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APG 3

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APG 3 
Medula espinhal 
Objetivos 
• Anatofisiologia da medula espinhal 
• Vias sensitivas (aferente e eferente) 
• Autoreflexo 
Medula espinhal 
A medula espinhal é uma massa 
cilindroide, de tecido nervoso, situada 
dentro do canal vertebral, sem entretanto 
ocupá-lo completamente. 
A medula forma sendo ligeiramente 
achatada no sentido anteroposterior. Seu 
calibre não uniforme, pois apresenta duas 
dilatações denominadas intumescência 
cervical e intumescência lombar. Situadas 
nos níveis cervical e lombar. Estas 
intumescências correspondem às áreas 
em que fazem conexão com a medula as 
grossas raízes nervosas que formam os 
p l e x o s b r a q u i a l e l o m b o s s a c r a l . 
Destinadas à inervação dos membros 
superiores e inferiores, respectivamente. 
A formação destas intumescências se 
deve à maior quantidade de neurônios e, 
portanto, de fibras nervosas que entram 
ou saem destas áreas e que são 
necessárias para a inervação dos 
membros . 
Subdivide-se em: 
- Cervical (C1 a C7) 
- Torácica (T1 a T12) 
- Lombar (L1 a L5) 
- Sacra (S1 a S5) 
 de 1 6
 
Medula 
Cada região é subdividida em segmentos, 
e de cada segmento surge um par bilateral 
de nervos espinais. Pouco antes de um 
nervo espinal se juntar à medula espinal, 
ele divide-se em dois ramos, chamados de 
raízes: 
• Raiz dorsal (aferente): conduz a 
entrada de informação sensorial. Seus 
gânglios (dilatações encontradas na 
raiz dorsal antes de entrar na medula) 
contem os corpos celulares de 
neurônios sensoriais. 
• R a i z v e n t r a l ( e f e r e n t e ) : l e v a 
informações do SNC para os músculos 
e glândulas. 
Em uma secção transversal, a medula 
espinal tem um centro de substância 
cinzenta, em forma de borboleta ou da 
letra H, rodeado de substância branca. As 
fibras sensoriais da raiz dorsal fazem 
sinapse com Inter neurônios dos cornos 
dorsais da substância cinzenta. Os corpos 
celulares dos cornos dorsais estão 
organizados em dois núcleos distintos, um 
para informações somáticas, e o outro 
para informações viscerais. 
• Os tratos ascendentes conduzem 
in formações sensor ia is para o 
encéfalo. Eles ocupam as porções 
dorsal e lateral externa da medula 
espinal. 
• Os tratos descendentes conduzem 
pr incipalmente s inais eferentes 
(motores) do encéfalo para a medula. 
Eles ocupam as porções ventral e 
lateral interna da substância branca. 
 de 2 6
Nervos espinhais 
Nervos são cordões esbranquiçados 
constituídos por feixes de fibras nervosas, 
reforçadas por tecido conjuntivo, que 
unem o sistema nervoso central aos 
órgãos periféricos. Podem ser espinhais 
ou cranianos, conforme esta união se faça 
com a medula espinhal ou com o encéfalo. 
A função dos nervos é conduzir, através 
de suas fibras, impulsos nervosos do 
sistema nervoso central para a periferia 
(impulsos eferentes) e da periferia para o 
sistema nervoso central { impulsos 
aferentes). 
 
Curiosidade: Assim, quando um membro é 
amputado, os cotos nervosos irritados 
podem originar impulsos nervosos que são 
interpretados pelo cérebro como se 
fossem originados no membro retirado, 
resultando na chamada dor fantasma, pois 
o indivíduo sente dor em um membro que 
não existe. 
Percorrido por vascularização longitudinal; 
desprovido de sensibilidade (local, sente o 
estimulo no território sensitivo que ele 
inerva).Nos nervos, a condução dos 
impulsos nervosos sensi t ivos (ou 
a f e r e n t e s ) s e f a z a t r a v é s d o s 
prolongamentos periféricos dos neurônios 
sensitivos. 
