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MICROSCOPIA ÓPTICA 07 de maio de 2022. Biologia celular Citologia Introdução das organelas celulares Descrição das estruturas Técnicas e Metodologia no estudo da Célula Um bom microscópio não e aquele que da o maior aumento e sim o maior pode de resolução. A capacidade de visualizar dois pontos (estruturas) separatas ira depender da qualidade da lente e comprimento da onda (limite de resolução). Poder de resolução do microscópio Menores limites de resolução • Quanto mais informações tiver a objetiva, melhor ela é • 1 m (micrômetro) = 1.000X menor que o milimetro Número de abertura da lente Resolução = + Comprimento da onda (luz) Componentes do microscópio óptico • Ocular – Lupa. Possui lentes em seu interior e um diafragma. • Objetivas – O mais importante do microscópio. A resolução alcançado e maior parte da qualidade da imagem final depende das lentes. Possui varias lentes em seu interior. • Objetivas de imersão – são objetivas de maior aumento em que se utiliza óleo de imersão para aproveitar toda a abertura da lente. • Iluminação – O objetivo a ser observado no M.O. deve ser fino o suficiente para a luz atravessar. Neste aso é iluminação por transparência (tanto os de campo claro quanto os de campo escuro). • Filtros – Cores a depender do objetivo (azul, vermelho, verde…). • Condensador – Formado por varias lentes internas. Tem a finalidade de concentrar a luz de modo que a objetiva receba um cone de luz. É regulado pelo diafragma de abertura. Aberrações Distorções na imagem. Raios de luz atravessam a lente e sofrem desvio devido a curvatura da lente. Com isso, os raios não se encontram em um só ponto (o que deveria ser o ideal por corresponder ao ponto-objetivo). • Correção da aberração esférica: Combinação de diferentes lentes (curvaturas diferentes) e materiais (óleo de imersão). Outras aberrações Óleo de Imersão Possui o mesmo índice de refração do citoplasma Impede que os raios de luz sofram reflexão ao passar pelo material Não há ar entre a lamínula e a objetiva Não há perda da luz Astigmatismo Coma Distorção 3 Uma boa objetiva traz alguns dados sobre a sua qualidade: • Qualidade da objetiva: Tipo de correção possui (Plan, Fluorita, APO) • Aumento dado pela objetiva: 40x, 63x, 10x… • Número de abertura: 0,35; 1,0; 1,4 … • Espessura da lamínula: 0,17mm… Modalidades De Observação Em Microscopia Óptica Campo claro: Mais simples; Todos os microscópios funcionam com campo claro; Usado para visualização de materiais corados (ex.: eosina). Campo escuro: Possuem condensadores especiais; Visualização de células vivas; Contraste de fase: Visualização de células vivas sem coloração, vivas ou não; Possuem Ph (phase) escrito na objetiva; Halo ao redor de toda a célula; Utilizado em exames rápidos, onde não se deseja fazer nenhuma coloração; Culturas, esfregações vaginais, analises de células malignas, sangue, bactérias, objetos como: minerais, sintéticos e fibras têxteis. DIC (Contraste Interferencial Diferencial): Usado para visualizar materiais excessivamente espessos Visualização de pequenos detalhes de célula sem corar; Fornece maior resolução e sensação de relevo, comparado ao contraste de fase; Necessita do uso de prismas; 4 O microscópio devera conter ranhuras para a inserção do prisma e não necessita de objetivas especiais; Resultado da imagem em relevo (3D). Polarização: Observação de materiais (biológicos ou não) que sejam birrefringente (que formam duas imagens); Estruturas repetitivas: músculo, ossos, celulose, fibras, cabelos, cristais… Microscópio de fluorescência: O espécimen a ser estudado deve ser previamente marcado com algum composto fluorescente; Permite a detecção a nível celular de sub-estruturas que estejam marcados por fluorocromos; Detectam proteínas ou certas