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ESTÁGIO DE PRÁTICA SUPERVISIONADA TRABALHISTA - PEÇA PRÁTICA U4 - AGRAVO DE PETIÇÃO

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AO DOUTO JUÍZO DA 1ª VARA DO TRABALHO DE MARICÁ – RJ. 
Processo n.º XX 
 
HOSPITAL SANTA CASA DE MARICÁ, já qualificado nos autos em epígrafe, em 
que contende com PAULO CHAVES, também qualificado, vem, respeitosamente, 
perante Vossa Excelência, por intermédio de seu advogado adiante assinado, com fulcro 
no art. 897, alínea “a”, da CLT, INTERPOR: 
 
AGRAVO DE PETIÇÃO 
 
para o Egrégio Tribunal Regional do Trabalho da (XXª) Região. 
Encontram-se presentes todos os pressupostos de admissibilidade do recurso, dentre 
os quais se destacam: 
a) A garantia integral do juízo, na forma exigida pelos arts. 880 e 884 da CLT. 
b) As custas processuais, no valor de R$ XX, que serão pagas pelo executado ao 
final da execução, conforme determinada o art. 789-A, IV, da CLT. 
c) A delimitação de matérias e valores impugnados, fundamentado no art. 897, 
§1º, da CLT: 
I. Matérias impugnadas: base de cálculo do adicional de insalubridade; 
II. Valores impugnados: R$ XX. 
 
Diante do exposto, requer o recebimento do presente recurso, a intimação da 
outra parte para apresentar contra-arrazoar ao agravo de petição no prazo de 8 dias, 
segundo estabelece o art. 900 da CLT, e a posterior remessa ao Egrégio Tribunal 
Regional do Trabalho da (XXª) Região. 
Nestes termos, 
Pede deferimento. 
Local, (Dia), (Mês) de (Ano). 
 
Nome do Advogado 
OAB/(Sigla do Estado) 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
EGRÉGIO TRIBUNAL REGIONAL DO TRABALHO DA (XXª) REGIÃO 
RAZÕES DO AGRAVO DE PETIÇÃO 
PROCESSO N.º XX 
AGRAVANTE: HOSPITAL SANTA CASA DE MARICÁ 
AGRAVADO: PAULO CHAVES 
ORIGEM: 1ª VARA DO TRABALHO DE MARICÁ 
 
Doutos Julgadores, 
Não merece prosperar a respeitável decisão proferida pelo Meritíssimo 
juiz de Primeira Instância pelas razões de fato e de direito a seguir expostas: 
 
I – DOS FATOS 
Cuida-se de reclamação trabalhista proposta por Paulo Chaves em face 
do Hospital Santa Casa de Maricá – entidade filantrópica, ora agravante, a qual teve o 
julgamento procedente para condenar a agravante ao pagamento de adicional de horas 
extras e adicional de insalubridade calculado sobre o salário mínimo nacional. 
Iniciada a fase executória, o reclamante apresentou os cálculos referentes 
à liquidação da sentença, oportunidade em que estes foram homologados pelo juízo a 
quo sem a devida vista à reclamada para apresentar eventual impugnação. Não obstante, 
o magistrado expediu mandado de citação para pagamento e/ou penhora sem atentar-se 
para o fato de que a executada se tratava de entidade filantrópica. 
Outrossim, ao receber a citação, verificou-se que para o cálculo do 
adicional de insalubridade foi utilizado como base o salário nominal do reclamante, ora 
agravado. Por tais razões, a reclamada opôs embargos à execução objetivando a 
nulidade da liquidação em razão da ofensa ao princípio do contraditório sob fundamento 
de violação a coisa julgada e em razão do erro da base de cálculo do adicional de 
insalubridade. 
Acontece que, embora devidamente as situações supracitadas, o juízo a 
quo rejeitou in limine os embargos opostos, sob a fundamentação da ausência de 
garantia do juízo. 
Assim, pelas razões a seguir se faz necessária a interposição do presente 
agravo de petição para que a decisão agravada seja devidamente reformada. 
 