Terminações nervosas 
Em suas extremidades periféricas, as 
fibras nervosas dos nervos modificam-se, 
dando origem a formações ora mais, ora 
menos complexas, as terminações 
nervosas. 
• TN sensitivas: quando o estimulo por 
acoes (calor, luz, mecânico) originam 
impulsos nervosos que seguem pela 
fibra em direção ao corpo neural. 
• TN motores: estão na porção terminal 
das fibras eferentes e são elementos 
pré-sinapticos das sinapses neuro 
e je to ras ( i ne rvam múscu los e 
glândulas). 
Receptores 
• Quimiorreceptores: são receptores 
sensíveis a estímulos químicos, como 
os da olfação e gustação e os 
receptores do corpo carotídeo capazes 
de detectar variações no teor do 
oxigênio circulante; 
• Osmorreceptores - receptores capazes 
de detectar variação de pressão 
osmótica; 
• Fotorreceptores - receptores sensíveis 
à luz, como os cones e bastonetes da 
retina; 
• Termo receptores: receptores capazes 
de detectar frio/calor. São terminações 
nervosas livres. Alguns se localizam no 
hipotálamo e detectam variações na 
t e m p e r a t u r a d o s a n g u e , 
desencadeando respostas para 
conservar ou dissipar calor; 
• Mecanorreceptores - são receptores 
sensíveis a estímulos mecânicos e 
constituem o grupo mais diversificado. 
Aqui situam-se os receptores de 
audição e de equilíbrio do ouvido 
interno; os receptores do seio 
carotídeo, sensíveis a mudanças na PA 
(barorreceptores); 
• Os proprioceptores localizam-se mais 
profundamente, situando-se músculos, 
tendões, l igamentos e cápsulas 
articulares. Os impulsos nervosos 
p o d e m s e r c o n s c i e n t e s e 
inconscientes. 
• Receptores somáticos (pele): A maioria 
deles é mecano ou quimiorreceptor. Se 
algo toca a pele, podemos perceber o 
local, a pressão, a textura, se um 
objeto é pontiagudo ou rombo, a 
duração prec isa do toque e o 
deslocamento do estímulo sobre a 
pele, mesmo na ausência da visão. Um 
único receptor pode codificar várias 
características do estímulo, como 
 de 3 6
intensidade, duração e posição. 
Autoreflexo 
O Reflexo Tendinoso 
evita uma Tensão Excessiva no Músculo. 
Quando os órgãos tendinosos de Golgi do 
tendão muscular são estimulados por 
a u m e n t o d a t e n s ã o n o m ú s c u l o 
relacionado, os sinais são transmitidos 
para a medula espinal, produzindo os 
efeitos reflexos no respectivo músculo. 
Esse reflexo é inteiramente inibitório. 
Assim, tal reflexo é mecanismo de 
respos ta nega t i va que impede o 
desenvolvimento de tensão excessiva do 
músculo. 
Quando a tensão no músculo e, portanto, 
do tendão fica extrema, o efeito inibitório 
do órgão tendinoso pode ser tão grande 
que leva à reação rápida na medula 
espinal, que causa o relaxamento 
instantâneo de todo o músculo. Esse 
efeito é chamado reação de alongamento; 
provavelmente, é mecanismo de proteção 
para prevenir o rompimento do músculo ou 
a separação do tendão de seus 
ligamentos ao osso. 
Ou seja, as fibras que exercem tensão 
excessiva são inibidas pelo reflexo, 
enquanto as que exercem muito pouca 
tensão ficam mais excitadas, devido à 
ausência da inibição reflexa. Esse 
fenômeno faz com que a carga do 
músculo se distribua por todas as fibras e 
previne a lesão em áreas isoladas do 
músculo, onde um número pequeno de 
fibras poderia ficar sobrecarregado. 
Reflexo flexor e reflexo de retirada 
é provocado mais fortemente pela 
estimulação das terminações para dor, tais 
como alfinetada, calor, ferimento e, por 
essa razão, ele é também chamado 
reflexo nociceptivo ou reflexo à dor. A 
estimulação dos receptores para o tato 
pode também provocar reflexo flexor mais 
fraco e menos prolongado. 
