Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
Beatriz Lorrany - @bzlsi.vet INSPEÇÃO QUALIDADE DA CARNE: TRANSFORMAÇÃO DO MÚSCULO EM CARNE O tecido muscular estriado esquelético é de 35 a 65% das carcaças. São 600 músculos. Ele é formado por fibras musculares, as quais ficam em feixe. Todos os componentes do músculo são recobertos por tecido conjuntivo. Quanto maior a quantidade de tecido conjuntivo, mais difícil ser degradado. Carnes de animais mais velhos são mais duraras pela quantidade de tecido conjuntivo maior. Na panela de pressão, o tecido conj. Se desfaz em pressão e temperatura alta. No final e no começo da peça, geralmente vem com uma quantidade maior de tendões. Contração muscular Há o potencial de ação que chega no neurônio motor, a membrana plasmática da fibra muscular gera um potencial de ação que se espalha pelos túbulos T, os quais fazem liberação do Ca² armazenado no retículo sarcoplasmático. A liberação do Ca² estimula a contração muscular. A partir do momento que para de chegar sangue no tecido, ainda haverá ca² no retículo sarcoplasmático, o que fará com que contraia. Isso é o rigor mortis, uma contração irreversível do sarcomero. Guardamos glicogênio no fígado e na musculatura. Com a interrupção do fluo sanguíneo, o controle nervoso e o aporte de o2 deixa de chegar ao músculo e começa a obtenção de energia através da glicose anaeróbia (processo que converte o glicogênio em glicose, produzindo ácido lático e contribuindo para a queda do Ph muscular). Fazendo o descanso do animal, é possível afirmar que haverá glicogênio o suficiente para abaixar o ph. Quando acaba o glicogênio, a carcaça entra em rigor mortis. Quando abaixa o ph da carne, é ativada enzimas chamadas proteases, que quebra proteínas (no caso, actina e miosina, a linha z) o que deixará a carne macia. CONVERSÃO DO MÚSCULO EM CARNE Antes do abate e pós abate, temos o ph: Na exportação pra EU, eles não permitem um ph maior que 5,6 a de bovino. COMPLEXO CALPAÍNA – CALPASTATINA Ambas estão presentes na musculatura (no sarcoplasma) e são enzimas ativadas pelo cálcio. O ph baixa, há uma proteólise mais intensa, obrigatoriamente o ph aumenta e com isso aumenta a calpaína, a qual faz quebra de proteína. A Catepsinas fazem as proteases ácidas, presentes nos lisossomos, liberada com a queda do ph post mortem. Ação sobre as proteínas miofibrilares e do tecido conectivo. Martelar é uma maturação mecânica. Beatriz Lorrany - @bzlsi.vet MATURAÇÃO DA CARNE (TEXTURA) Embalagem a vácuo deixada a 0ºC a 1ºC por 10 a 21 dias. Deve ser feito imediatamente após o abate. Carne maturaTA é de uma marca. Carne maturada é o que estamos estudando e é bem mais cara, pois há tecnologia envolvida e leva tempo para ser mandada para o comércio. A maturação dry-aged é armazenada numa temperatura um pouco mais baixa e é feita a seco e sem embalagem entre 0 a 2ºC por 1-5 semanas. VARIAÇÃO NOS VALORES DE PH DA CARNE ☺ Ph abaixo de 6 – carne boa para processamento e consumo ☺ Ph entre 6 e 6,2 – carne para consumo imediato ☺ Ph acima de 6,4 – revela o início do processo de decomposição As aminas aumentam o ph, isso acontece quando quebra proteínas ou tem uma ação microbiana, ou seja, quando está em decomposição. CARNE DFD- DARK, FIRM AND DRY RFN: Red, firm and normal A DRD tem a superfície seca, mas o interior úmido. Isso é um prejuízo e não chega para o consumidor. Estresse crônico, maus tratos, excitação, ph elevado, proteínas pouco desnaturadas, favorecem a decomposição microbiana e levam a carne DFD. Tem uma coloração esculra. PSE: Pale, soft and exsudative Direcionamento da produção de suínos para o aumento na produção de carne. São alterações provocadas por uma mutação genética na proteína reguladora do fluxo de cálcio, provocando o surgimento. Causado por estresse crônico, cansaço, maus tratos, excitação, animais pouco resistentes ao estresse, ph baixo, desnaturação proteína excessica, exsudação, coloração pálida. Decomposição acelerada do glixogenio após o abate. Valor de ph muscular baixo, geralmente inferior a 5,8. Processo de desnaturação proteica comprometendo as propriedades funcionais da carne. A síndrome do estresse suíno o suíno começa a ter uma febre muito alta e morre. A incidência de carnes PSE ☺ Relacionada com os fatores pré-abate: genética e manejo ☺ O gene da rianodina, também conhecido como gene halotano responsável pela produção ... AVES Podem ter tanto o PSE por aumento de temperatura e DFD, por queda de temperatura. SUÍNOS DFD: Stress longa duração PSE: Stress de curta duração CARNE Estimulação elétrica: coxa bovino- produção de acido lático. A aplicação de corrente elétrica em Beatriz Lorrany - @bzlsi.vet carcaças logo após o abate, antes do resfriamento. ☺ Causa uma aceleração da glicólise e consequente do rigor mortis (rápido declínio do ph) antes de as carcaças atingirem a faixa de tºc que favoreça o encurtamento pelo frio ☺ Ativação das enzimas proteolítivas (lisossomais) devido a acidificação a TºC COLD SHORTENING ☺ Queda brusca de temperatura ☺ Encurtamento pelo frio das fibras musculares ☺ Diminuição da atividade enzimática (calpaína) ☺ Carnes com maior gordura de cobertura=capa de proteção o Impede a queda bruca da temperatura o Características ☺ Resfriamento= não abaixo de 10ºC antes de 10h post-mortem, ou antes de atingir o ph igual a 60 Acidificação: reações enzimáticas e associação com t de resfriamento: maior durabilidade e manutenção da cor, odor e umidade. Basicamente acontece por queda de temperatura brusca de temperatura e ai a carne não fica macia porque congela as proteases. MARMOREIO É a gordura dentro da musculatura. RIGOR DA DESCONGELAMENTO
Compartilhar