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Direito do Trabalho Férias Olá, aluno! Bem-vindo ao mais revolucionário projeto de estudos para a 1ª fase do Exame de Ordem: o Projeto 40 pontos – Método CERS de Aprovação”. Com ele, você estudará todos os dias e conseguirá atingir os 40 pontos necessários à sua aprovação. O método consiste em assistir pílulas do conhecimento, resolver questões, ler resumos de conteúdos e fazer simulados aos finais de semana. Preparamos todo esse material com muita métrica e especificidade e, claro, com muita dedicação e carinho, para garantir que você tenha em mãos um conteúdo direcionado e distribuído de forma inteligente. Ao final do curso, nosso objetivo é que você esteja apto a responder as questões da prova objetiva e ser aprovado(a) no Exame de Ordem. Sabemos que é um grande desafio, mas, quando falamos de aprovação, o CERS é o melhor. E, juntos – você e o CERS – o caminho até a sua vitória será bem mais fácil. Acredite! Lembre-se de, após assistir às pílulas do conhecimento, ler o resumo em PDF, e dar uma olhada no mapa mental, resolver as questões que separamos para você. Vamos juntos rumo à aprovação! 1 2 SUMÁRIO DIREITO DO TRABALHO ......................................................................................................................... 3 1. Férias ................................................................................................................................................... 3 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ............................................................................................................ 9 3 DIREITO DO TRABALHO 1. Férias As férias possuem fundamento constitucional (art. 7º, XVII, CF). A cada período de 12 meses de vigência do contrato, o empregado adquire o direito a férias anuais remuneradas com, pelo menos, um terço a mais do seu salário normal. Para o cabimento das férias, são considerados dois momentos distintos: Período aquisitivo: corresponde aos primeiros 12 meses de trabalho, contados da admissão do empregado; Período concessivo: corresponde aos 12 meses após o período aquisitivo. Ou seja, após o período aquisitivo, o empregado tem o direito subjetivo às férias e, a partir disso, o empregador possui o lapso temporal de 12 meses (período concessivo) para conceder as férias. Dentro desses 12 meses, o empregador escolherá qual o período em que prefere conceder as férias. Sobre as férias, o art. 130 da CLT estabelece: CLT, Art. 130 - Após cada período de 12 (doze) meses de vigência do contrato de trabalho, o empregado terá direito a férias, na seguinte proporção: I - 30 (trinta) dias corridos, quando não houver faltado ao serviço mais de 5 (cinco) vezes; II - 24 (vinte e quatro) dias corridos, quando houver tido de 6 (seis) a 14 (quatorze) faltas; III - 18 (dezoito) dias corridos, quando houver tido de 15 (quinze) a 23 (vinte e três) faltas; 4 IV - 12 (doze) dias corridos, quando houver tido de 24 (vinte e quatro) a 32 (trinta e duas) faltas. As férias podem ser usufruídas em até três períodos, desde que haja concordância do empregado. Mas lembre-se: o período não pode ser inferior a 14 dias corridos e os demais não poderão ser inferiores a cinco dias corridos, cada um, nos termos do art. 134, §1º, CLT. FALTAS DIAS DE FÉRIAS Até 5 dias 30 dias De 6 a 14 dias 24 dias De 15 a 23 dias 18 dias De 24 a 32 dias 12 dias Atenta-se que, para a doutrina e a jurisprudência, se o empregado faltar mais de 32 dias, perderá o direito a férias. Frisa-se que o disposto no art. 130 da CLT também se aplica aos empregados que laboram em regime de tempo parcial. O art. 131 da CLT enumera as hipóteses em que não serão consideradas faltas ao serviço, para efeitos