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DIREÇÃO-COORDENAÇÃO-E-SUPERVISÃO-ESCOLAR-1

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1 
 
 
DIREÇÃO, COORDENAÇÃO E SUPERVISÃO ESCOLAR 
1 
 
 
Sumário 
DIREÇÃO, COORDENAÇÃO E SUPERVISÃO ESCOLAR ......... Erro! Indicador não definido. 
NOSSA HISTÓRIA ........................................................................................................................ 2 
1. A DIREÇÃO ESCOLAR ........................................................................................................ 3 
1.1- Os fundamentos básicos da formação e prática do gestor escolar .......................... 3 
1.2- Papel do gestor .............................................................................................................. 4 
1.3- Funções do gestor ......................................................................................................... 6 
2. O PAPEL DO COORDENADOR PEDAGÓGICO ............................................................... 12 
3. A IMPORTÂNCIA DO TRABALHO DO COORDENADOR NA ESCOLA ....................... 17 
4. O SUPERVISOR ESCOLAR ................................................................................................ 19 
4.1- Breve Histórico da supervisão Escolar ...................................................................... 20 
5. O PRINCÍPIO DAS ATRIBUIÇÕES DO SUPERVISOR ESCOLAR ................................... 21 
6. O SUPERVISOR COMO ARTICULADOR NA ESCOLA ................................................... 24 
7. REFERÊNCIAS: ................................................................................................................... 27 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
file:///C:/Users/User/Documents/APOSTILA-%20DIREÇÃO.docx%23_Toc56154668
2 
 
 
NOSSA HISTÓRIA 
 
 
 
 
A nossa história inicia com a realização do sonho de um grupo de empresários, em 
atender à crescente demanda de alunos para cursos de Graduação e Pós-Graduação. Com 
isso foi criado a nossa instituição, como entidade oferecendo serviços educacionais em 
nível superior. 
A instituição tem por objetivo formar diplomados nas diferentes áreas de 
conhecimento, aptos para a inserção em setores profissionais e para a participação no 
desenvolvimento da sociedade brasileira, e colaborar na sua formação contínua. Além de 
promover a divulgação de conhecimentos culturais, científicos e técnicos que constituem 
patrimônio da humanidade e comunicar o saber através do ensino, de publicação ou outras 
normas de comunicação. 
A nossa missão é oferecer qualidade em conhecimento e cultura de forma confiável 
e eficiente para que o aluno tenha oportunidade de construir uma base profissional e ética. 
Dessa forma, conquistando o espaço de uma das instituições modelo no país na oferta de 
cursos, primando sempre pela inovação tecnológica, excelência no atendimento e valor do 
serviço oferecido. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
3 
 
 
1. A DIREÇÃO ESCOLAR 
 
 
Figura: 1 
 
 
A construção da educação reinventada, instituinte da emancipação humana pelo seu 
caráter intersubjetivo, num mundo que se engendra parceiro com o conhecimento, como 
nova base material, demanda nova estrutura organizacional na gestão da escola e gestores 
com novas aptidões cognitivo-atitudinais. 
 
 
1.1- Os fundamentos básicos da formação e prática do gestor escolar 
 
 
 
O processo de construção das aptidões cognitivas e a atitudinais necessárias ao 
gestor escolar alicerça-se em três pilares ou eixos desta formação: o conhecimento, a 
comunicação e a historicidade. 
O conhecimento é o objeto especifico do trabalho escolar. Portanto, a compreensão 
profunda do processo de (re) construção do conhecimento no ato pedagógico é um 
determinante da formação do gestor escolar. 
O segundo eixo de sua formação é a competência de interlocução. A competência 
linguística e comunicativa é indispensável no processo de coordenação da elaboração a 
execução e avaliação do projeto politico-pedagógico. 
É fundamental a competência para a obtenção e sistematização de contribuições, 
para que, no processo educativo escolar, a participação seja efetiva pela inclusão das 
contribuições dos envolvidos, inclusive, em documentos (re) escritos. 
4 
 
 
O terceiro elemento essencial, fundante da competência do gestor de escola, é sua 
inscrição histórica. A escola trabalha o conhecimento em contextos sócios institucionais 
específicos e determinados. 
O reconhecimento das demandas educacionais, como também das limitações, das 
possibilidades e das tendências deste contexto histórico, no qual se produz e se trabalha o 
conhecimento, é fundamental para o seu impacto e o sentido da prática educativa e para 
sua qualidade. 
Um gestor escolar tem, como um dos fundantes de sua qualidade, o conhecimento 
do contexto histórico-institucional no qual e para o qual atua. Por isso, gestão da escola é 
um lugar de permanente qualificação humana, de desenvolvimento pessoal e profissional. 
Lembrando que a gestão escolar foi marcada por um paradigma baseado na 
fragmentação, entre outras características. A objetividade garante bons resultados, sendo 
a técnica o elemento fundamental para a melhoria do trabalho. 
 
 
1.2- Papel do gestor 
 
 
 Nas escolas eficazes, os gestores agem como líderes pedagógicos, apoiando o 
estabelecimento das prioridades, avaliando os programas pedagógicos, organizando e 
participando dos programas de desenvolvimento de funcionários e também enfatizando a 
importância de resultados alcançados pelos alunos. 
Também age como líderes em relações humanas, enfatizando a criação e a 
manutenção de um clima escolar positivo e a solução de conflitos, o que inclui promover o 
consenso quanto aos objetivos e métodos, mantendo uma disciplina eficaz na escola. 
Deve-se ter em conta que a motivação, o ânimo e a satisfação não são 
responsabilidades exclusivas dos gestores. Os professores e os gestores trabalham juntos 
para melhorarem a qualidade do ambiente escolar, criando as condições necessárias para 
o ensino e a aprendizagem mais eficaz, identificando e modificando os aspectos do 
processo do trabalho, considerados adversários da qualidade do desempenho. 
A prática de liderança em escolas altamente eficazes inclui: apoiar o 
estabelecimento com objetivos claros, propiciar a visão do que é uma boa escola e 
encorajar os professores, de modo a auxiliá-los nas descobertas dos recursos necessários 
para que realizem adequadamente o seu trabalho. 
5 
 