estruturas subcelulares que fiquem marcadas com compostos fluorescentes; Útil em imunocitoquimica; Trabalha com um sistema de Epi-iluminação com lâmpadas de mercúrio. Microscópio invertido: Sistema de iluminação permite a observação de materiais extremamente expressos, impossíveis de visualizar nos demais microscópios; Observação de células dentro de tubos e garrafas; Microscópio estereoscópio: Possuem oculares (lupas) que ampliam o material permitindo observação de espécimens para dissecação; Favorece manipulação de embriões. Confocal a Laser (Laser Scanning Microscope – LSM): Permite observar material espesso, sem corar, viço ou não, pois focaliza em diferentes planos focais; Obtém cortes ópticos; Proporciona reconstituição tridimensional e a visualização de célula como um todo; Uso de uma fonte luminosa forte e passar por um pequeno orifício (pinhole). Microscópio Eletrónico De Transmissão MET 14 de Maio de 2022. Composto essencialmente de uma fonte geradora de feixe de elétrons, de um sistema de lentes eletromagnéticas de nomenclatura e função análoga as lentes do M.O. e de uma tela revertida por substancias que se torna fluorescente quando bombardeado pelo feixe de elétrons formando a imagem. Fonte • Ou também canhão eletrónico, consiste num filamento de tungstênio que é denominado cátodo (negativo). • É envolvido por um escudo metálico com um furo central – Escudo de Wehnelt. • Abaixo fica o ânodo, ligado a terra, sendo portanto neutro. • O feixe de elétrons se forma de grande aceleração dos elétrons que migram ao longo da coluna, no qual são orientador pelo sistema de lentes eletromagnéticas. Lentes São bobinas cilíndricas simples (solenóides) pelas quais se faz passar corrente elétrica de intensidade variável. Obs.: a trajetória do elétron pela lente não é retilínea. Condensadora - situa-se abaixo do ânodo e focaliza o feixe eletrónico sobre o espécimen, criando condições ideais de iluminação”. Objetiva – situa-se logo abaixo do espécimen e forma a ampliação iniciação da área atravessadas pelo feixe eletrônico. Essa imagem será subsequentemente ampliada pelas lentes intermediarias e projetores. 6 Intermediárias – aumenta a gama de ampliações. Pode haver mais de uma ao longo da coluna. Projetora – projeta a imagem final podendo ser captada por uma câmara de video ou monitor. Microscópio Eletrônico De Varredura MEV O microscópio de varredura é capaz de fornecer imagens tridimensionais. São utilizados para obtenção de imagens elétrons secundários que partem da superfície da amostra quando esta é bombardeada pelo feixe de elétrons. Constituição Do MEV 1 – Um sistema de geração de feixe elétrico que varre o espécimen. 2 – A amostra sobre a qual incide o feixe eletrônico e da qual parte o sinal que dará origem a imagem. 3 – Um sistema de captação de elétrons secundários que coleta o sinal e o amplifica. 4 – Um sistema de composição da imagem formada. Preparo de Material para Microscopia de Varredura e Transmissão Os procedimentos para observação visam conferir as células: • Um aspecto mais próximo ao in vivo. • Resistência ao bombardeamento do feixe de elétrons e ao vácuo da coluna do M.E. • Contraste. • Manter a identidade bioquímica da célula. 8 Etapas Fixação Pós-fixação Desidratação Inclusão Mictomia Contratação Secagem Evaporação com ouro MET MEV Fixação Visa matar a célula rapidamente preservando sua estrutura e permeabilizando-a, a fim de permitir a penetração do próprio fixador e de outras substâncias. • Glutaraldeido – Forma ligações com proteínas geralmente utilizado numa concentração de 2,5% em tampão. • Tetroxido de Ósmio – a 1% é utilizado numa segunda fixação (pós- fixação) é um ótimo fixador de lipídeos. • Formaldeído – Fixador clássico. Não confere uma boa preservação do matéria. É usado quando se deseja preservar a integridade bioquímica e antigênico da célula.Tampões O tampão tem por função conferir a célula um ambiente de osmolaridade de pH semelhantes ao fisiológico, ou seja, impedindo que a célula inche ou murche durante a fixação e evitar que o pH dos fixadores leve a célula a sofrer durante a fixação. • É a mistura de dois sais no qual as células serão lavadas entre as etapas do processo. • O tampão mais usado é o fosfato de sódio (em M.E.), composto por fosfato de sódio monofásico e dibásico. 