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ESPOROTRICOSE 
O que é? 
Infecção micótica granulomatosa 
que acomete animais e humanos, é 
causada pelo fungo dimórfico 
Sporthrix schenkii 
Sua evolução pode ser de forma 
subaguda a crônica. Normalmente a 
infecção fica restrita aos tecidos 
cutâneos, subcutâneo e linfático 
adjacente e ocasionalmente 
dissemina-se pelos órgãos 
É uma zoonose 
Etiologia 
Sporthrix schenkii é o agente 
causador da esporotricose. É um 
fungo caracterizado por ser 
anamórfico, ou seja, apresenta 
estruturas de reprodução 
assexuadas. Há alguns fungos que 
ocorrem tanto na forma de leveduras 
como na forma de micélios, esses 
são chamados fungos dimórficos. 
Também é um fungo sapróbio, ou 
seja, contribuem para reciclagem da 
matéria orgânica, sendo assim 
permitem que os nutrientes que 
resultam da decomposição do 
substrato voltem a estar disponíveis 
para as plantas; 
É um fungo amplamente distribuído 
na natureza, solo rico em matéria 
orgânica em decomposição, folhas 
secas, madeira, espinhos de plantas 
(principalmente roseiras) e musgos. 
Por isso é também conhecida como 
“doença de jardineiro” ou “doença da 
roseira” 
Epidemiologia 
A doença tem distribuição global, 
porém ocorre principalmente em 
regiões com clima tropical e 
temperado. É a micose mais comum 
na América Latina, principalmente no 
Brasil. 
A esporotricose acomete diversos 
mamíferos como os seres humanos. 
Normalmente esse fungo é 
encontrado em estado de 
saprofigismo, porém quando em 
condições favoráveis de temperatura 
e umidade já foi isolado em 
espinhos, feno, musgos etc. 
ESPOROTRICOSE 
A espécie S. brasiliensis é 
considerada restrita ao Brasil e é 
altamente patogênica para humanos 
e animais, caracterizada por um alto 
grau de transmissão de gatos para 
humanos e de gatos para cães. Essa 
condição leva à surtos em gatos e 
humanos no Brasil. 
A principal forma de infecção é a 
inoculação do fungo através da 
perfuração por espinhos ou lascas 
de madeira, a transmissão zoonótica 
ocorre através de mordidas ou 
arranhões de ratos, tatus e cães, 
sendo os gatos a espécie animal 
mais associada com essa forma de 
contágio, principalmente devido à 
grande quantidade de leveduras 
presentes nas lesões, mas também 
por carregarem o agente nas unhas 
e na cavidade oral. 
Patogenia 
O Sporothrix sp não é capaz de 
penetrar a pele intacta; logo, a 
infecção ocorre geralmente por 
inoculação da forma infectante 
(conídios/conidióforos) por 
arranhaduras ou mordeduras. A 
infecção ambiental é rara, sendo 
associada a equipamentos de 
jardinagem contaminados e trauma. 
Quando o fungo penetra camadas 
mais profundas do tecido, se 
converte para a forma de levedura. O 
período de incubação é de, em 
média, três semanas podendo levar 
até três meses. Em humanos a 
incubação pode levar de três dias até 
seis meses. A partir desse ponto, o 
agente permanece no local da 
inoculação, gerando uma resposta 
granulomatosa no hospedeiro, que 
irá desenvolver lesões nodulares ou 
populares que podem ulcerar 
centralmente e drenar exsudato 
castanho-avermelhado ou purulento. 
Nos gatos, as lesões apresentam 
grande quantidade de leveduras o 
que potencializa a capacidade 
infectante. Em casos de 
imunossupressão, há possibilidade 
de disseminação pela via 
hematógena ou linfática, levando a 
progressão da infecção para a forma 
cutânea disseminada sendo 
caracterizada por múltiplas lesões 
distribuídas na face, orelha e 
membros (que pode ocorrer também 
por autoinoculação). Caso haja 
evolução, a doença passa para a 
forma sistêmica que é 
potencialmente fatal. A 
patogenicidade da esporotricose é 
determinada pela resposta 
imunológica do hospedeiro. A 
inalação, aspiração ou ingestão do 
fungo podem causar a forma extra 
cutânea da doença. 