Se alguma parte do corpo, exceto os 
membros, é estimulada dolorosamente, 
essa parte de modo semelhante será 
afastada do estímulo, mas o reflexo pode 
não se restringir aos músculos flexores, 
embora seja basicamente o mesmo tipo 
de reflexo. Portanto, os vários padrões 
desses reflexos em diferentes áreas do 
corpo são chamados reflexos de retirada. 
• Mecanismo Neuronal do Reflexo 
Flexor: Nesse caso, estímulo doloroso 
foi aplicado na mão; como resultado, 
os músculos flexores do braço foram 
excitados, afastando assim a mão do 
estímulo doloroso. 
As vias que provocam o reflexo flexor não 
passam diretamente para os neurônios 
motores anteriores, mas primeiro passam 
pelo conjunto de interneurônios da medula 
espinal e apenas de forma secundária, 
para os neurônios motores. O circuito mais 
curto possível é a via detrês ou quatro 
neurônios; entretanto, a maioria dos sinais 
do reflexo trafega por muitos neurônios e 
envolve os seguintes tipos básicos de 
circuitos: 
1.circuitos divergentes para propagar o 
reflexo aos músculos necessários para a 
retirada; 
2.circuitos para a inibição dos músculos 
antagonistas, chamados circuitos de 
inibição recíproca; 
3.circuitos que promovem a pós-descarga, 
com duração de muitas frações de 
segundo, após o estimulo ter terminado. 
 de 4 6
A figura mostra miograma típico de um 
músculo flexor durante um reflexo flexor. O 
reflexo flexor aparece, em poucos 
milissegundos, após o nervo relacionado à 
dor ter sido estimulado. Então, nos 
próximos poucos segundos, o reflexo 
começa a entrar em fadiga, o que é 
característico de quase todos os reflexos 
integrativos complexos da medula espinal. 
Finalmente, após o estímulo ter terminado, 
a contração do músculo retorna ao nível 
basal; mas, devido à pós-descarga, essa 
contração leva muitos milissegundos para 
que ocorra. A duração da pós-descarga 
depende da intensidade do estímulo 
sensorial que provocou o reflexo; estímulo 
tátil fraco quase não provoca pós-
descarga, enquanto o estímulo doloroso 
forte provoca pós-descarga que pode 
durar por 1 segundo ou mais. 
A pós-descarga, que ocorre no reflexo 
flexor resulta, quase certamente, de 
ambos os tipos de circuitos de descargas 
repetitivas. Estudos eletrofisiológicos 
indicam que a pós-descarga imediata, com 
a duração de 6 a 8 milissegundos, é 
resultado do disparo repetitivo dos 
interneurônios excitados. A pós-descarga 
que ocorre, após estímulo doloroso forte 
também é quase um resultado de vias 
recorrentes que iniciam a oscilação nos 
circuitos de interneurônios reverberantes. 
Esses, por sua vez, transmitem impulsos 
para os neurônios motores anteriores, 
algumas vezes, por vários segundos, após 
o sinal sensorial ter terminado. 
Assim, o reflexo flexor é organizado 
apropriadamente para retirar (afastar) a 
parte do corpo irritada ou dolorida pelo 
estímulo. Além disso, devido à pós- 
descarga, o reflexo pode manter a parte 
irritada distante do estímulo por 0,1 a 3 
segundos, após a irritação ter terminado. 
Durante esse tempo, outros reflexos e 
ações do sistema nervoso central podem 
mover todo o corpo para longe do estímulo 
doloroso. 
Reflexo extensor cruzado 
Aproximadamente, 0,2 a 0,5 segundo 
após o estímulo provocar reflexo flexor no 
membro, o membro oposto começa a se 
estender. A extensão do membro oposto 
pode empurrar todo o corpo para longe do 
objeto, que causa o estímulo doloroso no 
membro retirado. 
