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Alterações Pós-Mortais - Patologia Geral

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Alterações Pós-Mortais 
→ Relação morte x tempo transcorrido. 
1) Rigor Mortis: 
→ Contração muscular após a morte (enrijecimento do cadáver) → é temporário. 
→ Varia por ambiente e tempo de morte (surge em torno de algumas horas e depois o rigor passa → quanto mais 
rápido inicia, mais curto será). 
→ Fatores que aceleram o rigor mortis: calor elevado, febre e atividade física/estresse (uso intenso da musculatura 
antes de ocorrer a morte, sendo associado com o uso de lactato). 
2) Algor Mortis: 
→ Resfriador gradual do cadáver. 
→ Quanto mais lento para esfriar um cadáver, mais autólises irão ocorrer. Por isso, utiliza-se câmaras de refrigeração 
para retardar (não impedir) a autólise. Não usa-se congelamento, visto que esse último também impacta a necrópsia. 
Resfriamento rápido/súbito → menos alterações pós-mortais que poderiam atrapalhar no laudo. 
→ Fatores que influenciam a temperatura corporal no momento da morte: 
▪ Febre. 
▪ Massa corpórea. 
▪ Isolamento térmico da carcaça (gordura, pelos, lã). 
▪ Temperatura ambiental. 
▪ Deslocamento de ar. 
Maior preservação do cadáver → dispersão mais rápida de calor (menos pelos, menos gordura, etc). 
3) Livor Mortis: 
→ Sinônimo: congestão hipostática/hipóstase. 
→ Deslocamento gravitacional do sangue para o lado do animal que está virado para baixo. 
→ Quando o animal está com o lado virado para cima mais escuro, possivelmente é lesão, visto que o Livor deixa o 
local de cima clarificado em detrimento ao restante do corpo que está virado para baixo (mais escuro pelo acúmulo 
de sangue por gravidade). 
 
4) Embebição hemoglobínica: 
→ Resulta da liberação da hemoglobina após a lise pós-mortal dos eritrócitos → os tecidos ficam difusamente tingidos 
de vermelho → complicações para necrópsia. Ex.: “enterite hemorrágica ou mancha por embebição hemoglobínica?”. 
→ Alguns fatores que ajudam na diferenciação é o tempo da morte e coloração da gordura em vermelho (embebição). 
 
5) Embebição Biliar: 
→ A bile atravessa a parede da vesícula biliar (muito fina) e tinge tecidos adjacentes (fígado, intestino). 
6) Pseudomelanose: 
→ Alteração da cor dos tecidos, tornando-se esverdeados, azul-esverdeados ou enegrecidos. 
→ Em carcaças entrando em putrefação (estado mais avançado pós-mortal). 
→ O local mais propenso é o intestino, pois concentra grandes quantidades de bactérias e, a partir daí, espalha-se pela 
corrente sanguínea e atinge os demais órgãos com a pseudomelanose. Assim, quanto mais próximo ao intestino, pior 
fica a aparência do órgão. 
Sulfeto de hidrogênio (bactérias de putrefação) + ferro da hemoglobina (lise de eritrócitos) → sulfeto ferroso 
7) Amolecimento dos tecidos: 
→ resultante da autólise das células e do tecido conjuntivo, auxiliado pela putrefação bacteriana. 
 
8) Formação de gás e deslocamento de órgãos: 
→ Resulta na formação de gás bacteriano no lúmen dos órgãos do TGI após a morte. 
→ Prolapso retal pós-mortal é uma consequência da pressão dos gases intestinais. 
→ Enfisema pós-mortal em órgãos parenquimatosos: “bolha” se formando significa que a putrefação já está avançada, 
levando a um laudo de “autólise difusa acentuada”, posto que não se consegue analisar nada nesse local. 
 
9) Coagulação Pós-Mortal: 
→ Coágulos maiores no ventrículo direito (parede mais fina e maior presença de sangue) do que no esquerdo (menos 
sangue pois é o lado que impulsiona sangue ao corpo). 
▪ Coágulos cruóricos: vermelho alterado, muito intenso. 
▪ Coágulos lardáceos: separação das hemácias do restante do plasma, deixando-os esbranquiçados (lembra cor 
de gordura, por isso “lardáceos”). 
→ Deve-se diferenciar coágulos (destacados/arrancados facilmente) de tromboses (coágulos bem fixados a parede do 
vaso e que não podem ser retirados facilmente).

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