Sinais Clínicos 
Os sinais clínicos podem ser 
classificados quanto a distribuição: 
cutânea e extracutânea 
As manifestações cutâneas são 
observadas com lesões fixas, 
linfocutâneas ou cutânea 
disseminada 
As manifestações extracutâneas são 
apresentadas de forma pulmonar 
primária ou sistêmica 
Porém a esporotricose nos animais 
apresenta-se com sintomatologia 
isoladas e sim concomitantes 
Em cães e gatos as lesões 
distribuem-se no segmento cefálico, 
porção externa dos pavilhões 
auriculares, porção distal dos 
membros e na base da causa e no 
tronco 
Em felinos principalmente as 
manifestações cutâneas e 
linfocutâneas são as mais 
recorrentes, caracterizadas por 
lesões ulceradas, podendo ser 
solitárias ou múltiplas, exsudativas 
de bordas elevadas e normalmente 
estão recobertas por crostas 
sanguinopurulentas 
Diagnóstico 
O melhor método para confirmação 
diagnóstica é o isolamento 
microbiológico com identificação do 
fungo, mas deve sempre estar atento 
a sinais de lesões ulceradas de 
aspecto gomoso, principalmente na 
face e membros para o diagnóstico 
clínico. Entre os mais utilizados na 
rotina estão o cultivo micológico, a 
citologia e a histopatologia. A coleta 
de material pode ser através de 
swabs da pele e da cavidade oral, 
lavados trans traqueal, biópsias de 
pele e linfonodos. Os fragmentos de 
tecidos devem ser coletados em 
duplicata, dos quais uma parte é 
imersa em formol 10% para 
histopatológico e a outra é 
refrigerada. 
Citopatologia 
A amostra é fixada e corada com 
Wright modificado (comum na 
prática clínica), porém essa 
coloração não fornece detalhes 
nucleares, mas possibilita a 
diferenciação das estruturas. Além 
dela, também pode ser utilizada a 
coloração pelo ácido periódico de 
Schiff e a prata metenamina de 
Gomori. 
No exame geralmente é possível 
verificar o infiltrado inflamatório 
piogranulomatoso. Em felinos, as 
células fúngicas aparecem como 
leveduras pleomórficas de 2 a 10 
mm, envoltas por halo claro, livres ou 
fagocitadas. 
Histopatologia 
É possível ver a epiderme acantótica 
e ulcerada, com pústulas e 
deposição de crostas. Na derme tem 
intensa inflamação, com 
macrófagos, neutrófilos, linfócitos e 
plasmócitos. Na coloração de He, as 
células fúngicas são pleomórficas, 
com corpos celulares pequenos, 
envoltas por um halo claro. E as 
células fúngicas são vistas em 
vacúolo de fagócitos ou então livre 
no tecido. 
Cultura e identificação fúngica 
É o método definitivo. O fungo S. 
schenckii é dimórfico que se 
desenvolve como leveduras, na 
forma de colônias cremosas e 
úmidas, brancas ou amarelas, em 
meio enriquecido a 37 C. 
Quando cultivado em Sabouraud, à 
temperatura ambiente, desenvolve 
em forma micelial, em que há a 
formação de uma película enrugada. 
No início tem a cor creme e que vai 
escurecendo com o tempo, podendo 
chegar a uma cor bem escura. 
Sorodiagnóstico 
Feito através da prova de 
aglutinação em Partículas de látex 
para formas cutâneas e 
extracutânea. É realizado mais em 
humanos, porém em cães tem 
grande importância, uma vez que 
eles apresentam pouca quantidade 
de fungo tecidual (extracutânea). 
Diagnóstico Diferencial 
Outras doenças que causam lesões 
cutâneas, como infecções 
bacterianas profundas, criptococose, 
histoplasmose, tumor venéreo 
transmissível (TVT) e leishmaniose 
Tratamento 
Uso de iodetos e derivados de 
imidazóis e triazóis. Se houver 
coinfecção secundária, se utiliza 
antibióticos sistêmicos por período 
de 4 a 8 semanas. 
Outras opções são a terbinafina, 
anfotericina B, termoterapia e 
remoção cirúrgica das lesões 
cutâneas. 
Prevenção e controle 
Evitar aquisição de animais de 
regiões endêmicas para a doença 
Evitar que os animais tenham 
acesso a rua e/ou contato com 
animais que potencialmente possam 
ser carreadores do fungo 
Para o ambiente evitar que o animal 
se exponha a traumatismos que 
possibilitem o carreamento do fungo 
Realizar a castração de machos, 
para auxiliar no controle 
populacional 
Não existe vacina disponívelpara 
profilaxia 
 
 
 
 
Referências: Enfermidades Infecciosas dos animais de 
produção e de companhia