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Neosporose em Bovinos e Cães

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EPIDEMIOLOGIA
MORFOLOGIA
NEOSPOROSE - NEOSPORA
Hemoparas i toses
Doença parasitária de grande importância
econômica por afetar bovinos, tem distribuição
mundial, em muitos países e a maior causa de
aborto em bovinos. Não há relato da doença
em humanos. Acomete principalmente cães e
bovinos e ocasionalmente coiotes, ovinos,
caprinos, equinos, gatos, carvídeos, bubalinos já
tendo sido descrito anticorpos contra neospora
em raposas, camelos e felinos.
Em rebanhos bovinos ocorre de duas formas,
surtos epidêmicos e a forma endêmica que
pode permanecer no rebanho e ser reativado.
Surtos epidêmicos possuem alto percentual do
rebanho abortando em um curto espaço de
tempo (mais de 30%), a contaminação se dá
pela ingestão de alimentos e/ou água
contaminada com oocistos de cães infectados.
Após o surto os animais estão cronicamente
infectados, em rebanhos que já foram
contaminados havendo aborto endêmico. Nas
fêmeas há alteração hormonal e da imunidade
reativando a neospora levando a abortos ou
nascimento de filhotes contaminados, os cistos
podem ficar no músculo e o humano pode se
contaminar ingerindo a carne. Forma
endêmica é consequência da transmissão
vertical com as taxas de aborto anuais
superiores a 5% ocorrendo em qualquer época
do ano, geralmente ocorrem em rebanhos
cronicamente infectados pela reativação da
doença durante a prenhez.
Taquizoítos- Medem de 3 a 7 x 1 a 5
micometros, o formato é de lua crescente ,
globosos e por serem intracelulares se
multiplicam rapidamente, infectando
macrófagos, neurônios, fibroblastos,
endotélio vascular, miócitos, células
tubulares renais, hepatócitos e trofoblastos
(placenta). Representam a fase aguda da
doença, ativa multiplicação que dissemina a
doença, vindo do intestino pela circulação e
infectando outros tecidos.
São protistas parasitas que colonizam o
intestino delgado de vertebrados. Os cistos são
infectantes mas resistem ao ambiente, ficam
mais de 8 meses na água a 8ºC e 1 mês a 21ºC,
resistem à solução clorada.
Seus hospedeiros são humanos, bovinos,
ovinos, caprinos, suínos, cães e gatos, frequente
em animais jovens.
Bradizoítos-Forma também intracelular de
multiplicação lenta que representa a fase
crônica, medem de 6 a 8x 1 a 8 micrometros,
são delgados com núcleo terminal ou sub-
terminal.
Cistos- Medem até 107 micrometros contendo
centenas de bradizoítos, representa a forma de
resistência no organismo, são redondos ou
ovais envoltos por membrana lisa de 1 a 4
micrometros e não possuem septos sendo
encontrados principalmente no SNC e tecido
muscular.
MARIA BARROS
CICLO BIOLÓGICO
TRANSMISSÃO
NEOSPOROSE - NEOSPORA
Hemoparas i toses
Já no ciclo extraintestinal os taquizoítos vão para
a circulação sanguínea invadindo as células do
SNC, macrófagos, células do endotelio vascular,
células musculares e placenta. Os taquizoítos se
multiplicam formando os bradizoítos no interior
do cisto. Na fase aguda a multiplicação de
taquizoítos é ativa e depois passa para a fase
crônica onde os cistos teciduais são formados
(infeccção latente), hospedeiro definitivo ingere
os cistos.
Ciclo de vida heteroxeno, os hospedeiros
intermediários são os bovinos, ovinos, caprinos,
equinos, gatos, cervídeos e bubalinos sendo a
reprodução assexuada (taquizoítos e
bradizoítos) já os hospedeiros definitivos são os
cães, coiote e lobo cinzento havendo
reprodução assexuada e sexuada que depois
elimina oocistos para o meio ambiente.
Reprodução assexuada- (ciclo enteroepitelial)
Começa pela ingestão de cistos que se
multiplicam de forma endógena nas células do
epitélio do intestino delgado do cão que é o
hospedeiro definitivo, a reprodução é sexuada,
há a eliminação de oocistos para as fezes indo p
o ambiente e ai o hospedeiro intermediário
ingere os oocistos. 
Reprodução assexuada- Começa pela ingestão
dos oocistos esporulados e que após ingeridos,
esporozoítos são liberados no lúmen intestinal,
eles invadem as células intestinais
multiplicando-se dentro de vacúolos
parasitóforos, taquizoítos são formados.
Vertical- Placentária: Principal forma de
disseminação do Neospora Caninum em bovinos,
mantendo a infecção por várias gestações, ocorre
também em ovinos, caprinos, felinos e macacos.