 
Luck (1996) elenca as dimensões de liderança relacionadas com as escolas 
eficazes, que são: enfoque pedagógico do diretor, ênfase nas relações humanas, criação 
de ambiente positivo, ações voltadas para metas claras, realizáveis e relevantes, disciplina 
em sala de aula garantida pelos professores, capacitação em serviço voltada para questões 
pedagógicas e acompanhamento contínuo das atividades escolares. 
Nas escolas, onde há integração entre professores, tendem a ser mais eficazes do 
que aquelas em que os professores se mantêm profissionalmente isolados. A escola, os 
professores, tudo flui e tudo “rende” e a comunidade percebe que naquele ambiente 
acontece à gestão participativa. 
As escolas bem dirigidas exibem uma cultura de reforço mútuo das expectativas: 
confiança, interação entre os funcionários e a participação na construção dos objetivos 
pedagógicos, curriculares e de prática em sala de aula. 
Segundo Vieira (2003), diante do novo perfil do gestor, as demandas por transformação e 
quebras de paradigmas devem continuar intensas, passando a ser a tônica de uma 
sociedade em constante evolução. 
A postura crítica na adoção de novas perspectivas deve somar-se a novas formas 
de facilitar sua introdução no sistema escolar, o que exigirá uma cultura em constante 
processo de auto-organização, um estado de experimentação, pesquisa e análise de novos 
processos e, ao mesmo tempo, a consolidação via resolução consistente de problemas 
encontrados no dia-a-dia.O papel principal do gestor é saber acompanhar essas mudanças e tentar ampliar a 
capacidade de realização da organização escolar, levando-a a atingir seu potencial pleno 
e a tornar-se uma instituição que traga orgulho profissional a seus integrantes. Segundo 
Lück (1990), o gestor escolar tem como função precípua coordenar e orientar todos 
os esforços no sentido de que a escola, como um todo, produza os melhores resultados 
possíveis no sentido de atendimento às necessidades dos educandos e a promoção do seu 
desenvolvimento. 
Dentro desta concepção o gestor, deve revestir-se de esforços voltados para o 
desenvolvimento de conhecimentos, habilidades e atitudes, para que a sua atuação 
participativa torne-se gradativamente mais eficiente. 
O gestor assume a responsabilidade quanto à consecução eficaz da política 
educacional do sistema e desenvolvimento pleno dos objetivos educacionais, organizando, 
dinamizando e coordenando todos os esforços nesse sentido e controlando todos os 
recursos para tal. 
6 
 
 
Devido a sua posição central na escola, o gestor, no desempenho de seu papel, 
exerce forte influência sobre todos os setores e pessoal da escola. Lück (1990) relata ainda, 
que o gestor deve ter a habilidade de influenciar o ambiente que depende em grande parte, 
da qualidade e do clima escolar, do desempenho do seu pessoal e da qualidade do 
processo ensino-aprendizagem. 
A vivência de uma metodologia participativa em que as relações solidárias de 
convivência pontificam, provocam, mesmo que lentamente, a concretização de uma nova 
ordem social, iniciando pela parcela menor, que é a escola. 
A cada dia surgem novas tarefas para todos no interior da escola: professores, 
alunos e equipe gestora. A escola deve abrir espaço para o trabalho coletivo constante no 
interior da instituição porque este concretiza uma prática transformadora. 
Faz-se necessário propiciar à comunidade escolar a vivência de uma nova dimensão 
da vida social, na qual não participe só da execução, mas também da discussão dos rumos 
da instituição escolar. Em outras palavras, sendo presença ativa e criativa no ambiente 
escolar. 
O clima relacional de uma escola provém, basicamente, dos educadores que nela 
atuam. São eles que determinam as relações internas, através do acolhimento, da 
aceitação, da empatia, da real comunicação, do diálogo, do ouvir e do escutar, do partilhar 
interesses, preocupações e esperanças. 
 
1.3- Funções do gestor 
 
 
A efetividade do processo de ensino e de aprendizagem implica em garantir o acesso 
dos educandos à escola e, sobretudo, sua permanência e sucesso no processo educativo, 
propiciando condições favoráveis para o fortalecimento de sua identidade como sujeita do 
conhecimento. 
 
 Para que isso aconteça, são funções do gestor: 
 
 ► Coordenar a elaboração e implementação da proposta pedagógica e sua 
operacionalização através dos planos de ensino, articulando o currículo com as diretrizes 
da Secretaria. 
 
7 
 
 
 ► Incentivar a utilização de recursos tecnológicos e materiais interativos para o 
enriquecimento da proposta pedagógica da escola. 
 
 ► Estimular e apoiar os projetos pedagógicos experimentais da escola. 
 
► Assegurar o alcance dos marcos de aprendizagem, definidos por ciclo e série, 
mediante o acompanhamento do progresso do aluno, identificando as necessidades de 
adoção de medidas de intervenção para sanar as dificuldades evidenciadas. 
 
► Garantir o cumprimento do Calendário Escolar, monitorando a prática dos 
professores (regentes e coordenadores pedagógicos) e seu alinhamento com a proposta 
pedagógica, organizando o currículo em unidade didática. 
 
► Acompanhar as reuniões de atividades complementares – AC, avaliando os 
resultados do processo de ensino e de aprendizagem, adotando, quando necessário, 
medidas de intervenção. 
 
