberta de tipo especial (ou brita tipo macadame), que, após compressão, tem os vazios preenchidos pelo material de enchimento, constituído por finos de britagem (pó de pedra) ou mesmo por solos de granulometria e plasticidade apropriadas; a penetração do material de enchimento é promovida pelo espalhamento na superfície, seguido de varredura, compressão (sem ou com vibração) e irrigação, no caso de macadame hidráulico. O macadame seco ou macadame a seco, ao dispensar a irrigação, além de simplificar o processo de construção evita o encharcamento, sempre indesejável, do subleito (DNIT, p.17). 5.1.3. Estabilização com cimento Melhoria por meio de adição de pequenos teores de cimento (2% a 4%) com a finalidade de modificar as propriedades plásticas e capacidade de sensibilidade à água do solo. 5.1.4. Estabilização com cal Consiste numa mistura de solo, cal e água e/ou ainda cinza volante que é uma pozolana artificial. O teor de cal é de 5% a 6% e o processo de estabilização ocorre: - por modificação do solo em relação à plasticidade e sensibilidade à água; - por carbonatação, que é uma cimentação fraca; - por pozolanização, que é uma cimentação forte. A predominância dos dois últimos tópicos, dependendo do teor de cal, da natureza do solo ou uso da cinza volante, tem-se a mistura solo-cal, consideradas semi-rígidas. 6 5.1.5. Estabilização com betume É uma mistura de solo, água e material betuminoso. Trata-se de uma mistura considerada flexível. 6. BASES E SUB-BASES RÍGIDAS Estas camadas são, caracteristicamente, as de concreto de cimento. Esses tipos de bases e sub-bases têm acentuada resistência à tração, fator determinante no seu dimensionamento. Podem ser distinguidos dois tipos de concreto: concreto plástico - próprio para serem adensados por vibração manual ou mecânica; 7. CONDIÇÕES ESPECÍFICAS 7.1. Base Devem possuir composição granulométrica satisfazendo a uma das faixas da Tabela 1 a seguir, de acordo com o Número N de tráfego calculado segundo a metodologia do USACE (Figura 02). Figura 02 - Granulometria do material 7.2. Sub-base ● Índice de grupo – IG igual a zero; 7 ● Índice de suporte Califórnia – ISC >= 20%, e expansão de <=1%, determinados através dos ensaios de compactação e índice de suporte Califórnia. 8. EXECUÇÃO 8.1. Execução Sub-base A execução da sub-base compreende as operações de mistura e pulverização, umedecimento ou secagem dos materiais em central de mistura ou na pista, seguidas de espalhamento, compactação e acabamento, realizadas na pista devidamente preparada, na largura desejada, nas quantidades que permitam, após a compactação, atingir a espessura projetada. 8.2. Execução da base A execução da base compreende as operações de mistura e pulverização, umedecimento ou secagem dos materiais, em central de mistura ou na pista, seguidas de espalhamento, compactação e acabamento, realizadas na pista devidamente preparada, na largura desejada, nas quantidades que permitam, após a compactação, atingir a espessuraprojetada. 8.3. Equipamentos Sub Base e bases São indicados os seguintes tipos de equipamentos para a execução da sub-base e base: Motoniveladora pesada, com escarificador, carro tanque distribuidor de água; rolos compactadores tipo pé-de-carneiro, liso, vibratório e pneumático; grade de discos e/ou pulvimisturador; pá-carregadeira; arado de disco; central de mistura; rolo vibratório portátil ou sapo mecânico. 9. NECESSIDADES NORMATIVAS As normas que regem as características aceitáveis para base e sub-base são, respectivamente, DNIT 141/2010 e DNIT 139-2010, e ambas detalham critérios, tais como: 9.1. Verificação do produto – Base a) +- 10cm, quanto à largura da plataforma; b) Até 20%, em excesso, para a flecha de abaulamento, não se tolerando falta; 8 c) +-10% quanto à espessura da camada indicada no projeto; d) Controle estatístico para aceitação do serviço. 9.2. Verificação do produto – Sub Base a) +- 10cm, quanto à largura da plataforma; b) Até 20%, em excesso, para a flecha de abaulamento, não se tolerando falta; c) +-10% quanto à espessura da camada indicada no projeto; d) Controle estatístico para aceitação do serviço. 10. AVANÇOS NA ENGENHARIA A engenharia é definida como aplicação de métodos científicos ou empíricos à utilização dos recursos da natureza em benefício do ser humano. Isto é muito bem exemplificado quando se observa a evolução dessa área que começou desde o início da vida humana na terra, uma vez que usavam o que o ambiente lhes proporcionava para a criação de ferramentas de sobrevivência, meios de abrigos etc. Tais feitos passaram por muitas melhorias com o passar do tempo, além de inúmeras outras criações que resultam na época moderna em que vivemos hoje. Com uma visão futurista existem vários novos projetos que almejam ser as últimas gerações, até que algo novo seja criado, formando assim, um ciclo infinito de tentativas de sempre buscar o novo e o melhor. No âmbito dos pavimentos não é diferente. Hoje, alguns softwares como InfraWorks e Civil 3D auxiliam grandemente o ramo de estradas e drenagens, uma vez que apresentam correlação entre si. Estas ferramentas otimizam tempo e melhoram a qualidade visual de um projeto, baseados em normas que apontam acertos e erros de um detalhamento, tornando-o mais seguro, confiável e apto ao sistema BIM que se resume na compatibilização de projetos, a fim de reduzir contratempos e consequentemente despesas. Além de ferramentas, métodos de gestão e tipos de execução também estão dentro da bolha de inovações. Gerência automatizada e com mão de obra qualificada, além de materiais e maquinários eficientes. 9 11. CONCLUSÃO Com o conhecimento acerca dos tipos de pavimentos, flexíveis, semi rígidos e rígidos, é possível determinar os métodos de execução, uma vez que cada um desses tipos apresentam uma característica diferente que necessita de um tratamento distinto entre eles em suas bases e sub-bases. Então, para pavimentos flexíveis e semi rígidos podem ser executados por estabilização granulométrica, macadames hidráulicos, estabilização com cimento, estabilização com cal e estabilização com betume. Já as bases e sub-bases rígidas são feitas de concreto de cimento. 10 REFERÊNCIAS Manual de Pavimentação, DNIT 2006 NORMA DNIT 139/2010 – ES. Pavimentação – Sub Base estabilizada granulometricamente – Especificação de Serviço. Instituto de Pesquisas Rodoviárias – IPR/DNIT. Acesso dia 02 de outubro de 2022 NORMA DNIT 141/2010 – ES. Pavimentação – Base estabilizada granulometricamente – Especificação de Serviço. Instituto de Pesquisas Rodoviárias – IPR/DNIT. Acesso dia 02 de outubro de 2022 11
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