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GRAVIDEZ ECTÓPICA AUTOR: PEDRO V.F. MEDRADO - É a implantação do blastocisto fora da cavidade endometrial · Cavidade abdominal, colo do útero, tuba uterina (mais comum) e ovários - Fatores de risco · Cirurgia tubária prévia – taqueadura prévia, depois é feito uma recanalização, mas devido processo inflamatório tem risco de estenose. · DIU – diminui o tipo de gestação em geral, mas devido a falha do método do DIU, aumenta a chance de gestação tubária · Gestação ectópica prévia – o fator causador pode ainda estar presente · DIP – traumatiza os cílios da trompa uterina o que dificulta a passagem do embrião · Endometriose – tortuosidade da pelve uterina, resultando em gestação fora do útero · Reproduçao assistida Formas de apresentação - Ovariana - Cornual - Cervical – no colo do útero - Abdominal - Tubaria – representa 95-98% das gestações ectópicas Gestações tubárias - Gestação que se implanta das fímbrias ou infundíbulo, mas a mais importante ocorre na ampola (é a mais comum de todas, apresentação subaguda, sem a apresentação da forma roto clássica) e no ístimo (apresentação rota é mais comum). - Sintomas clássicos – dor abdominal, amenorreia e sangramento vaginal (é muito variável o sangramento vaginal, e não é decorrente do sangramento da gestação tubaria, mas resulta da queda hormonal do trofoblasto e descamação do endométrio) · 60% vão ter os três, mas todas as pacientes vão ter pelo menos 1 deles - Forma subaguda da doença – dor abdominal, amenorreia, sangramento vaginal, uma forma mais arrastada, e representa 70% dos casos. · Ocorre em região ampular, e não rompe a tromba, não há instabilidade hemodinâmica - Forma aguda – 30% dos casos, e tende a ocorrer na região ístimica, representa uma emergência médica (instabilidade hemodinâmica, mas não é obrigatória que tenha instabilidade), e requer tratamento de imediato. · Sinal de Laffon – dor no ombro por irritação do nervo frênico por sangue na cavidade abdominal · Sinal de Cullen – equimose periumbilical pela presença de sangue na cavidade abdominal · Sinal de Blumberg – descompressão dolorosa, sinal de irritação peritoneal · Sinal de Proust – “grito de Douglas”, toque de fundo de saco posterior com posterior dor e a paciente apresenta esse grito. É muito característico da gestação tubária rota. Diagnóstico - Beta-HCG · É um marcador de gestação produzido pelo trofoblasto · Limite discriminatório – valor do beta-HCG que o USG é obrigado e encontrar o saco gestacional · <1.500 – gestação inicial e o USG não vai achar saco gestacional – repete o B-HCG (dobra a cada 48-72horas) · Se ele ultrapassa 1.500 (maior ou igual) vou passar a ver o saco gestacional · Então, se o B-HCG é maior igual a 1.500 e não é visto SG no útero – muito favorável gestação ectópica (+ comum a tubária) - Ultrassonografia · Saco gestacional em anexo – diagnóstico fácil de gestação ectópica · Anel tubário – crescimento de um SG em anexo do útero · Pseudossaco gestacional – estimulo hormonal a crescimento de endométrio que forma uma imagem semelhante a um SG. · Dopplerfluxometria – mostra um fluxo ao redor do SG - Outros métodos · Culdocentese – entrar com agulha no fundo de saco posterior e drenagem – abandonado na prática · Progesterona <10ng/ml – gestação não está evoluindo de forma adequada (crescendo menos que isso indica) · Curetagem uterina – mais na teoria do que na prática com hipertrofia das glândulas endometriais (áreas estrela), pois não é comum · Laparoscopia – confirma em casos duvidosos, quanto serve de tratamento. Tratamento - Variáveis · Estabilidade hemodinâmica · Integridade da trompa · Desejo de nova gravidez · Características do SG · Acesso a diferentes terapias - Se instabilidade hemodinâmica – gestação tubária rota – laparotomia (cirurgia aberta) com salpingectomia. - Se estabilidade hemodinâmica – tratamento cirúrgico ou medicamentoso, raramente expectante. - Tratamento cirúrgico – laparoscopia ou laparotomia · Laparoscopia – é o método ideal (videolaparoscopia) · É feito a salpingostomia linear com aspiração do conteúdo e fechamento por segunda intenção. · Usado se: trompa contralateral doente, manutenção do desejo reprodutivo e tubária de pequenas dimensões. · A salpingectomia consiste na retirada da trompa – usado se: sangramento incontrolável, ectopia recorrente ou trompa uterina muito lesada - Tratamento clínico – metotrexate, que é um antagonista do ácido fólico · Condições associadas a melhores resultados: + estável hemodinamicamente · Saco gestacional <3,5cm · Embrião sem atividade cardíaca · B-HCG <5.000 mUI/ml · Taxa de sucesso similar entre salpingostomia e metrotrexate em paciente estável hemodinamicamente. · Uso · Injeção direta sobre o ovo (invasivo) · Via IM dose única (dosagem do b-HCG no 4º e 7º dia) – melhor efeito e poucos efeitos colaterais · Via IM em dias alternados (dosagem do b-HCG diariamente, bom resultado se queda de 15%) – mais efeitos colaterais - Conduta expectante – uma terapia de exceção, feito em pacientes hemodinamicamente estáveis com baixos níveis e decrescentes de b-HCG (<1.000 mUI/ml)
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