► Articular-se com as Coordenadorias Regionais e setores da SMEC na busca de 
apoio técnico-pedagógico, socioeducativo e administrativo, visando elevar a produtividade 
do ensino e da aprendizagem. 
 
► Acompanhar a frequência e avaliação contínua do rendimento dos alunos através 
dos registros nos Diários de Classe, analisando, socializando os dados e adotando medidas 
para a correção dos desvios. 
 
►Assegurar o cumprimento do sistema de avaliação estabelecido no Regimento 
Escolar. 
 
► Monitorar a rotina da sala de aula através da atuação do Coordenador 
Pedagógico. 
 
► Assegurar um ambiente escolar propício, estabelecendo as condições favoráveis 
para a educação inclusiva de forma produtiva e cidadã. 
 
8 
 
 
► Identificar as ameaças e fraquezas da unidade escolar, a partir da sua análise 
situacional, adotando medidas de intervenção para superar as dificuldades. 
 
► Acompanhar a execução dos projetos em parcerias com outras instituições, 
adequando-os à realidade da sua escola. 
 
As instalações e materiais considerados como infraestrutura básica para o pleno 
funcionamento da escola envolvem ações de conservação, manutenção e mobilização da 
comunidade escolar para atuar de forma consciente e multiplicadora, consolidando a 
valorização da cultura de preservação do bem público. 
 
Neste sentido são atribuições do Gestor Escolar: 
 
►Identificar necessidades e acionar mecanismos, a fim de proporcionar um 
ambiente físico adequado ao pleno funcionamento da escola. 
 
► Assegurar o tombamento e responsabilizar-se pela guarda, conservação e 
manutenção dos móveis e equipamentos da escola. 
► Otimizar o uso dos recursos financeiros repassados à escola, destinados à 
aquisição de materiais, manutenção das instalação se dos equipamentos. 
 
► Suprir a escola com materiais adequados, que permitam aos professores e alunos 
desenvolverem atividades curriculares diversificadas. 
 
► Promover campanhas, programas e outras atividades para conscientização da 
comunidade escolar e local de preservação e conservação da escola. 
 
A gestão participativa de processos está concebida como um gerenciamento 
fundamentado nos princípios de gestão com o Conselho Escolar e com as representações 
das organizações associativas da escola, legitimando a tomada de decisões numa ação 
colegiada com diferentes níveis de responsabilidades da equipe gestora da escola e do 
Sistema Municipal de Ensino. 
 
Neste sentido são atribuições do Gestor Escolar: 
9 
 
 
 
►Coordenar a elaboração e implementação do Regimento Escolar. 
 
►Gerenciar o funcionamento da escola em parceria com o Conselho Escolar, 
zelando pelo cumprimento do Regimento Escolar, observando a legislação vigente, normas 
educacionais e padrão de qualidade de ensino. 
 
►Garantir o alcance dos objetivos da escola, identificando obstáculos, 
reconhecendo sua natureza e buscando soluções adequadas. 
 
 ► Desenvolver as ações educativas pertinentes a cada segmento de ensino, de 
acordo com as normas e diretrizes do Conselho Municipal de Educação. 
 
► Elaborar e programar o Plano da Gestão Escolar alinhado ao PDE, Proposta 
Pedagógica, Regimento Escolares e Diretrizes do Sistema Municipal de Ensino, discutindo 
com a comunidade escolar e incorporando as contribuições. 
► Administrar a utilização dos espaços físicos da unidade escolar e o uso dos 
recursos disponíveis, para a melhoria da qualidade de ensino como: bibliotecas, salas de 
leitura, laboratório de tecnologias, entre outros. 
 
 ► Administrar, otimizando os recursos financeiros, conforme os procedimentos e 
rotinas de execução orçamentária e financeira, determinados pelas fontes de repasses, 
acompanhando e monitorando as despesas e o fluxo de caixa. 
 
► Organizar coletivamente as rotinas da escola e acompanhar o seu cumprimento. 
► Estimular a formação de organizações estudantis, atividades esportivas, artísticas 
e culturais na unidade escolar. 
 
►Aplicar instrumentos de registro de matrícula e de acompanhamentoda 
movimentação escolar do alunado, sistematizando os dados e emitindo relatórios. 
 
 ► Monitorar o desenvolvimento das ações gerenciais, em parceria com o Conselho 
Escolar, com vistas à identificação dos resultados, propondo as intervenções necessárias. 
 
10 
 
 
►Promover a construção do PDE, bem como a sua execução e replanejamento, 
através de um trabalho coletivo em parceria com o Conselho Escolar, mediante processo 
de análise dos resultados e proposições adequada. 
 
 O clima escolar refere-se a um ambiente estruturado, de tal forma que expresse a 
responsabilização coletiva de todos os participantes da comunidade escolar em relação ao 
sucesso de ensinar e de aprender, resultando num clima harmônico e produtivo, onde todos 
unem esforços para atingir os objetivos propostos para a efetividade. 
 
Neste sentido são atribuições do Gestor Escolar: 
 
► Adotar estratégias gerenciais que favoreçam a prevenção de problemas na 
unidade escolar. 
► Gerenciar o funcionamento da escola, zelando pelo cumprimento da legislação, 
normas educacionais e pelo padrão de qualidade de ensino. 
 
► Proporcionar um ambiente que permita à escola cumprir sua missão, objetivos e 
metas, fundamentados nos seus valores, supervisionando o funcionamento e a 
manutenção dos diversos recursos de infraestrutura. 
 
► Possibilitar o bom funcionamento da escola através do estabelecimento de 
normas regulamentadas no Regimento Escolar, favorecendo a melhoria da 
qualidade do trabalho. 
 ► Promover o envolvimento da comunidade escolar, fazendo uso da liderança e dos 
meios de comunicação disponíveis, com base na cooperação e compromisso, favorecendo 
a qualidade das relações interpessoais. 
 
