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Afetividade e suas alterações

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Saúde Mental
Raíssa Gonçalves Pinto
Afetividade e Suas Alterações
A Afetividade
Exemplo de alteração na afetividade: “E sentia que o céu se tinha afundado na terra e me tragara. Sentia Deus como uma verdade profunda, sublime, e me senti penetrado por Ele. Sim, existe um Deus, exclamei; o que aconteceu depois, não sei. Não suspeitais que maravilhoso sentimento de felicidade enche o epiléptico num segundo antes do ataque. Não sei se a felicidade dura segundos, horas, mas crede-me, não queria trocar todas as alegrias da vida por ela” – essa aura, que se manifesta por meio de alteração na afetividade, antecede uma crise convulsiva.
A Vida afetiva é a dimensão psíquica que dá cor, brilho e calor a todas as vivências humanas.’
A afetividade, de todas as funções mentais é a que mais marca, a que mais dá sentido, dá razão para as coisas boas e ruins que acontecem no nosso dia a dia. As alterações da afetividade são extremamente significativas ao ponto de gerarem muito sofrimento psíquico.
Correlações da Afetividade com o Físico, o Psíquico e o Espiritual
As alterações da afetividade se iniciam desde o 1º ano de vida com a formação do sistema límbico, que já vem formado e amadure ao longo da vida. As experiencias afetivas ficam mais complexas gradativamente. 
Correlação com o Físico
● Emoções primárias:
1) Emoção de choque – se der um susto em uma criança, um recém nascido ao escutar um barulho muito alto tem um choro estridente. É uma emoção primária que ainda não foi desenvolvida o suficiente para se adaptar àquela experiência. 
2) Emoção colérica – ao tentar examinar o braço de uma criança, ela pode ter uma reação intempestiva, por vezes, precisará conter aquela criança por conta de sua descarga afetiva.
3) Emoção afetuosa – se fizer um carinho em crianças lactentes, ela responde afetivamente por meio da expressão facial. 
Correlação com o Psíquico
● Circuito de Papez: foi o sistema límbico concebido em 1937: corpo caloso, cíngulo, tálamo eram o arcabouço das emoções.
Hoje já se sabe que o sistema límbico é muito mais complexo, envolve dezenas de áreas cerebrais como o hemisfério direito dominante para a emoção, o hipotálamo como centro regulador da afetividade e a amígdala relacionada com a ansiedade;
● Reações afetivas: medo, alegria, fome, sede, fome, preocupação, esperança, são comuns a toda a população. 
Correlação com o espiritual
Sentimentos como fé, crença, espiritualidade são sentimentos nobres.
Quanto mais nobres, mais complexos são esses sentimentos. Logo, são perdidos mais facilmente diante de um transtorno mental.
Em quadros mais graves que surgem já no neurodesenvolvimento como o retardo mental, autismo, esses sentimentos sequer são formados. 
Ex: um paciente com síndrome demencial, os estados afetivos mais complexos vão se deteriorar. Ele vai perder a espiritualidade, a fé, a esperança. E ao mesmo tempo, esse paciente vai manter sentimentos mais primários, vai reclamar o dia inteiro que está com fome ou de solidão.
Como Avaliar a Afetividade de um Paciente?
Depressão e transtorno afetivo bipolar, são transtornos do humor.
Esquizofrenia é um transtorno dos afetos. 
● Afetividade → Humor: eutimia (humor normal); humor ansioso; humor irritável; humor triste ou hipotimia e humor alegre ou hipertimia.
 ↳ Afeto: sentimentos, paixões e emoções. 
Emoção
Complexo psicofisiológico que se caracteriza por súbita e insólita ruptura do equilíbrio afetivo, com repercussões concomitantes ou consecutivas, leves ou intensas, mas sempre de curta duração, sobre a integridade da consciência e sobre a atividade funcional dos diversos órgãos e aparelhos.
Quando se leva um susto, vive uma situação desagradável, se alimenta de algo estragado, se lembra de algo marcante, tudo isso pode gerar uma emoção. 
E normalmente essas experiências causam concomitantes somáticas, ou seja, naquele instante pode-se ter um tremor, uma taquicardia, uma dispneia, sentir mal estar. Extremidades frias, sudorese, resposta adrenérgica a um momento emotivo.
Sentimento
Estado afetivo durável, mas algo atenuado em sua intensidade vivencial, geralmente revestido de ricas e nobres tonalidades intelectuais e morais e, no mais das vezes, não acompanhado de concomitantes somáticos dignos de nota.
Sentimento difere de emoção: o choro é emoção e tristeza o sentimento. Uma crise de mal estar é a emoção e o medo o sentimento. 
