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Resumo Exames Clínicos e Laboratorias – Unimes Aula 01 Fase pré analítica Tudo aquilo que antecede a análise Boa indicação; Boa escrita Coleta; Acondicionamento; Transporte; Preparo Fase analítica Fase da análise propriamente dita Atualmente a maior parte é feita de forma automatizada, a não ser em casos muito diferentes do comum. Fase pós analítica Última etapa Interpretação do exame (fase que o nutricionista atua) Tomada de decisão Aulas 02 e 03 Série Vermelha Principais exames hematológicos -Hemograma (avalia as três linhagens) -Coagulograma (avalia coagulação) Hemograma Avalia quantitativamente (número de células) e qualitativamente (morfologia do esfregaço) Jejum: ideal - 4h para eliminar turvação causada no sangue após as refeições (causada principalmente por alimentos ricos em gordura) 1. Contagem de hemácias (CH) Pode estar mais alto nas condições: Diarréia; Desidratação; Queimaduras; Cardiopatias crônica; Vômitos e acidose metabólica. (lembrar de perda de água) Pode estar mais baixo por: Anemia; Leucemia; Hemorragia (perda de sangue); Infecções graves (lembrar de perda de sangue) Hemácias Produzidas na medula óssea e destruídas no baço Distribuem oxigênio pelo corpo Devolvem gás carbônico dos tecidos para os pulmões Não tem núcleo, ou seja, não tem material genético, e esse talvez seja o motivo pelo qual elas vivem pouco tempo (120 dias) 2. Dosagem de Hemoglobina (Hb) Hemoglobina - Composta de átomos de ferro e pigmento vermelho - Fe se liga ao O2 - Capacidade de ligação do O2 depende da concentração de Hb e não ao nº de hemácias Hemoglobinopatias comuns Anemia Falciforme - mutação que resulta em uma alteração estrutural da hemoglobina Talassemia - afeta a síntese de hemoglobina 3. Hematócrito (Ht) - Parâmetro para indicar a porcentagem de células vermelhas que estão no volume total de sangue - Expresso em porcentagem Hematócrito baixo Indicativo de diminuição da quantidade de hemácias ou hemoglobina Hematócrito alto Indicativo de pouco líquido no sangue, chamado hemoconcentração (decorrente de desidratação) 4. Índices Hematimétricos a) Volume Cospuscular Médio (VCM ) Avalia o tamanho médio das hemácias (micrócitos e macrócitos) b) Hemoglobina corpuscular média (HCM) Avalia a concentração de hemoglobina nas hemácias. hipocromia: baixos teores de hemoglobina altos teores não apresentam significado clínico c) Concentração de hemoglobina corpuscular média (CHCM) Avalia a % de hemoglobina em 100ml de hemácias Aula 04 Série Branca Leucograma Avalia a série branca do sangue Leucocitose -Aumento do número total de leucócitos -Pode ser decorrente de stress orgânico com liberação de cortisol (infecção bacteriana, pós opertário, processos inflamatórios ou neoplásicos, uso de corticosteróides, sepses, leucemia, etc Leucopenia -Pode ocorrer transitoriamente, como na dengue, ou por uso de medicamentos como anti-inflamatórios, quimioterápicos. -Ou pode ser definitiva como em casos de intoxicação por solventes orgânicos ou aplasia de medula. Plaquetas -Envolvidas primariamente na coagulação e nos fenômenos trombóticos, mas também desempenham papel na inflamação. Plaqueta boa, indivíduo não sangra. Plaqueta baixa, indivíduo pode sangrar. Basófilos: Em um indivíduo normal, só é encontrado até 1%. Além desse valor indica processos alérgicos. *alergias alimentares Eosinófilos: Números além do normal indicam processos alérgicos ou parasitoses. *alergias alimentares Neutrófilos: É a célula mais encontrada em adultos. Seu aumento pode inficar infecção bacteriana ou viral. Aula 05 Anemias Definição formal: redução dos eritrócitos (células vermelhas) Consequência funcional: hipóxia - redução do transporte de oxigênio Definição operacional: Concentração de Hb 90% das anemias são causadas por deficiência de ferro. Mas outras deficiências também podem causar anemia. Impacto Clínico das Anemias Redução na capacidade de transporte de O2 aos tecidos Sintomas: Sintomas inespecíficos de astenia (perda de vigor, desânimo) Palidez (a hemoglobina tem o pigmento vermelho) Tonturas Intolerância progressiva aos esforços Taquicardias aos esforços Insuficiência cardíaca Anemia por deficiência de ácido fólico Causas: