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TEMA DE AULA: PESQUISA E CARACTERIZAÇÃO DAS CUMARINAS: LAB-PAP-1290 As cumarinas são heterosídeos que apresentam diversas propriedades, dentre elas a do dicumarol que é anticoagulante, a dos furano-derivados com ação sobre o vitiligo, entre outras propriedades. As cumarinas puras são fluorescentes, mas em meio alcalino, forma-se o ácido cis-o-hidroxicinâmico que sob a ação da radiação ultravioleta origina o isômero trans, que é fluoerescente (sob a ação da radiação ultravioleta possuem em geral fluorescência azul e alguns derivados já à luz natural; em meio alcalino torna-se verde ou desaparece). Caracterização das cumarinas • Aquecer em chapa-quente, durante cerca de 10 min, o pó da droga vegetal em uma câmara de microssublimação (o sublimado apresenta-se sob a forma de gotas incolores ou cristais aciculares). • Dissolver o sublimado obtido com 0,5 ml de metanol. • Lançar cinco gotas, concentrando-se num único ponto, de modo a obter duas manchas de 1 cm de diâmetro em uma folha de papel filtro e seque- a; junte depois de seco, uma gota de solução alcoólica de hidróxido de potássio ou sódio 10% e seca-la. • Cobrir uma das manchas com papel preto e exponha-las às radiações ultravioletas (lâmpada UV com λ de 254 a 366 nm); a mancha exposta adquire, pouco a pouco, fluorescência verde, já aparente ao final do primeiro minuto. Descubra depois a outra e verifique que, de início, esta não possui fluorescência, mas também adquire por idêntica exposição às radiações ultravioleta. REAÇÃO POSITIVA: Fluorescência azul-esverdeada. Drogas vegetais: Dipterux adorata (fruto): Cumaru, e Mikania guaco (folhas): Guaco As cumarinas compreendem uma importante classe de metabólitos secundários amplamente distribuídos no reino vegetal, sendo encontradas em diversas partes de plantas, tanto em raízes como em flores e frutos. Diferentes espécies vegetais com hábitos bastante diversificados são capazes de biossintetizar cumarinas, como árvores, arbustos e ervas.3 Um número superior a 1300 cumarinas foram identificadas de fontes naturais, especialmente de plantas verdes. Porém, a biossíntese de cumarinas, cuja principal rota é a do ácido chiquímico, não está restrita apenas a plantas, pois algumas espécies de fungos (Armillariella tabescens, Fomitopsis officinalis) e bactérias (Streptomyces niveus, Escherichia coli) são capazes de biossintetizar cumarinas. As cumarinas possuem um importante efeito na fisiologia das plantas, atuando como antioxidante e inibidor enzimático. Essa classe de substâncias está envolvida no controle do crescimento das plantas, na respiração, fotossíntese e na defesa contra infecções.1 A variedade de propriedades biológicas reportada para as cumarinas contribuiu para o aumento do seu interesse no desenvolvimento da síntese orgânica, possibilitando a obtenção dos compostos conhecidos em maior escala e obtenção de novos derivados com aplicações biológicas e industriais. A história da síntese de cumarinas começou em meados do século XIX com a descoberta da síntese de Perkin, seguida de outras metodologias clássicas para obtenção destes compostos como as reações de Pechmann e Knoevenagel. As cumarinas podem apresentar grande contribuição na pesquisa para prevenção e tratamento de doenças devido à capacidade de exercer interações não covalentes com estruturas proteicas, possuindo um amplo espectro de atividades biológicas. De fato as cumarinas têm sido amplamente investigadas como compostos bioativos ao longo dos anos. Como exemplo podemos destacar a varfarina, fármaco utilizado desde a década de 50 e, registrado pela ANVISA e FDA como agente anticoagulante para o tratamento e prevenção de doenças tromboembólicas. O gênero Mikania é composto por aproximadamente 450 espécies, sendo que destas, aproximadamente 150 são encontradas no Brasil. Dentro do gênero, encontra-se Mikania glomerata Spreng., espécie medicinal utilizada há muitos séculos na medicina popular para a produção de medicamentos destinados ao tratamento de tosses e problemas respiratórios, sendo suas características medicinais relacionadas à presença no vegetal das cumarinas. MICROSSUBLIMAÇÃO