de férias, as ausências do empregado: Nos casos do art. 473, da CLT (faltas justificadas); Licença maternidade ou aborto espontâneo; Afastamento em razão de acidente de trabalho, salvo quando o empregado ficar afastado por mais de 6 (seis) meses, mesmo que descontínuos; Suspensão preventiva para responder a inquérito administrativo; 5 Prisão preventiva, quando for impronunciado ou absolvido; Paralisação da empresa, salvo quando ultrapassar 30 dias com remuneração. Além dessas situações, também não se considera falta aquela que for justificada pela empresa, entendida como a que não determinar o desconto do salário. É possível que o empregado perca o direito a férias? Sim. De acordo com o art. 133 da CLT, não terá direito a férias o empregado que, no curso do período aquisitivo: Deixar o emprego e não for readmitido em 60 dias; Gozar de licença remunerada por mais de 30 dias; Paralisação parcial ou total da empresa por mais de 30 dias, com percepção de salário; Receber prestações de acidente de trabalho ou de auxílio doença por mais de 6 (seis) meses, embora descontínuos. Para que o tempo de trabalho anterior à apresentação do empregado para serviço militar obrigatório seja computado no período aquisitivo das férias, deverá este comparecer ao estabelecimento dentro de 90 dias da data em que se verificar a respectiva baixa. Quanto à concessão das férias analisemos as regras a seguir. Primeiramente, destaca-se que a escolha das férias, dentro do período concessivo, caberá ao empregador. 6 Em segundo lugar, as férias podem ser usufruídas em até três períodos, desde que haja concordância do empregado. Contudo, o período não pode ser inferior a 14 dias corridos e os demais não poderão ser inferiores a cinco dias corridos, cada um, nos termos do art. 134, §1º, CLT. Somado a isso, o art. 134, §3º, CLT dispõe que é vedado o início das férias em período de dois dias que antecede feriado ou repouso semanal remunerado. A concessão será participada, por escrito, ao empregado com antecedência mínima de 30 dias. Ademais, o empregado não poderá entrar em gozo de férias sem que apresente ao seu empregador sua CTPS para fins de anotação da concessão desse período. O art. 136, §1º, da CLT, dispõe que os membros de uma família que trabalham no mesmo estabelecimento ou empresa terão direito a gozar férias no mesmo período, cabendo ao empregador analisar se o descanso de ambos no mesmo período causará ou não prejuízo. Além dessa previsão, o §2º do art. 136, da CLT, estabelece que o empregado estudante, menor de 18 (dezoito) anos, terá direito a fazer coincidir suas férias com as férias escolares. O empregado pode trabalhar durante o período de férias? A resposta é negativa, salvo em virtude de contrato de trabalho já estipulado. Visto isso, falaremos agora das situações que ensejam o pagamento em dobro das férias: Concessão fora do período de 12 meses; Se não pagar dentro do prazo do art. 145 da CLT (2 dias antes do respectivo período); Sobre o tema, vide o entendimento do TST: Súmula nº 450 - FÉRIAS. GOZO NA ÉPOCA PRÓPRIA. PAGAMENTO FORA DO PRAZO. DOBRA DEVIDA. ARTS. 137 E 145 DA CLT. É devido o pagamento em dobro da remuneração de férias, incluído o terço constitucional, com base no art. 137 da CLT, quando, ainda que gozadas na época 7 própria, o empregador tenha descumprido o prazo previsto no art. 145 do mesmo diploma legal. Concessão dentro do período concessivo, mas fruição ultrapassa este período. Exemplo: o período concessivo das férias de uma empregada é de nov/2018 a nov/2019. Porém, ela só começa a fruir das férias no dia 29 de nov/2018. Nesse caso, o período de fruição das férias vai ultrapassar o período de concessão. Logo, serão devidas as férias dobradas. É oportuno ressaltar a seguinte