► Manter o fluxo de informações atualizado e regular entre a direção, os 
professores, pais e a comunidade. 
 
 ► Coordenar as ações socioeducativas desenvolvidas na unidade escolar. 
 
► Assegurar visibilidade às ações da unidade escolar. 
 
11 
 
 
► Socializar os resultados das ações gerenciais, reconhecendo os níveis de avanço 
e dificuldades da escola. 
 
►Expressar confiança na capacidade de eficácia da escola. 
 
 O envolvimento dos pais e da comunidade decorre de um processo de mobilização 
e organização, de forma responsável e consciente, que possibilita canais de participação 
com representações de organizações associativas de pais, alunos e professores, 
contribuindo para o aperfeiçoamento do trabalho educativo e o relacionamento da escola 
com a comunidade. 
 
Neste sentido são atribuições do Gestor Escolar: 
 
 ► Promover o envolvimento dos pais na gestão da escola, em atividades 
educacionais e sociais, incentivando e apoiando a criação das associações de pais e as 
iniciativas do Conselho Escolar. 
 
► Estimular a participação dos pais na educação dos filhos, envolvendo-os no 
acompanhamento do desempenho dos alunos e fortalecendo o relacionamento entre pais 
e professores. 
 
► Administrar os programas compensatórios direcionados ao aluno e à família de 
acordo com as normas estabelecidas pelos órgãos promotores. 
 
► Manter comunicação frequente com os pais, mediante o repasse de informações 
sobre o processo educativo, normas e orientações do funcionamento da escola. 
 
► Viabilizar a integração entre a escola e a comunidade, criando e monitorando 
projetos em parceria com as diversas organizações, visando apoio às atividades 
educacionais, sociais, culturais e de lazer. 
 
►Maximizar a atuação da comunidade junto à escola, identificando os recursos e 
sendo hábil nas relações com os seus diversos segmentos. 
 
12 
 
 
► Promover campanhas educativas e programas com temas que despertem o 
interesse da comunidade escolar. 
 
O desenvolvimento do patrimônio humano envolve a criação de ambiente favorável 
e oportunidades para a formação profissional, auto formação, pesquisa, experimentos, 
debates e reflexão pedagógica e gerencial no interior da escola, estudando e analisando a 
prática educativa viabilizando a introdução legítima de novos padrões de gestão e de 
ensino. 
 
Neste sentido são atribuições do Gestor Escolar: 
 
 ► Oportunizar e facilitar o acesso a programas de aperfeiçoamento profissional 
para os recursos humanos da escola. 
 
► Identificar as necessidades de desenvolvimento dos recursos humanos da escola, 
estabelecendo estratégias de intervenção em articulação com a SMEC. 
 
► Identificar e aperfeiçoar o potencial dos recursos humanos da escola, 
assegurando a integração e adotando uma postura participativa nas ações de planejamento 
e execução das atividades curriculares. 
 
 ► Proporcionar ao professor momentos de auto avaliação, pesquisa, experimentos, 
debates e reflexão da prática pedagógica em uma perspectiva crítico reflexiva. 
 
►. Promover a efetividade do processo de avaliação de desempenho do grupo 
magistério, junto ao Conselho Escolar. 
 
 
2. O PAPEL DO COORDENADOR PEDAGÓGICO 
 
13 
 
 
 
Figura: 2 
 
Para ter um processo administrativo de qualidade é necessária a promoção de 
ações, que sustentem um trabalho em equipe e uma gestão que priorize obter educação 
de qualidade. Assim, “não se trata mais de administrar pessoas, mas de administrar com 
as pessoas. As organizações cada vez mais precisam de pessoas produtivas, 
responsáveis, dinâmicas, inteligentes, com habilidades para resolver problemas, tomar 
decisões” (NOGUEIRA, 2008, p.21). 
Nogueira (2008) destaca que o trabalho desenvolvido pelo coordenador pedagógico 
é de identificar as necessidades dos professores e com eles encontrar soluções, que 
priorizem um trabalho educacional de qualidade. Esse profissional tem que ir além do 
conhecimento teórico, pois para acompanhar o trabalho pedagógico e estimular os 
professores é preciso percepção e sensibilidade para identificar as necessidades dos 
alunos e educadores, tendo que se manter sempre atualizado, buscando fontes de 
informação e refletindo sobre a prática, como destaca Nóvoa (2001, p.23): “a experiência 
não é formadora nem produtora. É a reflexão sobre a experiência que pode provocar a 
produção do saber e a formação”. 
 
14 
 
 
 
Figura: 3 
 
 
Com esse pensamento ainda é necessário destacar que o trabalho deve acontecer 
com a colaboração de todos, assim o coordenador deve estar preparado para mudanças e 
sempre pronto a motivar sua equipe. Dentro das diversas atribuições está o ato de 
acompanhar o trabalho docente, sendo responsável pelo elo entre envolvidos na 
comunidade educacional. Nessa perspectiva, Nogueira (2008) explica algumas atribuições 
do Coordenador Pedagógico. 
A questão do relacionamento entre o coordenador e o professor é um fator crucial 
para uma gestão democrática, e para que isso aconteça com estratégias bem formuladas, 
o coordenador não pode perder seu foco. 
O coordenador precisa estar sempre atento ao cenário, que se apresenta a sua volta 
valorizando os profissionais da sua equipe e acompanhando os resultados, e essa 
caminhada nem sempre é feita com segurança, pois as diversas informações e 
responsabilidades, o medo e a insegurança também fazem parte dessa trajetória. 
Cabe ao coordenador refletir sobre a própria prática para superar os obstáculos e 
aperfeiçoar o processo ensino aprendizagem. O trabalho em equipe é fonte inesgotável de 
superação e valorização do profissional. 
 