Mecanismo Neuronal do Reflexo Extensor 
Cruzado: A parte direita da Figura 1 
mostra o circuito neuronal responsável 
p e l o r e f l e x o e x t e n s o r c r u z a d o , 
demonstrando que os sinais dos nervos 
sensoriais cruzam para o lado oposto da 
medula espinal para excitar os músculos 
extensores. Uma vez que o reflexo 
extensor cruzado geralmente não se inicia 
antes de 200 a 500 milissegundos, após o 
início do estímulo doloroso inicial, 
certamente, muitos interneurônios estão 
envolvidos no circuito, entre os neurônios 
sensoriais aferentes e os neurônios 
motores do lado oposto da medula, 
responsáveis pela extensão cruzada. Após 
a remoção do estímulo doloroso, o reflexo 
extensor cruzado tem período mais longo 
de pós-descarga do que o reflexo flexor. 
Novamente, presume-se que essa pós-
descarga prolongada seja o resultado de 
c i r c u i t o s r e v e r b e r a n t e s e n t r e 
interneurônios. 
 de 5 6
A Figura mostra miograma típico, 
registrado de músculo envolvido no reflexo 
extensor cruzado. Isso demonstra a 
latência, relativamente longa, antes de o 
reflexo se iniciar e a longa pós-descarga 
ao final do estímulo. A pós-descarga 
prolongada auxilia na manutenção da área 
dolorida do corpo afastada do objeto que 
causou a dor, até que outras reações do 
sistema nervoso afastem todo o corpo do 
estímulo. 
Reflexos posturais e locomotores 
Reflexos Espinais de “Endireitamento”. 
Quando o animal espinal é deitado sobre 
um dos lados do corpo, ele fará 
movimentos não coordenados, tentando 
assumir a postura em pé. Tal reflexo 
d e m o n s t r a q u e a l g u n s r e f l e x o s 
relativamente complexos associados à 
postura são integrados na medula espinal. 
De fato, animal com a medula torácica 
transeccionada e bem cicatrizada, entre os 
níveis que dão origem à inervação dos 
membros anteriores e a dos membros 
posteriores, se pode ficar de pé, da 
posição deitada, e pode mesmo andar 
usando tanto suas patas posteriores 
quanto as anteriores. 
Movimentos de passos de marcha 
Movimentos de Passo Rítmicos de um Só 
Membro. Movimentos de passos rítmicos 
são observados frequentemente nos 
membros de animais espinais. De fato, 
mesmo quando a porção lombar da 
medula espinal é separada do restante da 
medula e a secção longitudinal central é 
feita abaixo, para bloquear as conexões 
neuronais, entre os dois lados da medula 
e entre os dois membros, cada membro 
inferior ainda pode realizar funções de 
marcha individuais. 
A flexão para a frente do membro é 
seguida, em aprox imadamente, 1 
segundo, por extensão para trás. Então, 
ocorre nova flexão, e o ciclo é repetido 
muitas vezes. 
Essa oscilação para trás e para frente, 
entre os músculos flexores e extensores, 
pode ocorrer mesmo após os nervos 
sensoriais terem sido cortados, e isso 
parece resultar em especial dos circuitos 
de inibição mutuamente recíprocos, dentro 
da matriz da medula espinal, oscilando 
entre os neurônios que controlam os 
músculos agonistas e os antagonistas. 
Os sinais sensoriais dos coxins plantares 
e dos sensores de posição, em torno das 
articulações, têm papel importante no 
controle da pressão do pé e na frequência 
da marcha, quando é permitido que o pé 
ande sobre uma superfície. Realmente, o 
mecanismo espinal para o controle da 
marcha pode ser mesmo mais complexo. 
Por exemplo, se o topo do pé encontra 
obstrução, durante impulso para a frente, 
este será interrompido por certo tempo; 
então, em rápida sequência, o pé será 
erguido mais alto e seguirá para a frente, 
de modo a ser colocado sobre a 
obstrução. Esse é o reflexo de tropeço. 
Assim, a medula espinal é o controlador 
inteligente do andar. 
 de 6 6

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