DE PRINCÍPIOS ATIVOS Este método é um teste qualitativo pré-analítico, que se baseia no ponto triplo de cada substância, ou seja, ponto onde coexistem os três estados físicos da matéria (sólido, líquido e gasoso). Este processo consiste no aquecimento de um sólido que se vaporiza diretamente (s em fundir) e que recupera seu estado anterior (sólido) através da condensação do vapor. A fase inicial é o sublimado e a fase final é o sublimado. O objetivo deste processo é a purificação dos sólidos voláteis, separando-os dos sólidos não-voláteis. Os efeitos de inibição na síntese de cumarina observados nos tratamentos com bloqueio dos níveis de radiação UV-A e UV-B podem estar relacionados à inibição da síntese de fenilpropanóides, necessários para a síntese da substância. Variações significativas com relação aos teores de cumarina são encontradas nos diferentes órgãos de plantas de guaco, sendo os maiores valores encontrados em folhas jovens e próximas da gema apical, o que indica a região meristemática como o provável sítio de síntese do metabólito, além da possível relação deste com processos de crescimento e desenvolvimento vegetal. https://www.scielo.br/j/qn/a/NdnnhHYx8b8tJFSFYXms6nM/?lang=pt https://eventos.ifc.edu.br/sepe/wp-content/uploads/sites/22/2016/08/EFEITO- DE-N%C3%8DVEIS-DE-RADIA%C3%87%C3%83O-ULTRAVIOLETA-SOBRE- A-PRODU%C3%87%C3%83O-DE-CUMARINA-EM-GUACO-MIKANIA- GLOMERATA-SPRENG..pdf https://www.passeidireto.com/arquivo/1810108/material-complementar-de- aulas-praticas-farmacognosia-i TEMA DE AULA: PESQUISA DE FLAVONOIDES: LAB-PAP-1291 Os flavonoides são uma classe de compostos fenólicos encontrados no reino vegetal. São estruturas químicas que agem na polinização, na proteção contra insetos, fungos, raios ultravioletas e outras funções importantes para o desenvolvimento da planta. Já no corpo humano, os flavonoides apresentam benefícios que melhoram a saúde, com destaque para a ação antioxidante. As atividades farmacológicas desses compostos vêm sendo estudadas e evidenciadas em pesquisas. Algumas delas você vai acompanhar neste post, além de saber mais sobre o conceito, os tipos e benefícios dos flavonoides. Os flavonoides são metabólitos secundários encontrados nas plantas com ênfase nas angiospermas e são amplamente encontrados em frutas, chás, vinhos, chocolate, dentre outros. Suas propriedades terapêuticas incluem antiagregação plaquetária, antioxidante, fitoestrogênio exercendo efeitos benéficos na menopausa, antiinflamatórios, auxílio no sistema imunológico. Na sua constituição química, os flavonoides possuem três anéis, onde seus carbonos podem sofrer variações químicas, como hidroxilação , hidrogenação, metilação e sulfonação permitindo variados compostos em classes diferentes. https://www.passeidireto.com/arquivo/1810108/material-complementar-de-aulas-praticas-farmacognosia-i https://www.passeidireto.com/arquivo/1810108/material-complementar-de-aulas-praticas-farmacognosia-i Existem milhares de flavonoides na composição das plantas e nos alimentos de origem vegetal. Eles são divididos em classes, que agrupam diferentes tipos. Entre os principais e mais estudados estão: Flavonas Características: coloração amarelada. Estão presentes em frutas cítricas, cereais e vegetais. Compostos como tangeretina, luteolina, adiosmetina, nobiletina e apigenina são exemplos que fazem parte da classe. Onde encontrar: alimentos como tangerina, salsa, hortelã, camomila e aipo. Flavanas Características: incolores e identificadas em frutos e folhas. Fazem parte deste grupoa catequina, a procianidina e o luteoforol. Onde encontrar: chá-verde, chá-preto e chá-branco são ricos no flavonoide. Flavanonas Características: de coloração amarela pálida, são identificadas em frutas cítricas. Dentre os exemplos deste grupo estão a naringenina e a hesperitina. Onde encontrar: toranja, tomate, laranja e limão são exemplos. Flavonóis Características: também de coloração amarela pálida, estão em frutas e vegetais. Os principais flavonoides deste grupo são a quercetina, a mircetina, a rutina e o canferol. Onde encontrar: alcaparras, cebola, maçã, vinho tinto, nozes apresentam o flavonoide. Isoflavonoides