II – PRELIMINARES DO MÉRITO 
a) Da desnecessidade de garantia do juízo: 
O juízo a quo rejeitou liminarmente os embargos à execução opostos pela 
ora agravante sob a fundamentação de ausência de garantia do juízo. 
Ocorre que a agravante é entidade filantrópica, razão pela qual a decisão 
de embargos não merece ser mantida, pois, à luz do art. 884, §6º, da CLT, na execução, 
a exigência de garantia ou penhora não se aplica às entidades filantrópicas, in verbis: 
Art. 884 – Garantida a execução ou penhorados os bens, terá o 
executado 5 (cinco) dias para apresentar embargos, cabendo igual 
prazo ao exequente para impugnação. (...) 
§6º. A exigência da garantia ou penhora não se aplica às entidades 
filantrópicas e/ou àqueles que compõem ou compuseram a diretoria 
dessas instituições. 
Diante do exposto, requer a reforma da sentença de embargos à 
execução, para que seja acolhida a tese de desnecessidade da garantia do juízo em razão 
da agravante ser entidade filantrópica, nos termos acima descritos. 
 
b) Da nulidade da liquidação por cerceamento de defesa e violação da coisa 
julgada: 
Iniciada a fase executória, a reclamante, ora agravada, apresentou os 
cálculos de liquidação de sentença e estes foram homologados pelo juízo a quo sem a 
devida abertura de vista para a apresentação de eventual impugnação. 
Dito isso, tal circunstância fere o princípio do contraditório, além de estar 
em desacordo com a previsão legal do art. 879, §2º, da CLT, o qual prevê que após a 
elaboração da conta e esta tornada líquida, o juízo deverá abrir às partes o prazo comum 
de oito dias para impugnação, in verbis: 
Art. 879 – Sendo ilíquida a sentença exequenda, ordenar-se-á, 
previamente, a sua liquidação, que poderá ser feita por cálculo, por 
arbitramento ou por artigos. (...) 
§2º. Elaborada a conta e tornada ilíquida, o juízo deverá abrir às 
partes prazo comum de oito dias para impugnação fundamentada com 
a indicação dos itens e valores objeto da discordância, sob pena de 
preclusão. 
Não obstante, a partir do momento em que o juízo a quo rejeitou os 
embargos, mantendo os cálculos contrários à disposição legal, o juízo violou a coisa 
julgada, prevista no art. 5º, inciso XXXVI, da CF. 
Assim, requer seja acolhida a nulidade da liquidação em razão da ofensa 
ao princípio do contraditório ou até mesmo pela violação da coisa julgada. 
 
III – MÉRITO 
O juiz a quo rejeitou os embargos à execução opostos pela agravante, 
mantendo os cálculos apresentados pela agravada, os quais, em relação ao adicional de 
insalubridade, utilizaram como base o salário nominal do exequente, muito embora o 
entendimento do Supremo Tribunal Federal seja diverso. 
A sentença de embargos não merece ser mantida, pois com fundamento 
na Súmula Vinculante n.º 4, do STF, é incabível a adoção da remuneração ou do salário 
contratual como a base de cálculo do adicional de insalubridade. Nesse sentido: 
Súmula Vinculante 4. Salvo nos casos previstos na Constituição, o 
salário mínimo não pode ser usado como indexador de base de 
cálculo de vantagem de servidor público ou de empregado, nem ser 
substituído por decisão judicial. 
Diante do exposto, requer a reforma da sentença de embargos, para que 
seja determinada a remessa dos autos ao contador judicial para retificação dos cálculos, 
de modo que o adicional de insalubridade seja calculado com base no entendimento 
majoritário. 
 
IV – REQUERIMENTOS FINAIS 
Diante do exposto, requer o conhecimento do presente recurso, o 
acolhimento das preliminares de mérito, para que sejam reconhecidas a desnecessidade 
da garantia de juízo, assim como a nulidade da liquidação, e, no mérito, o seu 
provimento, para fins de reforma da sentença de embargos à execução e para que seja 
determinada a retificação dos cálculos no que diz respeito à base de cálculo do adicional 
de insalubridade. 
Nestes termos, 
Pede deferimento. 
Local, (Dia), (Mês) de (Ano). 
 
Nome do Advogado 
OAB/(Sigla do Estado)

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