Humor
Disposição afetiva básica, dependente de condições corporais e psíquicas. É o tom afetivo predominante. É o elo que consolida a reciprocidade das relações sensíveis entre a psique e o soma.
Humor é aquilo que predomina, é a disposição afetiva, as reações afetivas que predominam ao longo do dia.
Não quer dizer que tenhamos que manter um humor eutímico a maior parte do tempo, nosso humor oscila ao longo do dia. Contudo, quanto mais alterações do humor, mais oscilação, mais flutuação exista, pode ter mais probabilidade de que estejamos diante de um transtorno de humor.
Não se deve esperar que todo paciente com depressão mantenha o humor triste ao longo de todo o dia. Essa tristeza pode se expressar na forma de um humor triste, esse sentimento que vai fazer com que o humor se mantenha congelado, para baixo, que seria o humor hipotímico ao longo do dia. Isso pode permanecer na maior parte do tempo, mas não quer dizer que esse paciente tem que estar triste 24 horas por dia.
Deve-se tomar muito cuidado com isso, porque às vezes deixa-se de lado, de investigar pacientes com sintomas que podem ser sugestíveis de depressão, porque naquele momento o paciente não está triste. Logo, perguntar sobre isso em consultas clínicas independente de que seja observada ou não essa alteração no momento do atendimento. 
Inclinações
Movimentos afetivos, duráveis, contínuos, persistentes, em direção a determinado objeto; movimentos que emergem de disposições extra-conscientes, com ou sem repercussões sobre a motilidade. 
Paixões
Estados afetivos absorventes e tiranizantes, que polarizam a vida psíquica do indivíduo na direção de um objeto único, que passa a monopolizar seus pensamentos e suas ações, com exclusão ou em detrimento de tudo mais.
É patológico porque vai interferir em várias outras funções mentais. A pessoa vai deixar de ter experiências afetivas importantes direcionadas para outras coisas. Isso pode gerar sofrimento, adoecer, fazer mal, tirar o sono e trazer consequências nos relacionamentos entre essas pessoas. Então a paixão é algo que de algum modo tende a gerar consequências negativas.
● Paixões amorosas: normalmente fazem com que a pessoa, como consequência desse estado afetivo intenso crie sentimentos de ciúmes, possessão, ou seja, o estado afetivo é todo direcionado, polarizado para aquele indivíduo. Então essa pessoa deixa de viver a própria vida dela por causa de alguém. Isso é considerado algo que gera sofrimento, escraviza, faz mal.
● Fanatismo: político, pelo esporte, religioso podem tiranizar a vida daquela pessoa para um único objeto. O conteúdo do pensamento é todo direcionado para aquilo e talvez esse indivíduo não tenha experiências afetivas agradáveis em outros momentos da vida a não ser aquilo.
● Transtornos psiquiátricos: ciúmes patológicos, fanatismos dentro dos transtornos de personalidade, transtorno afetivo bipolar, esses pacientes se envolvem em um estado afetivo intenso para determinados objetos, começam a colecionar coisas e vivem só em cima daquilo.
Estados Afetivos Complexos
● Tristeza simples: Rebaixamento do humor diante de um acontecimento + perda da impulsividade reacional – desalento, entrega passiva e resignada ao sofrimento - tonalidade dolorosa.
● Pesar: Desprazer intenso, de motivação moral ou psíquica, com acentuada e clara agudização da consciência do eu.
● Desgosto: Variedade de PESAR, onde se vislumbra um germe de revolta contra a injustiça e o sofrimento resultante. Quando há perda de qualquer esperança de reparação da injustiça sofrida - DESESPERO
● Repugnância: Estado afetivo em que o sentimento de repulsa e aversão se objetiva sob a forma de NOJO ou ASCO, podendoexteriorizar-se com ou sem reação nauseosa.
● Ressentimento: Há um flagrante desacordo entre o que poderia ter sido e o que não foi. A nota dominante é a tendência à ruminação masoquista daquilo que tenha sido vivenciado como injusto, deprimente e humilhante.
● Alegria: É comunicativa, requerendo a coparticipação alheia.
● Júbilo: Pressupõe acontecimento motivador, em que se entrevê uma ponta de orgulho, com secreto desejo de ser distinguido e festejado.
● Otimismo: Atitude intelectual e de bom humor.
● Satisfação: Sempre discreta e silenciosa, por mais intensa e duradoura que seja, mesclando-se com necessidade de recolhimento e solidão.
Agrupamento de Sentimentos – Kurt Shneider
É importante reconhecer e descrever esses sentimentos nos atendimentos. Porque muitos pacientes com, por exemplo, sintomas negativos, podem sofrer de algum transtorno que seja um estopim para aqueles sentimentos não desaparecerem. 
