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SINDROME COLICA EM EQUINOS

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@MEUAMORPORMEDVET 
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• O estômago do cavalo tem uma capacidade 
reduzida (só 8-15L) e equivale a apenas a 8% 
do trato gastrointestinal. O intestino delgado 
é bem longo e tem capacidade de 68L. O có-
lon é ainda maior e tem capacidade de 86L. 
• No estômago e no intestino delgado é onde 
acontece digestão enzimática e no intestino 
grosso a digestão microbiana. 
• O cavalo é impossibilitado de vomitar porque 
possui, no seu estômago, a abertura da cárdia 
com uma disposição de fibras musculares em 
2 camadas em torno dele. O cavalo precisa do 
auxílio do médico veterinário com a passagem 
de uma sonda nasogástrica caso tenha algum 
problema alimentar que gere uma sobre-
carga. 
• O intestino do cavalo está suscetível a patolo-
gias geradas pelo seu tamanho, pontos de es-
treitamento e por ter um mesentério bastan-
te desenvolvido (pode ocorrer ectopias e 
vólvulos). 
 
 
 
 
 
• Síndrome cólica ou abdômen agudo é um 
quadro de dor abdominal que pode envolver 
qualquer órgão da cavidade abdominal, sen-
do obstrutivo ou não e com ou sem estrangu-
lamento vascular. É uma situação de emer-
gência clínica, às vezes cirúrgica e que pode 
levar rapidamente a óbito. O animal pode ter 
uma sobrecarga gástrica e uma ruptura no 
estômago, por isso é imprescindível a pas-
sagem de sonda nasogástrica o quanto antes. 
• Fatores de risco para ocorrência de cólica: 
mudança no nível de atividade física, altera-
ções súbitas na dieta (ou alimentação rica em 
concentrados), alterações nas condições de 
estabulação, consumo rápido de ração, priva-
ção de água (para não ressecar o conteúdo 
estomacal) e transporte. Qualquer mudança 
deve ser feita gradualmente com o animal. 
• Causas: pode ser desconhecida, aerofagia, 
problemas congênitos, excessos alimentares, 
parasitos, agentes infecciosos (Salmonela), 
agentes tóxicos (Monensina, amitraz), úlceras 
gastrointestinais (patológicas ou por estres-
se) e problemas no íleo. 
• Algumas doenças têm sinais parecidos com a 
cólica, mas que podem confundir: Pleurite e 
doenças uterinas; Rabdomiólise; doenças re-
nais ou da bexiga. 
• Principais tipos de cólica: cólica por gases 
(pode ser por gases, alimentos fermentados, 
acúmulo de líquido ou ingestão compactada), 
cólica espasmódica (acontece por espasmos e 
contrações normais no intestino delgado, 
pode ser por excesso de exercício e grãos), có-
lica por parasitas, colite (mudanças na alimen-
tação, cirurgias e utilização de antibióticos e 
AINE), deslocamento e/ou torção do intestino 
Particularidades anatômicas 
dos equinos 
Síndrome cólica 
@MEUAMORPORMEDVET 
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(quadro urgente e cirúrgico) e cólica por com-
pactação (é a obstrução da luz do intestino 
por massas desidratadas da ingesta, não cau-
sam necrose ou isquemia). 
• Sinais de cólica: deita e levanta todo tempo 
com inquietação, rolamento, cavação no 
chão, sentar igual cachorro, posição de urinar, 
olhar para o flanco, sudorese excessiva, perda 
de apetite, “brincar com água”, elevação do 
lábio superior, bruxismo, distensão abdomi-
nal, dor, etc. 
® É importante observar a cocheira do animal 
procurando marcas de coice na parede e ba-
gunça na cama, por exemplo, para investigar 
se o animal passou a noite já com cólica e dor. 
 
 
 
• Exame do cavalo com cólica: é importante ob-
ter um bom histórico, observar o cavalo (dis-
tensão abdominal e grau de dor) e os parâ-
metros fisiológicos: 
1. Frequência cardíaca e pulso: a FC não é tão 
afetada pela dor, mas sim pela desidratação 
e quadro de endotoxemia, é um bom indica-
dor para o estágio da doença. O pulso fraco 
pode ser o sinal de um animal entrando em 
estado de choque (deve aferir o pulso digital 
também para avaliar Laminite). 
2. Frequência respiratória: é elevada em casos 
de dor abdominal moderada a severa. Pode 
haver taquipnéia e dispneia em casos de 
muita distensão abdominal. 
3. Tempo de preenchimento capilar: avaliar o 
grau de perfusão e hidratação. 
4. Coloração e lubrificação de mucosas 
5. Turgor cutâneo 
6. Auscultar os movimentos intestinais: hipo-
motilidade, normal e hipermotilidade 
7. Temperatura (avaliar quadro infeccioso) 
 
• Meios auxiliares de diagnóstico: 
1. Intubação nasogástrica: é um método de 
diagnóstico e tratamento, possibilita que você 
esvazie o estômago, alívio da dor e rompi-
mento do estômago. 
2. Palpação retal: é essencial para saber se é ca-
so cirúrgico ou não. É visto como anormali-
dade: dilatação, posicionamento, espessura e 
textura das alças intestinais e também pre-
sença de massa nessas alças. 
 