dietas pobre em ácido fólico (ou vitamina B9 ou folato), alccolismo crônico, síndromes de má absorção (doença celíaca por ex.), uso de certos medicamentos e deficiência por aumeento das necessidades, como ocorre no terceiro trimestre da gestação. Sinais e sintomas: perda de peso, anorexia, desnutirção, diarréia. Anemia po deficiência de cobre Causa: dieta deficiente Sinais e sintomas: perda de peso, fadiga, irritabilidade Anemia hemolítica por deficiência de vitamina E: Anemia hemolítica: A hemólise é a destruição do glóbulo vermelho de maneira fisiológica. Na deficiência de vitamina E, os glóbulos vermelhos apresentam um defeito na membrana que faz com eles sejam destruídos antes do necessário. Sinais e sintomas: edema, anemia, respiração ruidosa e pálpebras inchadas. Anemia por deficiência de ferro Causas: ingestão deficiente, absorção prejudicada, perda sanguinea ou demandas causadas por gestação. Sinais e sintomas: fraqueza, cabelos fragéis, unhas fracas, fadiga, vertigens, cefaleia, irritabilidade, azia, disfagia, dores, flatulência, anorexia, estomatite, edema de tornozelo, formigamento das extremidades e palpitações. Anemia por deficiência de vitamina b12 Sinais e sintomas: fraqueza, fadiga, vertigens, cefaleia, irritabilidade e azia. Anemia por Deficiência de Proteína Sinais e sintomas: edema nutricional, que pode mascarar os sinais de uma nutrição deficiente. Aula 06 e 07 Dislipidemias Dislipidemia primária: surge devido à fatores genéticos. Normalmente, o pai ou a mãe tambem tem dislipidemia. VLDL: (muito baixa densidade - very low density) principal carreadora de triglicérides produzidos no fígado. Quando está alta indica triglicérides alto. IDL: densidade intermediária. Transportadora de colesterol para as células. LDL: baixa densidade. colesterol "ruim". Principal transportadora de colesterol para as células. (Logo Deus Leve) HDL: alta densidade. transporte reverso. Ela pega o colesterol das células e transporta de volta para o fígado para ser metabolizado ou excretado na bile em forma de sais biliares. (Hoje Deus Livra) Quilomicrons : transportam as lipoproteínas provenientes da dieta Aterosclerose : Doença de artérias de grande e médio calibre caracterizada por alterações representadas pelo acúmulo da íntima de lipídeos, carboidratos complexos, componentes do sangue, células e material intercelular. Fatores de risco Predisposição genética Doenças (DM, HAS, obesidade) Hiperlipidemia, em especial hipercolesterolemia Tabagismo Sedentarismo Consumo de álcool Estresse Dieta pobre em antioxidantes e rica em gordura aniaml → Avaliação laboratorial das dislipidemias Sem jejum estado metabólico estável e dieta habitual Se a cocentração de triglicérides estiver elevada sem jejum, o profissional deverá solicitar avaliação de trgiglicérides com jejum de 12 horas. O que compõe o lipidodrama? Colesterol Total; HDL ; LDL e Triglicérides Colesterol total Apesar de ser recomendado a dosagem do colesterol total, esse método pode ser enganoso. Precisa ser analisado em conjunto com as suas frações. Triglicerídeos Principais gorduras do nosso organismo. Estão presentes em vários alimentos, especialmente nos ricos de carboidratos, mas a maior parte que circula no sangue costuma ser produzida pelo nosso próprio organismo, através do fígado. Falta de atividade física também contribui para o seu aumento. → Dislipidemias Hipercolesterolemia isolada: elevação isolada do LDL Hipertrigliceridemia isolada: elevação isolada dos TGs que reflete o aumento do número e/ou do volume de partículas ricas em TG, como VLDL, IDL e quilomícrons. Hiperlipidemia mista: valores aumentados de LDL e TG HDL baixo: redução do HDL isolada ou em associação a aumento de LDL Fatores pré analíticos Entre15 e 55 anos há progressivo aumento de colesterol total e LDL. Mulheres na pré menopausa: níveis baixos de LDL (fator de proteção do estrógeno) Existem variações médias encontradas em indíviduos saudáveis. CT, HDL e LDL cerca de 10%, e TG cerca de 25%. Gravidez: Há um aumento de TG, CT e LDL. Estilo de vida Aula 08 e 09 Diabetes Mellitus (DM) - A Diabetes Mellitus não é uma única doença, mas um grupo de distúrbios metabólicos que apresenta em comum a hiperglicemia, resultada