● Sentimentos subjetivos
↳ agradáveis: alegria, bem-estar, facilidade, júbilo, felicidade, quietude, contentamento, confiança;
↳ desagradáveis: tristeza, preocupação, angústia, medo, mal-estar, estranheza, nostalgia, desespero, horror, aborrecimento, ira, cólera, inveja, ciúme, monotonia. São comuns em pacientes com transtornos mentais. 
Nota: Há também "sentimentos ambivalentes ou mistos": ex.: a melancolia, o comover-se, a resignação, a surpresa, etc.
● Sentimentos de valor
↳ Sentimentos referentes a si mesmo
→ afirmativos: força, orgulho, vaidade, autoconfiança, superioridade, arrogância.
→ negativos: vergonha, sentimento de culpa, arrependimento, embaraço.
↳ Sentimentos referentes aos outros
→ afirmativos: amor, inclinação, confiança, compaixão, estima, interesse, aprovação, gratidão, respeito, admiração.
→ negativos: ódio, aversão, desconfiança, desprezo, hostilidade, zombaria, descontentamento, indignação.
É extremamente comum pacientes com depressão, que por causa do transtorno de humor, os sentimentos que são construídos ao longo daquela vida não são sentimentos subjetivos desagradáveis ou sentimentos de valor que se referem a ele mesmo, muitas vezes são sentimentos que referem aos outros. Então, eles não pensam em suicídio, mas talvez pensam em tirar a vida de outra pessoa.
Estratificação de Sentimentos – Max Scheler
São os sentimentos mais simples para os mais complexos, como uma pirâmide. 
● Sentimentos espirituais: morais e religiosos. São os sentimentos mais nobres e não são atingidos por todas as pessoas. 
● Sentimentos anímicos ou psíquicos: raiva, medo, culpa, tristeza, alegria.
● Sentimentos corporais ou vitais: mal-estar, bem-estar, fadiga, desânimo
● Sentimentos sensoriais: dor e prazer, são os sentimentos mais simples, é a base da pirâmide. 
Angustia, Ansiedade e Medo
Ansgústia
● Angustia é a consciência de finitude (Escola existencial)
● Angústia de castração (perda), angústia de morte ou separação; (Escola psicanalítica)
Ansiedade
● Ansiedade como patológico.: como alteração do humor, é um estado desconfortável e apreensão negativa em relação ao futuro, inquietação interna desagradável e que inclui manifestações somáticas e fisiológicas
● Ansiedade de desempenho: preocupação que temos quanto ao resultado; 
● Ansiedade antecipatória: sofrer por antecedência e se preocupar com algo que ainda está longe de acontecer. 
“Ansiedade é a emoção causada por estado de dor moral e incerteza, com sensação frequente de constrição física. Esta sensação de aperto, constitui propriamente a ANGÚSTIA” – Críticas.
Tudo isso varia de paciente para paciente. 
Outros conceitos
Existem transtornos mentais que vão predominar o medo e outros predominar a fobia.
● Medo não se refere a objeto específico, por exemplo, um paciente com transtorno de ansiedade, tem medo de morrer e isso o faz se sentir ansioso. Isso é medo! Não tem um objeto, morrer não é um objeto.
● Fobia é desproporcional e incompatível. Existem os transtornos fóbicos ansiosos, entre eles a fobia social e a fobia específica, que são diagnósticos psiquiátricos.
● Pânico é um medo intenso, de pavor, relacionada com perigo de morte iminente. É de curta duração e pode gerar emoções com muitas concomitantes somáticas.
↳ Normalmente uma crise de pânico dura minutos e nessa crise o paciente terá, pelo o menos, 4 manifestações. Dentre elas uma preocupação iminente de um risco de perder o controle, de morrer, de passar mal e não ter ninguém pra ajudar. Isso, associado às manifestações físicas como tontura, personalização e despersonalização, taquicardia, dor torácica, dispneia, tremor e outras manifestações somáticas.
● Inveja e ciúme: estão muito presentes dentro de transtornos psiquiátricos como transtorno de personalidade do tipo paranoide, do tipo antissocial;
Reação Afetiva
● Egossintônico: reação afetiva que vai em acordo com seus anseios.
Ex: a homossexualidade, a preferência sexual envolve toda uma experiência afetiva, necessariamente vai exigir com que você nutra sentimentos para com outra pessoa, seja do mesmo sexo ou do sexo oposto. 
A homossexualidade pode ser egossintônica em que essa escolha/preferência não gerará conflito com seu próprio eu.