Mais de 90% dos bezerros que nascem de vacas
infectadas apresentam o parasita.Vacas mais
jovens possuem maior índice de transmissão
vertical, vacas assintomáticas podem transmitam
por sucessivas gestações, a imunidade é
insuficiente para prevenir re-infecções ou
reativação da doença.
Transmissão lactogênica: é possível mas sem
importância epidemiológica.
Bovino para bovino não há transmissão
horizontal. A transmissão pode ocorrer de duas
formas, exógena que se dá pela ingestão de
oocistos e a endógena que se dá pela reativação
da infecção. A reativação quando ocorre no ínicio
da prenhez mas a resposta imune é eficiente,
quando ocorre no meio da gestação há
diminuição da eficiência da resposta imune.
A infecção não precisa ocorrer durante a prenhez
para acometer o feto,. Matrizes podem apresentar
abortos em várias gestações.
Horizontal- Herbívoros se contaminam com a
ingestão de água ou alimentos contaminados
com oocistos liberados pelos cães enquanto os
cães pela ingestão de alimento de origem bovina
contaminado como fetos, membranas fetais e
fluídos contendo oocistos. Em propriedades rurais
há maior incidência, o convívio de cães com
bovinos aumenta a prevalência de soropositivos
em ambas as espécies.
Oocistos- Possuem de 10-11 micrometros de
diâmetro, esporulam no ambiente em 24-72
horas mas precisam de umidade, contém 2
esporocistos com 4 esporozoítos em cada
esporocisto.
MARIA BARROS
PATOGENIA
DIAGNÓSTICO
SINAIS CLÍNICOS
NEOSPOROSE - NEOSPORA
Hemoparas i toses
Bezerros- membros anteriores e/ou posteriores
flexionados ou hiperestendidos com aparência
assimétrica dos olhos.
Caninos- Doença neuromuscular, inicialmente
paresia de posteriores que evolui para paralisia,
hiperextensão dos membros, paralisia
muscular, flacidez e atrofia muscular,
dificuldade de deglutição, convulsões,
incontinência urinária e fecal e insuficiência
cardíaca. Nos cães o quadro muscular pode ser
polirradiculoneurite ou miosite. A 
Doença neuromuscular: ocorre a multiplicação
ativa de taquizoítos que causam lesões
necróticas e morte celular de células nervosas,
nervos craniais e epinais reduzindo a
condutividade das células parasitadas que gera
paralisia do neurõnio motor.
Abortamento: ocorre a redução do interferon
gama, com isso os cistos são reativados e
liberados como bradizoítos nos tecidos, eles se
multiplicam na placenta, lesionando-a, o feto se
infecta devido a nutrição e oxigenação
insuficientes levando ao aborto. 
Ocorre a infiltração multifocais de células
mononucleares no cérebro, medula óssea,
coração e músculos esqueléticos. Em bezerros
há lesão microscópica caracterizada em
encefalomielite multifocal,
polirradiculoneurite é imunomediada que afeta
principalmente os axônios e/ou a mielina nas
raízes nervosas ventrais dos nervos espinhais
causando a paraparesia de nervos motores
levando a uma tetraparesia ou tetraplegia. A
imunidade humoral e celular contra agentes
infecciosos presentes no sistema nervoso acaba
causando lesões secundárias axonal ou da
mielina que vai levar a uma degeneração axonal e
desmielinização e/ou acúmulo de infiltrado
inflamatório
Métodos diretos- exame coproparasitológico mas
não adianta fazer nos bovinos porque o ciclo
instestinal não ocorre neles e imunoistoquímica.
Métodos indiretos- reação de imunofluorescência
indireta, neospora agglutination (NAT) e ensaio
imunoenzimático (ELISA).
TRATAMENTO
Na neosporose bovina não há tratamento só
prevençaõ, se retira a fêmea da reprodução.
Na neosporose canina é indicado a
adiministração de 10mg/Kg 2x dia por 2
semanas de clindamicina.
CONTROLE
Evitar alimentar cães domésticos com carnes
cruas, enterrar ou cremar os abortos de
oocistos para proteger os alimentos dos
herbívoros, matriz infectada deve ser
eliminada, na transferência de embrião as
doadoras podem ser positivas ou negativas
mas as receptoras sempre negativaspois a
recepção ocorre durante a prenhez e a
inseminação artificial ajuda no controle.
PREVENÇÃO
Vacinação com Bovilis neoguard- intervet. Uma
vacina inativada, usada em bovinos que
contém taquizoítos de N. caninum inativados e
é eficaz na redução do índice geral de
abortamentos em bovinos. MARIA BARROS

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