de defeitos na ação da insulina, na secreção de insulina ou em ambas. → Fatores de risco para DM Historia familiar da doença Avançar da idade Obesidade Sedentarismo Diagnostico prévio de pré-diabetes ou diabetes mellitus gestacional (DMG) Presença de componentes da síndrome metabólica Distribuição da gordura corporal Insulina Produzida nas células beta pancreáticas Hormônio anabólico (atua no crescimento e diferenciação celular) Ação: aumenta as reservas de energia no organismo Estimula lipogênese = reduz ácidos graxos plasmáticos, estimula a deposição de lipídeos e inibe a lipólise Aumenta síntese de glicogênio (estoque de glicose) no fígado e no músculo Aumenta síntese de proteínas Aumenta glicose intracelular Essencial para homeostase da glicemia, crescimento e diferenciação celular * "chave que abre uma fechadura bem específica em cada célula do organismo para a entrada da glicose a fim de fornecer energia para a célula " * Sem insulina, a glicose sanguínea fica aumentada e as células sem energia. Regulação da secreção de insulina Hiperglicemia - estimula Aumento de aminoácidos e ou ácidos graxos no plasma - estimula Hipoglicemia - ibine Jejum e exercício - inibe Diabetes Mellitus tipo 1 (autoimune) (indíviduos insulino dependentes) Tipo 1 a: Deficiência de insulina por destruição autoimune das células beta pancreáticas comprovada por exames laboratorias Tipo 1 b: Deficiência de insulina de natureza idiopática (sem causa conhecida) Diabetes Mellitus tipo 2 (estilo de vida) Perda progressiva de secreção insulínica combinada com resistência à insulina DM gestacional Hiperglicemia de graus variados diagnosticada durante a gestação, na ausência de critérios de DM prévio Diferenças DM1 x DM2 DM 1 5 a 10% dos casos de DM Auto imune Deficiência absoluta da secreção de insulina Cetoacidose (queima de gordura na falta de glicose para fornecimento de energia) Hiperglicemia moderada Função residual por anos Insulinoterapia DM2 90% dos casos de DM Genética de estilo de vida ( obesidade e sedentarismo) Em geral após os 30 anos Resistência à ação da insulina e relativa deficiência desse hormônio Respota inadequada compensatória à secreção desse hormônio Dieta hipoglicemiante oral, mas pode evoluir para insulinoterapia Consequências da Hiperglicemia Complicação microvasculares e macrovasculares (lesão nos vasos sanguíneos) Doença coronariana Retinopatia diabética Neuropatia Diabética (lesão nos nervos das extremidades) Pé Diabético Doença renal Doença arterial obstrutiva periférica Déficits cognitivos – Depressão → Diagnóstico e Monitoramento Existem muitas alterações laboratoriais que precedem em muitos anos o diagnóstico de Diabetes Mellitus Indíviduos com pré diabetes são assintomáticos, por isso a importância do rastreamento. Exames Laboratoriais para o diagnóstico de Diabetes Glicemia casual Glicemia de jejum (mínimo 8h) Teste oral de tolerância à glicose com sobrecarga de 75g em duas horas (TOTG) Hemoglobina glicada (HbA1c) Glicemia casual Primeiro exame a ser solicitado Fornece o resultado na própria consulta Diabetes: igual ou maior que 200 com sintomas inequívocos de hipergliecemia Glicemia de Jejum É preferível quando não há urgência Permite o diagnóstico e a monitorização da DM Diagnóstico de Hipoglicemia Utiliza o plasma sanguíneo Jejum mínimo 8h Valores Normais: 70-99 mg/dl Valores entre 100 e 126 = Pré diabetes ou risco aumentado para DM ou glicemia de jejum alterada Valores maiores ou iguais a 126md/dl = diabetes estabelecido Teste oral de tolerância a glicose TOTG Glicose 2 horas após sobrecarga com 75g de glicose Normoglecemia < 140 Pré diabetes entre 140 e 200 Diabetes estabelecido 200 ou + Hemoglobina glicada (HbA1c) Vantagens Reflete níveis glicêmicos dos últimos 3 a 4 meses, sofre menor variabilidade dia a dia e independe do estado de jejum para sua determinação Medida indireta da glicemia, que sofre interferência de algumas situações, como: anemias, hemoglobinopatias e uremia, nas quais é preferível diagnosticar o estado de tolerância à glicose com base na dosagem glicêmica direta Outros fatores, como idade e etnia, também podem interferir no resultado Normalidade menor 5,7% Pré diabtes maior ou igual a 5,7% Diabetes 