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AFECÇÕES DA CAVIDADE ORAL Primeiro fazemos a identificação da idade do animal. Pode-se ser realizada através da avaliação da troca de dentes do animal, onde podemos observar uma padrão de 8 meses ( nas raças zebuinas) e 9 meses nas raças europeias) - o dentes permanentes são maiores, triangulares e menos claros que os temporários FLUOROSE Ingestão cronica de 1-2mg/kg/ dia de flúor Suplementos fosfóricos Fosfatos de rocha não defluoronizados Raríssimo Dentes enegrecidos e escuros Diagnóstico diferencial: pastos ricos em solos arenosos e pastagens desgastadas, dieta pobre em fibra , periodontite ESTOMATITES Etiologia: Agentes físicos: Traumatismo,Lesões por corpo estranho Agentes químicos: Drogas irritantes, Repelentes Agentes infecciosos: Vírus (IBR, DBV, FCM, Estomatite Vesicular) Estomatite micótica (Candida albicans) Necrobacilose oral (Fusobacterium necrophorum) Fatores de virulência: Leucotoxinas, endotoxinas, hemolisinas, hemaglutininas, adesinas.- causam lesão tecidual permitindo que os agentes infecciosos tenham acesso a tecidos profundos Doenças periodontais Processos infecciosos multifatoriais causados por complexos microorganismos ● Bacteropides melaninogenicus ● truepella pyogenes ● Prevotella spp ● Fusobacterium nucleatum ● Fusabacterium necrophorum ● Parphyromonas spp Sinais clínicos: Alterações gengivais, dor , estomatite necrosante, alterações no periodonto, no sulco gengival e reabsorção óssea e perda de dente Sinais clínicos: ▪Anorexia parcial ou total; ▪mastigação lenta e dolorosa, ▪ ptialismo, Um animal adulto produz 160-190 litros por dia a depender do tipo de alimentação É importante pelo tampão bicarbonato/ tampão fosfato ▪linfonodos Tipos de lesões: •Vesiculares: Paredes finas, com 1-2 cm de Ø, líquido seroso. Face interna dos lábios, porção lateral e ventral da língua. •Erosivas: Lesões rasas; na língua •Ulcerativas: Lesões mais profundas. •Necróticas: Úlceras com material necrótico. •Micóticas: Depósito aveludado, branco e espesso, com inflamação na gengiva e língua. NECROBACILOSE •Bezerros em condições precárias de higiene •Injúrias na cavidade bucal •Estomatite necrótica: Temp: 39,5-40 ºC; anorexia; respiração fétida; ptialismo; úlceras bochechas e língua com material necrótico. •Respiração fétida processo infeccioso e agudo • Linfonodo submandibular aumentado. Diagnóstico diferencial: • Actinobacilose, abscessos faríngeos com dispnéia inspiratória. é um quadro toxêmico que pode levar o animal ao óbito Tratamento: Isolar os doentes Alimentação : Pastagem verde Forragens finamente moída Concentrado diluído em água Alimentação líquida (sonda esofágica) •Uso de anti-sépticos suaves ( 2 a 3 vezes ao dia) : Vinagre a 5% Água oxigenada (0,5-3%) Permanganato de potássio (0,1-1,0%) Sulfato de cobre 2% Bicarbonato de sódio 5% Iodopovidene Iodo-glicerina (1:10) Tintura de iodo diluída (1:3) • AIN’s - bezerros até 3 dias; adultos 5 dias • Antibioticoterapia ( Fazer cultura microbiana) • Penicilina 30.000 UI/kg • Sulfonamidas 150 mg/ kg p.v. (excreção rápida) 30 mg/ kg p.v. (excreção lenta) - cuidado com animais desidratado - leva a lesão renal LACERAÇÕES E ABSCESSO DE FARINGE Injúrias oral •Disparadores “Balling guns”, •Bolus, •Espéculo •Alimentos grosseiros ou fibrosos •Sonda esofágica •Instrumentos para “Drench” Sintomas •Inapetência ou anorexia •Relutância ou incapacidade de engolir •Ptialismo •Dispnéia inspiratória •Odor necrótico no ar expirado •Lesão de nervo vago •Timpanismo •Morte Diagnóstico • Inspeção ( lanrigoscópio) e palpação da faringe ( avaliar conteúdo na luva) • Espéculo • Endoscopia • Ultrassonografia • Radiografia localização do abscesso ou corpo estranho Prognóstico: Reservado Tratamento • ATB ( antibiótico) Cftiofur (1,1 a 2,2 mg/kg b.i.d.) Tetraciclina (12 mg/kg b.i.d.) Ampicilina (6,6 a 11 mg/kg b.i.d.) • Analgésicos Flunixina meglumina (1,1 a 2,2 mg/kg b.i.d.) Cetoprofeno (3 mg/kg s.i.d.) Acido Acetilsalicilico ( 100mg/kg b.i.d - vo) • Terapia de suporte ACTINOMICOSE Osteomielite granulomatosa dos ossos da mandíbula/ maxila. Etiologia: Actinomyces bovis – Gram-positivo, cocobacilo ou bacilos filamentosos - parte da microbiota da boca nos ruminantes e trato digestivo. Afeta principalmente bovinos Erupção dos dentes molares ou injúria