● Egodistônico: reação afetiva que está em desarmonia com seu próprio eu., é uma situação que uma pessoa pode ter um sofrimento muito grande pela preferência.
● Sintonização Afetiva: É responder, por meio de experiências afetivas, que estejam em harmonia com o momento e as experiências que se recebe.
Ex: se você está em uma festa de aniversário de crianças, tem que sintonizar afetivamente naquela festa, onde todos estão sorrindo e brincando. Normalmente você deve ter sentimentos agradáveis com esse momento. Um paciente depressivo não teria essa sintonização, ele não se sentiria bem em um ambiente como esse. Pacientes com depressão, transtorno bipolar e ansiedade podem não ter sintonização afetiva. 
● Irradiação Afetiva: é a capacidade que as pessoas tem de contagiar o ambiente com as suas próprias experiências e reações afetivas.
Ex: Se você se encontra em um momento em não está bem, pode contagiar toda a família que vive ao seu redor com essa irradiação afetiva com polo negativo. Às vezes é uma mãe com depressão, o filho fica mal, o marido adoece.
Um paciente bipolar ou com transtorno de personalidade pode ter irradiação para o polo positivo, um paciente numa fase maníaca às vezes conta piada, fala coisas divertidas e todo mundo acha graça. Isso é uma alteração afetiva que ele tem, é patológico! Ele está contagiando as pessoas afetivamente a partir de suas manifestações patológicas. 
● Rigidez Afetiva (Hipomodulação): não necessariamente é uma alteração psicopatológica, as vezes é preciso ter rigidez afetiva. Médicos, principalmente, precisam ter um pouco de rigidez afetiva em algumas situações para que não absorva uma carga enorme de sentimentos e outras experiências afetivas diante a morte, a vida e outros conflitos que se passa na profissão.
Isso pode acontecer também em pacientes com transtorno de personalidade antissocial, toda aquela frieza e hipomodulação, a dificuldade que muitas pessoas tem de se modular diante daquilo. Às vezes em um momento de tristeza aquela pessoa está neutra, extremamente fria, pode significar também uma manifestação patológica.
Alterações do Humor
Alterações Quantitativas (Distimias)
● Hipertimias: Aumento da excitabilidade.
Aumento da intensidade, duração e excitabilidade dos afetos.
Ocorrem tanto em quadros orgânicos como tireoidites, uso de substâncias, como nos transtornos afetivos bipolares na fase maníaca., epilepsia, estados passionais.
● Hipotímias: Diminuição da intensidade e excitabilidade, diminuição dos sentimentos mais nobres.
Perda da capacidade de experimentar afetos outrora cultivados.
Comum em pacientes depressivos.
● Humor irritável: predomina a irritabilidade, o nervosismo, impaciência e mau humor.
Comum em pacientes depressivos, transtorno de espectro autista, retardo mental, nas deficiências intelectuais, no uso de substâncias psicoativas. 
● Humor ansioso: predomina nos quadros ansiosos, com inquietude subjetiva que a ansiedade gera.Ocorre nos transtornos de ansiedade generalizada, transtornos do pânico, fobias sociais e especificas, transtorno do estresse pós traumático, transtorno obsessivo compulsivo.
Outras Alterações
Elação: sensação de euforia, de grandiosidade, de bem estar máximo, que costuma estar presente nos pacientes bipolares.
Melancolia: sentimento profundo que acontece nos quadros depressivos bem graves.
Puerilidade: reação afetiva que pacientes com retardo mental apresentam, transparecendo infantilidade.
Moria: acontece no retardo mental, é essa alteração afetiva do paciente infantilizado.
Estado de êstase.: é essa sensação subjetiva superior de euforia marcante no quadro de uso de substâncias e no transtorno afetivo bipolar.
Irritabilidade e ansiedade patológica.
Os Afetos
Diminuição para experimentar afetos
● Estupor emocional (evento traumático) – ao receber por exemplo, uma notícia trágica, a pessoa fica congelada afetivamente, não reage afetivamente àquela experiência afetiva. 
● Apatia – dificuldade extrema de experimentar afetos. Ocorre em síndromes demenciais, está entre os 5 “As” do Alzheimer (amnesia, acalculia, agnosia, apatia e abulia), depressão. A pessoa diz que não consegue sentir nada
● Sentimento por falta de sentimento – é uma abolição da capacidade de experimentar afeto por falta de sentimento. Ocorre em quadros depressivos muito graves, a pessoa sofre por não sentir nada.
● Anedonia. – é a perda de interesse, a perda do prazer. O paciente diz que já não gosta de coisas que gostava. É mais comum na depressão. 