Salvador (2005) destaca as atribuições do Coordenador Pedagógico nas 
unidades escolares: 
15 
 
 
 
► Coordenar, juntamente com a direção, a elaboração e responsabilizar-se pela 
divulgação e execução da Proposta Pedagógica da escola, articulando essa elaboração de 
forma participativa e cooperativa; 
 
► Organizar e apoiar, principalmente, as ações pedagógicas, propiciando sua 
efetividade; 
 
► Estabelecer uma parceria com a direção da escola, que favoreça a criação de 
vínculos de respeito e de trocas no trabalho educativo;► Acompanhar e avaliar o processo de ensino e de aprendizagem e contribuir, 
positivamente, para a busca de soluções para os problemas de aprendizagens 
identificados; 
 
 ► Coordenar o planejamento e a execução das ações pedagógicas na escola; 
 
 ► Atuar de maneira integrada e integradora junto à direção e à equipe pedagógica 
da escola para a melhoria do processo de ensino aprendizagem; 
 
► Coordenar e acompanhar os horários de Atividade Complementar (AC), 
promovendo oportunidades de discussão e proposição de inovações pedagógicas, assim 
como a produção de materiais didáticos e pedagógicos na escola, na perspectiva de uma 
efetiva formação continuada; 
 
► Avaliar as práticas planejadas, discutindo com os envolvidos e sugerindo 
inovações; 
 
► Acompanhar o desempenho acadêmico dos alunos, por meio de registros por 
bimestre, orientando os docentes para a criação de propostas diferenciadas e direcionadas 
aos que tiveram desempenho insuficiente; 
 
► Estabelecer metas a serem atingidas em função das demandas explicitadas no 
trabalho dos professores; 
16 
 
 
 
► Promover um clima escolar favorável à aprendizagem e ao ensino, a partir do 
entrosamento entre os membros da comunidade escolar e da qualidade das relações 
interpessoais. 
 
Ao analisar as atribuições entre Nogueira (2008) e Salvador (2005) pode-se 
visualizar que o primeiro vê a situação e atuação do Coordenador Pedagógico 
democraticamente e politicamente inserido ao sistema, enquanto que o segundo faz suas 
colocações quanto a sua prática dentro da escola, e seu dia a dia de trabalho. 
Depois de apresentar as atribuições de Coordenador Pedagógico podem ser 
discutidas algumas selecionando funções deste profissional neste processo de trabalho e 
o cotidiano escolar por ele vivenciado, com isso o mesmo desempenha papéis de: 
a) Articulador: A ação educativa precisa ser planejada, e o planejamento nesta 
perspectiva deve ser participativo, em união com todos os participantes da Escola. 
Salvador (2005) ressalta que o Coordenador Pedagógico é um dos elementos de ligação 
fundamental, por meio de formas interativas de trabalho, em momentos de estudos, de 
proposições, de reflexões e de ações; 
 
b) Formador: A responsabilidade formadora do Coordenador Pedagógico está 
pautada na formação continuada dos profissionais da Escola, devendo ainda estar aberta 
ao saber adquirido no dia a dia, que deve ser refletido e incorporado ao desenvolvimento 
pedagógico dos educadores. 
 
Logo, o papel do Coordenador deve ser definido como um facilitador que, na 
escola, considerada espaço de construção de cultura e de relações humanas, estará 
envolvendo em sua prática, não só os valores citados acima, bem como atitudes e conceitos 
de justiça, de compromisso, de democracia e de gestão de conflitos. 
Com a visão de que a formação dos docentes e de outros profissionais da Escola pode 
ser realizada nos momentos das Atividades Complementares - AC. Essas se constituem 
em um espaço instituído na escola e garantido no regime de trabalho dos servidores 
municipais, que exercem atividades de docência, que objetivos o planejamento e o novo 
planejamento das atividades pedagógicas, assim como a reflexão sobre ação desenvolvida 
(SALVADOR, 2005). 
17 
 
 
Assim, o Coordenador Pedagógico deve estar atento à transformação de atitudes da 
comunidade escolar, promovendo a reflexão e a vivência nas relações escolares. Como 
agente de transformação da prática pedagógica, o Coordenador Pedagógico precisa estar 
aberto para transformar-se continuamente, a partir das considerações reflexivas e do 
feedback (opinião, realimentação e retorno) dos demais atores da Unidade Escolar, de 
acordo com Salvador (2005). 
 
3. A IMPORTÂNCIA DO TRABALHO DO COORDENADOR NA ESCOLA 
 
 
Figura: 4 
 
 
Sabemos que em uma escola não se deve faltar professores, da mesma forma, não 
poderá faltar o coordenador pedagógico, visto que este profissional deve acompanhar todo 
trabalho docente para que o processo de ensino-aprendizagem seja desenvolvido de 
maneira eficaz. 
Nesse contexto, “o coordenador é, sem dúvida, um agente muito importante na 
formação dos docentes, por isso, é fundamental uma mudança na prática e no processo de 
apoio pedagógico aos professores” (OLIVEIRA E GUIMARÃES, 2013, p. 98). 
18 
 
 
Visto desse ângulo, o coordenador tem uma importante função a desenvolver dentro 
do espaço escolar, para que haja um estreitamento entre professores e alunos, seja no 
âmbito educacional ou social, vale ressaltar mais uma vez que o coordenador deve ser um 
elo entre os sujeitos envolvidos no processo educativo. 
Mais que isso, Libâneo (2001) destaca a importância do trabalho do coordenador 
dentro das instituições de ensino. 
Assim, para o autor: 
 
 
O coordenador pedagógico ou professor coordenador supervisiona, acompanha 
assessora, avalia as atividades pedagógico-curriculares. Sua atribuição prioritária é 
prestar assistência pedagógico-didática aos professores em suas respectivas 
disciplinas, no que diz respeito ao trabalho interativo com os alunos. (LIBÂNEO, 
2001, p. 5). 
 