jurisprudência do TST: Súmula nº 7 – FÉRIAS. A indenização pelo não deferimento das férias no tempo oportuno será calculada com base na remuneração devida ao empregado na época da reclamação ou,se for o caso, na da extinção do contrato. E férias proporcionais, você sabe o que significa e como são pagas? As férias proporcionais são aquelas concedidas ainda no curso do período aquisitivo e são calculadas na proporção de 1/12, sendo considerado 1 mês completo quando houver prestação de serviço ao empregador por 15 dias ou mais. Em suma, temos o seguinte: Férias em dobro: concedidas após o período concessivo. Férias proporcionais: concedidas ainda no período aquisitivo, calculadas na proporção de 1/12. Férias simples: concedidas dentro do período concessivo, já tendo o empregado laborado por 12 meses no período aquisitivo. Extinguindo-se o contrato sem justa causa, o empregado terá direito a férias simples (se a extinção se deu durante o período concessivo), em dobro (se não gozadas as férias no período concessivo) e/ou proporcionais (à razão de 1/12, referente ao período aquisitivo incompleto), conforme preceitua o art. 146 e seu parágrafo da CLT. 8 No caso do trabalhador intermitente, as férias são pagas, de modo proporcional, ao término de cada período de prestação de serviço (art. 452-A, § 6º). Na sequência, analisemos a questão do abono pecuniário, coloquialmente conhecido como “venda” das férias. Em regra, o empregado faz jus a 30 dias, sendo-lhe facultado converter 1/3 (10 dias) de suas férias. A conversão das férias em abono pecuniário consiste em um direito potestativo do empregado e deve ser requerido até 15 dias antes do início do período das férias, nos termos do art. 143, § 1º, da CLT. Por fim, temos as férias coletivas, nos termos do art. 139, CLT. O seu intuito é assegurar os interesses da empresa, seja em virtude de uma crise econômica ou pela inviabilidade de manter o quadro de funcionários durante um período do ano. As férias coletivas podem ser concedidas para toda a empresa ou para determinados setores ou estabelecimentos. Poderão ser fracionadas em até 2 períodos anuais, sendo que nenhum deles poderá ser inferior a 10 dias corridos. De acordo com os §§ 2º e 3º do art. 139 consolidado, o empregador comunicará ao órgão local do Ministério do Trabalho (atualmente, Ministério da Economia) e ao sindicato da categoria profissional, com antecedência mínima de 15 (quinze) dias, as datas de início e de fim das férias, bem como os setores e estabelecimentos abrangidos. 9 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS CISNEIROS, Gustavo. Direito do Trabalho Sintetizado. 1ª ed. Método, 2016. DELGADO, Maurício Godinho. Curso de Direito do trabalho/ Maurício Godinho Delgado. – 17 ed. rev. atual. e ampl. – São Paulo: Ltr, 2018. LEITE, Carlos Henrique Bezerra. Curso de Direito do Trabalho. 9ª ed. São Paulo: Saraiva, 2018. MARTINS, Sérgio Pinto. Direito do Trabalho. 34ª ed. Saraiva, 2018. NASCIMENTO, Amauri Mascaro. Iniciação ao Direito do Trabalho. 43ª ed. Saraiva, 2018. RENZETTI, Rogério. Direito do Trabalho para Concursos – Teoria e questões práticas. 5ª ed. Método, 2018. RESENDE, Ricardo. Direito do Trabalho. 8ª ed. Método, 2018. RODRIGUEZ, Américo Plá. Princípios de Direito do Trabalho. 3. ed. atual. São Paulo: LTr, 2000. ROMAR, Carla Tereza Martins. Direito do Trabalho Esquematizado. 5ª ed. São Paulo: Saraiva, 2018. 99318daa23fd72ae17cabae63435e057e4d57accf3add6f0ef9e65e718acf4cf.pdf 4f731e191452c6d28041ee4bc4b1adc50f5cf2887384ee751905a2901d92b8ae.pdf 99318daa23fd72ae17cabae63435e057e4d57accf3add6f0ef9e65e718acf4cf.pdf DIREITO DO TRABALHO 1. Férias REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
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