Paulatino empalidecimento dos sentimentos
● Pobreza de sentimento e distanciamento afetivo;
● Embotamento afetivo x indiferença afetiva – belle indifference.
→ O embotamento afetivo, não chega ao médico como uma queixa do paciente, o próprio médico deve ser capaz de observar na expressão mímica, nos gestos e na tonalidade da voz. É a pobreza da afetividade. 
→ Ocorre muito na esquizofrenia, o paciente tem a mímica empobrecida, voz monótona e pouca gestualidade da face. Medicação não gera essas alterações.
→ Já a indiferença afetiva é a despreocupação, é não dar importância afetivamente a problemas que se está vivendo. Ocorre nos transtornos conversivos, transtornos de personalidade
→ O paciente passa por um estresse muito forte e desenvolve a crise conversiva, para de andar e ela está indiferente afetivamente com aquilo. Se uma pessoa perdesse o movimento das pernas, ficaria desesperada para voltar a andar e não é isso que se encontra nessas pessoas. É então um mecanismo de defesa de proteção, então elas não estarem andando é egossintônico, é o que na verdade, inconscientemente elas desejam. 
↳ Outros nomes para embotamento afetivo: esmaecimento, esvaziamento, aplainamento.
 Incongruência com o humor.
● Humor Congruente: uma pessoa faz planos, tem prospecção presente, tem esperança e isso é congruente com seu humor, é um humor eutímico, de alto astral, de bem estar, e traz uma série de sentimentos do polo agradável e positivo.
● Afetos congruentes com o humor: se uma pessoa está triste, se essa tristeza for uma tristeza patológica, é dessa tristeza ser congruente com o humor, ou seja, o humor também vai estar hipotímico.
● Incongruência com o humor: precisa-se sempre estar muito atento porque essas manifestações não batem. Por exemplo, um paciente esquizofrênico tem humor eutímico (não tem alteração de humor, só delírios e alucinações) e um delírio persecutório. Esse delírio é incongruente com o humor, não tem relação nenhuma com o humor.
→ Já um paciente com transtorno afetivo bipolar, em fase psicótica, de mania, pode ter delírio de grandeza e esse delírio é congruente com o humor (hipertímico), ou seja, é um delírio secundário. 
→ A incongruência de humor serve para fazer diagnóstico diferencial entre transtorno afetivo bipolar, transtornos esquizoafetivos e esquizofrenia. 
→ no transtorno esquizoafetivo, o humor desse paciente está alterado, ele tem o humor hipertímico ou alegre. Ele tem um transtorno esquizo afetivo, mas ao mesmo tempo ele tem sintomas psicóticos da esquizofrenia, mas esses sintomas são incongruentes com o humor, então é por isso que ele encaixa no diagnóstico de transtorno esquizoafetivo.
→ Então é como se aquele paciente esquizoafetivo estivesse triste, chorando com pensamentos suicidas, com anedonia, mas ao mesmo tempo está com delírio de que colocaram um chip na cabeça dele, controlando todas ações dele. Esse delírio é totalmente incongruente com humor triste, por isso esse paciente é diagnosticado com transtorno esquizoafetivo. 
● Hipomodulação do afeto
Alterações Qualitativas dos Afetos
Distúrbios da modulação.
● Labilidade Emocional - insuficiência na regulação dos afetos., a pessoa tem dificuldade em conter as emoções, os sentimentos, seja com risos, choros. Pode ocorrer em jovens e idosos.; patologicamente ocorre em quadros orgânico-cerebrais e doenças físicas.
Não confundi-la com Depressão.
Riso patológico e choro patológico (orgânico)
● Incontinência Emocional (desproporcional) – incapacidade de regular afetos, ocorre muito nos quadros orgânicos. Crises de riso e choro sem nenhuma capacidade de controlar. 
Caracteriza-se pela impossibilidade na regulação dos afetos. Ocorre tipicamente nos quadros de Demência multi-infarto (arteriosclerose cerebral) e outros quadros demenciais.
● Rigidez Afetiva (Hipomodulação);
Distúrbios de conteúdo
Alterações que exprimem inadequação, neoformação e coexistência de afetos.
● Distimias e disforias: cursam com alterações persistentes do humor.
● Paratimias: é a incongruência afetiva, respostas incongruentes àquela vivencia esperada. Vai fazer uma foto de um paciente com esquizofrenia e ele faz uma cara de espanto; em uma situação engraçada ele começa a chorar. 
● Neotimias: ocorre em situações inesperadas, são sentimentos novos ou sentimentos antigos vivenciados como novos. 
● Ambitimias ou ambivalência afetiva: é um achado comum na esquizofrenia. 
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