Características: incolores e encontrados em alguns legumes. São exemplos desta classe os flavonoides daidzeína e genisteína. Onde encontrar: soja e derivados são alimentos ricos. Antocianinas Características: coloração azul, roxa, violeta e, em alguns casos, avermelhada, estão em frutas e flores. São exemplos a cianidina, delfinidina e peonidina. Onde encontrar: mirtilo, canela, vinho tinto, uvas, cerejas, morangos, ameixa, açaí, jabuticaba, berinjela e cebola roxa são exemplos. Vale lembrar que o mesmo flavonoide pode apresentar diferentes atividades farmacológicas, como a quercetina, um flavonol com atuação antitumoral, anti- inflamatória, antimicrobiana e antioxidante As antocianinas são pigmentos fenólicos solúveis em água, pertencentes à classe dos flavonóides, responsáveis pelas várias nuanças entre laranja, vermelho e azul, exibidas pelas frutas, hortaliças, flores, folhas e raízes. Esses compostos são glicosídeos que, por hidrólise ácida, liberam agliconas também denominadas de antocianidinas e, dentre as encontradas na natureza, apenas seis estão presentes em alimentos: pelargonidina, cianidina, delfinidina, peonidina, petunidina e malvidina, que diferem entre si quanto ao número de hidroxilas e grau de metilação, presentes no anel B. Nos últimos anos, o interesse por esses pigmentos se intensificou uma vez que pesquisas têm demonstrado que as antocianinas e suas respectivas agliconas são compostos bioativos e que, entre os vários outros efeitos fisiológicos, possuem capacidade antioxidante e propriedade antiinflamatória, promovem vaso-dilatação, atuam na prevenção da hiperglicemia, estimulam a secreção de insulina, melhoram a adaptação da visão noturna e previnem a fadiga visual. Recentemente, ZHANG, VAREED & NAIR constataram o efeito inibitório da cianidina, delfinidina, pelargonidina, petunidina e malvidina na proliferação de células humanas cancerígenas, originadas em diferentes partes do corpo: estômago, cólon, mama, pulmão e sistema nervoso central. Planta utilizada Baccharis trimera (folhas): carqueja A composição química da carqueja pode ser considerada regio-seletiva, ou seja, na parte aérea os constituintes químicos encontrados são predominantemente flavonóides (hispidulina, rutina, eupatorina, luteolina, nepetina, apigenina entre outros). Os flavonóides estão entre os metabólitos secundários encontrados em maior quantidade na Baccharis trimera e, que apresentam maior atividade terapêutica. Podem ser divididos em várias classes, de acordo com o grau de oxidação e de insaturação do heterociclo (Figura 2). Sendo assim, ocorrem flavonóis (e.g. quercetina), flavonas (e.g. luteolina), isoflavonas (e.g. genisteína), flavanonas (e.g. naringenina), antocianidinas (e.g. cianidina), flavanóis (e.g. epicatequina) e as proantocianidinas, ou taninos condensados, que são flavanóis poliméricos. Reação positiva dando cor de vermelho para rósea. Reação de cianidina, de Shinoda ou de hidrogenação: consiste em adicionar à solução alcoólica ácida da substância um peque no fragmento de magnésio . Essa reação baseia-se no fato de os derivados flavônicos de cor amarela reduzem-se adquirindo coloração avermelhada ou, no caso dos antociânicos, azulada. Esse ensaio produz reação negativa para chalconas e isoflavonas. A clorofila é o elemento encontrado nas células das plantas, e é a responsável por dar a cor verde característica das folhas. Como é possível verificar, as tonalidades de verde variam de acordo com cada planta e essa variedade de tons só acontece por conta da absorção de luz, através do espectro de luz, que varia entre o azul e o vermelho, resultando em tons esverdeados nas folhas. A extração da mesma é feita por diversos solventes inclusive clorofórmio. https://essentia.com.br/conteudos/flavonoides/ https://www.scielo.br/j/cta/a/ctHRQxVcNq3nkMDsxd7XMRD/?lang=pt https://www.scielo.br/j/rbpm/a/CFY3XWVTbXbwTXWKYkhvMgv/?lang=pt&form at=pdf https://www.scielo.br/j/rbpm/a/CFY3XWVTbXbwTXWKYkhvMgv/?lang=pt#:~:te xt=A%20composi%C3%A7%C3%A3o%20qu%C3%ADmica%20da%20carquej a,4'%2C6%2C7%2D https://www.scielo.br/j/cta/a/ctHRQxVcNq3nkMDsxd7XMRD/?lang=pt
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