9 Desidratação Tem por objetivo a substituição da agua presente nas células por cetona ou álcool etílico. A coluna dos microscópios eletrônicos permanecem constantemente sob alto vácuo, logo, a observação de células hidratadas levaria a altos problemas como a evaporação desta agua para o interior da coluna. Consiste na passagem da amostra por uma serie de concentrações crescentes de cetona ou etanol até atingir 100%. Quanto mais lenta a desidratação, menores são os riscos de que as células se apresentem contraídas ou arrebentadas no resultado final. Infiltração em Resina A grande maioria das células é muito espessa para se atravessada pelo feixe de elétrons e com isso, precisam ser fatiadas. Para isso o. Tecido necessita que esteja enrijecido. As resinas em M.E. são inicialmente liquidas e se infiltram lentamente em todos dos espaços intracelular e extracelulares, substituindo o álcool ou cetona utilizados na desidratação. Uma vez endurecida a resina obtém-se um pequeno bloco que ode ser cortado em fatias ultrafinas. A ultramicrotomia utiliza navalhas muito afiadas de vidro ou diamante. Estas fatias ultrafinas flutuam sobre um espelho d’água sobre qual são coletadas em pequenas telas de cobre (mais comum), de níquel, ouro ou náilon. Contrastação Os cortes ultrafinos precisam ser tratados com soluções de sais que contenham metais pesados em sua composição para conferir contraste as amostras. • Acetato de uranila – Possui afinidade pelos ácidos nucléicos, tornando eletrodensoso o núcleo, ribossomos e outras estruturas que tem DNA e RNA. • Citrato de chumbo – Impregna-se principalmente em membranas conferindo-lhes contorno nítido. Processamento para MEV O material para o MEV deve ser fixado da mesma forma e desidratado. Procedemos então a etapa de secagem. Isto é, a substituição da agua por ar. 10 Secagem pelo Ponto Crítico O objetivo é substituir a cetona ou etanol usados na desidratação por ar, sem que a célula se deforme. A substituição da cetona ou etanol por CO2 liquido. A troca é feita entre 0o e 5oC e a pressão atmosférica é elevada juntamente com a temperatura até o estado chamado Ponto Crítico, onde o CO2 passa para o estado gasoso. O ponto critico do CO2 se dá a 31oC e sobe 73 atmosferas de pressão. Evaporação com Ouro O feixe de elétrons passa sobre a preparação onde são gerados elétrons secundários que serão utilizados na formação da imagem. A amostra necessita ser boa condutora e que dela partem elétrons secundários. Congelamento e Criofratura Permite preservar e armazenar células vivas bem como estabiliza-lós sem o uso de substâncias químicas. A fixação queimação, o uso de agentes desidratastes, de resinas, de fixadores como álcool, provocam alterações diversas ao nível sub-celular, deslocando compostos solúveis (íons e moléculas) limitando reações químicas e imunológicas. Funções 1. Comparar dados ultraestruturais fornecidos por fixações químicas e físicas. 2. Estocar células: quando se necessita congelar amostras importantes para o uso posterior em estado vivo perfeito. 3. Exame de atividade enzimática: como as enzimas são e modo geral muito lábeis, elas mudam sua conformação proteica quando se usa fixação química com forte agentes redutores ou oxidativos. 