 
Tendo claras essas questões, as instituições de ensino devem buscar, 
constantemente, por uma educação de qualidade, mas, para obtê-la será preciso 
desenvolver ações que realmente sustentem o trabalho em equipe a partir de uma gestão 
democrática e, com isso, seja priorizada a formação dos docentes, bem como dos discentes 
para um bom relacionamento entre todos. 
Cabe ao coordenador buscar, cada vez mais, aperfeiçoar-se em sua formação. 
Outro ponto que cabe destaque trata-se dos cursos formadores para que, investindo na 
preparação desses profissionais, possam, de fato, desenvolver habilidades pedagógicas 
unindo a teoria utilizada à prática desses profissionais que se constroem na rotina escolar. 
Ainda nas palavras de Oliveira e Guimarães (2013, p. 97), a respeito da formação 
continuada do coordenador, afirmam que “faz-se necessária pela própria natureza do saber 
humano como prática que se transforma constantemente, principalmente quando se refere 
ao comportamento e seus efeitos na aprendizagem”. 
Portanto, essa formação é necessária, não apenas sobre sua função, mas para que se dê 
conta das transformações que vão acontecendo de forma acelerada e que os sujeitos 
envolvidos na educação precisam estar atentos. 
 
Do ponto de vista de Oliveira e Guimarães (2013, p. 99), 
 
 
A formação continuada faz parte de uma busca sistemática de conhecimentos, de 
capacidades de reflexões das práticas pedagógicas dos educadores envolvidos em 
um contexto educacional. Por isso, de nada adianta o coordenador pedagógico 
19 
 
 
trabalhar em busca de uma qualidade profissional, se os demais não participarem 
dessa ação efetiva no resgate de uma educação de qualidade. 
 
 
Nessa perspectiva, a formação continuada dos profissionais da educação se torna 
muito importante, pois, o lidar com várias dificuldades e realidades diversas no ambiente 
escolar desenvolvendo práticas estimulantes para seu grupo passa a ser algo que 
necessita bastante atenção e habilidades por parte desse profissional. 
4. O SUPERVISOR ESCOLAR 
 
 
 
Figura: 5 
 
O papel da supervisão escolar é promover e contribuir na formação continuada de 
professores. O qual as transformações científicas e tecnológicas levam a necessidade de 
discussão ética valorativa da sociedade apresentando para a escola a imensa tarefa de 
instrumentalizar os docentes e alunos para participar, das relações sociais e políticas. 
Para isso acontecer, é preciso ter um líder funcional, encarregado de motivar e desenvolver 
na pessoa do supervisor escolar grupos de lideranças que atuam, em clima de diálogo, 
para o crescimento profissional das pessoas envolvidas com o processo educacional da 
escola. 
O trabalho do supervisor escolar, é reconhecido como ação de suporte para o 
professor na prática, potencializaseu trabalho de forma a conectar-se efetivamente com o 
contexto escolar, aonde vem configurando-se historicamente como um desafio para os 
novos profissionais da educação em supervisão escolar. 
20 
 
 
Atualmente na confrontação com novos desafios postos, que pedem uma radical 
mudança nos conceitos de ensinar e aprender, do aprender a aprender, ou melhor, 
administrar a didática pedagógica da escola para atingir os objetivos propostos no Projeto 
Político Pedagógico, num mundo de mudanças, que precisa refletir sobre como se tem 
processado as iniciativas do supervisor escolar. 
Pensar na supervisão escolar é uma tarefa que merece ser vista e vivenciada por 
todos aqueles que têm compromisso na formação continuada de professores numa 
sociedade onde prevalece a exclusão e a falta de cidadania, e nesse contexto o papel do 
supervisor escolar é peça fundamental para promover e estimular o professor a participar 
de formação continuada na escola. Também precisa ser uma pessoa presente, atenta, 
participativa e motivadora no ambiente escolar. 
Entende-se que o supervisor escolar dentro da escola deve ser inovador, criativo, 
ousado e dinâmico além de buscar alternativas, caminhos e soluções para avançar, e um 
de seus grandes desafios é a formação continuada dos professores, e ainda precisa ter 
iniciativas e coragem, para solucionar, os problemas relacionados à autoconfiança da 
equipe. 
Também é atribuição do supervisor escolar a serenidade para promover a 
tranquilidade no ambiente de trabalho além do que, precisa construir uma prática 
pedagógica transformadora, humanista, libertadora, livre e justa, promovendo assim 
situações favoráveis ao desenvolvimento coletivo no ensino e aprendizagem no espaço 
escolar. 
 
 
4.1- Breve Histórico da supervisão Escolar 
 
 
 
No panorama histórico educacional, os jesuítas foram os primeiros a serem 
considerados como educadores, mas a educação não tinha um valor social importante, na 
verdade era uma arma de controle social, a tarefa educacional baseava-se na catequese e 
na instrução para os indígenas. 
Em 1549 começou-se a organizar as atividades educativas no Brasil, no plano de 
ensino enviado por Manuel da Nóbrega, a ideia de supervisão não se manifesta apesar da 
função da supervisão estar presente na escola. O plano de instrução estava fundamentado, 
21 
 
 
cuja ideia era formação do homem universal, humanista e cristão e nesse período, a 
educação era restrita aos filhos da elite (FERREIRA, 2008). 
A educação se preocupava com o ensino humanista de cultura geral, e alheio á 
realidade da vida de colônia, formas dogmáticas de pensamento contra o pensamento 
crítico maculavam a ação pedagógica dos jesuítas que privilegiavam a memorização e o 
raciocínio (FERREIRA, 2008). 
Assim, tornava-se impossível uma prática pedagógica que buscasse uma 
perspectiva transformadora na educação, para Libâneo (2002, p. 54) “É preciso construir 
uma pedagogia social de cunho crítico que suponha saber como consciência”. 
A ideia da Coordenação Pedagógica continuava presente, agora, englobada nos 
aspectos político-administrativos e também nos aspectos de direção, fiscalização, 
coordenação e orientação do ensino, na figura dos diretores de estudos. 
Com a Independência do Brasil, é formulada a primeira instrução pública 
(15/10/1827) que instituiu as escolas de primeiras letras baseadas no “Ensino Mútuo”, 
método que concentra no professor as funções de docência e coordenação, ou seja, instruir 
os monitores e coordenadores, as atividades de ensino e aprendizagem dos alunos 
(LIBÂNEO, 2002). 
 