6,5% * Expressa em porcentagem * Mais usada para monitoramento Aulas 10 Função Renal Rim Funções: Excretora, reguladora e endócrina Função Excretora Função mais avaliada nos exames Taxa de filtração glomerular Doença Renal Anormalidades da estrutura ou função renal, presente por mais de três meses, com implicações para a saúde. Doença Renal Crônica (DRC) = insufiência renal crônica é a perda lente, progressiva e irreversível das funções renais Doença Renal Aguda (DRA) = insuficiência renal aguda é caracterizada por redução rápida da função dos rins Grupo de risco para doença renal Hipertensos Diabéticos Pessoas com história familiar de doença renal crônica tem maior probabilidade de desenvolverem insuficiência renal crônica e fazem parte do grupo de risco para Doença Renal Estes indivíduos devem ser submetidos a exames laboratoriais para rastreamento de lesão renal e para estimar o nível da função renal ANUALMENTE Avaliação Urinária e Renal Indicadores importantes: Ureia, Creatinina, Àcido Úrico, Eletrólitos ( Sódio e Potássio) e Taxa de Filtração Glomerular 1. História de saúde pregressa Uso de medicamentos nefrotóxicos, presença de doença renal, hipertensão arterial, doenças sistêmicos (Lupus, esclerodermia), distúrbios congênitos, câncer, cirurgias renais, urinárias, traumas Queixas: perda de peso, sede excessiva, alterações urinárias, percepção da saúde geral 2. Exame físico Edema comum em nefropatias Hálito: odor amonical Aumento da Pressão Arterial 3. Alterações da Micção Hesitação: dificuldade de iniciar a micção Polaciúria: Aumento da frequencia de micções Urgência Miccional: Desejo súbito e forte de urinar Disúria: Dor Noctúria: Diurese espressiva durante o sono Enurese noturna: Perda de urina durante o sono Retenção: Incapacidade de esvaziar a bexiga Aspecto da Urina: Límpido Aspecto anormal da urina: turvo Cor normal: amarelo claro, citrino ou escuro Cor anormal: Hematúria, Ambar, esverdeada Avaliação microscópica da Urina Proteinúria O normal é ter pouca proteína na urina, pois apenas as pequenas passam na filtração glomerular. Proteinúria alta é indicativo de lesão da membrana glomerular Ácido Úrico Produto do metabolismo das purinas Quando está aumentado, significa que há uma dificuldade na filtração Ocorrência de gota Ureia e Creatinina Substâncias produzidas e excretadas constantemente pelo organismo, portanto a concentração se mantém estável Se o rim passa a não funcionar, elas começam a se concentrar no sangue. Uréia Podem estar alterados em vigência de choque, desidratação, febre, infecção, diabtes, desnutrição, entre outros Creatinina A creatinina plasmática é derivada quase em sua totalidade do catabolismo da creatinina presente no tecido muscular , portanto a prática de atividade física intensa pode influenciar no aumento de sua quantidade no sangue. Filtração Glomerular Uma maneira de mensurar a função renal é a estimativa da taxa de filtração glomerular (FG) Uma FG reduzida é considerada um bom indicador da perda da função renal Dosagem de eletrólitos Dosagem de sódio sérico O sódio plasmático é o fator determinante do volume extracelular, e seu controle é essencialpara manutenção do volume intravascular, débito cardíaco e pressão arterial Dosagem sérica de potássio É útil no acompanhamento de pacientes em uso de diuréticos, na cetoacidose diabética e na insuficiência renal. A progressão da Doença Renal Crônica leva ao aumento dos níveis séricos de potássio. Aula 11 Função Hepática Fígado - maior vícera do corpo humana - primordial para funções de metabolização Hepatócitos - unidade funcional do fígado Clínica das doenças hepáticas Sintomas Ictéricia (aumento de bilirrubina), fadiga, náuseas, vômitos, mal estar geral, anorexia, prurido, dor no hipocôndrio direito, hepatomegalia (fígado aumenta de tamanho), distensão abdominal, hemorragia intestinal, entre outros Avaliação da doença hepática História clínica e exame físico Na história clínica: pesquisar existência de fatores de risco para doença hepática (consumo de álcool, drogas ou determinados medicamentos, contatos sexuais de risco ou toxicodependência, história familiar de doença hepática, diabetes, dislipidemia, obesidade e consumo exagerado de gorduras. Testes