3. Abdominocentese: Procedimento para cole-
tar líquido peritoneal e poder analisá-lo em 
laboratório. É feito no ponto mais baixo do 
abdômen uma tricotomia, antissepsia cirúrgi-
ca, anestésicos locais e uma pequena incisão 
na pele. Então introduz-se uma cânula para 
coletar o líquido. Deve-se colocar o líquido 
nos tubos roxo e vermelho. 
@MEUAMORPORMEDVET 
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• O normal desse líquido é ser de cor amare-
lada, se ele está vermelho pode ser sangue 
retido no abdômen que indica necrose intes-
tinal (pode não coagular no tubo porque já 
passou pelo processo de desfibrinação). 
 
• Outras particularidades do líquido peritoneal: 
a. Sangue puro: indica hemorragia aguda ou 
perfuração esplênica (coagula no tubo) 
b. Serossanguinolento: comprometimento de 
vasculatura intestinal ou neoplasia 
c. Turbidez aumentada: sepse 
d. Coagulação: inflamação 
e. Ruptura intestinal: material de planta e odor 
fecal 
f. Neoplasia: células tumorais 
• Exames complementares: hematócrito, pro-
teínas totais, hemograma, lactato sérico, ele-
trólitos, ultrassonografia, endoscopia, raio-x 
(em potros) e laparoscopia. 
® O hematócrito fica em torno de 35%, se 
chegar a 60% pode indicar um quadro severo 
de desidratação, lesão vascular, endotoxe-
mia, entre outros problemas. 
® O lactato será orientador para caso de cirur-
gia e fluidoterapia. 
• Indicativos para casos cirúrgicos; 
a. Dor intratável: mesmo depois do uso de 
alpha-2 agonista, opióide, AINE e analgésico 
b. Distensão intestinal na palpação retal: inde-
pendente de qual alça está distendida 
c. Líquido peritoneal alterado 
d. Diagnóstico: alterações vistas na ultrassono-
grafia, por exemplo. 
e. Evidências: FC que não diminui mesmo de-
pois de hidratação, recidivas dos sinais, he-
matócrito e lactato que não abaixam depois 
da fluidoterapia, sem fezes ou apetite. 
f. Cólica por dias: pode ser obstrução intestinal 
g. Deterioração cardiovascular progressiva 
h. Não responde ao tratamento 
• Como preparar o paciente para o transporte 
até o hospital de modo que ele chegue bem 
para a cirurgia? 
a. Descomprimir o estômago e deixar a sonda fixa 
b. Administrar analgésico 
c. Solução hipertônica (para repor fluidoterapia 
de emergência, principalmente em caso de 
choque) 
d. Antibioticoterapia 
• Tratamento: descompressão gástrica, des-
compressão do ceco, AINE, alpha-2 agonistas 
(analgesia, sedação e relaxamento muscular), 
opióides, espasmolítico, Lidocaína, DMSO, 
pró-cinético, óleo mineral e fluidoterapia 
(soro ringer ou Ringer Lactato). 
• O animal deve voltar a comer depois da cólica 
quando não tiver mais refluxo gástrico, quan-
do o equilíbrio hídrico está mantido, sons do 
ceco se normalizaram, funcionamento do in-
testino delgado restabelecido e tão logo possa 
para manter um balanço energético positivo. 
 
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CECO 
 
 
 
• Consiste em complexos de lipopolissacaríde-
os e proteínas, vindos da membrana externa 
de bactérias Gram- quando ocorre replicação, 
lise ou morte do microrganismo. É principal 
componente do choque séptico/endotóxico. 
•A endotoxemia induz a ativação de numero-
sos mecanismos de defesa do hospedeiro, 
levando a inflamação tecidual excessiva, dis-
função e falha generalizada dos órgãos, in-
cluindo colapso cardiovascular, falência renal 
aguda e íleo adinâmico. 
• A cólica pode gerar uma endotoxemia e por 
consequência uma Laminite. 
• Sinais clínicos: depressão, cólica, aumento de 
FC e FR, febre, diminuição de borborigmos 
intestinais e aumento de TPC. O quadro pode 
progredir para choque. 
• Tratamento: DMSO, heparina, AINE, Flunixin 
meglumine (reduz resposta à endotoxemia) e 
administração de plasma em cólicas como 
enterite e peritonite com perda massiva de 
proteínas (o plasma irá fornecer fatores de 
coagulação e imunoglobulinas que ajudarão 
na defesa contra a endotoxemia). 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Bibliografia: Professora Janaina Louzada; 
http://faef.revista.inf.br/imagens_arquivos/arquivos_destaque/K
2zHbx7QrPNAPld_2013-5-29-10-40-19.pdf 
https://www.jasaudeanimal.com.br/blog/colica-em-equinos 
https://www.cptcursospresenciais.com.br/blog/colica-equina-
fique-por-dentro/ 
https://www.ourofinosaudeanimal.com/ourofinoemcampo/catego
ria/artigos/colica-em-equinos-2/ 
Endotoxemia

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