 
O regulamento educacional do período imperial estabelecia que a função 
coordenadora devesse ser exercida por agentes específicos para a coordenação 
permanente, essa missão foi atribuída ao Inspetor Geral que supervisionava todas 
as escolas, colégios, casa de educação pública e privada (LIBÂNEO, 2002, p. 59). 
 
 
O inspetor geral ainda presidia exames de professores e lhes conferia o diploma, 
autorizava abertura de escolas privadas e revisava livros, o inspetor deveria ser um 
elemento de prestigio pessoal e ter conhecimento com pessoas importantes e com 
autoridades constituídas (LIBÂNEO, 2002). 
 
 
5. O PRINCÍPIO DAS ATRIBUIÇÕES DO SUPERVISOR ESCOLAR 
 
 
Com a discussão sobre a organização de um sistema nacional de educação, a ideia 
de supervisão, atualmente chamada por Coordenação Pedagógica, vai ganhando 
22 
 
 
contornos mais nítidos ao mesmo tempo em que as discussões objetivam começam abrir 
perspectivas para conferir a essa ideia o estatuto de verdade e prática (FERREIRA, 2008). 
A organização administrativa e pedagógica do sistema e a organização das escolas 
na forma de grupos escolares. No início do período Republicano, sob a influência do 
positivismo a reforma de Benjamim Constant é aprovada gerando suprimissão do ensino 
religioso nas escolas públicas e o estado passa assumir a educação. A visão burguesa é 
disseminada pela escola, visando garantir da burguesia industrial como classe dominante. 
Com extensão cafeeira o modelo econômico passa de agrário exportador para o modelo 
urbano comercial exportador (FERREIRA, 2008). 
 
A pedagogia tradicional se articula no Brasil com desenvolvimento das capacidades 
mentais, no treino do raciocínio, e da pedagogia renovada nos processos mentais de 
aprender, deixa marginalizados os alunos que não dispõem dos pré-requisitos 
culturais do saber (LIBÂNEO, 2002, p. 67). 
 
 
A pedagogia tradicional deu abertura e trouxe novos horizontes para reformas 
políticas e pedagógicas, para alterações as funções e as inter-relações entre supervisor, 
orientador, diretor e professor. A busca de solução conjunta dentro do contexto escolar deu 
aos supervisores uma autonomia, para implantar inovações em gestão de formação 
continuada. 
No entanto, faz-se necessário que a escola democrática, juntamente com o 
supervisor escolar busque mecanismo que contemplam as particularidades de seus 
professores em formação continuada, levando-os a reflexão de uma pedagógica de 
conteúdos críticos valorizando o multiculturalismo da sala de aula (GADOTTI, 2001). 
 
 
Dentre suas principais atribuições podemos citar: orientar, controlar, supervisionar, 
fiscalizar e inspecionar todo o processo educacional através de conferências, 
palestras visitas, acompanharem o desenvolvimento do currículo nos 
estabelecimentos, com objetivos de orientar pedagogicamente os professores mais 
jovens, buscando eficiência, introduzindo inovações, modernizando os métodos de 
ensino e promovendo um acompanhamento mais atento do currículo pleno nos 
estabelecimentos (FERREIRA, 2003, p. 32). 
 
 
Ainda sendo uma das atribuições do supervisor escolar, é assumir ações voltadas 
ao professor, preocupando-se pela melhoria do processo ensino aprendizagem dos alunos. 
Assim, Lück (2011, p. 21) reforça “A eficácia da ação do supervisor escolar torna-se, pois 
diretamente ligada a sua habilidade em promover mudanças de comportamento no 
professor”. No entanto a falta de uma assistência ao professor quanto ao seu desempenho 
23 
 
 
em sala de aula é considerada como uma das importantes causas de embaraço do 
processo educativo. 
Portanto, o desempenho do professor em termos de seus conhecimentos, atitudes 
e habilidades com relação ao ensino aprendizagem são cernes da melhoria da qualidade 
da educação e também pelo apoio e suporte que o supervisor lhe dá, auxiliando e mediando 
suas dificuldades encontradas no decorrer do trabalho pedagógico (LÜCK, 2011). 
Compreende-se que para chegar o apoio incondicional da supervisão escolar aos 
professores que atuam em sala de aula, foram através de muitos gargalos e conquistas, 
pois no início da sociedade primitiva a educação coincidia com a própria vida sendo, pois, 
uma ação desenvolvida pelos homens. 
No entanto, Ferreira (2003, p. 15) escreveu que “Com efeito, a ação educativa era 
exercidapelo ambiente, pelo meio, pelas relações e ações vitais desenvolvidas pela 
comunidade com a participação direta das novas gerações, as quais, por essa forma o 
educavam”. Neste período a função do supervisor não era apenas na escola, mas em 
propriedades públicas ou privadas e também no trabalho escravo. 
Às ideias liberais foram difundidas quando, no final do século XVIII, a burguesia 
lutava para arrancar o poder da nobreza feudal e do clero. Para tanto lançou mão de ideais 
humanistas, ou seja, a libertação, a igualdade, a fraternidade, no decorrer dessa luta pelo 
poder político e econômico, a ideia de poder basear-se na posição social cai por terra, pois 
agora cada cidadão tem o direito de adquirir prestigio e enriquecer por mérito próprio, 
assume então uma visão de homem e de mundo (LIBÂNEO, 2002). 
 