4. Microanalise por raio X: analise de elementos químicos presentes em material biológico que são melhor detectados sob congelamento 5. Localizar antígenos nas células: marcação através de anticorpos ou fluorescência. 6. Localizar sítios de produção de anticorpos seguido de estimulo de antígenos. 7. Localizar receptores para hormónios. 8. Diagnósticos rápidos em biópsias e cirurgias. 9. Localizar sítios sub-celulares para ação de drogas. 10. Obter novas informações sobre a estrutura/sub-estrutura celular. 11 Criogênios São substancias que tem a propriedade de retirar calor das amostras, resfriando-as. Devem ser de fácil obtenção, baratos, não devem contaminar o material biológico, não oferecer perigo para o laboratório e de preferência permanecer líquidos em temperaturas baixas. Criopreservação • Tem por objetivo armazenar células por congelamento para revivê-las. • Usado em banco de células. • O material não perde suas propriedades físico químicas • Mantidas em balões de nitrogénio por tempo indeterminado. Criofixação Estabiliza o material biológico de modo mais próximo possível do estado in vivo. Cristalização e Verificação O objetivo a ser alcançado num bom congelamento é o estado de verificação, ou seja, a ausência de cristais. Pseudoverificação – onde há cristais menores que 10 nm. Crioprotetor São substancias que se ligam a agua celular tanto alterando seu ponto de fusão, como se ligando a agua livre. Desse modo há menos possibilidade da formação de cristais e gelo. • Glicerol – Crioprotetor de escola para criofratura. A pesar de causar inúmeros artefato, é necessário fazer fixação previa para melhor penetração. Pode ocasionar efeitos osmóticos na célula. • DMS0 (Dimetilsulfoxido) – Usado em células viáveis, ou seja, quando se deseja congelar células importantes e recuperá-las após um tempo (viagens longas). Não é recomendado para estudos ultraetruturais, por poder provocar efeitos tóxicos no metabolismo e danos na membrana. • Açúcares – Sacarose com alta molaridade. Usado em microanalise por raios-X já que não penetra na célula. Criofratura Consiste no congelamento de células a temperaturas muito baixas e submetê-las a uma fratura com lamina. Após a fratura a superfície recebe uma delgadissima camada de platina e outra de carbono de modo a formar 12 um filme (molde ou replica). Os restos celulares são digeridos por agentes latamente corrosivos de modo que somente a replica é examinado ao MET. Vantagens 1. Por suprimir diversas etapas como o pós-fixação, desidratação, inclusão e coloração, o material difere pouco do seu estado in vivo. 2. Permite observar a parte interna das membranas pois há chances da fratura atingir a região hidrofóbica das mesmas. 3. Obtenção de imagens tridimensionais. 4. O plano da fratura pode expor qualquer parte da célula fornecendo imagens semelhantes a cortes finos. 5. Permite estudos morfométricos: partículas intermembranosas podem ser cortadas, complexos de poros nucleares. Etapas da Criofratura com o uso de Crioprotetor 1. Obtenção da célula 2. Fixação com glutaraldeido 3. Crioproteção 4. Congelamento das células 5. Fratura 6. Etching (opcional) 7. Metalização 8. Limpeza da replica Técnicas e Metodologia no estudo da Célula Componentes do microscópio óptico Aberrações Modalidades De Observação Em Microscopia Óptica Fonte Lentes Constituição Do MEV Preparo de Material para Microscopia de Varredura e Transmissão Etapas Fixação Tampões Desidratação Infiltração em Resina Contrastação Os cortes ultrafinos precisam ser tratados com soluções de sais que contenham metais pesados em sua composição para conferir contraste as amostras. Processamento para MEV Secagem pelo Ponto Crítico Evaporação com Ouro Congelamento e Criofratura Funções Criogênios Criopreservação Criofixação Cristalização e Verificação Crioprotetor Criofratura Vantagens Etapas da Criofratura com o uso de Crioprotetor