de função Testes para avaliação de lesão hepatocelular (medir destruição de hepatócitos) Testes para avaliação do fluxo biliar e lesão de vias biliares Testes para avaliação da função de síntese do fígado Testes para avaliação de complicações e estágio da cirrose Testes para investigação da etiologia (causa) da doença hepática (ex. sorologia para verificar hepatite viral ) Testes de avaliação da lesão do hepatócito Quando há lesão nos hepatócitos, ocorre liberação das enzimas aminotransferases: Alanina aminotransferase (ALT ou TGP) [enzima liberada na corrente sanguinea quando ocorre rompimento dos hepatócitos] Arpartato aminotransferase (AST ou TGO) [menos específica do que a ALT pois além de estar presente no fígado, também está presente nos músculos, no rim e no pâncreas] Desidrogenase lactica (DHL) [também não muito específica, porém utilizada] Testes de avaliação do fluxo biliar Vão dizer se o fluxo está livre ou se existem colestases (obstruções) intra ou extra hepáticas Gama Glutamil Transferase (GGT) Bilirrubina total (BT) e frações Fosfatase alcalina (FA) Testes de avaliação da síntese hepatocelular Albumina Proteína que auxilia bastante na pressão osmótica. A albumina mantém o líquido dentro do vaso. A hipoalbuminia gera extravasamento de líquido dos vasos. Outras proteínas séricas (globulinas, alfafeto proteína (AFP), transferrina, ferritina, alfa-1-antitipsina, ceruloplasmina Colesterol e triglicerídeos séricos Testes de avaliação da reserva funcional parenquimatosa Avalia risco de sangramento por conta de uma lesão hepática (estágios avançados de doenças hepáticas cursam com plaquetas baixas) Atividade de protombina - AP Plaquetas Provas que promovem a quantificação funcional Testes de avaliação da etiologia dos processos agressores Antígenos e anticorpos virais (marcadores das hepatites virais) Autoanticorpos (caracterizam as doenças auto imunes) Marcadores de doenças metabólicas (avaliam as doenças de depósito, como hemocromatose e doença de Wilson - DW) Aula 12 Vitaminas Vitaminas Deficiências de vitaminas afetam várias vias metabólicas. Essas vias são chamadas de via metabólicas vitamina dependentes. Vitaminas lipossolúveis A,D,E e K A absorção é dependente de todos os componentes lipídicos envolvidos As vitaminas A,D e K são armazenadas no fígado A vitamina E é armazenada no tecido adiposo Vitamina A Sistema visual Cegueira noturna, logo após xeroftalmis (olhos secos) Alimentos fonte: verduras alaranjadas e verde escura, frutas amarelas e alaranjadas, ovos, fígado e peixes Avaliação laboratorial: Concentração de retinol sérico Vitamina D Proveniente da dieta e sintetizada na pele Pró hormônio produzida na pele através da ação do raio ultravioleta Vitamina E Termo genérico para 8 compostos Antioxidante Deficiência relacionada a danos neurológicos e hemólise das hemácias (anemia hemolítica) Transportada pelo colesterol , interessante dosar colesterol em desconfiança de carência Vitamina K Antihemorrágica Vitamina antihemorrapgica necessária para a síntese de protombina e outros anticoagulantes Doença hemorrágica de recém nascido Fontes: folhas verdes e óleos vegetais Produzida pelo metabolismo bacteriano intestinal Vitaminas hidrossolúveis Todas as vitaminas do complexo B e a vitamina C Absorvidas pelo intestino e transportadas pelo sistema circulatório para os tecidos onde são utilizadas Podem ser armazenadas no organismo em quantidades limitadas e a sua excreção é feita pela urina *Carência das vitaminas do complexo B normalmente tem associação com quadros neurológicos Tiamina B1 Metabolimos dos carboidratos e condução das células nervosas Envolvida na atividade neural parassimpática, sua deficiência provoca diminuição da indução da condução nervosa, neropatia periférica e danos cerebrais irreversíveis Anorexia (perda de apetite), fraqueza, diminuição da capacidade intelectual, quadros depressivos Riboflavina B2 Deficiência normalmente ocorre na presença de deficiências de outras vitaminas do complexo B, devido a uma dieta pobre em vitaminas ou a um distúrbio de absorção Causa: não consumiur quantidade suficiente de carne, cereais e laticínios enriquecidos. Diarréia, doenças hepáticas, alcoolismo crônico (o