[...] a medida que a burguesia, inicialmente, pretendeu aplicar o princípio da 
educação como direito de todos e dever do estado, contribuiu para fazer 
avançar o processo da emancipação humana e, por isso cumpriu um papel 
revolucionário, histórico (LIBÂNEO, 2002, p.63). 
 
No decorrer dos avanços históricos e políticos, o processo educacional também foi 
avançando, possibilitando assim, mais funções ao supervisor escolar quanto a sua 
contribuição no processo de ensino aprendizagem por meio do trabalho em parceria com o 
professor. 
Pois a superação das novas atribuições ao supervisor escolar é um permanente 
desafio, pois em uma escola democrática compete ao supervisor criar condições para que 
os educadores possam rever suas práticas pedagógicas (ALVES, 2011). 
 
Na década de 80, a crise socioeconômica e a nova república, dão início a uma nova 
fase e a luta operária ganha força e os professores lutam pela reconquista do direito 
24 
 
 
de participar da definição da política educacional e da luta pela recuperação da 
escola pública (FERREIRA, 2003, p. 78). 
 
 
Após a década de 80, depois de muita luta, passando do regime militar, ocorreu a 
recuperação da escola pública, e contrapartida a promulgação da Lei de Diretrizes e Bases 
da Educação (LBD, 1996) do respaldo ao trabalho do profissional em supervisão escolar. 
Onde a escola como um sistema social, compõe-se de um conjunto de funções, mas todas 
inter-relacionadas e Inter influentes uma com as outras. 
 
 
A escola, na perspectiva de construção de cidadania, precisa assumir a valorização 
da cultura de sua própria comunidade e, ao mesmo tempo, buscar ultrapassar seus 
limites, propiciando às crianças pertencentes aos diferentes grupos sociais o acesso 
ao saber, tanto no que diz respeito aos conhecimentos socialmente relevantes da 
cultura brasileira no âmbito nacional e regional como no que faz parte do patrimônio 
universal da humanidade (BRASIL, 1997, p. 46). 
 
 
O mundo contemporâneo é marcado pela hegemonia do neoliberalismo acentuando-
se e ampliando-se as formas de exclusão social e cultural, a globalização reflete no âmbito 
educacional no que se refere a organização do trabalho pedagógico, delegando uma série 
de atribuições as escolas e aos coordenadores educacional e professores. 
O papel da coordenação pedagógica está enfocado para a formação do tecnólogo do 
ensino e no favorecimento e aprofundamento da perspectiva crítica, voltada para a 
educação e formação de coordenadores pedagógicos (FERREIRA, 2003). 
 
6. O SUPERVISOR COMO ARTICULADOR NA ESCOLA 
 
25 
 
 
 
Figura: 6 
 
É fundamental que o gestor coordenador pedagógico, seja articulador, e que tenha 
em suas práticas pedagógicas a avaliação institucional, o qual promove e ajuda na reflexão 
sobre aspectos nos quais é preciso melhorar e a encarar o erro como uma oportunidade de 
aprendizagem. 
 
Como a participação cabe à coordenação pedagógica procurar realizar a construção 
de propostas pedagógicas de forma mais participativa. Pois é possível realizar 
propostas de educação, concepção de planejamento, objetivos, conteúdos, 
metodologias, próprios e defendendo eles através da diretividade, ou seja, levar em 
consideração as posições dos outros, com respeito e determinação (ALMEIDA, 2001, 
p. 11). 
 
Estratégias complementares do trabalho da coordenação pedagógica é a 
qualificação do processo de ensino como forma de possibilitar a efetiva aprendizagem por 
parte de todos, então algumas práticas empíricas que objetivam renovar a prática educativa 
podem ser utilizada como reforço ao trabalho entre elas podemos citar a interação com os 
docentes, visão estratégica e atualizada e a redução do caráter burocrático ao mínimo 
(ALMEIDA, 2001). 
Segundo os Parâmetros Curriculares Nacionais (PCNs) Brasil (1997, p. 49) afirma 
que “A continua realização do trabalho possibilita o conhecimento das ações desenvolvidas, 
sendo base do diálogo e reflexão para toda a equipe”. Nesse processo evidencia-se a 
26 
 
 
necessidade da participação da comunidade, em especial dos pais, tomando conhecimento 
e interferindo nas propostas da escola. 
 
 
Alguns fatos do cotidiano do trabalho exigem da coordenação pedagógica um 
comportamento comprometido com resultados da escola com reflexão, criatividade e 
soluções, uma atitude de compreensão e respeito, descobrindo maneiras de 
despertar nos professores necessidades de comportamento diferentes na prática 
pedagógica do seu dia-a-dia, exige também a habilidade de diálogo (ALMEIDA, 2001, 
p. 15). 
 
 
A coordenação pedagógica precisa ser bem preparada e atualizada, dinâmica e 
preocupada com o destino do aluno, isso é responsabilidade da escola para com a 
comunidade, encarando seu trabalho como um assessoramento ao professor e a equipe 
escolar, envolvendo participação direta da construção coletiva da libertação humana e da 
escola, quando esta reconhece o seu papel como ator social e exerce a sua função política 
com consciência e comprometimento (BRASIL, 1997). 
Neste sentido, é importante o papel do gestor no processo de formação continuada 
de sua equipe, onde o mesmo é responsável por orientar e direcionar a equipe ao caminho 
da organização e de buscar novos conhecimentos, bem como compartilhar os mesmos. 
Com olhos para realidade de cada docente, incentivando todos a assumirem seu papel e 
estarem abertos a debates e até mesmo mudanças quando necessário (FUSARI, 2007). 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
27 
 
 
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