bucal traumática Sinais Clínicos: Inicia-se: Tumefação óssea indolor da mandíbula ou maxila - inicialmente indolor, depois leva a formação de fístulas contaminado o ambiente Lesões de consistência dura, imóvel e dolorosa em estágios avançados. Deformidade física e disfagia Ocorre fistulação com corrimento purulento em pequenas quantidades. Emagrecimento progressivo LINFONODOS REGIONAIS NÃO SÃO AFETADOS Diagnóstico: Esfregaços do pus – corado pelo GRAM (filamentos GRAM +) Exsudato com pequenas partículas branco- amarelados com 1 mm Ø. Grânulos sulfurados aglomerado de bactéria Anamnese e exame radiográfico Diferenciar: fratura, abscessos de raízes dentárias, neoplasias. Tratamentos semelhante ao actinobacilose ACTINOBACILOSE (LIBGUA DE PAU) Etiologia: Actinobacillus lignieressi (Gram negativa aeróbica) Habitante normal da flora oral e ruminal Infecção via lesões na mucosa ruminal Lesões esôfago, goteira esofágica, cárdia, rúmen e retículo Forma cutânea – rara Sinais clínicos: • Início: Agudo – ptialismo, anorexia, disfagia. • Língua pode estar para fora da Boca. • Língua edemaciada e endurecida, principalmente na base. torum lingual • Nódulos podem ser palpados e pode haver úlceras. • Linfonodos retrofaríngeos e submandibulares aumentados LINFONODOS REGIONAIS SÃO AFETADOS ( Diferente da actinomicose) Tratamento: Iodeto de sódio 10-20%: 50-70 mg/ kg p.v. (IV). Intervalo de 7-10 dias (2-3 semanas) entre aplicações Intoxicação (iodismo): lacrimejamento, anorexia, tosse, corrimento nasal, descamação cutânea, diarréia e morte. Iodeto pode causar aborto - cuidado com gestantes palatabilidade baixa Iodetos orgânicos: 60 -100 mg/kg p.v. (VO) diariamente/ semanas. Iodeto + ATB: •ATB: oxitetraciclina – 20 mg/kg p.v. • Estreptomicina – 5 mg/kg p.v. 12/12 horas •Isoniazida : 10 – 20 mg/kg p.v. – 30 dias (VO). •Presença de fístula: cirurgia com curetagem profunda + iodo OBSTRUÇÃO ESOFAGICA Etiologia: •Ingestão de corpo estranho ( manga, laranja, …) •Abscesso cervical ou mediastínico ( aumento do mediastino causado por uma pneumonia mal tratada) •Tuberculose, leucose, papilomatose •Carcinomas (Pteridium aquilimum) •Parasita Hypoderma lineatum – migração da larva Três regiões comumente afetadas: Segmento cervical > Segmento esofágico >Segmento torácico . Obstrução parcial ou total. FAZER PALPAÇÃO INIRETA PARA AUXILIAR NO DIAGNÓSTICO Sinais Clínicos: Agudo: •Anorexia repentina, •Disfagia, ansiedade, •Tentativa para deglutir ou remastigar, •Movimentos de mastigação contínua •Tosse, •Timpanismo •Dificuldade/ parada respiratória. Patologia Clínica: •Desidratação •Acidose metabólica (o excesso de salivação vai gerar perda de bicarbonato e assim perda de base, gerando acidose) Diagnóstico: •Palpação externa do esôfago •Palpação da faringe •Sonda esofágica Diferencial: •Raiva, botulismo, •Indigestões, •Trauma faringiano. Tratamento: •Controlar o timpanismo. •Sulfato de atropina 16-32 mg via SC ( para reduzir a salivação) •Sedação do animal: Acepromazina 0,2-0,5 mg/kg depeso vivo (PV), IM - IV. Xilazina 0,05 mg/kg – PV, IM - IV •Trocaterização do rúmen mantendo a cânula no local/ Sonda gástrica •Passagem de sonda nasogástrica / Thygesen (“sonda pescadora”). •Obstrução alta: retirada manual – via oral. Cuidados posteriores: •AINE’S •Forragens macias e baixas concentrado. •Drenagem de abscessos, •Retiradas de tumores e material obstrutivo. ECTIMA CONTAGIOSO DOS OVINOS (BOQUEIRA) Gênero Parapoxvirus Poxvirus de ovinos e caprinos. Obs. Humanos, Bovinsos e cães Afeta animais com 3-4 meses de idade. Morbidade 100% Lesões múltiplas e ocorre mais nos lábios. Eritema associado com formação de pápulas - Vesículas - pústulas - formação de crosta em poucos dias. Feridas são incrustações redondas a irregulares, firmes e elevadas. Lesões na junção mucocutânea da cavidade oral •Comissuras labiais Disseminar fossas nasais e ao redor dos olhos Casos graves: gengiva, palato, língua, vulva, prepúcio e membros. Vias de eliminação: exsudato das pústulas, vesículas e crostas secas é uma zoonose ● Opção de tratamento: terapia fotodinâmica ( PDTa) A PFTa é uma alternativa terapêutica aos tratamentos convencionais para as lesões infectadas, evitando o uso de antibióticos e impedindo o desenvolvimento de resistência bacteriana
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