alccolista substitui comida por alcool) Aparência pálida, rachadura dolorosa do canto da boca e nos lábios, línguia dolorida e arroxeada, manchas escamosas no nariz, orelha, pálpegra e área genital Diagnóstico: exame físico, exame de urina (não é frequente) Niacina ou nocotinamida B3 Rara em países desenvolvidos, a deficiência causa pelagra Pode vir acompanhada de deficiência de proteína, riboflavina e b6 Ligada a vulnerabilidade social, principalmente alcoolistas Pelagra Erupãção vermelho escura nas mãos, pés, panturrilhas, pescoço e rosto. Língua e boca ficam vermelho-escuras. Problemas do trato digestivo, fadiga, insônia, apatia e por fim, confusão e perda de memória. Tríade dos três Ds: dermatite, demência e diarréia Diagnóstico: clínico Acido Pantotênico B5 Metabolismo de geração de energia (ciclo de krebs) Deficiência rara Sintomas: Dor no estômago, cansaço, cãibras, enfraquecimento do sistema imunie, náuseas e vômitos, dormência nos pés Pirodixina B6 Presente na maoiria dos alimentos, deficiência pode vir de má absorção causas: síndrome de má absorção, alccolismo, perda excessiva de vitamina b6 durante hemodiálise, medicamentos Dermatite, formigamento mãos e pés, rachadura na boca, anemia Biotina B7 Também conhecida como vitamina H ou vitamina B8 "vitamina do cabelo e da unha" Ácido Fólico, folato ou folacina B9 80% dessa vitamina está nos alimentos Papel importante na hematopoese, no processo de síntese de DNA e em diferntes processos metabólicos A deficiência acarreta anemia megaloblástica e má formação do tubo neural na gestação A deficiência ocorre por dieta deficiente, aumento de demanda, fármacos e má absorção Cobalamina B12 Sintetizada por bactérias Alimentos de origem animal são a principal fonte As reservas são abundantes e podem durar anos mesmo em balanço negativo Diagnóstico: dosaggem sérica Vitamina C Seres humanos são completamente dependentes de vitamina C da dieta Níveis séricos são instáveis pois estresse físico, emocional e o tabagismo aumentam o consumo Não há estoque de vitamina C nos tecidos Avaliação Tireoidiana Hipotireoidismo Produção ou ação deficiente dos hormônios tireoidianos, resultando em lentificação dos processos metabólicos. 95% dos casos são de origem tireoidiana (hipotireoidimos primário), sendo a tireoidite de Hashimoto (tireoidite crônica autoimune) a causa mais comum. Condições clínicas a serem consideradas para avaliação tireoidiana Mulheres na idade fértil ou acima de 60 anos Mulheres grávidas Tratamento anterior de radiação da tireoide Cirurgia tiroidiana ou disfunção tirioidiana prévia Diabetes Mellitus tipo 1 História pessoal de doença auto imune Síndrome de DownSíndrome de Turner História familiar de doença tiroidiana Presença de bócio Síntomas clínicos de hipotiroidismo Uso de drogas Dislipidemia Anemia Insuficiência cardíaca Manifestações clínicas Cretinismo (se identifica pelo teste do pezinho) Mixedema (edema dura com aspecto de pele opaca) Sintomas Depressão Desaceleração dos batimentos cardíacos Intestino preso Menstruação irregular Diminuição da memória Cansaço excessivo Dores musculares Sonolência excessiva Pele seca Queda de cabelo Ganho de peso Aumento do colesterol no sangue Hipertireoidismo Doença na qual a glândula tireoide é hiperativa e produz excesso de hormônios tireoidianos. Se não for tratato pode levar a outros problemas de saúde. Sinais e Sintomas Nervosismo e tremor das mãos Palpitação Hiperatividade Aumento de sudorese, hipersensibilidade ao calor Fadiga Aumento de apetite, perda ponderal Insônia Fraqueza e aumento da frequência de movimentos intestinais Pode haver protusão do globo ocular Avaliação laboratorial da função tireodiana → Dosagem sérica de TSH Exame inicial : dosagem do hormônio tireoestimulante (TSH) No hipertireoidismo, suas concentrações plasmáticas estão ABAIXO do normal, com concentrações praticamento ausentes. No hipotireoidismo primário (95% dos casos) os níveis de TSH estão ACIMA do normal. Já no secundário, os níveis de TSH podem estar normais ou diminuídos. → Dosagem sérica de T4 Hipotireoidismo primário Valores de T4 (tiroxina) livre abaixo da normalidade associados a níveis elevados de TSH caracterizam hipotireoidismo primário. De forma inversa, T4 elevado associado a TSH baixo caracteriza hipertireoidismo. TSH baixo = hiper TSH alto = hipo T4 alto + TSH baixo = hiper T4 baixo + TSH alto = hipo → Dosagem de T3 total e ou livre A dosagem do T3 total e/ou livre (Triiodotironina) em conjunto com a interpretação do T4 livre, é um importante exame que ajuda no diagnóstico e seguimento do tratamento do HIPERTIREOIDISMO. Não é adequado para detectar o HIPOTIREOIDISMO. Teste do Pezinho Na triagem neonatal através do Teste do Pezinho que deve ser realizada no recém-nascido entre o 3° e 6° dia de vida, é realizada a dosagem do TSH e/ou T4 total (T4T) em amostra de sangue seco em papel de filtro retiradas do calcanhar do bebê. Aula 15 Desnutrição Energético Proteica Causa primária Associada a falta de recursos financeiros para o aporte calórico-proteico adequado somado à ausência ed utensílios para a preparação e conservação dos alimentos. Desmame precoce, higiene precária, carência vitamínica por conta de oferta inadequada, depressão, isolamento social. Camadas sociais de menor nível socioeconômico. Causa secundária Consequência de uma situação de maior exigência nutricional que leva a um desequilibrio metabólico. Pode ocorrer em pacientes internados. Exs: neoplasias - aumento do gasto energético total e consequência dos quimioterápicos como enjôos, anorexias, astenia. Determinantes laboratoriais Medidas bioquímicas são usadas como complemento aos dados antropométricos, exame físico nutricional, história dietética, entre outros. *Nada substitui uma boa anamnese! Indicadores bioquímicos Albumina Transferrina Pré- albumina Proteína ligadora de retinol Determinações urinárias de creatininina e 3-metil-histidina Análise da massa muscular visceral Em casos de restrição alimentar muito prolongada há um comprometimento da integridade visceral. O fígado é o órgão que mais sofre alteração em caso de desnutrição, essa perda de função é percebida nas dosagens dos indicadores bioquímicos. Albumina Proteína mais abundante do plasma Sua síntese depende de uma função hepática preservada Baixo custo, exame mais utilizado Tem meia vida de 20 dias, portanto não é um bom parâmetro para desnutrição aguda. Transferrina Meia vida de 8 dias, mais sensível para evidenciar alteração de ingestão alimentar. Pré albumina Proteína sintetizada no fígado e cataboliada nos rins que responde agudamente quando a ingestão calórico-proteica está baixa. Isso se deve a sua vida média de 2 a 3 dias. Excelente para desnutrição aguda, porém tem custo alto. Proteína ligadora de retinol Responsável pelo transporte de vitamina A na forma de retinol Meia vida bastante curta, cerca de 10 a 12 horas Muito sensível para identificar desnutrição proteico-calórica Também se encontra reduzida em outras situações. Índice creatinina-altura Medida indireta da massa muscular e do nitrogênio corporal utilizada para estimar a massa proteica muscular. Indicador de catabolismo proteico Calculado a partir do volume urinário de 24 horas Bom indicador de reserva muscular porque a creatinina está quase que totalmente dentro do músculo e, uma vez formada, é excretada por via renal em uma taxa constante. Útil para avaliar evolução do paciente. 3-Metil-Histidina Metabólito derivado do catabolismo proteico muscular. Útil para avaliar evolução do paciente. Pode ser dosada na urina. Interpretação de exames laboratoriais na Gestação e Pediatria Atenção especial para riscos sociais e vulnerabilidades: Todo profissional de saúde deve ter o olhar para as vulnerabilidades pessoais e riscos sociais. Exames que integram o Pré Natal Tipagem Sanguínea e Fator Th Hemograma Eletroforese de hemoglobina (identifica herança para talessimia ou anemia falciforme) Glicemia Urina I e Urocultura Papanicolau Sorologias ( sífilis, HIV, HEp B, toxoplasmose) Teste de malária (áreas endêmicas) Hemograma Imprescindível para avaliar a presença de anemia na gestante A deficiência de ferro na gestante pode acarretar efeitos adversos tanto para a saúde da gestante quanto para a do recém-nascido As gestantes constituem um dos grupos mais vulneráveis para a deficiência de ferro Uma dieta equilibrada nem sempre é suficiente para suprir as necessidades de ferro que aumentam durante a gestão, sendo necessários até DOIS ANOS para o restabelecimento dos depósitos utilizados durante esse período As anemias maternas moderada e grave estão associadas a aumento na incidência de abortos espontâneos, partos prematuros, baixo peso ao nascer e morte perinatal Glicemia de Jejum A gestação predispõe a resistência `s insulina que pode ser resultado de um aumento de adiposidade materna, alta ingestão calória ou ainda diminuição da sensibilidade a insulina causada pelos hormônios placentários Interpretação de exames laboratoriais na Pediatria 0 a 2 anos Principal problema : anemia ferropriva devido a elevada demanda de ferro decorrente do crescimento Exames: Hemograma Ferritina Proteína C- Reativa ( marcador de processo inflamatório e infecicioso ) 2 a 10 anos Principal problema: excesso de peso e hipovitaminose Exames: Glicemia de jejum Colesterol total e frações, triglicérides Vitamina A (carência pode ser devida a ingestão inadequada, infeccção e infestação intestinal por helminto que compromete a absorção e aumenta demanda de vitamina A) Aula 16 – Função Intestinal e Alergias Alimentares Exames laboratoriais no diagnóstico e acompanhamento da doença celíaca Além da anamnese e do exame físico, exames labooratoriais a exemplo da pesquisa de anticorpos imunoglobulina A (igA) e imunoglobulina G (igG) antigliadina também são importantes, com algumas considerações: Podem ser positivos em indivíduos sem a doença celíaca Podem ser positivos em indivíduos com outras doenças intestinais, como parasitoses e alergias Níveis normais dos anticorpos não excluem a presença da doença celíca A biopsia duodenal ainda permanece como padrão ouro para o diagnóstico da doença celíaca Doença inflamatória intestinal o p-ANCA (autoanticorpo citoplasmático perinuclear antineutrófilo) e o ASCA (anticorpo anti-Saccharomyces cerevisiae) podem ser utilizados como marcadores sorológicos de Doença Inflamatória Intestinal (DII) p-ANCA: marcador para retocolite ulcerativa inespecífica ASCA: marcador mais frequente de doença de Crohn Diagnóstico e acompanhamento de diarréia Exames Pesquisa de ovose parasitas nas fezes Pesquisa de leucócitos nas fezes Gordura nas fezes Coprocultura para investigar bactérias patogênias Pesquisa de antigenos Testes alérgicos e de intolerância a alimentos, como lactose Testes diagnósticos para doença celíaca Pesquisa de antígenos de rotavírus Teste rápido para pesquisa de antígeno da toxina de Clostridium difficile Interpretação de exames na alergia alimentar Fatores de risco Histórico familiar : outros tipos de alergias aumentam a chance de desenvolver alergias alimentares Asma: geralmente ocorre em conjunto com alergia alimentar Histórico de alergia alimentar: alergias tidas na infância podem voltar na fase adulta Outras alergias Idade: criança e bebês são mais propensos Diagnóstico laboratorial Teste de puntura / Skin prick test : teste cutâneo que detecta alérgenos Dosagem sérica de IgE específica Teste que dosa o anticorpo IgE específico que circula no organismo e possibilita identificar qual é o alérgeno que corresponde a esse IgE ( existem diversos alérgenos respiratórios e alimentares. Ex.: pólen, poeira, ácaro, peixe, marisco, amendoim, sementes, leite, ovo...) Mecanismo Não IgE mediado Existem alergias que não são IgE mediado e normalmente têm sintomas gastrointestinais e por isso são um pouco mais difíceis de serem identificadas, porque muitos fatores podem causar essas alterações gastrointestinais. Muitos diagnósticos são feitos por exclusão do alimento. Os testes cutâneos de leitura tardia para alimentos ou patch teste (APT) são instrumentos no auxílio do diagnóstico de alergia alimentar, particularmente na dermatite atópica e nas manifestões gastrointestinais não mediadas por IgE. Patch test atópico Adesivos colocados na região dorsal do paciente com as substâncias da bateria específica As placas são fixadas no dorso do paciente a li pernacem por 48h, sem molhar Após esse tmepo, as placas são retiradas, é feita uma primeira leitura, seguida de uma leitura final de 72h. Teste de provocação oral TPO ingestão pelo paciente do alimento suspeito, sob supervisão médica.
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